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Em decisão inédita, servidores do Judiciário e MP declaram apoio a Lula

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Em decisão inédita, três entidades que representam profissionais e servidores do Judiciário e Ministério Público declaram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pela Presidência. Em carta divulgada nesta segunda-feira (24/10), a categoria tornou público o endosso à candidatura do petista.

O documento é assinado pelas federações Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) e Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos Estaduais (Fenamp).

“A Fenajud, Fenajufe e a Fenamp, enquanto representantes dos servidores e servidoras do sistema de Justiça Nacional, expressam seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República neste segundo turno”, enfatizam, na nota.

Na carta, as entidades afirma que o atual cenário político-eleitoral é marcado por “ameaças à democracia, às instituições da República, à soberania nacional, ao patrimônio nacional, aos direitos alcançados pelos trabalhadores e às trabalhadoras brasileiras pelo atual presidente”, Jair Bolsonaro (PL).

A categoria prossegue classificando o governo de Bolsonaro como o “responsável pelo congelamento de dois anos dos salários e auxílios dos funcionalismo público”.

Além disso, destaca que o candidato à reeleição “pretende implementar uma reforma administrativa para retirar os direitos dos servidores, facilitar a demissão de efetivos e ampliar as contratações sem concurso público, fragilizando as relações trabalhistas no setor público e o serviço prestado à população”.

Orçamento secreto

O documento ainda menciona agressões do atual Executivo aos direitos de minorias, políticas de desmonte do sistema nacional de proteção ambiental, à educação e saúde, e tece críticas ao “orçamento secreto”, assim como os sigilos decretados pelo presidente em informações pessoais e de familiares.

“A convicção é de que, assim agindo, estarão contribuindo com o processo de reconstrução do Brasil, a partir de um novo governo, centrado na defesa e ampliação dos direitos sociais, trabalhistas e da soberania nacional, na aplicação de políticas econômicas que possam patrocinar o crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, que valorize e proteja o mundo do trabalho, que realmente incentive as políticas públicas para a educação, a saúde e demais prioridades sociais, que respeite a diversidade religiosa e cultural de nosso povo, que seja um incondicional defensor da democracia, valores e das instituições da República, conforme registrados em seu plano de governo, entre outros atributos, completamente ausentes em relação ao candidato que pretende à reeleição”, ressalta a carta.

Veja o documento na íntegra:

Fenajud – Carta Aberta a Sociedade (1) by Carlos Estênio Brasilino on Scribd

Sarney vê Bolsonaro como risco à democracia e declara apoio a Lula

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Novas pesquisas indicam vitória de Lula com margem semelhante à do 1º turno

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O que mudou do primeiro para o segundo turno? Nada. O ex-presidente Lula continua favorito para voltar ao cargo no próximo domingo, com Bolsonaro bem atrás. Lula venceu o primeiro turno com seis pontos de vantagem (57% x 51%), o que corresponde a pouco mais de 6 milhões de votos.

A seis dias da eleição do segundo turno, as novas pesquisas divulgadas nesta segunda-feira pelos institutos Ipec e Atlas mostram um cenário cristalizado, indicando a vitória do ex-presidente fora da margem de erro.

Nem o assalto promovido pelo governo aos cofres públicos para a compra de votos, com a farta distribuição de verbas do orçamento secreto para parlamentares e prefeitos; nem a pressão de patrões bolsonaristas para ameaçar com demissão funcionários que votarem em Lula; nem a “guerra santa” das igrejas e a “guerra suja” das redes sociais, com a fábrica de mentiras operando a todo vapor; nem as pajelanças de Michelle & Damares: nada parece capaz de tirar votos de Lula e passar para Bolsonaro. Na pesquisa Atlas, Lula, que oscilou para cima e passou de 52,4% dos votos válidos para 53%, mantém os mesmos seis pontos acima de Bolsonaro, que oscilou para baixo, de 47,6% para 47%.

Do Uol

Pesquisa Ipec: Lula tem 50%; distância para Bolsonaro, com 43%, continua em sete pontos

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A corrida presidencial chega à sua última semana com cenário de indefinição. Sete pontos percentuais separam as intenções de voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 50%, e no candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 43%, a seis dias do segundo turno. Os dados são da nova pesquisa do Ipec divulgada nesta segunda-feira pela TV Globo. Pela margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, a distância entre os dois adversários pode variar de cinco a nove pontos.

Lula e Bolsonaro mantiveram os mesmos percentuais que haviam sido registrados na semana passada. A vantagem numérica do petista encolheu pela segunda semana consecutiva: era de sete pontos percentuais na última pesquisa e de nove pontos na sondagem de 15 dias atrás. Essas sutis variações não são suficientes para mudar o quadro geral da disputa, que é de estabilidade, mas sinalizam que o atual presidente pode ter ganhado espaço em alguns segmentos.

Brancos e nulos somam 5% das respostas ao instituto fundado por ex-executivos do Ibope, e 2% não souberam responder. Eventuais variações nas preferências desse contingente de eleitores nos próximos dias podem definir o desfecho da eleição. Sem considerar os dois grupos, em um cálculo que reproduz a conta feita pela Justiça Eleitoral na apuração oficial, Lula atinge 54% dos votos válidos, contra 46% de Bolsonaro — também o mesmo placar do levantamento anterior.

Um obstáculo adicional para o presidente na busca de votos a esta altura das campanhas é a perda de espaço na televisão para o adversário. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu no sábado conceder direito de resposta a Lula em espaços que antes seriam reservados a Bolsonaro por conta de propagandas consideradas ofensivas ao candidato do PT. Na prática, o ex-presidente terá 24 inserções a mais que o adversário em cada uma das seguintes emissoras: Globo, Record, Band, SBT e RedeTV.

Contratado pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o Ipec entrevistou 3.008 eleitores de 16 anos ou mais em todo o país no período de 22 a 24 de outubro. O levantamento tem margem de erro estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pesquisa está registrada com o código BR-06043/2022.

Biblioteca pública de Rio Branco retoma suas atividades nesta terça com novo horário

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A Biblioteca Pública Adonay Barbosa, de Rio Branco, retoma suas atividades nesta terça-feira, 25. Após passar por manutenção, iniciada no dia 17 deste mês, o espaço volta a disponibilizar sua estrutura para atender os visitantes, agora das 7 às 17h, de segunda a sexta-feira.

“Planejamos a mudança de horário buscando garantir melhor atendimento à comunidade, em especial aos estudantes, que utilizam o espaço para estudar para as provas do Enem e concursos”, explica o presidente da FEM, Manoel Pedro Gomes.

O acervo literário é composto por mais de 75 mil documentos catalogados. Foto: Hannah Lydia

A biblioteca não é somente um local para pesquisas. Ela dispõe de espaço para leitura, atividades para o público infantil, sessão de filmes e área para pesquisas virtuais.

Frequentada por estudantes, professores, turistas e comunidade em geral, a biblioteca recebeu em 2022, em média, sete mil pessoas.

Dos mangás para o entretenimento, até as enciclopédias para a realização de pesquisa, o acervo literário é composto por mais de 75 mil documentos catalogados, sendo reconhecido como um dos mais completos da Região Norte. E, para garantir o acesso globalizado a toda a população, os frequentadores também podem utilizar os computadores da área de informática e assistir às sessões de cinema na Filmoteca Acreana, que possui programação definida e gratuita.

O horário de funcionamento da Biblioteca Maestro Sandoval é das 8 às 12h, e das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Foto: cedida

Em Rio Branco, a comunidade também pode utilizar a Biblioteca Maestro Sandoval, localizada na Escola de Música, no Tucumã. O horário de funcionamento é das 8 às 12h, e das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira.

Por Fhaidy Acosta

Da Secom

Zezinho Melo comemora 60 anos de serviços prestados ao público na Rádio Difusora Acreana

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Às vésperas de completar 60 anos de trabalho, o locutor e narrador esportivo Zezinho Melo é um servidor público no sentido literal. Ele exala entusiasmo ao relatar sua jornada de trabalho, com início às 5 da manhã, quando toma um cafezinho, já se inteirando das notícias pelo rádio, celular e TV, com dedicação e empolgação, convicto de que vai servir o público com seus serviços de comunicação na Rádio Difusora Acreana, em Rio Branco.

O caminho trilhado por Zezinho até se tornar um dos mais populares locutores acreanos foi iniciado em novembro de 1962, quando aos 12 anos o menino José Francisco de Melo Filho foi levado pelo pai à sede da rádio, localizada no centro da capital, para relatar à direção da Difusora o fascínio que as atividades da emissora causavam no jovem.

A família, recém-chegada de Brasileia para se instalar em Rio Branco, logo providenciou a autorização para que o menor pudesse começar a trabalhar na Difusora como office-boy.

