O governo do Acre efetuou, neste sábado, 9, o pagamento de aproximadamente R$ 30 milhões destinados ao Bolsa Qualificação, contemplando 7.187 servidores da saúde. O benefício, que tem um valor médio de R$ 4.100 por servidor, foi creditado em contas do Banco do Brasil, com previsão de depósito até 11 de novembro para outros bancos.
Mas de 7 mil servidores da saúde foram contemplados. Foto: Izabelle Farias/Sesacre
A iniciativa busca reconhecer e valorizar o trabalho dos profissionais que atuam em órgãos como a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) e o Instituto de Gestão da Saúde do Acre (Igesac). Com essa medida, o governo reforça seu compromisso com a capacitação dos servidores, oferecendo melhores condições de trabalho e incentivando o desenvolvimento contínuo.
Raimunda Costa, técnica de enfermagem na Fundhacre, foi uma das beneficiadas. “Tenho 40 anos de serviço e pela primeira vez na vida vejo essa valorização para os servidores da Saúde. Fiquei muito feliz de manhã, quando abri a minha conta e vi o depósito. Esse dinheiro vem para ajudar tanto na área pessoal quanto profissional. Foi muito importante”, relatou.
Raimunda Costa, técnica de enfermagem é servidora há 40 anos. Foto: Izabelle Farias/Sesacre
O governador Gladson Cameli ressaltou a relevância de investir na capacitação dos trabalhadores em um momento de crescente demanda por serviços de saúde. “Estamos em um tempo de desafios, e garantir que nossos profissionais tenham acesso a oportunidades de qualificação é essencial para que possam oferecer um atendimento mais humanizado e especializado. Quando investimos neles, estamos, na verdade, cuidando de toda a população do Acre. Essa é uma maneira de mostrar que valorizamos o esforço de cada servidor que contribui para uma saúde pública mais eficiente e digna”, declarou.
Katiucy Queiroz, enfermeira na UPA da Sobral. Foto: Izabelle Farias/Sesacre
Katiucy Queiroz, enfermeira na UPA da Sobral, agradeceu o incentivo: “É bom ver que esse governo e todos os parlamentares estão valorizando a saúde. Hoje nos sentimos valorizados como pessoas e profissionais, e vamos poder investir na nossa profissão e nos nosso conhecimento. Tudo isso vai se refletir no atendimento ao paciente. Muito obrigada por estarem se empenhando nessa valorização e por se preocuparem conosco”, declarou.
Secretário de Saúde, Pedro Pascoal. Foto: Odair Leal/Sesacre
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, destacou a importância da medida. “Estão sendo contemplados aqueles servidores efetivos, temporários e os antigos Igesacre. Lembrando que os servidores terão um período de 12 meses para apresentar seus certificados, justificando a aplicação da Bolsa Qualificação para capacitação e reciclagem. É mais um compromisso do governo para com a população”, afirmou.
Outros servidores também agradeceram
Ary Quintella, médico generalista, frisou como o benefício refletirá na qualidade do atendimento. “Uma melhor comunicação entre os profissionais e os pacientes e com maior incentivo de buscas científicas, a premiação nessa área de conhecimento oportuniza aos servidores a estarem cada vez mais qualificados a ofertar um serviço de qualidade a toda a população que necessita do serviço de saúde”, enfatizou.
Para o Ary Quintella, médico generalista, o incentivo refletirá no atendimento à população. Foto: Izabelle Farias/Sesacre
Francilene Cunha, supervisora do acolhimento no Pronto-Socorro de Rio Branco, expressou sua satisfação: “Primeiramente, eu vim agradecer o deputado Adailton Cruz e ao nosso secretário de Saúde, Pedro Pascoal. É muito gratificante ver o reconhecimento da nossa luta diária pelo bem-estar da população do estado”, disse.
Jozadaque Beserra, enfermeiro, comentou a importância da valorização. “Agradeço ao deputado Adailton Cruz, ao secretário Dr. Pedro Pascoal e ao governador Gladson Cameli por essa força. Vamos devolver isso à população com mais investimentos e qualidade no atendimento. Acordar com esse dinheiro na conta me fez sentir valorizado. É um reconhecimento pela nossa luta”, disse.
