A menos de três meses das eleições, as chapas vão se formando e os apoios se firmando. No meio disso, estão também as alianças que vão se desfazendo, como o rompimento da deputada federal Vanda Milani (PROS) com o governo..
À época do rompimento, o filho da deputada, Israel Milani, chegou a declarar que todos de seu grupo político romperiam com o Governo. Mas não foi assim que aconteceu.
O diretor do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem, decidiu manter o cargo e ficar ao lado de Gladson Cameli.
Contrário a isso, o grupo Milani fechou com um dos principais opositores do governador nessas eleições, o senador Sérgio Petecão (PSD). Em meio a tantos desencontros, o diretor do Imac agora decide receber em seu local de trabalho, nesta quarta-feira (29), dia de seu aniversário, a ilustre visita de sua madrinha política e pré-candidata a senadora pelo grupo de Petecão, Vanda Milani.
Tinha que ser ali?
Hassen suscitou duas interpretações:
1 – Estaria repensando suas posições?
2 – Não entende que com, esse gesto ultrapassou o limite da ousadia?
Nesta quarta-feira, 29, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio Público, Fiscalização das Fundações e Entidades de Interesse Social, instaurou um inquérito civil para averiguar possíveis irregularidades na contratação emergencial da empresa Ricco Transportes e Turismo Ltda pela Prefeitura de Rio Branco para prestação de serviços de transporte coletivo urbano.
A investigação busca saber de que forma foi conduzido o Processo de Contratação Emergencial para transporte coletivo urbano, que culminou na contratação pública da empresa Ricco Transportes e Turismo Ltda, no âmbito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (RBTRANS).
Para dar início à apuração, o MPAC levou em consideração denúncias registradas e o teor do Relatório de Análise Técnica n. 101/2022, elaborado pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro – LAB-LD, do MPAC.
Em suma, o documento aponta a existência de violação aos ordenamentos da Lei de Concessões n. 8.987/95 e aos princípios da competitividade, impessoalidade e igualdade na escolha da referida empresa no certame supra mencionado, fls. 1443/1452.
As informações são da assessoria do MPAC, que não entrou em detalhes sobre as irregularidades identificadas.
Veja abaixo o que disse o prefeito Tião Bocalom na assinatura do contrato, em 8 de fevereiro deste ano.
Bruna Fernandes Dias, sócia-proprietária da Ricco, disse que a empresa trouxe para Rio Branco 60 ônibus e que inicialmente 43 serão disponibilizados para atender as linhas de responsabilidade da Auto Viação Floresta.
A empresária participou do evento acompanhada do pai Ewerson Dias, que também é um dos sócios da Ricco. Ela explicou que, atendendo a uma sugestão do prefeito Tião Bocalom, 90% da mão-de-obra utilizada pela empresa será local e que foram priorizados os profissionais que atuavam na Auto Viação Floresta.
“A Ricco está trazendo uma inovação para o transporte público daqui. Espero abraçar a cidade e que a cidade também nos abrace. A gente fez uma seleção de noventa operários, motoristas que eram da empresa Floresta e que vão trabalhar para nós”, explicou Bruna.
O superintendente da RBTrans em exercício, Francisco José Benício Dias, ressaltou o empenho do prefeito Tião Bocalom, que vem trabalhando de forma corajosa e determinada para ofertar um serviço na área do transporte público à altura das necessidades da população rio-branquense.
“Esse era o passo fundamental. A partir de agora nós temos o start da operação. Assinado o contrato, a RBTrans vai emitir ordens de serviços emergenciais e vai começar a operar nas trinta e uma linhas da Auto Viação Floresta com a nova frota da empresa Ricco”, explicou Benício.
Durante o ato de assinatura do contrato emergencial o prefeito Tião Bocalom disse que a Prefeitura está fazendo de tudo para melhorar o transporte coletivo de Rio Branco. “A gente não vai resolver isso em um ano. Mas acredito que até o final do nosso mandato o transporte coletivo terá uma nova cara”, concluiu.
