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Governador Gladson Cameli lamenta morte do ex-deputado Gilberto Diniz

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NOTA DE PESAR

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do ex-deputado estadual e, atualmente, vereador e presidente do MDB em Sena Madureira, Gilberto Diniz.

Prestamos nossas condolências a todos os familiares e munícipes senamadureirenses pela perda de um dos seus ilustres filhos, sendo Gilberto membro de uma das famílias mais tradicionais do Vale do Purus e também servidor do Banco da Amazônia.

Gilberto Diniz foi um grande amigo e parceiro de grandes lutas desde a minha primeira eleição para deputado federal no ano de 2006, quando também foi eleito pela primeira vez deputado estadual.

Minha gratidão a ele, e que Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, console os corações de sua família e amigos e de todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com este nobre e honrado amigo que deixará em todos saudades eternas.

Gladson Cameli
Governador do Estado do Acre

Morre em Goiânia o vereador e ex-deputado acreano Gilberto Diniz

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O ex-deputado e atualmente vereador pelo município de Sena Madureira, Gilberto Diniz, faleceu no início da noite desta terça-feira, num hospital dw Goiânia.

O parlamentar passou mal logo após as eleições, quando disputou uma das 24 vagas da Aleac, e precisou ser internado com problemas cardíacos.

Diniz, primo do deputado federal eleito Gerlen Diniz, foi submetido a uma cirurgia de risco, pela manhã.

O procedimento para trocar uma válvula no coração demorou cerca de seis horas. Os médicos disseram que a cirurgia havia sido bem sucedida, mas o paciente precisou, em seguida, ser levado à UTI, onde faleceu. Foi a terceira intervenção cirúrgica de Diniz, pelos mesmos motivos.

Diniz deixa três filhos.

Populares de Sena Madureira lamentam a morte nas redes sociais.

Familiares não informaram detalhes do velório e sepultamento.

 

Acre: Gefron salva casal mantido refém por criminosos após mais de 60 quilômetros de perseguição

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A operação, coordenador pelo delegado Rêmullo Diniz, ocorreu na madrugada desta terça-feira, 8. Na ação de policiais do Grupamento Especializado de Fronteiras, o GEFRON, recuperou um carro, prendeu um dos criminosos e libertou um casal que era mantido refém.
O acompanhamento tático ao veículo, roubado na região do Rondônia, começou no Posto de Fiscalização da Tucandeira, na Br-364, divisa entre os estados do Acre e de Rondônia.
O carro dos suspeitos só foi interceptado em Vila Campinas. Na ação um dos bandidos fugiu, mas o comparsa foi preso.
O casal, estava amarrado no banco de trás do automóvel.
De acordo com informações da Polícia Civil, um bando de criminosos, fez uma arrastão na região de Rondônia, onde cinco carros foram roubados e, fugiu para o Acre.
A intenção era levar os veículos para a Bolívia. A segurança na rodovia foi redobrada para tentar localizar os outros carros.

Homem foge da alta dos combustíveis, deixa a moto em casa e vai ao mercado a cavalo

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Com o preço da gasolina em alta em Rio Branco, homem substitui moto por cavalo pra ir ao supermerca

Um pangaré amarrado a uma arvore, na rotatória em frente a um supermercado, na Rua Jabas Passarinho, no Bairro Apolônio Sales, na parte alta da cidade de Rio Branco, chamou a atenção de quem passava pelo local na tarde da última segunda-feira.

O animal pertence a um cliente do estabelecimento comercial. Carregava quatro sacos de mercadoria nas costas e ainda aguardava, tranquilamente, o dono retornar com o restante da feira do mês.

O homem de aproximadamente 60 anos não quis citar o próprio nome ao ser indagado por um curioso, mas revelou que desde que o preço da gasolina voltou a sofre sucessivos aumentos no pais, ele optou por deixar a moto em casa e vir ao supermercado de cavalo.

“Eu moro em uma chácara a quatro quilômentros daqui e o custo de vir à cidade de moto estava ficando muito caro, por isso voltei a usar o cavalo, como fazia antigamente, antes de poder comprar a moto”, respondeu o senhor enquanto se preparava para deixar o local e voltar para casa antes do anoitecer.