José Maria destacou a importância do valor em um momento de dificuldade. Foto: Izabelle Farias/ Sesacre
José Maria, outro enfermeiro, destacou a importância do valor em um momento de dificuldade. “É um dinheiro que vem em boa hora. R$ 4.100 é uma quantia considerável e foi distribuída igualmente, desde o pessoal de apoio até os médicos. Isso mostra um tratamento isonômico. Passamos por momentos difíceis, especialmente durante a pandemia, e esse reconhecimento é justo. Nunca vimos algo assim antes, e isso mostra a preocupação do governo em valorizar o servidor financeiramente, não apenas na parte estrutural”, relatou.
Volta por Cima: Tati apoia Osmar, discute com Madá e deixa a irmã arrasada
Madá (Jéssica Ellen) terá mais uma revelação difícil em sua jornada em “Volta Por Cima”, novela exibida na Globo na faixa das 19h. Depois de descobrir que o tio Osmar (Milhem Cortaz) roubou o prêmio milionário de Lindomar (MV Bill), deixando sua família sem nada, a jovem decidiu confrontá-lo diretamente.
Colocado contra a parede, Osmar confessou o crime, deixando Madá devastada. Ela, então, optou por contar a verdade apenas para sua irmã Tati (Bia Santana), na esperança de evitar o sofrimento da mãe. No entanto, Madá não imaginava que Tati ficaria do lado do tio.
Confusa e intrigada, Tati decidirá ouvir a versão de Osmar antes de qualquer julgamento. Ela então vai até a casa de Violeta (Isabel Teixeira), cúmplice do tio, para buscar respostas.
Lá, Osmar justificará seu ato e garantiu que, junto com Violeta, conquistaria algo muito maior do que o prêmio roubado, argumentando que esse caminho poderia beneficiar toda a família. A fala do tio, contudo, fará Tati reconsiderar. Assim sendo, a jovem vai acreditar nos planos de Osmar e Violeta.
Discussão intensa entre as irmãs em ‘Volta Por Cima’
Ao voltar para casa, Tati encontra Madá, ansiosa para saber o resultado da conversa. Quando questionada, Tati responderá: “O tio me disse a verdade, tudo que você já tinha me contado.”
Madá, tentando confirmar, perguntará: “Então você viu o ladrão que ele é?” Mas, para sua surpresa, Tati defenderá o tio: “Eu entendi o lado dele, Madalena. O tio não tinha saída e fez o que fez. Agora, pelo menos, pode dar tudo que a gente merece.”
A resposta da irmã deixará Madá ainda mais frustrada, e ela tentará fazê-la repensar sua posição, alertando para o perigo dos negócios de Violeta e questionando os valores de Tati.
“Que valores são esses, Tatiana? Pelo amor de Deus! Pensa bem no que você quer fazer da sua vida. Em quem você quer se tornar”, dirá, indignada.
Entretanto, Tati, irritada com o sermão de Madá, vai encerrar a conversa, seguindo para o quarto. Desse modo, ela mostrará que as irmãs divergem quanto aos planos do tio.
Mavie, filha de Neymar e Bruna Biancardi, comemora 1 ano com festa no Brasil
Após comemoração íntima na Arábia Saudita, Neymar e Bruna Biancardi marcaram o primeiro aniversário da filha Mavie com uma festa luxuosa no Brasil. O evento ocorreu em um condomínio de alto padrão em Mangaratiba, na região da Costa Verde, onde Neymar possui uma propriedade.
Com o tema “atelier de arte da Mavie”, a decoração ficou a cargo de Andrea Guimarães, conhecida por organizar eventos para celebridades.
O primeiro ano de Mavie já havia sido celebrado em uma festa discreta no dia 6 de outubro em um resort na Arábia Saudita. A celebração inicial foi uma reunião simples, à beira-mar, onde a decoração foi organizada pelos próprios convidados, seguindo uma proposta intimista e com toques de natureza.
Na nova festa, o casal e Mavie vestiram-se em tons de lilás e roxo, combinando com o tema artístico da decoração. A decoradora Andrea Guimarães, também responsável por eventos como o aniversário de 15 anos de Rafa Justus, trouxe elementos coloridos e interativos, criando uma atmosfera lúdica e envolvente para os convidados.
A comemoração na mansão de Neymar trouxe um ambiente sofisticado, com detalhes que contrastam com o cenário mais simples da primeira celebração. Essa nova festa reforçou a importância da data para a família, com uma produção que trouxe uma experiência visual e memorável para amigos e familiares da pequena Mavie.
Justiça condena Antonia Fontenelle a pagar R$ 50 mil a Giselle Itié
A Justiça determinou que Antonia Fontenelle indenize a atriz Giselle Itié em R$ 50 mil, em razão de ofensas publicadas online. A decisão da 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca estipula ainda que Fontenelle exclua os vídeos considerados ofensivos e faça uma retratação pública.
