O empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, morreu na segunda-feira (20/1) ao passar por uma anestesia geral para fazer uma tatuagem. Ele estava sendo atendido em um hospital particular de Itapema (SC), cidade a 70 km de Florianópolis.

O responsável pelo estúdio de tatuagem confirmou que Ricardo morreu durante a sedação e intubação. Segundo ele, Godoi havia feito o acompanhamento prévio, com bons resultados, com o mesmo anestesista que o sedou. A tatuagem não chegou a ser iniciada.

Anestesia combina com tatuagem?

Procedimentos estéticos que envolvem anestesia geral têm se tornado comuns, especialmente entre personalidades conhecidas — nas redes sociais, a anestesia é utilizada por influenciadores que estão tatuando grandes partes do corpo em sessões únicas. A prática, no entanto, não é recomendada por especialistas. 

Não há risco de reação cruzada entre os medicamentos e a tinta usada na tatuagem, no entanto, ainda podem ocorrer complicações naturais do procedimento e que não deveriam ser ignorados.

“É um problema as pessoas banalizarem o que é destinado para cirurgias invasivas. Do ponto de vista clínico, usar a sedação para a tatuagem é algo fútil”, explicou a médica Diná Mie Hatanaka, coordenadora do serviço de anestesia do Hospital Moriah, em Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Riscos

Além da perda de consciência, a administração de anestésicos gerais pode resultar em amnésia temporária e supressão da respiração.

“Os riscos incluem desde queda de pressão arterial até arritmias cardíacas e parada respiratória, por isso é preciso fazer um monitoramento contínuo e uma intervenção imediata no caso de qualquer intercorrência”, explica o anestesista Rafael Duarte, da RD Medicine, no Rio de Janeiro.

Os médicos alertam que alternativas como a sedação superficial oferecem menor risco, por serem usadas drogas mais fracas, mas eles também requerem avaliação criteriosa das condições médicas preexistentes do paciente.

Entidades recomendam cuidados

O Conselho Federal de Medicina (CFM) permite que apenas médicos e odontologistas realizem sedação geral. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) reforça que não recomenda a prática. “A SBA não recomenda o uso de qualquer tipo de anestesia para tatuagem”, informou a entidade em nota divulgada em 2023.

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Ricardo Godoi tinha 45 anos

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Ele era empresário e influencer do setor automotivo

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Ricardo deixa esposa e filhos

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Empresário do setor de carros de luxo

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Imagem de uma das publicações feitas por ele nas redes sociais, antes da anestesia

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Ele morreu após se submeter a um procedimento cirúrgico para fazer uma tatuagem

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Fonte: Metrópoles

Uma pesquisa realizada por pesquisadores chineses sugere que o consumo regular de café diminui as chances do desenvolvimento de demência. O estudo foi feito a partir de registros de saúde de 204.847 pessoas no Reino Unido com idades entre 40 e 69 anos no início da observação.

“A maior ingestão de café com cafeína, particularmente a variedade sem açúcar, foi associada a riscos reduzidos de doença de Alzheimer e demências relacionadas, e doença de Parkinson “, contam os estudiosos em artigo publicado em outubro do ano passado no American Journal of Clinical Nutrition.

Apesar disso, é feita uma ressalva: a associação só se aplica se o consumo do café for feito sem açúcar e com cafeína. Isso ocorre pois algumas propriedades da cafeína podem estar protegendo o cérebro contra a demência e provavelmente o açúcar e os adoçantes artificiais interferem nos benefícios. Novos estudos serão necessários para desvendar melhor a questão.

Como foi feito o estudo

Os participantes foram divididos em cinco grupos: não consumidores de café, nenhuma ou uma xícara por dia, uma a duas xícaras por dia, duas a três xícaras por dia e mais de três xícaras por dia.

As pessoas que consumiram mais de três xícaras de café por dia tiveram melhores resultados. Porém, quando comparados com quem não bebeu, o estudo revelou que qualquer um dos grupos consumidores de café tinha 34%  menos de chance de desenvolver Alzheimer e doenças relacionadas, 37% menos risco de desenvolver Parkinson e 47% menos chance de morrer com alguma doença neurodegenerativa.

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Fonte: Metrópoles