A dona de casa Maria Raimunda Cordeiro diz que aquilo alí era a prova de que a população brasileira ficou mais pobre nos últimos anos e muitas pessoas estão se virando com o que tem para poder atender suas próprias necessidade.

“Com o preços dos combustíveis nas alturas, cada um faz o que pode para escapar da carestia. Eu, por exemplo, passei a vir ao supermercado a pé e fazer compras em pequenas quantidades”, disse.

A gasolina, óleo diesel e gás de cozinha voltaram a ter reajustes semanais no Acre este mês. O litro da gasolina, por exemplo, já ultrapassa a média de 6 reais em alguns postos de Rio Branco.

Ministério da Defesa enviará ao TSE relatório da auditoria nas urnas nesta quarta-feira

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O Ministério da Defesa, do governo de Jair Bolsonaro (PL), informou hoje que irá enviar a conclusão da auditoria feitas nas urnas eletrônicas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na próxima quarta-feira (9). O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira (7), será encaminhando ao Tribunal Superior Eleitoral o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas.

Em outubro, após a realização do primeiro turno das eleições, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, já havia solicitado à Defesa os documentos com o relatório sobre a conclusão da auditoria, mas, na ocasião, a pasta disse que só entregaria após o segundo turno em um prazo de até 30 dias.

Ao pedir que a Defesa se manifestasse em 48 horas, Moraes argumentou que “as notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder”. Integrantes da Defesa rechaçaram que tenha existido algum tipo de pressão de Bolsonaro para que os militares não publicassem o relatório após o primeiro turno — o presidente, candidato à reeleição derrotado, chegou a defender uma checagem alternativa das eleições deste ano, e que essa auditoria não poderia ser financiada com recursos públicos.

As Forças Armadas fizeram uma fiscalização do funcionamento das urnas eletrônicas, através da análise dos boletins de urna, e também participaram do teste de integridade com o uso da biometria de eleitores —um dos pedidos feitos ao TSE.

Uol Notícias

Exército chama a polícia para pôr ordem em bolsonaristas golpistas

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No país da piada pronta, onde as Forças Armadas consideram normal partidários de um candidato derrotado baterem às suas portas pedindo um golpe, o Exército, de todo modo incomodado com a baderna, chamou a polícia para restabelecer a ordem.

O espaço em frente ao QG do Exército, em Brasília, e áreas vizinhas estão ocupados por bolsonaristas revoltados com a eleição de Lula para presidente. Montou-se, ali, um acampamento, uma praça de alimentação e uma feira onde se vende de tudo.

O site Congresso em Foco, em reportagem a ser publicada hoje, vai contar que até armas e spray de pimenta podem ser comprados. Mais de 70 caminhões estão estacionados por perto. A maioria deles veio do Mato Grosso, Goiás, Bahia e Santa Catarina.

Em ofício ao governo do Distrito Federal, o Comando Militar do Planalto pede a “aplicação de multas e reboque de veículos”, o “policiamento ostensivo com efetivos e viaturas para coibição de delitos e crimes” e “o controle de ambulantes e barracas”.

Classificado de “urgentíssimo”, o ofício assinado pelo chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Planalto, coronel Fabiano Augusto Cunha da Silva, pede que não seja autorizada a entrada no local de carros de som e que se recolha o lixo produzido.

O coronel afirma que “as manifestações estão ocorrendo de forma ininterrupta”, que uma das vias foi fechada para o estacionamento de caminhões, e pede para que a secretaria não autorize a entrada de carros de som no local “caso isso seja solicitado”.

Procurado pelo jornal Folha de S. Paulo, o Comando Militar do Planalto informou que os manifestantes “se encontram de forma pacífica em frente ao quartel-general” e que o objetivo não é retirá-los dali, mas reforçar a “segurança desses brasileiros”.

Generais ouvidos disseram que os manifestantes devem se desmobilizar por conta própria ao perceberem que não haverá golpe de Estado. Quer dizer: os militares não acham nada demais a promoção de atos contrários à democracia.

