O vereador Fábio Araújo pedirá investigação contra o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, inconsistências na contratação de obras públicas. A reforma dos mercados públicos e a cobrança indevida por calcário, junto aos produtores rurais são sinais de corrupção e os indícios de irregularidades o parlamentar levará à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Araújo teve alguns de seus aliados exonerados por fiscalizar a gestão municipal.

O vereador denuncia, ainda que os agricultores são obrigados a devolver o custeio para Prefeitura de Rio Branco, no prazo de 180 dias, para hortaliças e dois anos para demais produtos, disse ele à Gazeta do Acre. “Não tem ramal para escoar a produção, não tem maquinário para garantir o melhoramento da terra, estão distribuindo calcário porque está prestes a vencer, não tem acompanhamento. E, pasmem, os produtores estão assinando um cheque em branco se comprometendo a devolver o custeio para a Prefeitura de Rio Branco”, diz a publicação.

Abaixo, os principais trechos de uma entrevista feita por telefone pela reportagem de oseringal.com:

“Foi mais uma tentativa de calar a voz do povo, uma prática da velha política. Não vou deixar de representar a população só por que indiquei um cargo ou dois na gestão municipal. Quem me conhece sabe que sempre fui crítico, sempre cobrei. Não é por que exonerou minha esposa e outras pessoas ligadas a mim que eu ficarei calado. Vou reunir todo mundo e conversar. Vida que segue. Vou continuar cobrando do prefeito o que ele prometeu ao povo. Se ele prometeu Produzir pra Empregar, ele vai ter que cumprir. Se ele prometeu ramais com dignidade, ele vai ter que cumprir. Eu nunca ganhei nada pra ser base do prefeito. Jamais pedi algo. Estou fazendo o meu papel constitucional. Eu decidi pelo povo. Eu daria nota zero para gestão que está aí. Uma gestão corrupta. Uma gestão que não atende a população. A cobrança do calcário, a reforma dos mercados e a falta de transparência nas contratações públicas são erros com sintomas de crime. E eu falo com propriedade, pois sou gestor. Há muito tempo tenho alertado o prefeito, para que ele acompanhe a execução dos contratos dentro das secretarias. Vou acionar o Ministério Público. Pedirei as providências da lei. Não me calarei. Fui eleito para honrar cada voto. 

Sobre o chefe da Casa Civil

Valtim José, o chefe da Casa Civil e amigo pessoal do prefeito, é alvo de severas críticas. Para o vereador, “o cargo deveria ser ocupado com alguém com capacidade de diálogo, respeitoso – qualidade que o assessor do prefeito não possui.

“Eu deveria no mínimo ter sido chamado para conversar. Se eu dou um grito no parlamento é por que o povo me procurou, e espera de mim o meu papel legal. Se isso aconteceu é por que algo de errado está acontecendo, e tudo começa dentro da Casa Civil. Seria honroso me chamar antes de mandar exonerar de alguém ligado a mim. É inadmissível um parlamentar da base alertar a gestão e não ser ouvido”. 

A população de Rio Branco ficou em choque quando, na manhã desta quarta-feira, 12, um estudante foi morto com um tiro na cabeça ao sair da Escola Estadual Antônia Fernandes, no Bairro Santa Inês. Uma hora após, nesta tarde, outro estudante foi executado dentro de um ônibus a caminho da escola, desta vez no Bairro Tancredo Neves. O IML ainda atendia a primeira ocorrência quando foi comunicado.

De acordo com informações a vítima identificada pelo nome de Adriano Barros Caetano, de 16 anos, entrou no ônibus no Bairro Caladinho junto com outros estudantes que seguiam para a escola.

Um jovem desconhecido também entrou no mesmo coletivo. Ao entrar no Bairro Tancredo Neves, o criminoso se aproximou do menor e efetuou um tiro na cabeça dele. O jovem morreu na hora.

Desesperado, o motorista do ônibus seguiu até o cruzamento da Avenida Flaviano Melo, onde funcionava o antigo box da Polícia Militar, temendo que outros estudantes fossem feridos.

A polícia militar tenta identificar e prender o criminoso que saiu do coletivo assim que atirou na vítima.

Ao final do expediente escolar, um estudante deixava a escola e cruzava uma passarela que fica na travessa São Bento, que divide os bairros Santa Inês e Belo Jardim, no segundo Distrito de Rio Branco. Ele era aguardado para almoçar em família.

O estudante foi surpreendido pelos criminosos, e alvejado com um tiro no lado esquerdo do seu rosto. A bala saiu na parte de trás da sua cabeça.

A vice-prefeita Marfisa Galvão lamentou que o chefe do Departamento de Produção da Prefeitura de Rio branco, Francisco Laerte Soares, permaneça no cargo apesar de responder há mais de dois anos pelo crime de importunação sexual.

Noi cargo de prefeita em exercício, Marfisa afastou o assessor para Assuntos Institucionais e pastor evangélico Helder Paiva, há duas semanas, acusado pelo mesmo crime, desta vez contra uma servidora da Câmara de Vereadores. “Eu fiz o que é correto. Agora, espero o mesmo gestor. Até quando vamos vivenciar isso na gestão pública?”, questiona ela. O prefeito Tião Bocalom se mantém em silêncio.

A reportagem denúncia, exclusiva, foi publicada por oseringal, no último fim de semana (veja abaixo). O assessor do prefeito virou réu, por determinação judicial, e está obrigado a comparecer em audiência no dia 8 de agosto, com a presença da vítima.

A vereadora Elzinha Mendonça também pediu o afastamento de Laerte Soares. Ela entende que  a omissão de Bocalom é péssimo exemplo para quem busca justiça contra c rimes domésticos e abusos cometidos contra as mulheres.

Assessor de Bocalom para “Ramais com Dignidade” vira réu em ação penal por importunação sexual

Tensão nos corredores da Assembléia Legislativa, há pouco, no reencontro nada amistoso do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) com o ex-colega de parlamento, Luiz Calixto, secretário adjunto de Governo. A confusão, gravada, mostra um candidato aprovado para o ISE chamando o secretário de mentiroso e arrogante.

Calixto pede respeito, mas é desafiado a repetir alguma crítica feita fora da gravação.

“Eu falo na sua cara e na cara de quem quer que seja”, diz.

Calixto, que estava ali representando o governo numa debate sobre o chamamento dos concursados do ISE, se irrita ao ser acusado de chamar a deputada Michele Melo, líder do governo, de “vendedora de ilusões”.

“Você está mentindo”, diz ele ao concursado. O rapaz incita a discussão, claramente.

Edvaldo, que deixava o corredor, volta para se dirigir ao secretário. Os dois se empurram e por pouco não se agridem fisicamente.

Mal caráter, vagabundo e outros adjetivos são ditos no vídeo abaixo: