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Em Porto Acre, vice-governadora visita abrigos e reafirma apoio do estado às famílias atingidas

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Vice-governadora Mailza reforçou que o governo do  Estado tem trabalhado em parceria com a prefeitura e dado suporte as famílias. Felipe Freire/Secom

Na cidade, Mailza foi até as áreas atingidas, dentre elas a Rua do Comércio, juntamente com o prefeito Bené Damasceno, a primeira-dama do município, Daiany Gonçalves, vereadores e secretários municipais.

Em seguida, esteve nos locais que servem de abrigos, a escola estadual Plácido de Castro, Centro Cultural e Biblioteca Pública Estadual, Igreja Católica e a escola municipal Nilce Machado da Rocha.

Porto Acre disponibiliza cinco abrigos à população. Foto: Felipe Freire/Secom

Em todos eles, a vice-governadora conversou com os desabrigados e agradeceu aos funcionários da prefeitura e do Estado que estão atendendo às famílias.

Mailza conversou com as famílias e ressaltou que o Estado tem feito de tudo para deixar as pessoas bem cuidadas. Foto: Felipe Freire/Secom

Com 16.693 habitantes, Porto Acre, assim como outras localidades do estado, tem enfrentado os impactos da cheia.

Nível do Rio Acre atingiu a marca de 15,53 metros no município nesta quinta-feira. Foto Felipe Freire/Secom

Em uma ação envolvendo governo do Estado e Município, foram entregues na terça-feira, 5, ao município, cestas básicas, kits de higiene e de limpeza, além de medicamentos.

“Nossa equipe governamental, junto com as secretarias e prefeituras, têm trabalhado para que a gente garanta o suporte necessário às famílias que estão passando por esse momento. Viemos reforçar nosso compromisso e dizer que estamos com um olhar voltado para Porto Acre. Estamos fazendo a nossa parte e dando todo apoio para que a prefeitura possa cuidar da melhor forma de todos. Em breve esse momento vai passar e mais uma vez nos reergueremos”, disse Mailza. 

Prefeito de Porto  Acre, Bené Damasceno, mostra a vice-governadora como está a situação do Rio Acre. Gladson Cameli. Foto: Felipe Freire/Secom

Porto Acre é cortada pelo rio Acre, que está com 15,53 cm na medição das 18h desta quinta-feira, 7, segundo a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil.

Prefeito Bené falou que o apoio do Estado tem garantido segurança à população. Foto: Felipe Freire/Secom

O município está com 42 famílias em abrigos, o que equivale a 125 pessoas, e sete famílias desalojadas, que somam 23 pessoas.

Para Bené, a presença da vice-governadora na cidade é mais um sinal do apoio do Estado à população e ao Executivo municipal. “Nós pedimos ao governador Gladson suporte e uma ajuda especial para o município, e fomos atendidos com cestas básicas, kits de limpeza apoio das secretarias e órgãos de segurança pública como Polícia Civil e Militar, barcos para logística por meio da Secretaria de Agricultura, e espaços do Núcleo Estadual de Educação, que disponibilizou seus espaços para abrigos”, agradeceu o prefeito.

Porto Acre está com 42 famílias em abrigos,Foto: Felipe Freire/Secom

Estado entrega de mais de 2 toneladas de alimentos a abrigos em Porto Acre 

A coronel da Policia Militar, que coordena as ações na cidade, Ana Cássia, fala do apoio do Estado nas ações. Foram entregues 220 cestas básicas, 3.080 garrafas de água potável e 80 kits de limpeza.

Água potável, medicamentos e cestas básicas foram entregues a abrigos de Porto Acre. Foto: cedida

“Devido à situação das cheias, o governo do Acre tem estabelecido uma série de parcerias para viabilizar a distribuição de água potável, cestas básicas e kits de limpeza para a população de Porto Acre”, disse.

Marmitas foram entregues para famílias de abrigos e zona rural. Foto: cedida

Ela destacou ainda que a união de todos é o que possibilita a entrega de donativos e o atendimento ao maior número de atingidos pela cheia

Uma parceria entre a PM, Secretaria de Estado de Governo (Segov) e Cozinha Mariele Franco também disponibilizou 100 marmitas, que foram entregues nos abrigos e para a população da zona rural. Um motor de rabeta para a Defesa Civil Municipal também foi entregue pelo Corpo de Bombeiros.

