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Bolsonaristas atacam equipe da BBC em Londres: “Não são bem-vindos”

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Imigrantes brasileiros em Londres e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) hostilizaram jornalistas da BBC que estão cobrindo a participação do presidente da República nos eventos fúnebres em tributo à rainha Elizabeth II.

Um dos apoiadores chama os profissionais de “lixo” e diz que eles não são bem-vindos na cidade. A BBC é uma corporação pública do Reino Unido.

“Lixo, não sei o que estão fazendo aqui, vocês não são bem-vindos aqui”, disse um homem.

Irresponsáveis, burros e aproveitadores: os pobres na visão de Bolsonaro

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Brasília, 7 de dezembro de 2000. No plenário da Câmara, deputados aprovam a criação do Fundo de Combate à Pobreza, com cerca de R$ 2,3 bilhões (valor da época) para ações de saneamento e programas de transferência de renda, como o então Bolsa Escola, precursor do Bolsa Família, rebatizado ano passado de Auxílio Brasil. Ao microfone, o então deputado Jair Bolsonaro diz ter orgulho de ter sido o único a votar contra a proposta, que, segundo ele, vai aumentar a miséria no país ao incentivar que pobres tenham mais filhos com o objetivo de receber o benefício do governo federal.

“Estamos, na verdade, estimulando a classe pobre para que cada vez tenha mais filhos, principalmente agora que eles estão sabendo que grande parte ou a totalidade desse dinheiro deverá ser empregado no Programa Bolsa-Escola. Ou seja, eu quero ser reprodutor. Quanto mais filhos tiver, mais salário mínimo vou ganhar”, afirmou. Essa foi apenas uma das vezes em que Bolsonaro criticou, no plenário da Câmara, a adoção de políticas sociais de combate à pobreza e à fome. “O Bolsa Família nada mais é do que um projeto para tirar dinheiro de quem produz e dá-lo a quem se acomoda, para que use seu título de eleitor e mantenha quem está no poder”, discursou o então deputado em 9 de fevereiro de 2011.

Pastor marginal: justiça condena Malafaia a pagar R$ 100 mil a Freixo por danos morais

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A 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) condenou o pastor Silas Malafaia a pagar R$ 100 mil ao candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB). A disputa judicial diz respeito a ataques feitos pelo bolsonarista ao deputado federal ainda nas eleições de 2016, quando Freixo disputou a prefeitura da capital fluminense.

Em vídeos publicados nas redes sociais, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo afirmava que Freixo seria “a favor de cartilhas eróticas nas escolas”, além de ofendê-lo com xingamentos como “esquerdopata”, “imoral”, “indecente”, “cínico”, “mentiroso” e “dissimulado”.

Uma primeira decisão, favorável a Freixo, foi proferida em agosto de 2020. Nela, o juiz Rossidelio Lopes da Fonte, da 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou Malafaia a pagar R$ 15 mil. O advogado João Tancredo, representante de Freixo, recorreu à 2ª Instância para que o valor fosse elevado.

Na nova sentença, o desembargador Fernando Cerqueira Chagas, que relata o processo, concluiu que o pastor agiu de forma abusiva com a intenção de ferir a honra e prejudicar a campanha eleitoral de Freixo.

O fato de o autor e o réu possuírem posições antagônicas em doutrina política não concede o direito de um ofender o outro e proferir declarações com nítida intenção injuriosa, sem conteúdo informacional útil”, argumenta o relator.

Ao rever o valor da indenização, o desembargador ressaltou que Malafaia “é pessoa pública de expressão nacional e um líder religioso amplamente conhecido pela sociedade, de modo que suas palavras e atitudes possuem verberação muito mais ampla que a de qualquer outro cidadão comum”. Por outro lado, as manifestações a respeito de Freixo, como político, “devem ser analisadas com maior cautela, em virtude dos princípios republicanos, sobretudo em período de debate político intenso em razão de pleito eleitoral acirrado”.

O Seringal alertou: acreano magnata fake dos bitcoins aplica golpe de R$ 30 milhões, some e é procurado pela polícia

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Acreanos estão na extensa lista de cidadãos enganados por um falso magnata dos bitcoins, responsável por aplicar um golpe estimado em R$ 30 milhões Brasil afora. Reportagem do site Metrópoles, com sede em Brasília (DF), discorre os atrapalhos das vítimas e a estratégia enganosa do criminoso, que também é natural do Acre e está sendo procurado pela polícia. O Seringal.com alertou para o golpe numa matéria veiculada no dia 3 de julho (reveja aqui) Veja abaixo a íntegra o artigo:

Noitadas em boates sofisticadas sempre regadas a bebidas importadas, carrões superesportivos e viagens para lugares paradisíacos faziam parte da rotina de um homem que vendia a imagem de megainvestidor do mercado financeiro. Levando uma vida de pura ostentação, Thiago da Silva Rocha estava, na verdade, longe de ser um trader de sucesso. O estelionatário criou o personagem para aplicar um golpe estimado em R$ 30 milhões nas mais de 20 vítimas. A Polícia Civil do Distrito Federal apura o caso.

O magnata dos biticoins é natural do Acre, mas desembarcou em Brasília com objetivo de fazer fortuna. Ele começou a frequentar eventos organizados pela alta sociedade da capital da República e passou a fazer amizade com profissionais de sucesso, como médicos, advogados, empresários e servidores públicos federais do Executivo, Legislativo e Judiciário. Desde então, Thiago engordou a sua carteira de clientes.

Com lábia afiada, o operador mostrava aos clientes que era possível ter lucro mensal de 3% sobre o valor aplicado nos chamados blocos de ações e no mercado de criptoativos. Para isso, Thiago fazia reuniões, ministrava cursos de operação no mercado financeiro e mostrava a evolução das aplicações em tempo real por meio de uma plataforma desenvolvida por ele.

Prejuízo milionário

Simpático, sedutor e com discurso convincente sobre investimentos, Thiago se aproximou da família de uma trader, acostumada a operar no mercado financeiro. Durante meses, o golpista criou vínculo de amizade com a vítima e parentes dela, como o pai e a irmã. “A intimidade e o elo de amizade eram tamanhos que ele chegava a cozinhar na casa da minha família”, disse a mulher, de 43 anos.

A vítima foi convencida a retirar todas as aplicações financeiras usadas para operar no mercado de renda variável e repassá-las ao suposto trader. O caloteiro chegou a ficar com a senha de várias contas e controlar montante de aproximadamente R$ 1 milhão. “Em troca, Thiago dizia que esse valor renderia 3% ao mês. Ele chegou a pagar alguns dividendos, mas logo parou”, revelou a mulher.

Desconfiada, a cliente pediu o capital de volta, mas já era tarde. O golpista começou a protelar o pagamento, inventar desculpas e se afastar da família. “Ficamos completamente desestruturados financeira e psicologicamente. Toda essa situação caiu como uma bomba na família, que acreditava na honestidade do Thiago. Ele chegava a usar os próprios filhos para passar uma imagem de pessoa de bem”, desabafou.

Vítima vendeu empresas

A coluna identificou pelo menos 21 vítimas do magnata. O prejuízo de cada pessoa lesada varia. Há quem tenha perdido R$ 100 mil, R$ 500 mil e até valores com cifras superiores a R$ 1 milhão. Também houve casos de clientes que venderam empresas para investir nos negócios do estelionatário.

Um empresário ouvido pela coluna relatou ter vendido duas empresas e ainda ter convencido a própria mãe a colocar dinheiro nas mãos do caloteiro. “Ao todo, coloquei R$ 300 mil divididos em três blocos de ações que eram operadas pelo Thiago. Cheguei a receber alguns rendimentos, mas os pagamentos começaram a atrasar até o momento em que pararam de vez”, lembrou.

De acordo com a vítima, Thiago convidou alguns dos maiores investidores que ele tinha para passar o Réveillon, com tudo pago, em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. “Essa festa ocorreu na virada de 2021 para 2022, e todos viajaram com direito a hospedagem em um hotel de luxo, todas as bebidas e comidas pagas, e passeios de lancha e de jet-ski. Depois, passamos a desconfiar de que ele pagou por isso com nosso próprio dinheiro. Inclusive, ele chegou a Angra de helicóptero”, ressaltou.

