Anitta, que se prepara para lançar seu documentário “Larissa: O Outro Lado da Anitta” na Netflix em 6 de março, reuniu alguns fãs para um esquenta especial de Carnaval nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, a bordo de um avião personalizado chamado “Beats Red Mix”.
Durante a coletiva de imprensa, em conversa com jornalistas, a artista reflete sobre esse momento, prestes a completar 32 anos, com generosidade ao revisitar sua trajetória até o momento.
“A gente julga muito o que fez quando ainda não sabíamos as coisas que sabemos hoje. Ainda mais eu, por ter tudo gravado, às vezes aparecem coisas quando eu tinha 19 ou 20 anos e falo ‘Meu Deus do céu’. Só que o mais importante é olhar para essas coisas com generosidade e entender que todo mundo aprende, erra e pode ir amadurecendo, mudando, melhorando, evoluindo. E eu acho que evoluí muito. Hoje em dia, sou muito orgulhosa, pois foram essas experiências que me fizeram aprender e ser tão diferente. Dos 30 pra cá, me sinto muito diferente“, disse.
Segundo a carioca, se pudesse dar um conselho à Larissa de anos atrás, diria que a vida é feita de erros e acertos — e que, muitas vezes, as falhas podem levar a grandes aprendizados no futuro.
“Nem tudo precisa ser um drama de novela, nem tudo precisa ter o bem e o mal, o certo e o errado. Acho que todo mundo [carrega] um pouco de cada coisa. Além disso, foi o fato de enxergar as coisas de maneira diferente que fizeram eu estar aonde estou hoje. E eu estou muito feliz aonde estou agora”, complementou.
Nas alturas com Anitta
A Beats escolheu três duplas de fãs para viajar em um avião personalizado com Anitta e seus convidados. Durante o voo, a voz de “Envolver” e “Romeo”, relembrou sua jornada de autoconhecimento, intensificada em 2022, e demonstrou entusiasmo ao falar sobre a composição do samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval de 2025. A canção, criada em parceria com Diego Nicolau e Fred Camacho, celebra Logun-Edé, orixá de cabeça da artista.
“Estou super feliz de ter participado desse desafio, que eu nunca tinha feito, e que as pessoas gostaram tanto. Na minha opinião, está lindo. Tem muita pesquisa por trás”, explicou. A artista também revelou que ainda não sabe se acompanhará de perto o desfile da escola, já que terá um show em São Paulo na mesma data. “Estou tentando dar um jeitinho”, disse.
Ainda sobre suas crenças e dimensão espiritual, em resposta à CNN, a brasileira ressaltou que o Candomblé, sua religião, não se baseia em um conhecimento hierárquico, onde há quem saiba mais ou menos, mas sim em uma prática diária de aprendizado e aplicação dos ensinamentos do seu orixá, que influencia a sua arte e sua visão sobre sua própria jornada.
“Eu acho que a minha espiritualidade me ajuda a me conectar, me conhecer melhor e também entender os caminhos da minha vida, os desafios. Eu acho que ir pro terreiro, ir ao Candomblé, não é sobre quem sabe mais ou quem sabe menos, é sobre você, no dia a dia, colocar em prática aquilo que o teu orixá vem te ensinar, o que a história do teu orixá vem te ensinar. É você internalizar. Então, eu trago muitos ensinamentos que vou aprendendo sobre o meu orixá, sobre o que eu vejo no dia a dia, e vou trazendo pra minha vida. Eu acho que isso é o mais importante.”
Vale lembrar que neste final de semana, nos dias 22 e 23 de fevereiro, Anitta realizará duas apresentações em São Paulo da sua temporada de shows “Ensaios da Anitta”, que antecede a folia do Carnaval brasileiro.
Anitta é a artista brasileira mais escutada no exterior em 2024
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Minha espiritualidade me ajuda a me conhecer melhor”, reflete Anitta no site CNN Brasil.