O decreto nº 11.042, de abril deste ano, tornou opcional o uso de máscaras faciais em locais abertos e fechados. No entanto, a medida não é válida para locais destinados a prestação de serviço em saúde. Com o aumento do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) reforça à população as instruções sobre os cuidados dentro das unidades de hospitalares.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Regulação de Leis da Sesacre, Ana Claudia Onofre, a população está se dirigindo às unidades de saúde sem máscara, o que colabora com a propagação do vírus de covid-19, influenza e outros. A UPA do 2º Distrito de Rio Branco, por exemplo, tem recebido diariamente cerca de 500 pessoas, boa parte com sintomas de síndromes gripais.
“Além da obrigatoriedade do uso de máscaras nas unidades hospitalares, também temos uma preocupação devido ao fato de que a unidade hospitalar é um ambiente contaminado, onde há vírus e bactérias que não são comuns em locais fora dos hospitais”, explica a coordenadora.
A coordenadora Ana Cláudia Onofre informa que a máscara é um das principais medidas contra a propagação de vírus. Foto: Cássia Veras/Secom
Com isso, a Sesacre tem alertado as equipes quanto ao cumprimento do decreto e orientação dos usuários da Rede de Saúde. Onofre informa ainda que as pessoas que procuram atendimento sem máscara, mas apresentam quadro de saúde estável e não correm risco de vida, podem não receber o atendimento.
UPA do 2º Distrito de Rio Branco tem registrado diariamente atendimentos de cerca de 500 pessoas. Foto: Odair Leal/Secom
“Estamos orientando e pedindo que as pessoas tragam suas máscaras. Pega uma na gaveta, deixa dentro da bolsa. Porque, para procurar atendimento, tanto na UPA do 2º Distrito, como em outras UPAs e unidades de saúde, é obrigatório o uso da máscara”, informou Ana Claudia.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) anunciou nesta quarta-feira que vai se candidatar a deputada federal por São Paulo nas eleições deste ano. Marina foi, por três vezes, candidata à Presidência da República (2010, 2014 e 2018), tendo obtido a terceira colocação nas duas primeiras tentativas.
A expectativa da Rede é de que Marina Silva seja uma puxadora de votos da sigla, que hoje só tem uma deputada federal, Joênia Wapichana (RR), e um senador, Randolfe Rodrigues (AP).
Marina chegou a ser cotada para o cargo de vice do petista Fernando Haddad após se reaproximar do Partido dos Trabalhadores. A ex-senadora declarou apoio ao pré-candidato petista ao governo de São Paulo no início deste mês.
A intenção de que Marina fosse vice de Haddad esbarrou na necessidade de a Rede precisar de uma puxadora de votos e também encontrou oposição do PSOL, que também apoia Haddad e reivindica espaço na chapa do petista.
“Considero que assim (como candidata a deputada) posso colaborar com o objetivo estratégico de mobilizar o Brasil para o grande desafio da reconstrução e construção de políticas públicas capazes de enfrentar o crescimento intolerável das desigualdades, recuperar a economia em bases sustentáveis e preparar o estado e o país para a urgente transição necessária para nos adaptarmos às mudanças climáticas”, afirmou a ex-senadora em nota publicada em suas redes sociais.
“A sociedade paulista, pela sua complexidade, diversidade e pujança reúne recursos, capacidades e condições de responder a tantas crises que nos assolam, contribuindo assim (…) para a instituição de novo ciclo de desenvolvimento no estado e do país, deixando para trás as tragédias que hoje minam nossas esperanças”, prossegue o documento.
Marina fala ainda em “contribuir para que São Paulo tenha uma representação no Congresso que seja compatível com sua potência em recursos sociais, científicos, humanos, tecnológicos e financeiros”.
Mesmo sendo injustamente tratado como a “Geni” brasileira, o agro continua liderando o Brasil rumo a um novo padrão de desenvolvimento, em que a sustentabilidade ambiental, coordenada com a melhoria de índices sociais, serve como parâmetro mundial de prosperidade e de trabalho decente e justo.
