A vice-governadora Mailza recebeu, na tarde desta segunda-feira (30), no Palácio Rio Branco, a vereadora Progressista do Bujari, Eliane Rosita. Ela se solidarizou e reforçou apoio após ameaças e agressões sofridas do colega de parlamento, o vereador José Gilvan (PCdoB), na sexta-feira, 27, em uma sessão extraordinária na Câmara do município. “Essa é uma agressão a todas as mulheres acreanas”, disse.

Mailza afirma que a postura do vereador mostra seu despreparo para representar homens e mulheres da sua comunidade.

“A tentativa de silenciar nossas vozes pelo fato de sermos mulheres, não irá prevalecer. Chega dessa violência sofrida por nós. Quando uma é agredida na política, a democracia se enfraquece. Temos o apoio do nosso governador Gladson Cameli e não vamos recuar de continuar defendendo a autonomia e a representação política das mulheres nos parlamentos. Mulheres, estamos juntas”, disse a vice-governadora.

No encontro, a vereadora pontuou as sucessivas agressões sofridas, requerimentos não atendidos e projetos de lei de sua autoria tirados de votação. “A gente luta para se eleger e temos direitos tirados simplesmente por sermos mulheres. Mulheres fortes, que não abaixam a cabeça para esses homens, são ameaças”, destacou Eliane, que agradeceu todo o suporte e mensagens de apoio recebidos nesse momento.

A vice-governadora reforçou seu compromisso e destacou ser inadmissível essas atitudes de intimidação nos espaços de trabalho.

Participaram do encontro a também vereadora do Bujari, Aparecida Rocha (PP); secretária-adjunta de Políticas para Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, delegada Márdhia El-Shawwa; subchefe do gabinete do governador, Silvania Pinheiro; secretária de Estado de Comunicação, Nayara Lessa; presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM/AC), Giovana Castelo Branco e a diretora de Políticas Para Mulheres da Seamd, Francinete Barros.

Entenda o caso

A vereadora Eliane Abreu (PP), do Bujari, denunciou que foi alvo de ofensas e ameaças por parte do vereador Gilvan Souza (PCdoB), na última sexta-feira (27), na Câmara de Vereadores da cidade.

A parlamentar afirma que, durante a discussão de um projeto que retiraria o pagamento de gratificação a servidores municipais, ao qual ela era contrária, Gilvan Souza teria iniciado as ofensas. Os vereadores estão em recesso parlamentar, mas foram convocados para uma sessão extraordinária que votaria o projeto encaminhado pela prefeitura.

Com o início das ofensas, a parlamentar tentou contra-argumentar e a discussão seguiu até o momento que Gilvan Souza partiu para agressão física. “Eu tentei com argumentos técnicos, mas não adiantou, ele dava socos na mesa. Depois de muitos socos na mesa, palavras de baixo calão e intimidação, ele partiu pra agressão e disse: ‘eu vou te quebrar’, relata a vereadora.

Avanços na investigação

Na manhã desta segunda-feira, 30, Eliane registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia do Bujari e na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Rio Branco. As denúncias estão sendo acompanhadas pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim).

Thamirys Ribeiro Andrade, filha do prefeito Mazinho Serafim (Sena Madureira) e candidata derrotada a deputada estadual em 2018, foi nomeada para cargo de Chefia, Assistência e Assessoramento (CAS-8), com salário de R$ 11 mil.

A nomeação é assinada pela governadora Mailza Gomes (PP), publicada no Diário Oficial do último dia 27.

A estudante exercerá o cargo na Secretaria de Saúde (Sesacre).

Mazinho é um empresário rico. Sua mulher, deputada estadual, foi eleita para a Câmara Federal.

A nomeação atende a critérios estritamente políticos, e chama atenção dos internautas.

O prefeito costumava chamar Cameli de “mentiroso”. Passou a apoiar a reeleição do governador após romper com s eus dois ex-leias amigos: Márcio Bittar e Sérgio petecão.

A inscrição abaixo é do site Yaco News:

Para refrescar a memória dos leitores: Na reta final da campanha para governador, um áudio circulou nas redes sociais em que o sub-secretário de obras pede expressamente votos para Sérgio Petecão, ferrenho adversário de Gladson. Em sua fala, o mesmo atesta categoricamente que estava seguindo uma determinação do prefeito Mazinho Serafim.

O agente de limpeza José Costa de Oliveira, natural de Sena Madureira, denuncia crime federal cometido pela terceirizada Red Pontes Eirele, empresa contratada pelo Governo do Acre para manter a higienização de repartições públicas. No caso de José, ele trabalha no Hospital João Câncio, unidade referência na região. A empresa pertence ao deputado eleito Afonso Fernandes, do PL, beneficiado em contrato de R$ 54 milhões homologado no dia 13 de janeiro deste ano. O empresário vive dentro da Casa Civil, numa relação suspeita com um grupo liderado pelo chefe da pasta, o advogado Jonathan Donadoni, de quem é amigo pessoal, tendo conquistado mandato eletivo graças a um poderoso esquema de privilégios a empresas terceirizadas.

O contrato, embora com a Secretaria de Saúde, é avalizado pelo advogado Donadoni, acusado de montar um governo paralelo com ações coordenadas dentro da Secretaria de Governo, cujo titular é Alysson Bestene e seu adjunto, Luis Calixto (ex-deputado), e os dois principais manda chuvas do gabinete do governador (coronel Messias e Silvânia Pinheiro). O resultado tem sido desgastante para a base política do governador na Assembléia, sobretudo pela influência ruim exercida pelo ainda presidente da Aleac, Nicolau Júnior, e o reeleito Pedro Longo. O relato abaixo é mais um capítulo da desconstrução gravíssima do projeto político do governador Gladson Cameli (PP) capitaneado por decisões unilaterais que afastam o governador de seu povo e gera desconforto entre os aliados mais leais.

Aos fatos

“Vou fazer dois anos e seis meses de empresa. Para a minha surpresa, a Red Pontes depositou apenas 5 meses do meu FGTS”, denuncia. O trabalhador fez questão de mostrar o rosto, mesmo correndo risco de perseguição, e enviou extrato obtido junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para provar que está falando a verdade. Todos os contratados pela RED Pontes no município estão prejudicados.

“Não pagaram a segunda parcela do décimo-terceiro e já vamos para o quarto mês sem receber o cartão alimentação, no valor mensal de R$ 220,00. Além disso, ainda estamos esperando o salário de dezembro”, contou o funcionário à reportagem do Seringal, na manhã desta segunda-feira.

José contratou advogado para reaver os seus direitos, mesmo que ele seja demitido após isso. “O que eles querem é que eu peça demissão. Mas eu estou trabalhando todo dia, esperando o que é meu por direito. Eu tenho família e contas para pagar”, afirmou.

O trabalhador, questionado sobre quem seria o dono da Red Pontes, disse que “um tal Emerson” se apresentou como um dos proprietários. “E junto com ele quem esteve aqui foi o deputado eleito Afonso Fernandes, do PL. Afonso Fernandes, do PL.

“O deputado disse que é sócio proprietário da empresa”, revelou.

Donadoni se mantém em silêncio diante do crime cometido pela empresa – um comportamento omissivo que, certamente, contraria as ordem do governador para tratar com justiça e respeito trabalhadores em geral.

À imprensa, antes de ser eleito, Afonso disse que a empresa pertenceria à sua família, e que não teria poder de mando sobre questões administrativas.

A reportagem não conseguiu contato com o deputado eleito.