E se os atos fossem protagonizados por militantes de partidos de esquerda inconformados com a derrota do seu candidato? Os militares chamariam a polícia? Ou sem disparar um só tiro ou bomba, dispersariam a turba com simples jorros de água?

Certamente, algum poder superior os impede de agir assim. Ou então são coniventes com a anarquia que seriam incapazes de tolerar se partisse dos que pensam diferente deles. Dando-se conta ou não, ignoram o que está escrito na Constituição.

 

Blog do Noblat

O hospício de portas abertas e o bolsonarismo como problema maior que Bolsonaro

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Quando se abre a porta do hospício, o porteiro deixa de ter importância e a prioridade é acalmar os ânimos dos pacientes que escaparam e colocá-los de volta na ala de internação.

Para poder explicar melhor o tamanho da gravidade do problema que estamos passando, o completo descontrole da situação e os reflexos futuros disso, vou me recordar de um livro que grande parte já teve acesso na época da escola, chamado Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach. A maioria que já leu provavelmente teve acesso à versão original lançada em 1970. Em versão recente, Bach resolveu publicar a íntegra do livro, adicionando o quarto capítulo que eu vou explicar adiante. Antes, vamos falar dos três primeiros capítulos e mesmo quem não leu o livro será capaz de entender a intenção do autor e poderemos traçar um paralelo com o que está acontecendo no país.

No primeiro capítulo, uma gaivota chamada Fernão Capelo chega à conclusão de que voar não deveria ser apenas uma forma de se locomover ou disputar restos de comidas dispensadas por pescadores. Seu inconformismo com a limitação imposta ao comportamento das gaivotas faz com que busque realizar coisas que nenhuma outra havia feito, enquanto vive o conflito entre seguir o bando e pertencer ao grupo ou tentar romper barreiras e voar mais rápido, melhor e fazer acrobacias que o permitia buscar alimento em profundidade maior, tendo acesso a peixes melhores. Em determinado momento o grupo, muito tradicional, expulsa Fernão e ele se torna um exilado, sem possibilidade de retorno. Em seu exílio, ele conhece outras duas gaivotas que, assim como ele, buscavam mais e juntos passam a realizar voos que jamais foram imaginados.

No segundo capítulo, Fernão transcende a outra sociedade, mais evoluída e formada por gaivotas que também tinham como obsessão realizar coisas que jamais foram realizadas. A relação entre os alunos e professores é quase sagrada, chegando ao ponto de ser feito um paralelo com a divindade. Em um dos trechos, o autor destaca: “Você tem de compreender que uma gaivota é uma ilimitada ideia de liberdade, uma imagem da Grande Gaivota”. Fernão, então, percebe o contraste entre a antiga comunidade que ele vivia, que era completamente coercitiva.

Chegando ao terceiro capítulo, que era o último na versão original do livro, o destaque vai para a frase do professor de voo mais antigo desse bando, que diz “continuar trabalhando para amar”. Nessa parte Fernão entende que o processo de evolução está na capacidade de perdoar e o progresso está concentrado na arte de ensinar outros para que possam ver o mundo de uma forma diferente. Assim ele retorna ao plano, reaparece no seu bando e passa a ensinar, depois de superar inúmeras barreiras. Junto com seus discípulos mais próximos, começa a mostrar o caminho de “voar por prazer”, de formas diferentes e criativas e não apenas para cumprir uma metodologia ultrapassada, que antes o deixava insatisfeito, triste e inconformado.

Como eu disse, uma nova edição foi lançada, levando em conta o século 21 e suas particularidades. Segundo o autor, o capítulo estava pronto e ele havia optado por não publicar, com medo da mensagem principal se perder. No entanto, talvez ele não soubesse do crescimento de movimentos políticos e religiosos em todo o mundo e o peso desse novo capítulo na realidade que estamos passando. Sei que a maioria dos leitores teve a oportunidade de ler esse livro na infância e, naquela época, esse último capítulo ainda não estava disponível e, mesmo eu descrevendo adiante o que acontece, deixo o convite para que leiam a nova edição do livro.