Sentença e Prazo para Cumprimento
O prazo para cumprimento da ordem é de 15 dias, a partir do trânsito em julgado da sentença. Caso não o faça, uma multa adicional de R$ 50 mil poderá ser aplicada. A decisão busca reparar os danos morais causados pelas declarações de Fontenelle contra Itié, que resultaram na ação judicial.
Além do pagamento da indenização, Fontenelle deve se retratar publicamente, atendendo à exigência da Justiça de que se retrate de forma direta e clara em relação aos comentários feitos. A atriz Giselle Itié ainda não comentou publicamente a decisão.
Tudo começou quando Giselle Itié, nascida no México, afirmou que, aos seus 23 anos, quando fez sua primeira protagonista, foi assediada e “amordaçada” pelo diretor da novela na época. Ela afirmou sentir uma enorme dor por ser uma vítima de abuso silenciada.
O diretor da novela, na época, era Marcos Paulo. Antonia Fontenelle, que é viúva dele, se manifestou nas redes sociais e postou um vídeo com a legenda: “Triste saber que existem mulher como você, dona Giselle Itié. Volta ‘pro’ teu país, é o melhor que tu faz”.
Xuxa é apresentada como rainha por Patrícia Abravanel no “Teleton 2024”
Xuxa Meneghel, a eterna rainha dos baixinhos, teve uma entrada triunfal no “Teleton 2024” deste sábado (9/11). Patrícia Abravanel, apresentadora e filha de Silvio Santos, anunciou a chegada da loira com uma linda homenagem e adiantou uma surpresa preparada para a famosa. A convidada especial da maratona televisiva, em prol da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), foi ovacionada pela plateia e cantou seus sucessos.
“Agora eu peço a atenção de todos vocês, porque é com muita alegria, que eu chamo aqui ao palco do “Teleton” uma grande estrela. Aliás, não é só uma estrela, ela é um fenômeno. Não tem uma pessoa que não conheça, seja pelas suas músicas ou pelo seu brilho incrível na tevê. É uma das artistas mais amadas do Brasil. O seu nome é único, assim como o seu reinado. Já faz 9 anos desde a última vez que ela pisou no palco do “Teleton” e ela deu um show. E hoje não vai ser diferente!”, disparou Patrícia Abravanel.
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Xuxa Meneghel em entrevista ao portal LeoDias (Portal LeoDias)
Xuxa está com 61 anosReprodução: Instagram/Xuxa Meneghel
Xuxa Meneghel em entrevista ao portal LeoDias (Portal LeoDias)
“Ela vem não só para fazer o bem pela AACD, mas nós também temos uma grande surpresa para ela. Senhoras e senhoras, diretamente da sua nave para o nosso palco, recebam com muitos aplausos a nossa eterna rainha: Xuxa Meneghel!”, finalizou a apresentadora do “Programa Silvio Santos”. Após performar o hit atemporal “Lua de Cristal”, acompanhada de bailarinas, Patrícia aos prantos continuou eufórica: “Xuxa, meu Deus! Que alegria! Ai, que emoção! Estou emocionada demais”.
Meneghel respondeu agradecida: “Estou muito feliz por estar aqui! São muitos sentimentos e muitas pessoas que eu consigo ler. Quando eu olho nos olhos das pessoas, consigo ver não só respeito, mas muito amor e carinho de verdade. Isso mexe muito comigo! Fico com a voz embargada e mexida”.
“Não aguentava mais esconder”, diz Brunna Gonçalves após anúncio de gravidez
Ludmilla e Brunna Gonçalves pegaram os fãs de surpresa, neste sábado (09/11), ao revelarem que estão à espera do primeiro herdeiro(a). Após o anúncio da gestação, a influenciadora se manifestou nas redes sociais e mostrou a alegria em finalmente poder contar a novidade.
“Gente, finalmente! Eu não aguentava mais esconder isso, esconder minha barriga, eu não aguentava mais. Meu Deus, parece que saiu um peso das minhas costas. Eu tô grávida!”, comemorou a dançarina e influenciadora no story do Instagram. Na legenda do vídeo, Brunna ainda declarou: “Finalmente posso gritar pro mundo que estou grávida”.
Brunna e Lud preparam um vídeo emocionante para tornar pública a chega do bebê: “Há rumores de anjos nas brisas da manhã. Sussurros macios que tocam o coração, como se o céu tivesse se inclinando em segredo, para trazer ao mundo um novo sopro de vida”, iniciou Lud no relato.