Sumiço

Muitos clientes do magnata dos bitcoins suspeitam de que ele tenha usado uma espécie de pirâmide financeira para alimentar o negócio fraudulento, pagando os dividendos de clientes antigos com o dinheiro de novas pessoas captadas para o negócio. A coluna descobriu vítimas do golpista em vários estados do país – entre os quais, Minas Gerais, Acre e Goiás.

Corrupção: após visita de irmão do presidente, Caixa aprova R$ 29,6 milhões para obras em cidade da família Bolsonaro

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No dia 24 de novembro do ano passado, às 10h10, Renato Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro, ingressou na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Acompanhado por uma comitiva, ele participou de uma reunião no 19º andar para discutir demandas de recursos para Miracatu, cidade localizada a 139 quilômetros de São Paulo e onde trabalhava como chefe de gabinete do prefeito. Quase um mês depois de receber o irmão do chefe do Poder Executivo, a Caixa assinou a liberação de R$ 29,6 milhões em repasses do governo federal para o município do Vale do Ribeira, região onde Jair Bolsonaro cresceu.

Esse volume recorde de dinheiro é o dobro dos recursos viabilizados pela Caixa para Miracatu ao longo de 14 anos. Somente durante o governo Bolsonaro, o município foi agraciado com mais de R$ 40 milhões em verbas de convênios com ministérios que passaram pelo crivo do banco. Desse total, R$ 33,6 milhões foram autorizados em 2021, sendo a maior parte, R$ 29,6 milhões, destinada em dezembro do ano passado, logo após a passagem do irmão do presidente pela sede da instituição financeira.

Procurados, Renato Bolsonaro, que deixou o cargo de chefe de gabinete em agosto para se dedicar às eleições, e o prefeito de Miracatu, Vinícius Brandão, não quiseram se pronunciar. Por meio de nota, a Caixa afirmou que atua apenas como “mandatária da União” para os repasses e que age em conformidade com as regras. Cabe ao banco público analisar os contratos e chancelar os pagamentos dos convênios assinados entre o município e os ministérios.

Após a reunião na Caixa em Brasília, Renato Bolsonaro voltou para Miracatu e participou de uma live para comemorar o que ele chamou de “frutos da viagem a Brasília”.

– O portal (da entrada da cidade) saiu. Já está aprovado. Não quero que reclamem de muitas obras na cidade. Vamos transformar Miracatu – disse o irmão do presidente.

Na mesma transmissão virtual, o prefeito do município, Vinícius Brandão, que também viajou para Brasília, onde visitou o presidente no Palácio do Planalto, enalteceu os empreendimentos que seriam realizados em Miracatu:

– Acho que até no meio do ano (de 2022) vai estar tudo licitado. Vocês vão cansar de ver placas de ‘estamos em obras’ – comemorou.

Além do portal de entrada da cidade de Miracatu, para o qual foi destinado R$ 3,7 milhões, a Caixa assinou contratos para a realização de mais duas obras comemoradas na live: a reforma do centro de eventos, que custou R$ 6,5 milhões, e um ginásio de esportes, de R$ 3,8 milhões.

Para Registro, cidade vizinha e maior município da região com 56 mil habitantes, foram viabilizados pela Caixa R$ 1,5 milhão em 2021, um volume que representa apenas 3,7% do total destinado no mesmo ano para Miracatu, cuja população é de 19.000 pessoas.

‘Queridinho do presidente’

 

Jair Bolsonaro com seu irmão, Renato, e o ex-assessor especial da Presidência, Mosart Aragão — Foto: Reprodução/Rede Social

Jair Bolsonaro com seu irmão, Renato, e o ex-assessor especial da Presidência, Mosart Aragão — Foto: Reprodução/Rede Social

A visita de Renato Bolsonaro e sua comitiva à sede da Caixa Econômica foi guiada pelo então assessor do presidente da República Mosart Aragão, segundo o vereador Henrique do Porto de Areia (PSB), da base do prefeito de Miracatu.

– O Renato organizou a lista de demandas. O Mosart cuidou de tudo e nos conduziu à sede do banco – diz Areia, acrescentando: – Tem muito recurso chegando. O município virou um canteiro de obras.

Após a reunião no banco estatal, o vereador de Miracatu Moyses Neto (PSB), que participou da expedição em Brasília, também elogiou o empenho do auxiliar de Jair Bolsonaro. “Agradecimento especial ao Mosart Aragão por ter aberto as portas ao governo federal e nos receberam muito bem (sic)”, postou Neto nas redes sociais.

Procurado, Aragão não se pronunciou. Candidato a deputado federal pelo PL, o ex-assessor no Palácio do Planalto passou a contar com o apoio de Renato Bolsonaro para fazer campanha no Vale do Ribeira. A dupla tem percorrido cidades da região e do interior paulista. Em busca de votos, Aragão tem se apresentado como o “queridinho do presidente”.

Na última semana, Aragão postou um vídeo em suas redes sociais ao lado de Renato Bolsonaro pedindo apoio dos eleitores para eleger o ex-assessor do presidente.

– Eu sou Renato Bolsonaro, irmão do nosso presidente. Venho até vocês apresentar o candidato Mosart, ex-assessor especial do nosso presidente, que esteve a mais de 30 anos ao lado dele. Apresentá-lo a pedido do nosso presidente, como candidato a deputado Federal por São Paulo – disse Renato Bolsonaro.

Em nota de pesar, PT destaca legado de Marcos Afonso: “vida pautada pela ética”

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Nota de Pesar

O Partido dos Trabalhadores do Acre está de luto. Perdemos um dos mais ilustres e brilhantes militantes. Marcos Afonso era professor, jornalista, poeta, foi vereador de Rio Branco de 1993 a 1996 e deputado federal de 1999 a 2003.
Nos últimos meses, Marcos Afonso lutava contra uma grave doença e faleceu nesta madrugada em Fortaleza, onde residia atualmente.
Sua história de vida foi pautada pela ética e a busca por uma sociedade mais justa para todos. Acreditava na força da juventude e na educação como meio de transformação social. Seus ensinamentos e seu modo de vida, que inspiraram e inspiram a tantos militantes humanistas acreanos, serão eternizados.
Nosso sentimentos à Patrycia, sua companheira, aos seus filhos, e a todos os familiares e amigos do nosso tão querido Marcos Afonso que agora está com Deus.
Rio Branco-Acre, 16 de Setembro de 2022.
Partido dos Trabalhadores do Acr

Bolsonaristas retiram do ar centenas de vídeos do YouTube com desinformação e ataques ao TSE e ao STF

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e canais de extrema-direita aceleraram movimento de retirada de vídeos contendo desinformação e ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos 5 mil vídeos publicados entre dezembro de 2017 e agosto de 2022 foram retirados do ar na última semana. É o que aponta levantamento feito pela Novelo Data em parceria com a Essa Tal Rede Social a partir de conteúdos publicados no YouTube.

O destaque é o canal Universo, que concentra 477 mil inscritos e retirou 3.012 conteúdos desinformativos e com ataques às instituições na última semana. A conta é administrada pelo bolsonarista e sósia do cantor Roberto Carlos, Roberto Boni. Se contar o material excluído também de sua conta secundária, a Universo Filial, com 53 mil inscritos, o número chega a 3.091.

Candidato a deputado estadual por São Paulo pelo PMB, Boni é investigado pelo TSE por ataques às urnas eletrônicas. Em 2021, ele teve o canal desmonetizado pelo tribunal por espalhar desinformação sobre o processo eleitoral.

Outras contas de extrema-direita tiveram um grande movimento de exclusão de vídeos na última semana. É o caso do canal Questione-se, com 949 mil inscritos, em que os responsáveis pelo perfil esconderam 759 publicações que continham ataques a desafetos de Bolsonaro, entre eles ministros do STF, e que questionavam o sistema eleitoral brasileiro.

O engajamento de contas de apoiadores de Bolsonaro e de extrema-direita na remoção de conteúdos desinformativos, sobretudo após os atos do 7 de Setembro, está associada com temores de retaliação por parte do TSE, que desenvolveu ferramentas de fiscalização para avaliação de conteúdo, na avaliação do fundador da Novelo Data, Guilherme Felitti.

Ator da Globo é preso em flagrante por armazenar pornografia infantil

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O ator José Dumont, que esteve na novela Nos Tempos do Imperador, da Globo, foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (15/9) por armazenamento de pornografia infantil.

Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que o ator foi preso em flagrante “pelo crime de armazenamento de imagens de sexo envolvendo crianças”

A polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de José Dumont, nesta quinta. No local, agentes encontraram imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças.

José Dumont está no elenco da novela Todas as Flores, do Globoplay, que tem estreia prevista para outubro. Ele ainda esteve no elenco de Velho Chico e América, atuando também em produções da Record TV, como Caminhos do Coração e Ribeirão do Tempo.

Metrópoles

 

MPF ajuíza ação para melhorar condições de trânsito e segurança a usuários da BR-364 entre CZS e Rio Branco

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O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação, com pedido de liminar, para que a União e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizem reparos necessários à manutenção, fiscalização e conservação da BR-364, no trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul (AC), para garantir a segurança dos usuários que trafegam na rodovia federal e que o Estado do Acre reative as balanças de pesagem.

Segundo documento elaborado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre acidentes dos últimos quatro anos na rodovia, a precariedade de sinalização e as condições de infraestrutura da rodovia são responsáveis pelos acidentes com vítimas fatais e com ferimentos. O elevado número de acidentes tem como causa principal as más condições de trafegabilidade e sinalização dos trechos totalizando 986 acidentes com 79 mortes no período de 2018 a 2021, embora a PRF ressalte que os números possam ser maiores pois nem todos os acidentes são comunicados.

De acordo com o relatório, vários trechos precisam de limpeza nos acostamentos da rodovia, locais que ficam cobertos pela vegetação, além de muita erosão na pista e falta de sinalização que colocam em risco a vida dos usuários da BR-364.

A ação do MPF cita também o relatório de vistoria técnica elaborado pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Ministério Público do Estado do Acre, que constatou o estado crítico da rodovia entre os municípios de Sena Madureira e Tarauacá e com pontos ainda mais críticos entre Manoel Urbano e Feijó. O documento aponta problemas recorrentes na ponte sobre o Rio Tarauacá que foi construída sobre um curso d’água novo, o que acarreta desbarrancamento em períodos de cheia do rio, além da má qualidade dos serviços de manutenção e execução realizados na ponte.

Na ação, o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias pede que o Dnit e a União efetuem o reparo da ponte que faz a transposição do Rio Tarauacá, em até 60 dias, que realizem os reparos dos trechos entre Sena Madureira e Tarauacá, entre Manoel Urbano e Feijó no mesmo prazo, além da elaboração e execução de plano de ação para recuperação, manutenção e conservação periódica da BR-364. O Estado do Acre, Dnit e União deverão também reativar as balanças de pesagem instaladas nos Postos de Pesagem de Veículos situados na rodovia, uma vez que o estado é considerado omisso quanto à conservação dos postos de pesagem, o que agrava as condições de trafegabilidade na estrada.

O MPF pede ainda a condenação do Dnit e da União ao pagamento de danos materiais e morais às vítimas de acidentes que tiverem como causa principal as más condições de trafegabilidade e sinalização da BR-364.

O processo pode ser consultado pelo número 1010484-44.2022.4.01.3000 – 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SJAC

BR-364 – Inaugurada no ano de 1960, a BR-364 é uma rodovia federal diagonal que liga o centro-sul ao norte do país. Inicia seu percurso em Limeira/São Paulo e atravessa os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondônia até alcançar o estado do Acre, o que perfaz uma extensão total de 4.324,6 km e constitui uma das mais importantes vias para a mobilidade e desenvolvimento econômico da região norte.

O recém-divulgado Anuário do Transporte 2021 (banco de dados que traça o estado geral das rodovias no Brasil), elaborado pela Confederação Nacional do Transporte, aponta que o Acre possui um total de 1.350 km de malha rodoviária, cuja qualidade da pavimentação foi classificada em “regular”, “ruim” e “péssimo”, o que situa o estado como detentor das rodovias mais críticas do Brasil e, proporcionalmente, um dos piores da região norte.