No quarto capítulo, lançado posteriormente, Fernão Capelo Gaivota e seus discípulos mais próximos morrem. Mas isso acontece depois de ele ter mudado toda a realidade das gaivotas. Elas passaram a sentir prazer em voar, buscar o voo para além de algo útil apenas à sobrevivência. Novos caminhos foram encontrados, desafios foram superados, novas formas de obter alimento e se comportar no dia a dia.

A semente do trabalho de Fernão havia sido plantada e as gaivotas tinham um caminho a seguir. No entanto, com o passar dos anos, as gaivotas passaram a prestar homenagens daquilo que eles acreditavam que havia sido Fernão. Fizeram uma estátua e deixavam-lhe oferendas. Depois disso, quase que em um altar, passaram a fazer orações, pedidos e iniciaram a total distorção dos ensinamentos de Fernão. Ao invés de executar o que ele havia ensinado, de treinar incansavelmente para melhorar as manobras de voo, inovar e romper barreiras impostas pelos outros, as gaivotas se limitaram a prestar homenagens e pedir para Fernão que as ajudassem a realizar os feitos que dependiam exclusivamente de seus esforços. As falas deixadas pelo mestre eram tiradas do contexto, adaptadas para caberem exatamente dentro daquilo que elas queriam e as gaivotas deixaram de voar como voavam antes. Não existia mais criatividade e liberdade, apenas teorias distorcidas da realidade e dos ensinamentos. Nada, absolutamente nada, do que Fernão havia ensinado era aplicado. Eis que surge uma jovem gaivota que passa a questionar tudo que falavam sobre Fernão e começa a fazer exatamente ao contrário do que as demais gaivotas faziam, iniciando mais uma fase de rompimento de barreiras, assim como Fernão havia feito no passado.

Minha sugestão é que aqueles que ainda não leram esse pequeno livro, que pode ser facilmente consumido em uma tarde, façam a leitura. Aqueles que já leram, podem repetir a leitura, com o acréscimo do quarto capítulo. Mais do que isso, sugiro que coloquem na cabeceira da cama de seus filhos, porque é um livro encorajador e que também mostra o risco de seguirmos algo sem questionar.

Dito isso, quando vejo o comportamento dos últimos quatro anos, somados às eleições e as recentes manifestações de parte da população após a apresentação do resultado das apurações, tomo licença para fazer um paralelo com o livro Fernão Capelo Gaivota.

No livro, fica clara a divisão da população das gaivotas em dois grupos. O primeiro, minoritário, é composto por gaivotas que buscam romper as barreiras por inconformismo da realidade que vivem; no segundo grupo, a maioria massacrante é formada por aves que buscam seguir, à primeira vista, a tradição do ancião e depois passam a seguir Fernão Capelo e as mudanças propostas por ele e no fim, criam uma ideologia distorcida baseada em suas próprias cabeças e conveniência e a seguem de forma que se assemelha a um culto.

Assim está o cenário político nestes últimos quatro anos. Num primeiro momento, temos a ruptura com o conformismo da vida como estava e a busca de novos horizontes; pequenos grupos iniciam um questionamento que foi tomando proporções gigantescas e, então, paralisaram o país. Na busca por eleger um interlocutor dessa quebra de paradigmas, o Brasil se escorou no discurso de Bolsonaro. Ele, de forma hábil, criou narrativas audíveis ao público que queria cativar e aliado a isso, o absurdo atentado da facada coroou, apesar de trágico, a construção do arquétipo do herói. E brasileiro adora um herói.

Durante o governo, com a insustentabilidade da manutenção do discurso anticorrupção, temas menos importantes e mais polêmicos encobriram a realidade.

Simultaneamente, uma realidade paralela foi se desenhando: teorias da conspiração sobre o sistema, complôs de outros países, supostas fraudes no sistema eleitoral, revolta contra o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, a impossibilidade de governar, teocracia, idiocracia e histórias criadas de luta entre o bem o mal com as mais absurdas colocações tomaram conta das redes em uma distribuição massiva de fake news.

A discussão com os grupos mais extremistas se tornou impossível. Nessa hora, Mark Twain, humorista americano, tem razão ao dizer “Nunca discuta com um idiota. Ele te arrasta ao nível dele e te vence em experiência”. Resumindo, é impossível discutir com algo completamente desarrazoado. Nada na conversa faz sentido e você fica sem saber até como agir numa situação dessas.

Agora, traçando um paralelo do período eleitoral, especialmente após a apuração com o resultado dando a vitória a Lula – com o novo e quarto capítulo do livro que conta a história de Fernão Capelo Gaivota -, temos aqui a mais dura realidade retratada pelo autor Richard Bach: a capacidade da sociedade de distorcer a realidade e criar verdadeiras seitas. Nesse ponto, a criação fica maior que o próprio criador e é justamente esse o risco que enfrentamos. O bolsonarismo é maior que o próprio Bolsonaro e nem ele, caso quisesse, conseguiria controlar o que está acontecendo.

Até o final da semana passada, eu tive estômago para ficar em grupos bolsonaristas. Não consegui mais. Apesar de a tendência normal ser a perda da força nos próximos dias, ainda teremos momentos críticos em que essas ações e discursos estarão acentuados, como a posse do novo presidente, que não será fácil, ou os primeiros números do novo governo, que tendem a não ser tão positivos, tendo em vista o orçamento aprovado para 2023 e uma série de fatores externos. Mas, o mais preocupante, é a possibilidade de declarações de Bolsonaro que ora está em silêncio, ora faz falas que deixam margem para a criativa interpretação dos eleitores e, em outras ocasiões, adota o discurso mais agressivo.

Em cada comportamento, reações das mais variadas aparecem. Em grupos que participei, recebi coisas completamente insanas, mas que deixam claras mais uma vez que o bolsonarismo é maior que Bolsonaro. No período silencioso de mais de 36 horas antes do pronunciamento, áudios relatavam que o futuro ex-presidente estaria preso, sendo refém a mando dos ministros do STF. Ao aparecer na coletiva, com sorriso no rosto, em outros grupos, depoimentos de pessoas se identificando como próximas do governo, dizendo que aquele ar de tranquilidade era justamente para mostrar que o “Capitão tem um plano”. Ao descrever a derrota nas urnas, outro áudio dizia que tudo isso era parte de um plano de Bolsonaro que sendo um ótimo estrategista de guerra, diria que tudo ocorreu como planejado e que, assim que se consolidassem as provas, na posse do novo presidente, ele abriria a “farsa” das eleições e mandaria prender todos os que manipularam as eleições. Um dos mais preocupantes trata de uma convocação em que os eleitores do presidente alegam que ele está cansado e lutou o quanto pôde. Nesse caso caberia ao povo continuar aquilo que ele havia começado. Conseguem perceber a gravidade?

Assim como as boas intenções de Fernão Capelo Gaivota se tornam uma seita, com adorações, discursos distorcidos e teorias relativistas, o Brasil se vê diante de adoradores das teorias criadas durantes os últimos quatro anos. Pessoas com os mais variados níveis e tipos de psicopatias tomaram voz e a pauta que eles acreditam estar defendendo se tornou maior que o próprio nome que a levantou inicialmente. Imaginem o improvável: o país entrando em colapso com confrontos de todas as espécies e Bolsonaro, arrependido do seu comportamento, resolve pegar um microfone e dizer: “Queridos eleitores, reconheço o processo eleitoral. Não há provas de manipulação nas eleições. É tempo de pacificar e peço a todos que se acalmem e se unam num Brasil só, conforme Deus nos ensinou, com paz e união”. Pergunto: qual a chance dos eleitores de Bolsonaro seguirem esse conselho? Nenhuma. No mínimo, vão dizer que o presidente foi dopado ou que ele está com algum parente sendo refém e por isso que ele fez a declaração, ainda reforçando que agora é a hora de aumentar a mobilização e pedir intervenção.