Kits de medicamentos também foram entregues a essas famílias, em ação de parceria entre governo, Apeac, Atacadão Rio Branco e Cozinha Solidária Marielle Franco.

Sinais de vazante do Rio Acre

Após registrar a segunda maior enchente desde 1971, o Rio Acre, na capital, começou a dar sinais de vazante nesta quinta-feira, 7. Em 24 horas, ele baixou 19 centímetros. Às 9h de quarta-feira, 6, o manancial atingiu 17,89 metros, sendo a segunda maior cota registrada. Já às 9h desta quinta, o manancial registra 17,70 metros.

No Diário Oficial da União desta quarta-feira, 6, a União, por intermédio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, autorizou o empenho e o repasse de recursos ao município de Porto Acre, no valor de R$ 617.486, para a execução de ações de resposta.

Da Secom

Elas são mais escolarizadas, mas ganham 21% menos que homens; desigualdade maior é na ciência, aponta IBGE

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Mais escolarizadas, as mulheres ganham, em média, 21% menos que os homens, e a maior desigualdade está nas profissões intelectuais e científicas. Nessa categoria, as mulheres ganham em média 36,7% menos que os homens.

Os dados são referentes a 2022 e fazem parte do estudo Estatísticas de Gênero, divulgado nesta sexta-feira (8) — Dia da Mulher — pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o estudo, 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais têm ensino superior. Entre os homens, o índice é de 16,8%.

Apesar dessa disparidade, e além de ganharem menos em média do que os homens, as mulheres têm menos acesso a cargos de liderança: ocupam 39% desses postos, ante 61% dos homens.

Mulheres ganham mais onde é mais difícil chegar no topo

 

O grupo de atividades que as mulheres mais enfrentam barreiras para chegar no topo é na Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura. Apenas 16% dos cargos gerenciais destas áreas são comandados por mulheres (a média entre todas as áreas é 39%)

A remuneração nesse grupo, por outro lado, é 28% maior do que a dos homens.

Isso acontece porque, para se inserir em setores com domínio masculino, precisam profissionais muito mais qualificadas que os homens – por isso, acabam ganhando mais, explica A coordenadora do estudo e pesquisadora do IBGE, Barbara Cobo.

O mesmo fenômeno acontece em profissões do grupo Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação. Nele, as mulheres são apenas 19% dos cargos de liderança, e ganham 9,4% a mais que os homens.

Mulheres fazem o dobro de trabalho doméstico

 

O estudo do IBGE também mostra que as mulheres seguem fazendo muito mais trabalho doméstico do que os homens: são 21,3 horas semanais, quase o dobro do que é dedicado por eles (11,7 horas).

A maior diferença é no Nordeste: 23,5 horas de mulheres ante 11,8 dos homens.

A carga total de trabalho das mulheres ao somar o emprego remunerado e os afazeres em casa – a famosa jornada dupla – também é maior que a dos homens (54,4 horas semanais para elas ante 52,1 para eles),

“A mulher está o dia inteiro no trabalho. Os dados que a gente traz, inclusive, subestimam essa carga horária”, afirma a coordenadora do estudo.

 

O maior tempo de carga total foi observado nas mulheres do Sudeste – 55,3 horas semanais.

Um estudo global sobre longas jornadas de trabalho, da Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que trabalhar 55 horas ou mais por semana está associado a um risco 35% maior de AVC (acidente vascular cerebral) e 17% maior de morrer de doença cardíaca.

Já entre os homens, a participação no mercado de trabalho foi de 73,2%. Essa diferença é vista desde o começo da série histórica, em 2012.

A maior dedicação ao trabalho de cuidado e doméstico impacta também na inserção no mercado de trabalho. Em 2022, 28% das mulheres estavam em trabalhos de tempo parcial (de até 30 horas semanais) – quase o dobro (14,4%) do verificado para os homens.

A informalidade também é maior entre as mulheres (39,6%) do que entre os homens (37,3%).

O estudo também mostrou que o nível de ocupação das mulheres adultas (entre 25 e 54 anos) é afetado pelo cuidado com crianças. Em casas com crianças de até 6 anos, 56,6% estavam ocupadas. Já em lares sem crianças, a taxa de ocupação sobe para 66,2%.