Claro que ainda existem enormes avanços a serem construídos, mas é um dos setores em que o Brasil atua enquanto líder mundial na implementação das melhores práticas ambientais, sociais e de governança, também conhecidas como coluna “ESG”.
Criminosos há, entretanto, travestidos de produtores rurais, que destroem a Natureza e violentam os povos e saberes tradicionais. Buscam o lucro do extrativismo e da especulação fundiária, criando ínfimas cabeças de gado e plantando poucos pés de alguma cultura para justificarem a irregular titulação fundiária. Esses bandidos devem ser severamente responsabilizados.
O agronegócio brasileiro difere diametralmente dessa barbárie, buscando o desenvolvimento de mecanismos transparentes de governança que combatam esse tipo de criminalidade privada que só existe enquanto cultivada sob o manto da corrupção pública.
Por isso, posturas danosas são combatidas diuturnamente – como reconhecido no painel “Accelerating a just rural transition to sustainable agriculture”, na COP-26 -, com ações de reflorestamento e preservação coordenadas com práticas produtivas agropecuárias. A verdade é que o agro nacional é exemplo de postura ESG para o mundo, como referido no painel citado.
O agro brasileiro é responsável pela preservação de 33,2% das áreas ambientais no país. Os dados são resultado de um novo estudo divulgado pela Embrapa Territorial que mostrou que cerca de 1/3 das áreas protegidas no país estão dentro das propriedades rurais. O estudo analisou quase 6 milhões de estabelecimentos, por meio de dados do Censo Agropecuário e do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (Sicar), e concluiu que os produtores preservam 282,8 milhões de hectares.
Outro dado relevante mostra que, em média, 49,4% das áreas das propriedades estão sendo utilizadas para atividade agropecuária, ou seja, praticamente metade fica preservada. Ao todo, o estudo da Embrapa indica que o Brasil possui mais de 66% de áreas protegidas e preservadas.
Ainda, a produtividade do agro brasileiro, segundo relatório do “Economic Research Service”, órgão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foi a que mais cresceu no século 21, perfazendo índices de crescimento médio de 3,18% ao ano.
Reflexo dessa melhoria produtiva é a otimização no uso de defensivos agrícolas. Pesquisa recente, divulgada em evento organizado pela FAO/ONU, EMBRAPA, ABAG e ANDEF, mostra que o Brasil é um dos países com alta produção agrícola que menos utiliza químicos, proporcionalmente à sua produção. Além disso, há melhor aplicação de moléculas cada vez mais adequadas à cultura, gerando menores passivos ambientais e sociais.
O aumento de produtividade reflete-se, outrossim, na vida do trabalhador rural. Dados recentes do IBGE (Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2021 / IBGE) mostram que houve melhora consistente nos indicadores sociais desses trabalhadores.
Além disso, o Brasil, signatário recente das Discussões Estruturadas de Comércio e Sustentabilidade Ambiental – iniciativa da Organização Mundial do Comércio (OMC) -, tem buscado alternativas para liberalizar o comércio agropecuário, eliminando subsídios e impulsionando uma agenda de sustentabilidade.
O protecionismo, muitas vezes implementado como barreira fitossanitária aos produtos brasileiros, gera maior distorção e insustentabilidade, na medida em que impede produtos brasileiros (mais “limpos”) de atingirem mercados, incentivando práticas subsidiadas insustentáveis e predatórias.
Em resumo, enquanto o agro nacional é ambientalmente adequado e socialmente justo, pautando-se pelas melhores práticas que visam ao aumento da dignidade do trabalho, o agro pouco produtivo, que necessita de proteção, costuma se pautar pelo vilipêndio ao meio ambiente e pela exploração da mão-de-obra.
Entretanto, a Política Nacional de Inovação, (Decreto nº 10.534, de 28/10/2020), que deveria balizar a elaboração de políticas públicas referentes à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) padece de recursos orçamentários para sua efetivação.
O agro, ainda que seja extremamente produtivo e sustentável, necessita da existência de políticas públicas que incentivem a adição de maior valor agregado a seus produtos. Dessa maneira, a competitividade agropecuária brasileira, já grande, tenderá a um crescimento ainda maior.
Portanto, para que o agro continue sendo, cada vez mais, o motor “ESG” do Brasil, é necessária uma melhoria institucional que valorize a produtividade agropastoril de maneira mais inovadora e tecnológica.
Hoje, o Agro é Justiça, Inclusão e Sustentabilidade, e reúne potencialidade para ser muito mais!
*André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Sociais. Escritor, professor e palestrante.
Por quatro votos a um, a 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal entendeu que o presidente Jair Bolsonaro ofendeu a jornalista Patrícia Campos Mello, da “Folha de S.Paulo”, com insinuação de cunho sexual. Além de manter a condenação, o Tribunal de Justiça de São Paulo elevou o valor da indenização, de R$ 20 para R$ 35 mil.
O ataque foi feito por Bolsonaro em 2020, motivado por reportagens de Patrícia que revelaram um esquema de disparos de mensagens em massa contra o PT nas eleições de 2018.
Bolsonaro disse em entrevista, em fevereiro de 2020, que a jornalista “queria dar o furo a qualquer preço contra mim”. No meio jornalístico, furo é um termo usado para designar informação exclusiva. A partir do episódio, Patrícia relata ter recebido “uma avalanche de ameaças, menções a estupro e memes pornográficos e com referências a sexo anal”.
O ataque do presidente foi uma referência a um depoimento na CPI das Fake News, realizada no Congresso Nacional, feito por Hans River do Nascimento, ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp e fonte da reportagem de Patrícia. Sem apresentar provas, Hans disse no depoimento que a repórter queria “um determinado tipo de matéria a troco de sexo”. A fala foi compartilhada em seguida nas redes sociais pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.
A relatora do caso, Clara Maria Araújo Xavier, votou na semana passada pela manutenção da condenação e ainda pediu o aumento da indenização para R$ 35 mil.
“O apelado (Jair Bolsonaro) proferiu discurso ofensivo, desrespeitoso, machista e mentiroso contra ela, utilizando-a de subterfúgio inescrupuloso para desacreditá-la como profissional e como mulher”, disse.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) soltaram uma nota conjunta na terça-feira pedindo que o TJ de São Paulo “não se dobrasse ao poder político” e fizesse justiça a Patrícia.
“O opressor reincidente de mulheres cometeu um crime que se reproduz cotidianamente com cúmplices de suas falas e atitudes políticas, na maioria das vezes contra profissionais da imprensa sem a visibilidade da jornalista (Patrícia Campos Mello). Fazer justiça nesse caso é oferecer à jornalista, à imprensa e ao interesse público uma reparação concreta, junto com o sentimento de que o Judiciário não se dobra ao poder político de disseminadores do ódio, especialmente contra mulheres”, afirmaram as entidades em nota.
Em suas redes sociais, nesta quarta-feira, Patrícia comemorou a decisão do TJ-SP e afirmou se tratar de “uma vitória de todas nós mulheres”.
Cidades acreanas como Sena Madureira e Plácido de Castro, que estavam há quase três meses sem relatos de novos casos de covid-19, voltaram a registrar testagem positiva para a doença nos últimos dias.
No caso de Plácido de Castro, a prefeitura local se viu obrigada a suspendeu, no inicio desta semana, as aulas na rede municipal de ensino para tentar conter a disseminação da doença entre os estudantes.
Em Sena Madureira, terceiro maior município do estado do Acre, o coordenador do programa de imunização da população percorreu as rádios locais, nesta quarta-feira (28/06,) para pedir à população que compareça aos postos de saúde para tomarem a dose de reforço da vacina.
A cidade teve três novos casos de contaminação pelo corona vírus nas ultimas 24 horas e Donizete Fernandes atribui os diagnósticos positivos ao relaxamento da própria população com as medidas de proteção pessoal e o alto número de pessoas que ainda não completaram o ciclo vacinal contra a covid-19.
“Mais uma vez a gente está vindo aqui para reforçar junto à nossa população a necessidade de completar o seu ciclo imunológico com as doses de vacinação de reforço contra a covid-19, que voltou a ser diagnosticada em nosso município depois de um bom tempo sem registro de casos positivos”. Disse o enfermeiro da rede publica de saúde.
O Acre inteiro, a exemplo do que vem ocorrendo no restante do Brasil, tem registrado aumento na média móvel de novos casos de covid-19, na última semana, quando comparado com os registros de 14 dias atrás.
O boletim mais recente da secretaria estadual de saúde trouxe o registro de 167 novos casos da doença, totalizando 125.759 exames positivos para a covid-19 no estado desde o inicio da pandemia, com saldo lamentável de 2002 óbitos até o presente momento.
Dados técnicos postados no site do ministério da saúde, três dias atrás, apontam para o inicio de uma possível quarta onda da doença no país.
Segundo especialistas de entidades e fundações não governamentais, o retorno da disseminação da doença entre os brasileiros está associado à baixa cobertura vacinal e, principalmente, a rejeição pelas doses de reforço da vacina.
Hoje quem vê o pequeno Bryan Lucca Batista de Azevedo, de nove meses, nos braços da mãe Luanny Cristine Araújo de Azevedo, não sabe os momentos de aflição e desespero que eles e todos seus familiares passaram com a saúde do pequeno Bryan no último dia 23 de junho.
Luanny e Bryan em momento de descontração. Foto cedida pela família
A família de Bryan buscou atendimento para ele em várias clínicas médicas particulares de Rio Branco, pois o mesmo estava há dois dias com gripe e com suspeita de covid-19. Seu quadro teve uma piora no último dia 23, iniciando assim uma corrida em busca de cuidados médicos para o pequeno.
“Eles não quiseram atender meu filho, pois, segundo eles, o Bryan estava com covid-19, e eles não atendem pacientes com a doença. Como assim? Uma clínica médica particular não atende doentes?”, questiona a mãe do pequeno Bryan.
Segundo ela, as informações lidas nas mídias sociais acerca do atendimento no Pronto-Socorro de Rio Branco a levaram a tomar a decisão de buscar a rede particular para tratar o filho.
“Tive medo de levá-lo ao Pronto-Socorro, pois eu vi nos jornais e na internet que algumas crianças estavam morrendo. Temi que isso pudesse acontecer com meu filho e, pensando na segurança dele, me deixei levar por essas coisas”, revela Luanny.
Após tantas negativas e sem rumo, decidiu ir ao Pronto-Socorro de Rio Branco em busca de atendimento para o filho, que estava com suspeita de covid-19.
Bryan já está em casa com a família. Foto: cedida
Luanny faz questão de elogiar o excelente atendimento que ela e seu filho receberam no hospital.
“Nossa, como o atendimento foi totalmente diferente do que eu imaginava, devido ao que tinha lido. Eles atenderam meu filho com muito amor, atenção e zelo. No PS, ele recebeu um tratamento, por parte dos profissionais, como se fosse filho deles”, enaltece a mãe ao lembrar o atendimento.
A mãe ainda relata a preocupação da equipe médica e do acolhimento com ela e com seu filho.
“A equipe esteve todo o momento nos acompanhando, sempre atentos e carinhosos comigo e com o Bryan. Para se ter ideia, até as lágrimas do meu filho foram examinadas”, destaca.
Após essa experiência, Luanny revela que saiu do Pronto-Socorro com um outro olhar, diferente das informações que ela já tinha ouvido em relação ao hospital, e que hoje sabe do esforço gigantesco do Estado e da equipe da saúde pública para atender e salvar vidas.
“Entrei desesperada naquele local. Tive um atendimento que, juro, nunca esperava ter, e vi a seriedade e compromisso do governo e dos servidores para salvar as vidas que ali buscam atendimento. Eu saí confortada do Pronto-Socorro”, enfatiza.
Bryan e sua mãe, Luanny, comemorando seu 9° mês de vida. Foto cedida pela família
A mãe, após toda a situação, usou seu perfil em uma rede social para falar sobre o drama vivido com seu filho e a positiva experiência com o atendimento oferecido no Pronto-Socorro de Rio Branco.
