A dor é uma sensação complexa e subjetiva que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela pode ser aguda ou crônica, intensa ou constante, e pode ter diversas causas, desde lesões simples até condições de saúde graves.

No entanto, algumas doenças estão entre as mais dolorosas e podem afetar profundamente a qualidade de vida dos pacientes. O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) possui uma lista das 20 condições mais dolorosas conhecidas, que inclui diagnósticos conhecidos, como apendicite, endometriose e enxaqueca.

Além disso, a lista também contempla condições menos discutidas, como anemia falciforme, que causam um impacto significativo na vida de quem as enfrenta.

Veja a lista das 20 condições de saúde mais dolorosas, segundo o NHS:

• Apendicite

Apendicite é a inflamação dolorosa do apêndice, geralmente começando com dor no meio do abdômen e migrando para o lado inferior direito. É uma emergência que frequentemente exige cirurgia para evitar complicações.

• Artrite

A artrite causa dores nas articulações, comumente nos quadris, joelhos, pulsos ou dedos. A dor pode ser constante ou surgir com o tempo, acompanhada de rigidez nas articulações.

• Ataque cardíaco

Durante um ataque cardíaco, a dor no peito pode ser descrita como sensação de aperto ou compressão. Ela pode se espalhar para o pescoço, mandíbula, costas e braços, exigindo atendimento médico imediato.

• Ciática

A ciática é uma dor aguda que desce pela perna, geralmente causada pela compressão do nervo ciático. A dor irradia da parte inferior das costas para as nádegas e pernas, podendo ser extremamente debilitante.

• Cefaleias em salvas

Cefaleias em salvas causam dor intensa em um lado da cabeça, ao redor do olho. A dor é descrita como perfurante ou de queimação, sendo acompanhada de agitação e inquietação.

• Doença falciforme

A anemia falciforme causa episódios dolorosos nos ossos e articulações. A intensidade pode variar, e os episódios podem durar até sete dias.

• Endometriose

A endometriose ocorre quando o tecido do útero cresce fora dele, causando dor pélvica intensa, especialmente durante a menstruação ou relações sexuais.

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A endometriose é uma doença crônica do sistema reprodutor feminino. Ela surge quando o endométrio, tecido que reveste o útero por dentro, se movimenta em sentido oposto durante a menstruação e pode atingir vários locais na cavidade abdominal, como ovário, intestino e bexiga

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Ela afeta mulheres em idade reprodutiva e tem origem desconhecida, apesar de em alguns casos ter influência genética. Não há evidências de que a doença tenha cura, contudo, existem tratamentos envolvendo anticoncepcional ou, em casos mais sérios, cirurgias

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A endometriose é uma doença caracterizada por dores intensas durante o período menstrual, chegando a incapacitar mulheres de exercerem suas atividades habituais,. Além disso, é comum dores durante relações sexuais, dificuldade em engravidar, dor e sangramento intestinais e urinários

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Sangramento menstrual desregulado e intenso, sangramento fora do período menstrual, cansaço, fadiga e dor na base das costas ou na parte inferior do abdômen durante a menstruação podem indicar a presença da doença

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Os sintomas da endometriose podem iniciar dias antes da menstruação e terminar dias depois. As dores também podem variar de pessoa para pessoa, tanto em relação à intensidade quanto à frequência. Aliás, a intensidade da dor pode não estar relacionada a extensão da doença. Em outras palavras, pessoas que sentem mais dor podem ter doença menos extensa e vice versa

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O diagnóstico da doença é clínico, apesar de não ser tão simples detectá-la. Recorrer a exames de imagem é o método mais comum, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve

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É muito importante estar atenta aos sintomas e procurar com urgência um médico especialista ao suspeitar da presença da enfermidade. A demora em diagnosticar os focos da doença pode levar ao estado mais grave do quadro, quando é necessário partir para uma intervenção cirúrgica

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Outro problema ocasionado pela condição é a infertilidade feminina. Contudo, isso não quer dizer que a gravidez não seja possível. Mulheres com endometriose podem engravidar. Na verdade, tudo dependerá da extensão da doença

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Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que cerca de 8 milhões de brasileiras sofram com essa condição de saúde

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• Enxaqueca

A enxaqueca provoca uma dor de cabeça intensa, geralmente em um lado da cabeça, com sintomas adicionais como sensibilidade à luz e ao som, e náuseas.

• Fibromialgia

A fibromialgia é caracterizada por dor difusa no corpo, especialmente nas costas, pescoço, ombros e articulações, frequentemente associada a rigidez muscular e fadiga.

• Gota

A gota causa dor e inchaço intenso nas articulações, principalmente na base do dedão do pé, tornando movimentos simples, como tocar ou mover o dedo, extremamente dolorosos.

• Hérnia de disco

A hérnia de disco causa dor nas costas, que pode se irradiar para as pernas, especialmente ao tossir ou espirrar. A dor é geralmente intensa e pode limitar o movimento.