Entre os homens acontece o inverso, em domicílios com crianças de até 6 anos, 89% de homens adultos estão ocupados, contra 82,8% das casas sem crianças.

A pesquisadora do IBGE diz que não é possível esperar uma “grande revolução” no pensamento dos homens mas, sim, políticas públicas que tornem a carga de trabalho mais igualitária, como licenças iguais de paternidade e maternidade e escolas públicas com oferta de período integral.

“É muito exaustivo, você não conhece uma mãe que não esteja exausta”, afirmou Barbara Cobo.

 

Número de filhos aumentou apenas em mulheres acima de 40 anos

 

O estudo do IBGE também mostra que, de 2018 a 2022, a queda no número de filhos por mulher foi de 13%. Os números são do Ministério da Saúde.

Na contramão, a única faixa etária que passou a ter mais filhos é a de 40 a 49 anos – um aumento de 17% em cinco anos.

Mortalidade materna retorna ao patamar pré-pandemia

 

Em 2022, a taxa de mortalidade materna (quando acontece até 42 dias após o término da gravidez e por causa atribuída à gestação) retornou ao índice pré-pandemia, e foi de 57,7 mortes por 100 mil nascidos vivos.

Em 2021, essa taxa chegou a 117,4, segundo os dados do Ministério da Saúde. Os pesquisadores do IBGE disseram que, com o atraso de vacinas, o impacto da Covid nas grávidas do Brasil foi maior do que em outros lugares do mundo.

Mulheres em estruturas de poder

 

O estudo também analisou a presença feminina na política e nas estruturas de poder. Em um ranking que analisa a proporção de parlamentares mulheres, o Brasil está na 133ª posição entre 186 países, com 17,9% da Câmara dos Deputados em 2023.. Na América Latina, o país é o último colocado.

Em 2023, as mulheres eram 17,9% da Câmara Federal. Dos 38 cargos ministeriais, apenas nove eram ocupados por mulheres.

Do G1

Quem é Orlanilda Ximenes, a primeira mulher presidente do Deracre em 60 anos

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O governo do Estado publicou no Diário Oficial desta quinta-feira, 7, a troca do titular do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre).

O cargo de presidente do Deracre, que era ocupado por Sócrates José Guimarães, a partir de hoje, passa a ser de responsabilidade de Orlanilda Ximenes Muniz, conhecida como Sula.

Natural de Feijó, Sula, especialista em Gestão Pública, é a primeira mulher a conduzir o órgão. Com reconhecimento pelo trabalho de 10 anos, ascendeu na hierarquia do órgão e desempenhou funções no órgão, como: secretária, na diretoria de Ramais; chefe de gabinete da Presidência, e diretora de Expansão e Planejamento.

Enquanto diretora, Sula apresentou mais de 30 projetos de infraestrutura aos parlamentares da bancada federal acreana. Somaram-se mais de R$ 167 milhões em recursos financeiros, decorrentes de emendas parlamentares federais, para investimentos em obras de infraestrutura no Acre.

Dentre as obras apresentadas, o Deracre conseguiu captar: mais R$ 35 milhões para continuidade da Ponte da Sibéria, em Xapuri; R$ 24 milhões para o viaduto do Bairro Corrente; R$ 47 milhões em 50 pontes de concreto nos ramais; R$ 18 milhões para a restauração do segundo trecho da AC-405; e R$ 43 milhões assegurados para melhorias nos ramais do Acre.

A CASA CAIU: Mauro Cid detalha trama golpista de Bolsonaro e cúpula militar

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O almirante de esquadra Almir Garnier quebrou a rotina de clausura que havia se imposto nos últimos meses na sexta-feira, 1º de março. Desde que foi enredado como um dos principais operadores militares de uma tentativa de golpe de Estado, o ex-comandante da Marinha raras vezes havia sido visto em público. Seguia uma rígida lista de recomendações para evitar exposição desnecessária, não concede entrevistas e mantém silêncio sobre as acusações de que alimentou planos para garantir a permanência de Jair Bolsonaro no poder. Aquele dia, porém, era diferente. Mais magro, usando roupa de ginástica e óculos escuros, ele estava sentado sozinho na mesa de uma confeitaria a menos de 300 metros de sua casa, em Brasília, onde permaneceu por mais de uma hora. Nesse período, falou ao telefone durante um bom tempo, caminhou pelo estabelecimento, bebeu água com gás, comprou uma bandeja de salgadinhos e foi embora sem ser notado. Não parecia preocupado com o que acontecia a alguns quilômetros dali — mas deveria.