Ao decorrer do vídeo, as duas expressam a felicidade com a chegada da nova vida: “Ao amanhecer, quando o primeiro raio da aurora toca o céu, eu sinto cada vez mais que ele está aqui e bem perto, crescendo em meu ser. E agora ele está pronto e para todo mundo saber!”, finalizam.
CCJ da Câmara pauta proposta que proíbe aborto no país
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), deputada Caroline De Toni (PL-SC), pautou para terça-feira (12) a análise de uma proposta que proíbe o aborto no país. O texto insere na Constituição o direito à vida “desde a concepção”.
Apresentada pelo então deputado Eduardo Cunha, em 2012, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) recebeu parecer favorável da relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ). A congressista é vice-presidente da CCJ e coordena a Frente Parlamentar Mista contra o Aborto e em Defesa da Vida.
O autor afirma na justificativa que a PEC estende a inviolabilidade do direito à vida aos fetos e considera que a vida se inicia na concepção, e não no nascimento.
A proposta tem o apoio de integrantes da oposição contrários ao aborto. Eu seu parecer, Chris Tonietto afirma que não há “incompatibilidades entre a alteração que se pretende realizar e os demais princípios e regras fundamentais que alicerçam a Constituição vigente e nosso ordenamento jurídico”.
No Brasil, o aborto é permitido quando há risco para a vida da gestante ou em casos de estupro. O Supremo Tribunal Federal (STF) também decidiu pela não criminalização em casos de anencefalia fetal.
A inclusão da PEC na pauta da CCJ não garante que ela será votada, no entanto. A relatora ainda deve fazer a leitura do seu parecer e os integrantes do colegiado podem pedir vista (mais tempo para análise) e adiar a votação. Se for aprovado na CCJ, o texto ainda deverá ser analisado por uma comissão especial e, depois, ir ao plenário.
Neste ano, um projeto que equipara a pena do aborto realizado após 22 semanas de gestação a de um homicídio simples teve o regime de urgência aprovado em 18 de junho pela Câmara dos Deputados.
O texto foi alvo de diversas críticas e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidiu não pautar a matéria. Na ocasião, ele afirmou que nada no projeto iria “retroagir nos direitos já garantidos” e que o debate seria retomado no segundo semestre por meio de uma “comissão representativa”, que ainda não foi criada.
Vida após o infarto: o que acontece depois de um ataque cardíaco
O sangue é composto de diversos tipos de células. A maioria delas é benéfica e está na corrente sanguínea para ser transportada para os lugares do corpo em que são necessárias. Outras podem fazer mal. O colesterol e as células de gordura, por exemplo, podem sujar os encanamentos do corpo humano, acumulando-se nas paredes das veias e artérias.
Quando as placas de gordura se rompem, acontece a formação de um coágulo e, se ele alcança as artérias coronárias, impede a chegada de células cheias de oxigênio aos tecidos do coração. A falta de oxigenação provoca a morte do tecido cardíaco, o miocárdio. O paciente sente, na maioria das vezes, uma dor aguda no peito, que irradia para o braço esquerdo. É o ataque cardíaco, também conhecido como infarto, um dos eventos médicos mais traumáticos.
“Uma vez que a célula do coração morre, o organismo a substitui por fibrose, que é uma cicatriz. A especialidade do miocárdio é a contração, e o tecido fibroso não é capaz de fazer isso. Se o infarto acontece em uma área grande do coração, o órgão passa a ter dificuldade de bombear sangue, e o paciente desenvolve insuficiência cardíaca”, explica o cardiologista Gustavo Marques Mesquita, do Hospital do Coração do Brasil, da Rede D’Or.
O infarto é a principal causa de morte no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Estima-se que, todos os anos, entre 300 e 400 mil pessoas sofrem ataques cardíacos no país. De cada cinco a sete pacientes que infartam, um morre. O atendimento precisa ser feito rapidamente para mitigar os danos – e muitas pessoas demoram horas para procurar um médico, ficam esperando o mal-estar passar, e o coração acaba comprometido.
Porém, na maioria das vezes, o infarto não é o fim da linha. Para os sobreviventes, é essencial mudar de hábitos. Estima-se que, entre os que tiveram ataques cardíacos, a chance de recorrência no primeiro ano é de 3% a 7%. Nos cinco primeiros anos após a emergência, as pessoas infartadas têm risco 20% maior de ataque cardíaco do que o resto da população.
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Tratamento, stent e medicações
O infarto é a manifestação da aterosclerose, condição crônica e que não tem sintomas — como acontece com a pressão alta, por exemplo. O paciente, geralmente, descobre que a situação está grave quando ocorre o infarto ou AVC.
Em caso de infarto, o tratamento passa por dois caminhos. O primeiro, mais urgente, ocorre no hospital, para evitar que a obstrução da artéria prejudique ainda mais o miocárdio. Na maioria das vezes, é feito um cateterismo, um procedimento no qual uma mola, o stent, é colocada dentro da artéria para garantir a circulação do sangue. Há também a opção de usar medicação para dissolver o coágulo e restaurar o fluxo sanguíneo, mas essa praticamente entrou em desuso porque o stent resolve mais rapidamente, diminuindo os danos ao coração.
O paciente sai do hospital com a missão de tomar um “kit” quase universal, composto por aspirina diária (que evita a coagulação do sangue) e um medicamento do grupo das estatinas, que controla os níveis de colesterol no corpo. Quando há outras comorbidades, como diabetes, sobrepeso ou tabagismo, elas também precisam ser tratadas.
Se o infarto tiver comprometido uma área grande do coração, o paciente desenvolverá insuficiência cardíaca, condição caracterizada pela incapacidade do órgão de bombear sangue de maneira eficiente para o corpo. A doença, que pode ser desencadeada por outros problemas, afeta cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
“O coração fica fraco, a pessoa sente falta de ar e se cansa rapidamente. Com o tempo, o ritmo lento do coração afeta outros órgãos: o pulmão passa a acumular líquidos, o estômago incha, o fígado inflama”, aponta o médico Rafael Cortês, integrante da Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal e coordenador de Cardiologia da Rede Santa, também no DF.
Quando o infartado desenvolve insuficiência cardíaca, a medicação aumenta. Ajustes precisam ser feitos para regularizar o funcionamento do órgão e permitir que o paciente tenha uma vida normal. “O coração trabalha como uma bomba, e se ela não funciona direito, começam a aparecer problemas em várias partes do corpo. A medicação é usada para melhorar o funcionamento cardíaco e diminuir o estresse no órgão”, completa Cortês.
Após a invenção e a popularização do stent – método usado pela primeira vez nos anos 90 –, os remédios que controlam a insuficiência cardíaca surgiram como a grande revolução da cardiologia. Além de melhorarem o dia a dia das pessoas com a condição, as medicações aumentaram a expectativa de vida dos pacientes. De tão poderosos, ganharam o apelido de “quarteto fantástico”.
Os primeiros medicamentos revolucionários foram os inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos receptores da angiotensina II e os betabloqueadores. A prescrição dessas drogas para pessoas com insuficiência cardíaca reduziu as mortes em até 31%. De oito anos para cá, também foram acrescentados ao tratamento os inibidores da neprilisina que, associados ao protocolo anterior, conseguiram reduzir as emergências cardíacas em mais 20% no grupo de pacientes com o coração mais fraco.
O cardiologista Paulo Caramori, membro do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), explica que, há 30 anos, o paciente que sobrevivia ao infarto ficava com falta de ar, cansaço crônico, e até precisaria de um transplante com o tempo.
Hoje, o tratamento medicamentoso é mais eficiente. “Os remédios são capazes de ajudar no esvaziamento do coração e diminuem a carga do órgão. Além disso, há vasodilatadores que mexem no metabolismo cardíaco, controlando a frequência e a pressão”, ensina o médico.
Ainda assim, o paciente vai precisar cuidar para sempre do coração e das artérias, até o fim da vida. O infarto é a manifestação da aterosclerose e, até o momento, não há cura para a condição: ela é considerada uma doença crônica.
Mudanças no estilo de vida
Após um ataque cardíaco, as mudanças no estilo de vida são obrigatórias. Alimentação saudável e exercícios físicos regulares são parte do tratamento. “Não existe pílula mágica que resolva todos os problemas. Uma coisa complementa a outra: se o paciente continuar sedentário, vai seguir agredindo o sistema cardiovascular e outro infarto pode acontecer”, ensina Mesquita.
O cardiologista Roberto Kalil Filho, presidente do Conselho Diretor do InCor e Diretor Geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, além de professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), considera que, depois do infarto, é obrigatório que o paciente se empenhe para ter uma vida mais saudável.
