O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) questionou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que decretou, nesta segunda-feira (4), a prisão domiciliar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No documento, o magistrado afirma que Bolsonaro teria produzido material “pré fabricado” para veiculação nas redes sociais, ao participar, via telefone, de manifestações no domingo (3). O conteúdo foi veiculado pelos apoiadores e filhos do ex-presidente, inclusive Flávio. Segundo Moraes, a intenção do material era de instigar a coação contra a suprema corte.
Porém, o senador apagou a postagem em seguida. Na decisão, o ministro destaca que este seria um flagrante de que o filho “01” teria reconhecido que a veiculação das falas de Bolsonaro violaria as medidas cautelares estabelecidas no dia 18 de julho.
“Esse vídeo já estava público. E, mais uma vez, qual o problema de ele fazer uma saudação […] para rede social?”, disse Flávio, em entrevista à CNN, ao ser questionado se foi orientado por sua defesa a derrubar a publicação ou se teria o feito espontaneamente.
“Esse cerceamento da liberdade de opinião e da liberdade de imprensa, isso não tem lógica nenhuma. Isso não tem pé nem cabeça. Uma decisão mal feita, mal escrita e que, na verdade, ele [Alexandre de Moraes] cria mecanismos para poder satisfazer essa vontade dele a hora que ele quisesse”, afirmou.
Bolsonaro estava proibido de utilizar suas redes sociais e de gerar conteúdo para veiculação na mídia, fosse por seus canais ou pelo de aliados.
Na decisão desta segunda, o ministro do STF pediu que fosse apreendido o celular do ex-presidente, e reiterou que suas redes sociais não poderão ser utilizadas nem por ele e nem por terceiros.
Ademais, decretou que Bolsonaro não poderá receber visitas sem a permissão do Supremo. Quando forem realizadas, o visitante não poderá utilizar celular e tirar fotos com o ex-presidente.