Naquele mesmo instante, na sede da Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes prestava esclarecimentos no inquérito que investiga se Jair Bolsonaro atuou para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. Poucos depoimentos eram tão aguardados quanto o do general. Testemunha de uma reunião em que os chefes militares teriam discutido com o então presidente da República detalhes de uma suposta trama golpista, Freire Gomes havia sido apontado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente, como o esteio da caserna contra a sublevação. O general foi ouvido na condição de testemunha e confirmou ter participado de uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, em que se discutiu a edição de uma medida que previa a anulação das eleições presidenciais, a convocação de outra e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal.

A reunião — e o que foi discutido nela — é considerada a evidência mais contundente de que Bolsonaro, em certo momento, no mínimo flertou com a possibilidade de uma virada de mesa. O que no início era uma suspeita começou a ganhar contornos nítidos de materialidade a partir do momento em que Mauro Cid fechou um acordo de colaboração com a polícia. O ex-ajudante de ordens, que ficou preso durante quatro meses até decidir cooperar, tinha acesso praticamente irrestrito a tudo o que acontecia nos palácios do Planalto e da Alvorada. Ele acompanhava de perto a rotina da família, ouvia segredos e esteve presente nos derradeiros e mais tensos momentos do governo. Nos últimos meses, o tenente-coronel prestou cinco depoimentos à PF. No mais importante deles, revelou os bastidores da conspirata que poderia ter mudado drasticamente a história do país e que, agora, pode apontar para certos personagens — incluindo o ex-­presidente Jair Bolsonaro — o caminho da prisão.

VEJA teve acesso aos principais trechos do depoimento de Mauro Cid. A maioria das informações já veio a público, mas seus detalhes, inéditos, são assustadores, muitos deles parecem surreais, e o conjunto revela o nível de desatino de uma confraria que colocou na cabeça que as eleições de 2022 haviam sido fraudadas e que era preciso fazer algo para impedir a posse de Lula. O ex-ajudante de ordens contou que, em novembro, dias depois de anunciado o resultado, participou de uma reunião comandada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Nela, o então assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, apresentou ao presidente sugestões para a edição de um decreto que “retratava as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo” e autorizava a prender “todo mundo”. Entre os alvos específicos estavam os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco. Em seu depoimento, Cid não informa quem seria “todo mundo”, mas a ideia, segundo ele, era prender “autoridades que de alguma forma se opunham ideologicamente ao ex-presidente”.

A minuta de decreto também anulava o resultado das eleições e estabelecia a convocação de um novo pleito. O motivo seria a comprovação de que as urnas eletrônicas haviam sido violadas — obsessão paranoica repetida várias vezes pelo então presidente. Participaram dessa primeira reunião Bolsonaro, Cid, Martins e “juristas”. Filhote do falecido Olavo de Carvalho, Martins fez uma longa explanação. Depois, o presidente recebeu uma cópia do documento, leu e sugeriu alterações. Uma delas, como se sabe, foi excluir Gilmar Mendes e Rodrigo Pacheco da lista de alvos a serem detidos. Dias depois, Martins retornou ao Alvorada, acompanhado do advogado Amauri Saad, uma espécie de consultor jurídico do grupo. Ele mostrou a Bolsonaro a nova versão do decreto com as mudanças sugeridas pelo presidente, que leu e — detalhe — aprovou a minuta. Ato contínuo, sempre de acordo com o depoimento de Cid, Bolsonaro convocou para o mesmo dia uma reunião com os comandantes do Exército, general Freire Gomes, da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Junior, e da Marinha, almirante Almir Garnier. Dessa nova — e fundamental — reunião emergiram os indícios que colocam os chefes militares no centro da trama.