“Do ponto de vista cardíaco, é preciso caminhar 30 minutos por dia, passos normais, cinco vezes na semana; não fumar; não beber ou fazer consumo leve de álcool; cuidar da hipertensão e diabetes e comer saudável. A pessoa que infarta precisa disso e de muito mais. A atividade física de cada paciente deve ser orientada pelo médico, dependendo do tamanho da sequela”, ensina.
Pacientes que sobrevivem ao infarto terão que manejar pelo resto da vida a nova condição cardíaca. Os médicos são unânimes em dizer que não dá para consertar um coração infartado: ele jamais funcionará como um órgão que não passou pela emergência. Por isso, as mudanças no estilo de vida não são opcionais, são obrigatórias.
“Muitas vezes, o paciente não avalia bem a gravidade do problema que teve, e não segue as recomendações. Nem a mais simples de todas, que é o exercício físico. Muitos até mudam a alimentação para controlar o colesterol e reduzem um pouco o peso, mas, à medida que o tempo passa, abandonam. Diria que metade das pessoas que infarta não toma a medicação correta. É um tratamento que precisa ser levado para o resto da vida”, explica o cardiologista Leopoldo Piegas, coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio no Hcor, em São Paulo.
Depois de três infartos, o locutor Cadu Previero, 52 anos, entendeu que precisará ficar atento ao próprio coração para o resto da vida. Mesmo jovem e ativo, ele já teve três infartos. No primeiro, estava sentindo uma dor estranha há um mês, mas descartou como um problema de pressão. Em um domingo à noite, 5 de fevereiro de 2015, a dor ficou intensa e ele foi dirigindo ao hospital.
“Cheguei lá e já disse que achava que era infarto. Fizeram os exames e confirmaram o quadro, precisei colocar dois stents. Foi um susto, e a gente precisa mudar de uma vez. Mas aí você emagrece, fica bem, esquece que tem stent, dá uma relaxada, volta a esbarrar nos fatores de risco, e a chance de ter outro ataque cardíaco retorna”, conta Cadu.
Em 2020, o locutor voltou a sentir a mesma dor estranha de 2015. Por via das dúvidas, procurou o cardiologista para fazer uma bateria de exames e, ali, descobriram que um dos stents só estava funcionando com 20% da capacidade. Cadu precisou fazer mais um cateterismo e colocar outro stent. Se a intervenção não tivesse sido feita a tempo, ele teria sofrido o segundo infarto.
Cadu Previero já infartou duas vezes e aceitou que precisa mudar o estilo de vida
O terceiro episódio aconteceu este ano. Em julho, Cadu acordou de madrugada com a mesma dor aguda que sentiu da primeira vez. Esperou um pouco, o incômodo não passou, e ele já arrumou a mala e foi para o hospital. “Contei muito com a sorte. Agora, já conheço a dor, e talvez seja o que me tranquilize, saber como vai ser o processo. Tenho sorte do meu coração me avisar. Tem gente que dorme, morre e fim de papo”, diz.
Ele acredita que o último infarto foi muito motivado pelo estresse, mas ele tem histórico familiar de ataque cardíaco e problema de pressão alta, além de sedentarismo e sobrepeso. Para entender melhor o que faz o coração aprontar a cada quatro ou cinco anos, o locutor passou por uma série de exames recentemente para saber se o tipo sanguíneo ou algum outro problema o tornam mais propenso à formação de coágulos. Ele aguarda a consulta com o hematologista para terminar a investigação.
“Agora, voltei para a academia e estou fazendo caminhada, além de ter cortado algumas coisas na alimentação. Vou ter que mudar para não ter mais fatores de risco evitáveis, preciso seguir um pouco mais as regras”, afirma.
Cuidados para o resto da vida
O segundo ou terceiro infarto não são necessariamente piores do que o primeiro, mas é preciso evitar que aconteçam. Se o primeiro evento cardíaco já deixou sequelas, qualquer nova agressão piora ainda mais a situação.
“O coração é um órgão vivo. O corpo se adapta à falta daquela região e desempenha o papel que ela tinha antes do infarto. Mas é uma adaptação que pode levar à falência do coração ao longo do tempo ou determinar um tempo de recuperação maior”, explica o cardiologista Caramori, da SBC.
Os médicos também apontam que, se uma artéria entope, outras provavelmente estão em situação semelhante e podem causar outros infartos a qualquer momento. Por isso, é essencial que o paciente siga as orientações do médico.