Por não possuir rodovias no Acre que possuam classificação “ótima” ou “boa”, o acesso às regiões do interior do estado torna-se tarefa extremamente complexa, em especial o tráfego na região oeste, no Vale do Juruá, localidade que congrega trechos acessíveis unicamente via transportes fluviais, diante da diminuta malha rodoviária do estado.

É por isso que a logística de escoamento da produção agrícola dos municípios do oeste está condicionada ao regular estado estrutural da rodovia BR-364, que atualmente tem encontrado dificuldades concretas diante da precária qualidade da pavimentação e da reiterada omissão do poder público em promover a devida manutenção, fiscalização e conservação da rodovia, sobretudo em época de chuvas.

A situação torna-se mais preocupante quando observado que o ingresso de bens, matéria-prima e insumos também é realizada pelo eixo rodoviário da BR-364, de modo que a eventual interrupção do tráfego nessa região configura prejuízo concreto à sociedade e inviabiliza a cadeia comercial/produtiva intra-regional.

A própria idealização de projeto da malha rodoviária da BR-364 levou em conta não apenas o aspecto de integração social e desenvolvimento regional, mas também questões de segurança militar, diante da gigantesca área de fronteira que encobre o estado (Peru e Bolívia), onde reiteradamente são registrados ilícitos transnacionais.

Seu colapso, portanto, causaria danos monumentais e imediatos tanto ao leste do estado, onde se situa a capital (escoamento da cadeia produtiva), quanto ao oeste (abastecimento), nos municípios localizados no Vale do Juruá, Regiões do Envira e Purus.

O famigerado orçamento secreto: Bolsonaro sacrificou Farmácia Popular para dar mais dinheiro a senadores e deputados

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O Planalto foi alertado por técnicos do Ministério da Saúde sobre riscos para a garantia de programas populares, como o Farmácia Popular, que distribui remédios para população carente em razão do corte nos recursos do Programa Farmácia Popular. O presidente Jair Bolsonaro (PL), entretanto, decidiu privilegiar a sua base política e não mexer no orçamento secreto.

Agora, diante da repercussão negativa e temendo efeito eleitoral, Bolsonaro pediu para a Economia e Saúde reverterem a decisão e reprogramar o orçamento.

O corte reduz a verba do programa dos R$ 2,04 bilhões em 2022 para R$ 804 milhões na proposta de orçamento de 2023 que o governo Bolsonaro enviou ao Congresso. O texto ainda não foi votado pelos parlamentares.

A possibilidade do impacto foi relatada à área econômica do governo Bolsonaro em um ofício enviado pelo Ministério da Saúde ainda durante a elaboração da proposta de orçamento de 2023, enviado no final de agosto ao Congresso.

“Apontamos as implicações para Economia, mas é um tema ainda em discussão no governo e no Congresso Nacional”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao blog. “Não haverá interrupção de políticas públicas. Eu tenho dialogado com o ministro Paulo Guedes e a questão será resolvida.”

Ordem para não mexer no orçamento secreto

Técnicos da área econômica justificam o corte no Farmácia Popular por uma decisão política. Segundo fontes ouvidas pelo blog, há uma ordem para não mexer, no ano eleitoral, na previsão de verbas para o pagamento de emendas do orçamento secreto.

Na prática, o mecanismo dá maior controle do orçamento do governo federal ao Congresso. Em troca de apoio político do Centrão – que comanda a ala política de seu governo –, Bolsonaro garantiu que esse mecanismo continue a funcionar em 2023.

“A orientação política é: em ano de eleição não se mexe na RP9. Foi uma ordem”, diz uma fonte da área econômica.

 

O presidente só reagiu após a revelação do corte no Farmácia Popular pelo jornal “O Estado de São Paulo”, por medo de perder votos e, então, acionou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar reverter a decisão tomada pelo próprio governo.

O problema, agora, é encontrar uma saída que reverta o prejuízo com os eleitores e, ao mesmo tempo, não indisponha o governo com a base a menos de 20 dias da eleição.

Por esse motivo, a previsão é que o governo deixe para depois das eleições o envio de uma mensagem ao Congresso para mudar o projeto de orçamento de 2023 e retirar os cortes no Farmácia Popular.