A triste realidade é que esse movimento, perigoso e sem limites, ainda nos acompanhará por décadas e enterrar o nome de Bolsonaro, por mais necessário que seja, não acabará de vez com o mal que ele criou. Do lado de cá, daqueles que não acreditam nas teorias conspiratórias e não sofrem de mania de perseguição, seguimos aprendendo e reaprendendo a combater essa onda que não perdeu a força nem mesmo com a derrota.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

 

Acesso ao BIS: PM do Acre diz que ordem do STF para desobstruir rua está sendo cumprida

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A relações públicas da Polícia Militar do Acre, tenente Ingra, disse há pouco que a ordem do ministro Alexandre de Moraes, presidente do STF, para evitar interrupção no trânsito próximo ao 4 BIS, em Rio Branco, está sendo rigorosamente cumprida. A região é considerada área de segurança nacional.

A militar informou que a PM faz rondas regulares no local desde a sexta-feira passada, observando o comportamento dos manifestantes.

“Não podemos impedir as pessoas de estarem no local, mas a desobstrução das vias, conforme determinação do STF, não poderá ocorrer”, declarou a tenente. Estamos neste ritmo desde a primeira determinação judicial,  emitida pelo Judiciário do Acre na semana passada”, concluiu.

Não há relatos de violência ou radicalização por parte dos manifestantes, bolsonaristas descontentes com o resultado das eleições para presidente da República.

Alexandre de Moraes manda PM desbloquear rua próxima a quartel em Rio Branco; Multa a bolsonarista é de R$ 100 mil por hora

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesse domingo que a Polícia Militar do Acre faça a desobstrução imediata de vias públicas que “ilicitamente estejam com seu trânsito interrompido”. O MP-AC (Ministério Público do Acre) relatou a permanência de manifestações no entorno da sede do Exército em Rio Branco e identificou organizadores do ato. Apoiadores do presidente e candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL), têm se reunido no entorno de quartéis para questionar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A promotoria do Acre relata “pouca vontade” da PM em cumprir.

decisão judicial, “leniência do Judiciário” por ter reduzido o valor da multa e cita “financiamento do agronegócio”. Tudo isso, segundo o MP, gerou uma “situação insustentável, que atenta frontalmente contra o resultado das eleições, ou seja, contra o Estado Democrático de Direito”.

Moraes determina multa de R$ 100 mil por hora, caso a decisão de remoção dos bloqueios nas vias no entorno do quartel não seja cumprida, e estende a aplicação da multa a dois homens apontados como financiadores das atividades. Desde 30 de outubro, quando o resultado das eleições deu a vitória a Lula, bolsonaristas têm feito bloqueios nas estradas e em frente a quarteis em vários estados brasileiros. No dia seguinte ao segundo turno, o STF referendou, por unanimidade, a determinação do ministro Alexandre de Moraes para que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e polícias militares dos estados desobstruam todas as rodovias bloqueadas. Moraes já havia feito um pronunciamento no TSE no qual destacou que os bloqueios conduzidos por bolsonaristas são antidemocráticos e seus responsáveis responderão como “criminosos” perante a lei.

“Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos que serão combatidos e os responsáveis apurados e responsabilizados sob a pena da lei. A democracia venceu novamente no Brasil”, disse Moraes. Resultado das eleições 2022. Lula foi eleito pela terceira vez. O petista teve numericamente a maior votação da história —o recorde anterior era dele mesmo, em 2006, com 58.295.042 votos.

 

 

Começa hoje julgamento da deputada cassada Flor de Lis, acusada de mandar matar o marido pastor

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Acusada de ser mandante da morte do marido Anderson do Carmo em 2019, a ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza começa a ser julgada nesta segunda-feira. Além dela, irão à juri popular três de seus filhos — Simone dos Santos Rodrigues, Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira —, além de uma neta, Rayane dos Santos. Todos são acusados de envolvimento na execução de Anderson. Para o julgamento, a defesa dos acusados pediu à Justiça que eles possam trocar de roupa e que entrem no tribunal sem as algemas. O pedido foi aceito pela juiza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, que condicionou o atendimento do pleito à segurança no momento da sessão.