Atualmente, a cardiologia defende que a vida da pessoa com aterosclerose e que já infartou não seja mais composta de “não pode, não deve”. Agora, é no sim: sim para a dieta equilibrada, para os exercícios físicos, para o controle dos fatores de risco, para uma rotina saudável.
“As estratégias são para o resto da vida, mas são para fazer a pessoa se sentir melhor. Não deve ser um tratamento sofrido. Ele deve fazer o indivíduo se sentir mais capaz, com mais qualidade de vida, passando mais tempo com a família. O paciente precisa gostar da rotina. Um dia, quem sabe, a gente conseguirá reverter o infarto e tratar só por um período. Mas, por enquanto, quem infarta precisa manter o cuidado para sempre”, aponta o médico.
A morte por infarto
Estima-se que cerca de 14 a 20% dos indivíduos que têm um infarto acabam morrendo por causa do evento. Em grande parte das vezes, o paciente é aquele que não acreditou na gravidade dos próprios sintomas e decidiu esperar a dor passar em casa. O cardiologista Kalil diz que mais de 40% dos óbitos acontecem desta maneira.
“O sintoma muitas vezes é traiçoeiro: o paciente espera aqueles sinais de livro, a dor lancinante que vai para o braço. Mas, muitas vezes, pode ser uma dor de estômago, ou um incômodo que é descartado como estresse ou cansaço e que passa com um copo de água”, explica o médico.
O paciente que chega no hospital já tem menos chance de morrer, mas é preciso que o centro de saúde esteja equipado para lidar com emergências cardiológicas. Para controlar o quadro, é preciso desobstruir a artéria, seja com um cateterismo ou uso de medicamentos, e nem todo posto de saúde tem o suficiente para socorrer a vítima com a rapidez necessária.
Cada minuto importa — com o passar do tempo, mais células vão morrendo, e o processo é irreversível. Se o órgão fica coberto por cicatrizes, não consegue mais bater. “O infarto é como um incêndio, e ele não é controlado sozinho. Não se espera o fogo baixar, é preciso agir imediatamente. No ataque cardíaco, a assistência deve ser rápida. Em poucas horas, o dano já está estabelecido. Você não deixa um fogo queimando duas horas”, ensina Caramori, da SBC.
Cabeça e coração
A ciência já sabe que a saúde mental influencia a saúde do coração. Um estudo publicado em março de 2023, na revista científica Neurology, mostra que 46% das pessoas que infartaram tiveram distúrbios de humor no ano anterior ao ataque cardíaco. Pacientes com depressão grave tiveram ainda mais chance de sofrer o episódio em um ano e se recuperam pior do infarto.
O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, explica que o estresse crônico, a ansiedade e a depressão podem, direta ou indiretamente, elevar os níveis de hormônios como o cortisol, que aumentam a pressão arterial e afetam a saúde cardiovascular.
As condições também se misturam nos genes. Uma pesquisa feita por pesquisadores suecos sugere que pacientes com genes ligados à depressão, ao distúrbio bipolar e ao transtorno afetivo sazonal têm maior chance de sofrer infarto. “Hoje, sabemos que as doenças da mente aumentam o risco de condições cardíacas. É importante cuidar da cabeça”, aponta Kalil.
Os quadros ligados à depressão são cada vez mais comuns também em pacientes que sobreviveram ao infarto. O susto de ter passado por um evento traumático, que pode causar a morte, é suficiente para colocar algumas pessoas em uma espiral de desespero difícil de sair por conta própria. Uma pesquisa de 2018, publicada no Arquivo Brasileiro de Cardiologia, sugere que até dois terços dos pacientes que sofrem infarto têm depressão no primeiro mês após o evento.
Silva, da ABP, lembra que é importante fazer a correlação do quadro com o infarto. “De acordo com o CID 10, a sintomatologia de um quadro depressivo abrange os seguintes sintomas: concentração e atenção reduzidas, autoestima e autoconfiança reduzidas, ideias de culpa e inutilidade, visões desoladas e pessimistas do futuro, ideias ou atos autolesivos, sono perturbado, apetite reduzido, humor deprimido, perda de interesse, prazer e energia”, pontua.
Se os sintomas acontecem após o ataque cardíaco, de forma intensa e persistente por pelo menos duas semanas, atrapalhando o funcionamento diário, é essencial procurar um psiquiatra para fechar o diagnóstico.
O tratamento varia de acordo com o caso e pode envolver psicoterapia e medicamentos antidepressivos, além de mudanças no estilo de vida que já devem ser feitas por quem teve infarto: praticar exercícios físicos, alimentar-se bem e dormir com qualidade.