Mauro Cid contou que Filipe Martins explicou aos comandantes item a item do documento redigido com o aval do presidente. Não falou em prisões, anulação de eleições nem em outra medida radical. Nessa etapa da reunião, além dos militares, do presidente e do assessor internacional, estavam o ajudante de ordens e Amauri Saad. Depois ficaram na sala apenas o presidente e os três chefes militares. Cid afirma que soube por Freire Gomes que Bolsonaro pressionou os comandantes para saber o que eles achavam do decreto golpista. O general e o brigadeiro, segundo ele, não gostaram do que ouviram, o que teria, mais tarde, sepultado a ideia de uma intervenção. Já a situação de Almir Garnier é, para dizer o mínimo, mais delicada. Em sua colaboração, Mauro Cid disse que ouviu do general Freire Gomes o relato de que o almirante, ao contrário dos outros dois, teria colocado as tropas à disposição. “Os referidos elementos corroboram os fatos descritos pelo colaborador Mauro Cesar Cid, quando revelou que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, em reunião com o então presidente Jair Bolsonaro, anuiu com o golpe de estado, colocando as tropas à disposição”, registrou a Polícia Federal em relatório.

Desde que passou a ser caracterizado como o militar de mais alta patente a dar guarida à trama, Garnier recebeu relatos de que dificilmente escapará da mão pesada de Alexandre de Moraes. A colegas de farda, muito tranquilo, o militar tem dito que Bolsonaro recebia toda sorte de propostas golpistas, mas que não as levava a sério. O depoimento de Cid, porém, o deixa numa situação bastante desconfortável. De um lado, um presidente ansioso por permanecer no cargo e dado a arroubos de todos os tipos. De outro, o mais alto chefe de uma corporação militar disponibilizando seus recursos para atender à vontade do governante: um golpe. Alguns chegam a defendê-­lo dizendo que ele falou nas tropas apenas como bravata, uma maneira de agradar a Bolsonaro. Difícil engolir uma piada no meio de uma situação de tão alta octanagem como essa. “Mesmo como bravata, Garnier jamais falou que endossava um golpe”, defende, sob condição de anonimato, um interlocutor do ex-comandante. Embora minimize o episódio, ele deve ser indiciado, assim como o ex-presidente, por tentativa de abolição do estado de direito, crime que prevê até oito anos de prisão. Tal cenário tem gerado incômodo e constrangimento para as Forças Armadas. Os três comandantes já foram intimados a depor. Freire Gomes foi o último a ser ouvido. Antes dele, Baptista Junior já havia prestado um longo depoimento, que também é mantido em sigilo. Ambos ajudarão a elucidar o que aconteceu naquele dia e, possivelmente, dar mais elementos para uma provável prisão de Bolsonaro. Garnier, claro, optou pelo silêncio. A defesa do almirante alegou que não teve acesso aos autos, um direito de quem é investigado. Agora, a Polícia Federal vai decidir se os militares atuaram ativamente com o intuito de ameaçar a democracia ou se o que fizeram se enquadra apenas como omissão. Mauro Cid deve depor mais uma vez na semana que vem. Usando tornozeleira eletrônica e recolhido quase o tempo todo em sua casa no Setor Militar, em Brasília, ele tem sido alvo de ameaças por parte de bolsonaristas e convive com o desprezo dos colegas de farda. “O Exército não tolera alcaguetes”, diz um graduado oficial. “Não sou traidor, nunca disse que o presidente tramou um golpe. O que havia eram propostas sobre o que fazer caso se comprovasse a fraude eleitoral, o que não se comprovou e nada foi feito”, disse ele, em sua lógica muito peculiar, a uma pessoa próxima.

A lista de figurões suspeitos de envolvimento nessa conspiração é grande (veja o quadro), e outros personagens podem ganhar ainda mais destaque nas próximas semanas. A rigor, desde o início da administração Bolsonaro havia um flerte do então presidente e seu círculo mais próximo com uma ruptura institucional. Garnier, por exemplo, já esteve na crista de uma controvérsia em agosto de 2021. O almirante não escondia as pretensões de assumir o posto de ministro da Defesa. Na caserna, era criticado por ter se encantado demais pelas delícias do poder em geral e pelo presidente da República em particular. Numa notória demonstração de servilismo, ele organizou um desfile de tanques pela Esplanada dos Ministérios na época em que o Congresso votava um projeto para a adoção do voto impresso, um dos moinhos de vento do ex-presidente na sua alucinada cruzada contra o Judiciário. Na ocasião, o comandante negou que o espetáculo bizarro embutisse uma ameaça velada às instituições. Teria sido apenas “coincidência”. À luz do que se sabe hoje, ninguém daria o mínimo crédito a essa versão.

