Após a confirmação da morte de Juliana Marins, de 26 anos, em uma trilha na Indonésia, o pai da jovem, Manoel Marins, prestou uma homenagem comovente.

Em um gesto carregado de emoção, ele publicou uma imagem em que Juliana aparece sorrindo e acrescentou a frase: “Pedaço tirado de mim”. A mensagem foi acompanhada de um trecho da música “Pedaço de Mim”, de Chico Buarque.

BBC expõe corpo de Juliana Marins

A escolha da canção não foi por acaso. A letra, conhecida por sua carga poética e melancólica, reflete a dor profunda causada por uma perda irreparável. Versos como “Leva o teu olhar / Que a saudade é o pior tormento” e “A saudade dói como um barco / Que aos poucos descreve um arco” revelam o impacto da ausência da filha na vida da família.

Além da foto publicada por Manoel, a repercussão da despedida comoveu milhares de internautas. Muitos compartilharam mensagens de apoio e solidariedade diante da tragédia que chocou o Brasil e gerou mobilização nas redes.

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Uma publicação compartilhada por Manoel Marins Filho (@manoel.marins.3)

Carta aberta

Na manhã desta quarta-feira, 25 de junho, Manoel publicou uma carta averta à filha. Ele ressaltou a alegria da jovem com a decisão de viajar pelo mundo: “No início deste ano nos disse que faria esse mochilão agora enquanto era jovem e nós te apoiamos”.

Manoel Marins ressaltou inclusive que Juliana dispensou ajuda financeira e usou os próprios recursos, fruto de muito trabalho: “Quando lhe perguntei se queria que lhe déssemos algum dinheiro para ajudar na viagem, você nos disse: jamais. E assim você viajou com seus próprios recursos que ganhou como fruto do seu trabalho. E como você estava feliz realizando esse sonho. Como nós ficamos felizes com a sua felicidade. Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração”.

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Família confirma a morte e agradece apoio recebido

No início da manhã de terça-feira, 24 de junho, o perfil oficial criado pelos familiares de Juliana comunicou o desfecho da busca. “Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, dizia a publicação. A nota também expressou gratidão por todas as mensagens recebidas durante os dias de angústia.

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Juliana havia desaparecido durante uma trilha na região de Lombok, na Indonésia. Desde então, familiares e voluntários iniciaram uma campanha intensa de buscas. A comoção causada pelo caso mobilizou milhares de pessoas, inclusive nas redes sociais, que se uniram em correntes de oração e apoio.

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Fonte: OFuxico

Na noite de 24 de junho, a jornalista Ana Paula Araújo promoveu o lançamento de seu novo livro na Livraria da Vila, no shopping Morumbi, em São Paulo. A obra, intitulada Agressão – A escalada da Violência Doméstica no Brasil, revela dados alarmantes e histórias reais que escancaram a gravidade da violência de gênero no país.

A autora, conhecida por sua atuação no Bom Dia Brasil, reuniu relatos de vítimas e agressores, além de entrevistas com juristas, policiais, psicólogos, médicos e estudiosos de diversas regiões do Brasil. A proposta, segundo ela, foi mapear o problema de forma profunda e ampliar o debate sobre o tema.

“Como mulher e mãe de uma menina, a violência de gênero é uma das minhas maiores preocupações”, afirmou Ana Paula, durante o evento. Ela reforçou que se dedicou a entender os fatores que alimentam esse ciclo de dor, insegurança e injustiça que afeta tantas mulheres.

Relatos revelam panorama alarmante da violência de gênero

A jornalista não se limitou à violência doméstica tradicional. Ao longo da obra, ela destacou também os abusos sofridos por empregadas domésticas, muitas vezes invisibilizados, e as agressões cometidas contra mulheres trans, que seguem sendo alvos de preconceito e brutalidade.

Outro ponto abordado por Ana Paula foi o avanço da violência digital. Com foco especial em meninas e adolescentes, ela descreveu como esse tipo de agressão cresceu nos últimos anos, com impactos devastadores.

Segundo a autora, as vítimas não seguem um padrão. “Essas vítimas são mulheres de todas as classes sociais, idades, níveis de escolaridade e informação. Elas vivem tanto em famílias estruturadas quanto disfuncionais e costumam ser mais cobradas e julgadas que os próprios agressores”, relatou.

Ana Paula Araújo retoma discussão iniciada em obra anterior

O lançamento de Agressão representa a continuidade de um trabalho iniciado por Ana Paula em 2020, quando publicou Abuso – A Cultura do Estupro no Brasil, também pela Globo Livros. Na ocasião, ela já demonstrava preocupação com a urgência em discutir os diferentes tipos de violência que atingem as mulheres brasileiras.

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Com a nova publicação, a jornalista mergulha ainda mais fundo nas estruturas que sustentam o problema, expondo não só as falhas no sistema, mas também os caminhos possíveis para romper esse ciclo.

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Fonte: OFuxico