O julgamento vai ocorrer no Tribunal do Júri de Niterói, cidade onde o crime ocorreu, e a previsão é de que se estenda por três dias. A juíza responsável pelo caso, Nearis dos Santos Carvalho Arce, já determinou que a sessão começará às 9h e será suspensa às 20h, sendo retomada na manhã do dia seguinte. Para garantir a segurança do local, a magistrada solicitou reforço de policiamento à PM no entorno nos dias de julgamento.

Conforme revelado com exclusividade pelo GLOBO, os advogados de Flordelis, ao menos três rés no processo – Flordelis, Rayane e Simone – acusam o pastor Anderson de abusos sexuais e darão seus relatos durante o julgamento. Neste domingo O GLOBO revelou um vídeo gravado na cadeia em que a pastora detalha sobre os episódios aos seus advogados. A ex-deputada ainda acusa o marido de agressões físicas. Alegações, porém, que são refutadas pelo advogado que defende a família de Anderson.

— Vamos levar aos jurados a realidade do que acontecia e que precisa ser exposto. Seja pelo intermédio de testemunhas e da própria acusada no seu interrogatório. Os jurados, para tomarem uma decisão justa, precisam ter subsídio probatório — afirma Rodrigo Faucz, um dos oito advogados da ex-deputada.

Advogado da família de Anderson, Ângelo Máximo refuta as acusações e pontua que a tese de que o pastor cometia abusos na casa chegou a ser levantada no início das investigações por Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, ao admitir ter dado os tiros que mataram a vítima. Porém, não foi confirmada por integrantes da família ouvidos pela Polícia Civil. Durante depoimentos em audiências na Justiça, os dois delegados que atuaram no caso, Bárbara Lomba e Allan Duarte, disseram que os supostos abusos não foram comprovados.

— A prova que está no processo é a de que Anderson foi vítima de um brutal homicídio perpetrado pela sua esposa, a mando dela, com a participação de filhos. Agora, estão querendo acusá-lo de estupro, de abuso sexual, o que é inadmissível. No Tribunal do Júri, nunca vi saírem vitoriosas teses como essa, que acusa a vítima que não está mais para se defender — diz Máximo.

O passo a passo do julgamento

A sessão de julgamento tem início com o sorteio dos sete jurados para integrar o chamado Conselho de Sentença. São eles que decidirão se os réus são culpados ou inocentes. Os jurados, ao serem escolhidos, passam a ficar incomunicáveis, não podendo estabelecer qualquer contato entre eles ou com terceiros até o término do julgamento. Eles são obrigados a desligar seus celulares e entregá-los ao oficial de Justiça. Os jurados são pessoas comuns, moradores de Niterói, que não necessariamente têm formação jurídica. No fim do dia, quando a sessão for suspensa, eles ficarão alocados em um hotel previamente escolhido pela Justiça.

Após a escolha dos jurados, começam a ser ouvidas as testemunhas – primeiro, as de acusação em seguida, as de defesa. No fim, é feito o interrogatório dos réus. Em seguida, terá palavra a acusação – promotor de Justiça e em seguida o assistente de acusação. Eles poderão falar por duas horas e meia, dividindo esse tempo, pedindo pela absolvição ou condenação dos réus, a depender das provas apresentadas no julgamento. Depois, terão direito a falar também por duas horas e meia a defesa dos acusados. Eles terão que dividir o tempo total disponível. Os mesmos advogados defendem Flordelis, Rayane, André e Marzy. Apenas Simone é representada por outra advogada, Daniela Grégio.

Após a explanação da defesa, MP e assistente de acusação terão duas horas de réplica e em seguida, os advogados terão mais duas horas de tréplica. Os jurados votarão quesitos, formulados pela juíza, sobre a existência ou não do crime, autoria ou participação dos réus, se devem ser absolvidos, se existem causas de aumento de pena, entre outros. A votação acontece na chamada sala secreta. Após a votação, a magistrada elabora a sentença e estipula a pena, de acordo com os quesitos votados pelos jurados.