Publicado em VEJA de 8 de março de 2024, edição nº 2883

Akira Toriyama, criador de ‘Dragon Ball’, morre aos 68 anos

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Akira Toriyama, criador da franquia “Dragon Ball”, morreu aos 68 anos no dia 1º de março. A informação foi divulgada na madrugada desta sexta-feira (8) por estúdios ligados ao artista.

Um comunicado publicado no site de Dragon Ball afirmou que a morte de Toriyama foi provocada por um hematoma subdural, que é quando acontece um acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio

O funeral de Toriyama foi reservado apenas para a família.

“Lamentamos profundamente que ele ainda tivesse vários trabalhos em andamento com grande entusiasmo. Além disso, ele teria muito mais a realizar”, diz a nota.

“Ele deixou muitos títulos de mangá e obras de arte para este mundo. Graças ao apoio de tantas pessoas ao redor do mundo, ele pôde continuar suas atividades criativas por mais de 45 anos. Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo.”

Além de Dragon Ball, Toriyama foi criador de vários outros mangás. Na lista está Dr. Slump (1980), Cowa! (1998), Kajika (1999), Sand Land (2000) e Neko Majin (2000).

Elvis Presley e comparsas, condenados a 470 anos por execução de motoboy na Cidade do Povo, têm penas reformadas; Entenda

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Três dos sete envolvidos na invasão ao Conjunto Habitacional Cidade do Povo tiveram as penas reformadas pela Justiça do Acre. Em maio do ano passado, o grupo foi condenado a 470 anos de prisão pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Mas os réus recorreram das penas.
O recurso foi julgado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.
Ao analisar a apelação criminal, os desembargadores entenderam que a “conduta social de três réus, como vetor negativo, deve ser excluída.

Com a decisão as penas de Elvis Preslei de Sena Figueiredo passou de quase 83 anos para 79 anos e 3 meses, a de Gabriel Miranda Gonçalves, de 96 anos e 2 meses para 91 anos e 10 meses, e Arthur Carvalho Gomes, de 73 anos e 8 meses para 69 anos e meses.
Os magistrados decidiram também manter inalteradas as sentenças dos outros quatro réus.
Lucas Cunha de Araújo foi condenado a 56 anos e 11 meses, Margarido Freire a 57 anos e 9 meses, Josias Silva de Lima a 58 anos e 9 meses e Ademildo Betoldo da Silva foi sentenciado a quase 158 anos.
O ataque ao Conjunto Habitacional Cidade do Povo aconteceu no dia 5 de abril de 2021.
Durante a ação criminosa o grupo executou o motoboy Yuri Matheus Cavalcante e tentou contra a vida de outras seis pessoas que jogavam bola em uma quadra da região. O bando ainda praticou cinco assaltos e a corrupção de dois menores.

Prazo para aderir ao programa de retomada de obras no Acre termina em 15 de março

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Atenção gestores estaduais e municipais! O prazo para adesão ao programa de retomada de obras na área de saúde está quase no fim: acaba no dia 15 de março. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, 4,2 mil obras em todo o Brasil ainda estão disponíveis para reativação, mas dependem da sinalização do gestor. No Acre, 52 obras poderão ser retomadas. Para aderir ao programa, é simples: basta acessar o site do InvestSUS, atualizar o status da execução física da obra e se inscrever.

Entre os empreendimentos que podem ser retomados estão: Unidades Básicas de Saúde (UBSs), academias da saúde, construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de ações nas redes Cegonha e Neonatal. Também serão alcançados Centros Especializados em Reabilitação (CERs) e oficinas ortopédicas. Uma iniciativa que beneficiará diretamente a população, que terá mais serviços do SUS à disposição.