“A pessoa precisa se dar conta de que ter um infarto não é estar morto em vida. Você pode ter uma vida completamente normal e semelhante à de pessoas saudáveis, mas precisa seguir os tratamentos recomendados. O choque deve ser tratado de um ponto de vista psicológico”, explica Piegas, do HCor.
Um novo grupo de risco: as mulheres
Tradicionalmente, os homens são a maior parte dos pacientes com doenças cardíacas e que sofrem infartos. O estrogênio, o hormônio feminino, protege o coração das mulheres, pois tem função vasodilatadora e evita o acúmulo do colesterol ruim nas artérias coronárias.
Porém, elas também têm artérias de menor calibre, mais propensas a entupimentos. Na menopausa, a queda hormonal aumenta as chances de um evento cardíaco. O estilo de vida também influencia no risco de infarto, assim como entre os homens: sobrepeso, diabetes ou pressão alta descontrolada, sedentarismo e tabagismo são os principais.
“As mulheres também infartam e têm mortalidade alta. Ser mulher não confere proteção para problemas cardíacos, mas como a gente sabe que elas têm uma tendência menor a ter infarto, muitas acham que não é nada quando começam a sentir os sintomas, e também não são bem atendidas pelos médicos, que descartam o ataque cardíaco de cara”, alerta o cardiologista Caramori.
De modo geral, os sintomas típicos do infarto envolvem dor no lado esquerdo do peito com irradiação para o braço esquerdo ou para o pescoço, acompanhada de falta de ar e suor frio. Nas mulheres, a dor no peito é menos comum, e sintomas como dores no estômago, náuseas, cansaço, fraqueza e indigestão podem aparecer.
As sociedades de cardiologia têm chamado a atenção para essa distinção de sintomas entre homens e mulheres, uma vez que o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento da emergência é tão importante.
Aos 40 anos e levando uma vida ativa e saudável, a professora de educação física Gizelle Ribeiro Valadares não associou a ânsia de vômito e a moleza que sentiu à possibilidade de estar infartando. Vivendo no auge do período de seca, a moradora de Brasília achou que o mal-estar era consequência da baixa umidade do ar.
A sorte, no caso dela, foi que a academia onde ela trabalha funciona no mesmo prédio de uma clínica de cardiologia. “Saí de casa superbem, deixei minha filha na escola e fui para a academia dar aula. De repente, do nada, fiquei tão cansada que cancelei a aula. Era uma moleza inexplicável, acompanhada de ânsia de vômito”, relata.
Gizelle Ribeiro Valadares infartou aos 40 anos, e não sentiu os sintomas clássicos do ataque cardíaco
Gizelle lembra que só desceu até a clínica porque os colegas insistiram. Se fosse por ela, teria esperado até que os sintomas passassem. O cardiologista do consultório a mandou diretamente para o Hospital Santa Lúcia, unidade com mais recursos, onde ela ficou internada por 10 dias. “Foi encontrado um coágulo no meu coração. Depois disso, e tendo uma filha para criar, a vida muda inteira”, conta.
O caso ocorreu há pouco mais de um mês, e Gizelle aguarda o coração desinflamar para adotar nova rotina de vida. Por enquanto, apenas descansa e mentaliza que fará o necessário para ver a filha crescer. “Já estou me reorganizando internamente. Por enquanto, a intenção é não me cobrar tanto, pedir mais ajuda, impor meus limites”, desabafa.
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Joelma ironiza harmonização facial após transformação de Ximbinha
Joelma ironizou a harmonização facial em um show em Barra de São Francisco, no Espírito Santo. Acontece que, há poucos dias, o ex-marido da cantora, o músico Ximbinha, passou pelo procedimento. “Não adianta fazer harmonização facial”, disse Joelma no show.
A provocação aconteceu dias após Ximbinha viralizar por mais uma harmonização. O músico se submeteu a procedimentos como lipoaspiração na papada e rinoplastia e também mudou o sorriso, colocando dentes de porcelana.
“Mais mudanças por aqui. Estou gostando disso, hein. Agradeço a especialista que fez minha lipoaspiração de papada e rinoplastia, dentre outros procedimentos de cuidado. Sempre tendo um olhar de naturalidade, tem um profissionalismo impecável”, comentou Ximbinha.
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Ximbinha mostra o resultado da harmonização facial
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Ximbinha mostra o resultado da harmonização facial
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Ximbinha mostra o resultado da harmonização facial
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Ximbinha mostra o resultado da harmonização facial