• Herpes-zóster

O herpes-zóster causa uma erupção dolorosa, com sensação de queimação ou formigamento. A dor pode ser tão intensa que até o toque leve pode ser insuportável.

• Neuralgia do trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo causa dor intensa e repentina no rosto, muitas vezes descrita como um choque elétrico, que ocorre em episódios imprevisíveis.

• Ombro congelado

O ombro congelado é uma condição dolorosa que causa rigidez e dificuldade em mover o braço, tornando tarefas diárias como vestir-se ou pentear o cabelo extremamente desafiadoras.

• Pancreatite aguda

A pancreatite aguda provoca dor abdominal intensa, que pode se espalhar para as costas, frequentemente agravada por alimentos gordurosos e aliviada ao se inclinar para frente.

• Pedras nos rins

As pedras nos rins causam dor aguda, muitas vezes em cólica, na parte inferior das costas ou no abdômen, que pode ser tão forte que leva a pessoa a buscar atendimento de emergência.

• Síndrome de dor regional complexa (SDRC)

A SDRC é caracterizada por dor intensa e persistente, muitas vezes desproporcional à lesão original, podendo afetar a área lesionada ou se espalhar para outras partes do corpo.

• Úlcera estomacal

Uma úlcera estomacal causa uma dor ardente no abdômen, geralmente entre as refeições, e pode levar a complicações graves se não tratada, como uma úlcera perfurada.

• Dor após a cirurgia

Embora seja normal sentir dor após uma cirurgia, o controle adequado da dor é essencial para uma recuperação mais rápida e para evitar complicações de longo prazo.

• Ossos quebrados

A dor de uma fratura óssea varia conforme a gravidade da lesão, mas geralmente é profunda e intensa, especialmente ao tentar mover a área afetada.

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Fonte: Metrópoles

Um estudo feito por pesquisadores espanhóis revela que o jejum intermitente oferece dois benefícios importantes para pessoas com obesidade. Além de levar à perda de peso, a estratégia alimnetar melhora a regulação de alguns dos principais processos do corpo.

O jejum intermitente é uma estratégia alimentar muito utilizada para o emagrecimento. O método consiste em consumir as refeições do dia em um curto período, passando a maior parte do dia sem ingerir nenhum alimento. Esse tempo costuma variar entre 12 a 16 horas.

Como foi feita a pesquisa

A equipe de pesquisa da Espanha acompanhou 197 voluntários com sobrepeso ou obesidade, com idades entre 30 e 60 anos. Durante 12 semanas, os participantes seguiram a dieta mediterrânea, que consiste em alto consumo de vegetais e legumes. Além disso, todos tinham alimentação com restrição de tempo (TRE, na sigla em inglês).

“TRE parece ser uma abordagem alimentar segura, bem tolerada e viável para adultos com sobrepeso ou obesidade”, relatam os pesquisadores no artigo publicado em 7 de janeiro, na revista Nature Medicine.

Os participantes foram divididos em quatro subgrupos de acordo com o período em que faziam o jejum. O primeiro deveria restringir a alimentação a oito horas pela manhã e à tarde; o segundo restringir a alimentação dentro de oito horas entre a tarde e a noite; o terceiro poderia comer durante qualquer período de oito horas escolhido pelo participante; e o quarto não tinha restrições alimentares, além de seguir a dieta mediterrânea.

Jejum intermitente e obesidade

Depois do período de observação, os dados mostraram que os participantes que fizeram o jejum intermitente perderam, em média, de 2 a 3 kg a mais do aqueles que não seguiram a estratégia. As variações nos horários em que os subgrupos de voluntários podiam se alimentar não mostrou mudanças significativos no emagrecimento.

Ao analisar a  perda de gordura, os pesquisadores não encontraram diferenças na redução de tecido adiposo visceral em nenhum dos grupos. Esta é a gordura que envolve os órgãos do corpo humano e está associada à saúde cardiometabólica.

Por outro lado, o subgrupo que seguiu a alimentação com restrição de tempo pela manhã e tarde reduziu o tecido adiposo subcutâneo (TAS), o tipo mais visível de gordura, localizado abaixo da pele.

Além disso, os níveis de glicose desses participantes foram melhor regulados quando eles não estavam comendo e durante a noite, indicando que o corpo estava controlando a glicose de uma forma mais saudável

Os pesquisadores concluíram que parar de comer mais cedo no dia pode dar ao corpo mais tempo para processar adequadamente os alimentos e nutrientes. Assim, eles observam que a alimentação com restrição de tempo é positiva para a dieta de pessoas com sobrepeso e obesidade.

“A literatura atual sugere que o TRE é bem tolerado, tem altas taxas de adesão com efeitos colaterais mínimos e resulta em reduções modestas no peso corporal e leves melhorias na saúde cardiometabólica em indivíduos com sobrepeso ou obesidade”, concluem.

Apesar disso, vale lembrar que ainda há dúvidas sobre como exatamente o jejum intermitente afeta o corpo e quais efeitos colaterais negativos podem ocorrer.

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Fonte: Metrópoles