‘Oportunidade histórica’

O Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas, sancionado pelo presidente Lula em novembro de 2023, tem como objetivo fornecer aos entes federativos melhores condições para a conclusão das obras paralisadas ou inacabadas. No dia 15 de janeiro, o Ministério da Saúde editou a Portaria 3.084 que abriu o período de adesão de estados e municípios. O prazo estipulado para a participação foi de 60 dias.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, faz um alerta aos governantes de que o prazo está perto de expirar.  “Até o momento, nós temos pouco mais de mil manifestações de interesse. Muito pouco para as 5.500 obras paralisadas que a gente tem em todo o Brasil”, observa.

Já o diretor de programa da Secretaria Executiva, Henrique Chaves, diz que a retomada das obras é uma oportunidade histórica. “Tanto a educação quanto a saúde nunca tiveram uma autorização legislativa para retomar essas obras com recurso novo e com correção monetária das parcelas não transferidas. Estamos acendendo o sinal de alerta com essa baixa adesão”, ressalta.  “Essa fase de manifestação de interesse é relativamente simples. Basta o gestor entrar no sistema, apertar um botão e atualizar o status da execução física da obra”, complementa Chaves.

Mais detalhes

O Ministério da Saúde disponibilizou uma página especial com regras e prazos do programa. Os gestores também podem acessar a cartilha, que traz diversas orientações sobre como aderir e o que é a iniciativa.

Câmeras de segurança mostram Jeep descontrolado invadindo conveniência, em Rio Branco

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Três vídeos esclarecedores mostram o momento em que um Jeep branco acelera e invade a Conveniência Pão de Queijo, à Avenida Nações Unidas, próximo ao Batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Apesar da violência, ninguém foi ferido. O motorista estava estacionado ao lado, sai de outro ambiente e, ao tentar estacionar, perde o controle.

Veja abaixo:

 

 

 

Bolsonaro conversa com “Lula” por vídeo chamada

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Em videochamada feita nessa terça-feira (5/3), o ex-presidente Jair Bolsonaro conversou com Dr. Célio, apoiador bolsonarista que estava em ato na Avenida Paulista, no dia 25 de fevereiro. A semelhança dele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva impressionou Bolsonaro e seus seguidores nas redes sociais.

“A sua fisionomia, me desculpa, rodou o Brasil todo”, disse Bolsonaro em tom de brincadeira.

ASSISTA

ALEAC entrega 3 toneladas de alimentos e 12 mil garrafas de água a famílias atingidas pela enchente

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A Assembleia Legislativa do Acre entregou ao Programa “Juntos Pelo Acre”, nesta quarta-feira, 6, donativos arrecadados em uma campanha interna, que teve a participação de deputados, assessores e servidores efetivos da Casa de Leis.

O ato aconteceu na sede do Programa, instalada na Biblioteca Pública, no centro de Rio Branco, com as presenças do presidente Luiz Gonzaga, primeiro secretário Nicolau Júnior, dos deputados Clodoaldo Rodrigues, Gene Diniz, Gilberto Lira, Eduardo Ribeiro, André Vale e da Vice governadora Mailza Assis, coordenadora do programa.
Foram 3 mil kg de alimentos e 12 mil garrafas de água mineral, arrecadadas durante a campanha coordenada pela mesa diretora.

“Essa mobilização dos deputados, servidores e assessores da ALEAC, mostra a sensibilidade e a solidariedade de um poder que tem trabalhado em parceria com o governo. Em nome da gestão atual, agradeço o empenho de cada um que ajudou esse momento acontecer”, pontuou a Vice governadora.

O presidente Luiz Gonzaga aproveitou a presença de vários servidores e assessores para agradecer publicamente a participação na campanha.

“Quero agradecer a todas as pessoas desta casa que colaboraram com esta iniciativa em favor das famílias atingidas pela enchente. Mobilizamos nossa casa e vimos o quanto cada um de vocês tem espírito solidário. Obrigado de coração”, disse Gonzaga.

O primeiro secretário Nicolau Júnior, lembrou que além da campanha, os gabinetes de cada parlamentar estão realizando ações na capital e no interior, levando alimentos e outros donativos para amenizar o sofrimento das famílias.
Segundo a Defesa Civil Estadual, a enchente afetou milhares de pessoas em 19 cidades; o governo decretou situação de emergência.
Na capital Rio Branco, o nível do Rio está próximo dos 18 metros. Ja são 50 bairros atingidos com 2.125 pessoas desabrigadas, distribuídas em 13 abrigos.