O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no 2º trimestre de 2025, queda de 60,2% ante o registrado no mesmo período do ano passado, quando teve lucro de R$ 9,5 bilhões. Os dados do balanço referente ao 2º trimestre foram divulgados nesta quinta-feira (14/8) aos investidores.
O resultado era esperado pelo mercado financeiro, que previa lucro entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões. O Banco Central (BC) já havia divulgado os resultados mensais das instituições financeiras, o que diminui as expectativas dos players do mercado.
O Banco do Brasil tem enfrentado problemas com inadimplência, o que causou mudança nas projeções de especialistas, que, constantemente, têm revisado para baixo suas expectativas de resultados para a instituição financeira.
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Em nota, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirmou que o ano de 2025 é de ajuste para aceleração do crescimento. “Projetamos lucro entre R$ 21 e 25 bilhões e seguimos com investimentos estruturantes para geração de riqueza aos nossos acionistas, oferecendo a melhor experiência e soluções mais adequadas aos nossos clientes. Isso passa pelo relacionamento pautado pela proximidade, pelo uso intensivo de tecnologia e capacitação permanente dos nossos funcionários”, disse.
O balanço também mostrou que a margem financeira bruta no segundo trimestre foi de R$ 25,06 bilhões, queda de 1,9% ante ao ano anterior. Já a receita de prestação de serviços somou R$ 8,8 bilhões, com queda de 1%.
Com relação ao custo do crédito, passou de R$ 7,8 bilhões para R$ 15,9 bilhões em comparação com o mesmo período de 2024, quase o dobro do valor.
Revisão de projeções
- Carteira de crédito: intervalo passou de 5,5% e 9,5% para 3,5% e 6%
- Carteira pessoa física: intervalo passou de 7% e 11% para 7% a 10%
- Carteira empresas: intervalo passou de 4% e 8% para zero a 3%
- Carteira de agronegócios: intervalo passou de 5% e 9% para 3% a 6%
O payout, ou seja, indicador da porcentagem do lucro líquido de uma empresa distribuído aos acionistas na forma de dividendos, foi revisado para baixo e passou para 30%.
“O BB comunica, ainda, que considerando a necessidade de convergência para o novo payout, os pagamentos de juros sobre capital próprio referente ao primeiro semestre de 2025 já foram realizados integralmente em 21 de março e 12 de junho de 2025”, afirmou o banco. De acordo com a instituição, o cronograma de pagamentos permanece inalterado.
Sobre a inadimplência, o banco informou que o indicador acima de 90 dias encerrou junho em 4,21%, elevação de 35 bps, ou pontos base, na comparação com o mês anterior. Já com relação a carteira agro, atingiu 3,49%, enquanto a carteira de pessoas físicas encerrou o período em 5,59% e a carteira de pessoas jurídicas foi de 4,18%.
“O Capital Principal encerrou junho de 25 em 10,97%, corroborando a solidez do balanço do Banco do Brasil”, alega a instituição.
Fonte: Metrópoles