Viagens da realeza britânica têm regras e item essencial na mala; entenda

Os integrantes da família real do Reino Unido sempre precisam viajar para realizar encontros e visitas diplomáticas com líderes mundiais. É claro, que sempre quando podem também procuram um tempo para curtir um pouco dos lugares turísticos por onde passam.

O rei Charles III, por exemplo, viajou com a rainha Camila para a Itália em abril deste ano para se encontrar com o presidente italiano Sergio Mattarella.

A data também coincidiu com o 20º aniversário de casamento de deles, que aconteceu em 9 de abril de 2005.

Na visita, eles fizeram um passeio ao Coliseu, a atração turística mais popular da Itália.

Seja para viajar a trabalho ou lazer, a família real precisa seguir diversos protocolos, tanto para manter as aparências, como para estar em segurança. Muitos deles podem parecer até estranhos, mas possuem um motivo por trás.

Muda de roupas pretas

No momento de fazer as malas, um item indispensável sempre está presente: uma muda de roupas pretas.

Por mais que seja comum possuir uma peça de roupa com essa cor, quando se trata da família real, isso acaba virando um protocolo.

O professor doutor em Comunicação e autor do livro “God Save the Queen – o imaginário da realeza britânica na mídia”, Renato de Almeida Vieira e Silva, explica à CNN que essa tradição começou em 1952, quando rainha Elizabeth II, ainda princesa e herdeira do trono, estava viajando no Quênia, na África, e descobriu que o pai, rei George VI, morreu.

O antigo rei tinha câncer de pulmão e morreu de trombose coronária enquanto estava dormindo. Ele tinha 56 anos.

Após receber a notícia, a filha Elizabeth, com apenas 25 anos, voltou para Londres, mas percebeu que não tinha roupas pretas na bagagem. E, como integrante da família real, é parte do protocolo chegar no país já de luto.

Ao aterrissar, “costureiras habilidosas fizeram um milagre em fazer para ela um vestido para que pudesse embarcar e ter realmente o vestido preto no momento que ela descesse em Londres”, explicou Silva.

Elizabeth II, então, desceu do avião já usando as vestes pretas, se reunindo com a nação britânica que estava de luto pelo monarca.


Rainha Elizabeth II desce os degraus de embarque do avião comercial Argonaut da BOAC, “Atlanta”, após sua chegada ao Aeroporto de Londres, em Londres, Inglaterra, em 7 de fevereiro de 1952. • Keystone/Hulton Archive/Getty Images

A partir deste dia, a família real passou a levar uma roupa preta caso seja preciso participar de algum funeral ou no caso da comunicação da morte de alguma pessoa importante.

Segundo o professor, mesmo após 70 anos da morte do rei George VI, a tradição continua entre a realeza britânica.

Restrição alimentar nas viagens

Mas, não é só dentro da bagagem que os protocolos se concentram, os pratos de comida também estão nesta lista.

Toda vez que a família real britânica viaja ao exterior, também é necessário seguir protocolos de alimentação, já que algo estragado pode levá-los à alguma indisposição, o que pode prejudicar, evidentemente, o andamento da visita.

O autor do livro “God Save the Queen – o imaginário da realeza britânica na mídia”, Renato de Almeida Vieira e Silva, também contou à CNN que um dos tipos de comida que os integrantes da realeza precisam evitar são os frutos do mar.

“Isso é totalmente vetado durante a viagem, por conta da alta possibilidade de serem perecíveis ou, de repente, mal trabalhados, mal preparados. Isso poderia criar alguma indisposição estomacal, intestinal ou qualquer coisa dessa natureza”, afirma Silva.


Príncipe Charles, príncipe de Gales, come uma ostra enquanto Camilla, duquesa da Cornualha, observa durante sua visita ao Festival de Ostras de Whitstable em 29 de julho de 2013 em Whitstable, Inglaterra. • Max Mumby/Indigo/Getty Images

Segundo o professor, em todas as viagens, o cerimonial diz o que pode e o que não pode comer.

“Em alguns casos, especificamente no caso do rei Charles III, é levado também um cozinheiro para que possa acompanhar e supervisionar todas as refeições que serão feitas para o rei e a sua comitiva”, acrescentou Silva.

Por mais que a realeza britânica viaje bastante, tanto para compromissos oficiais, quanto ao turismo, o rei Charles III tem diminuído a presença nestas ocasiões nos últimos anos.

A ausência do monarca se deve ao diagnóstico de câncer, que foi divulgado pelo Palácio de Buckingham em fevereiro de 2024.

Não há informações oficiais sobre qual tipo de câncer ele possui.

Desde então, o príncipe William vem representando o pai em alguns eventos oficiais, como o funeral do papa Francisco, que aconteceu no Vaticano em abril deste ano.

Monarca e herdeiros não viajam juntos

Por mais que pareça um protocolo que existe apenas nos filmes, a família real segue uma norma em que eles não viajam no mesmo avião.

O professor doutor em comunicação e autor do livro “God Save the Queen – o imaginário da realeza britânica na mídia”, Renato de Almeida Vieira e Silva, explica à CNN que caso aconteça algum acidente, a continuidade do reinado pode ser afetada.

No sistema da monarquia existe a linha de sucessão, que indica quem irá assumir o trono quando o monarca falecer. Então, por exemplo, o rei Charles III será sucedido pelo filho William e, na sequência, o príncipe George (primogênito de William).


Príncipe William, Catherine e os filhos príncipe George e princesa Charlotte chegam ao 443º Esquadrão de Helicópteros Marítimos, perto do Aeroporto Internacional de Victoria, em 24 de setembro de 2016, em Victoria, Canadá • Dominic Lipinski-Pool/Getty Images

Por mais que William e Kate tenham quebrado este protocolo algumas vezes, levando os filhos para suas viagens, essa recomendação continua valendo por questões de segurança.

“Além da questão da sucessão, existe o risco de algum acidente, alguma coisa parecida acontecer, inclusive atentados. Então, isso se evita ao máximo”, diz Silva.

*Sob supervisão de Derla Cardoso

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