No CNN Sinais Vitais deste sábado (02), Denise Hachul, cardiologista do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), e Francisco Darrieux, médico responsável pelo Ambulatório de Arritmias Cardíacas do InCor – HCFMUSP, falam sobre arritmia cardíaca.
O consumo de café, tradicionalmente associado a problemas cardíacos, não representa risco para arritmias cardíacas quando ingerido de forma moderada, revelam os especialistas. Conforme as mais recentes pesquisas, o consumo de até seis xícaras de café por dia pode, inclusive, ter efeito protetor para o coração.
Darrieux esclarece que estudos de caso-controle desmistificaram a antiga crença sobre os malefícios do café. “Até seis xícaras por dia, distribuídas ao longo do dia, não apenas são seguras como podem ser benéficas para o sistema cardíaco”, afirma.
Alertas importantes sobre o consumo
Os especialistas fazem, no entanto, ressalvas importantes: a ingestão deve ser gradual ao longo do dia, evitando o consumo de grandes quantidades em um único momento. A dose máxima recomendada é de aproximadamente 600 miligramas de cafeína diárias.
Outro ponto de atenção são os produtos com cafeína adicionada e substâncias similares. Denise Hachul alerta sobre os riscos de suplementos e bebidas energéticas, especialmente entre jovens. “Uma paciente de 14 anos apresentou taquicardia após consumir um pré-treino com 600 miligramas de cafeína, o que é extremamente perigoso”, relata.
Os médicos destacam que, embora o café tradicional seja seguro para a maioria das pessoas, algumas podem apresentar sensibilidade individual à cafeína. Nesses casos específicos, a recomendação é reduzir ou evitar o consumo, sempre sob orientação médica.