Investigadores da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil fazem diligências pela cidade para esclarecer as circunstâncias de mais um homicídio contra mulher no Acre. A vítima, ainda não identificada, foi encontrada morta no antigo cais de Rio Branco, localizado na Rua Benjamin Constant, na Cadeia de Velha. De acordo com informações, a vítima foi levada para o local e executada com pelo menos cinco tiros. Um dos disparos, efetuado a uma curta distância, de acordo com a perícia, foi na região da cabeça, o que reforça a tese de execução. O corpo da mulher permanece no IML.
O Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O caso está sob sigilo.
Pedro Guimarães é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e está na presidência da Caixa desde o início do governo.
Guimarães costuma acompanhar Bolsonaro em viagens e participava de lives com o presidente.
O que diz Guimarães
A TV Globo tentou contato com Pedro Guimarães, mas ainda não obteve resposta.
Ao site Metrópoles, a Caixa disse que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas, que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio e que possui canal de denúncias por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias”.
O que dizem as funcionárias
À TV Globo, funcionárias da Caixa que preferem não se identificar, relataram o comportamento de Guimarães. Os relatos são parecidos – Leia abaixo:
“Eu considero um assédio. Foi em mais de uma ocasião. Ele tem por hábito chamar grupo de empregados para jantar com ele. Ele paga vinho para esses empregados. Não me senti confortável, mas, ao mesmo tempo, não me senti na condição de me negar a aceitar uma taça de vinho. E depois disso ele pediu que eu levasse até o quarto dele à noite um carregador de celular e ele estava com as vestes inadequadas, estava vestido de uma maneira muito informal de cueca samba canção. Quando cheguei pra entregar, ele deu um passo para trás me convidando para entrar no quarto. Eu me senti muito invadida, muito desrespeitada como mulher e como alguém que estava ali para fazer um trabalho. Já tinha falado que não era apropriado me chamar para ir ao quarto dele tão tarde e ainda me receber daquela forma. Me senti humilhada”.
De acordo com uma funcionária, às vezes o constrangimento era na frente de outros colegas.
“Por exemplo, pedir para abraçar, pegar no pescoço, pegar na cintura, no quadril. Isso acontecia na frente de outras pessoas. E, às vezes, essas promessas eram no pé de ouvido e na frente de outras pessoas. mas de forma com que outras pessoas não ouvissem.
Segundo ela, o assédio também ocorria nas viagens que o presidente da Caixa faz pelo país.
“Comigo foi em viagem, nessas abordagens que ele faz pedindo, perguntando se confia, se é legal. Abraços mais fortes, me abraça direito e nesses abraços o braço escapava e tocava no seio, nas partes íntimas atrás, era dessa forma”.
Outra funcionária afirma que o presidente da Caixa era insistente.
“Eu só fingi que estava bebendo o vinho e tudo e aí ele ele começou a fazer umas brincadeiras. Aí na hora de pagar a conta pediu um abraço. Aí falou: ‘Ah’. Eu tentei manter a distância. ‘Ah, um abraço maior’. Eu fiquei muito sem graça, que eu já vi que ele já, né? A gente já sabe da fama. Eu sabia da fama dele já, então eu me reservei o máximo possível. E aí ele: ‘não, mas abraça direito. Abraça direito, porque é… você não gosta de mim’. Aí na hora que ele, na terceira vez que ele fez eu abraçar ele, ele passou a mão na minha bunda”.
“E aí. Fora assim, várias fotos. Ele, toda vez que vai tirar foto pega na cintura da gente com uma intimidade que não existe e isso deixa a gente muito constrangida. É muito sem graça assim. Eu me sinto meio violentada mesmo, quando ele tem esse tipo de atitudes, sabe?”
Algumas dessas mulheres dizem que simplesmente desistiram de usar o canal de denúncias oferecido pela Caixa. Elas afirmam que souberam de outros casos que não teriam sido levados adiante e contam que as vítimas até sofreram retaliações.