A inquietação e empolgação do iniciante na carreira de servidor público era tamanha que em pouco tempo já estava trabalhando como técnico de som, e depois tendo o tradicional programa de mensagens como primeira experiência em locução.

Atualmente Zezinho Melo é locutor esportivo e comanda o Tarde de Emoções, um dos programas de maior audiência da Difusora. O locutor reconhece que, ao longo de seis décadas, as histórias vividas no rádio o levaram ao reconhecimento sobre a importância de servir a população.

Zezinho Melo comemora o ofício de servir o público como inspiração para trabalhar. Foto: Neto Lucena/Secom

Entre as funções de utilidade pública mais demandadas a toda a equipe da Difusora, está a mediação em casos de achados e perdidos, pois a rádio já é tradicionalmente um ponto de devolução e procura de documentos na capital.

A retomada do contato via rádio entre pessoas vindas do interior, comumente de regiões bem isoladas, com parentes e amigos que vieram anteriormente para a cidade também se dá com frequência, segundo o locutor. “Quando ocorre é sempre a emoção sem igual pra todos nós, da equipe, de sermos agentes desses reencontros”, comemora.

Melo relata ainda as campanhas solidárias para arrecadação de mantimentos e roupas para famílias vítimas de algum tipo de situação trágica.

Já o programa de mensagens reinou absoluto, por mais de 30 anos como carro-chefe dos serviços de utilidade pública, pois era o principal instrumento de comunicação para as mais diversas situações entre os cidadãos, relembra Zezinho.

Com a acessibilidade propiciada pelo celular, o programa de mensagens foi se adaptando e modernizando, de modo que o locutor as transmite direto de seu celular, como sucede no programa Tarde de Emoções.

“Pela via direta as pessoas mandam suas mensagens, pedem  e oferecem músicas, de modo que continuamos aqui pra servir. Ainda me emociono quando falam comigo na rua como se me conhecessem, como se eu fosse da família”, conta.

Por Neide Santos

Da Secom

 

Estado convoca aprovados no concurso público do Corpo de Bombeiros do Acre

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O governo do Estado tornou pública a convocação de 249 aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC). O edital completo, com a lista dos nomes dos candidatos e demais informações, está disponível na edição do Diário Oficial desta segunda-feira, 24.

As vagas ofertadas são para o cargo de aluno soldado combatente da corporação. As matrículas serão realizadas entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, na Diretoria de Ensino do CBMAC, localizada no Centro Integrado de Ensino e Pesquisa de Segurança e Justiça Francisco Mangabeira (Cieps), em Rio Branco. Já a aula inaugural do curso de formação ocorrerá em 21 de novembro.

Governo do Estado convocou 249 aprovados no concurso público do Corpo de Bombeiros do Acre. Edital foi publicado na edição do Diário Oficial desta segunda-feira, 24. Foto: arquivo/Secom

Inicialmente, o certame previa o preenchimento de 153 vagas, mas após a retirada da cláusula de barreira do edital, o quantitativo foi aumentado para 249 oportunidades. O concurso tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Durante o curso, cada aluno soldado combatente receberá, mensalmente, R$ 4.344,22.

O governador Gladson Cameli classificou a convocação como mais uma grande vitória para a segurança pública do Acre. “O Corpo de Bombeiros desempenha um papel muito importante para a população e o chamamento desses aprovados no concurso será fundamental para melhorarmos o efetivo da instituição”, declarou.

Por Wesley Moraes

Da Secom

Frente a frente com Marcola, líder do PCC, Bolsonaro revela desejo de ser ditador do Brasil; Ouça

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Ao conversar com um dos presidiários mais famosos do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou o desejo de se tornar o ditador do Brasil. A fala ocorreu no dia 21 de agosto de 2001, quando Marco Willian Herbas Camacho, conhecido como Marcola, participou de uma audiência na comissão especial de Combate à Violência da Câmara dos Deputados.

O encontro de Bolsonaro com o líder do PCC foi resgatado pelo pesquisador e escritor Rodrigo Cassis, autor de uma série de livros sobre o presidente. Na conversa, Bolsonaro se mostrou favorável à pena de morte — proibida por cláusula pétrea da Constituição Federal — e afirmou que “esse problema” seria resolvido no dia em que ele fosse o “ditador deste país”.

Do Congresso em Foco

 

Evangélicos abandonam igrejas após “quem não vota em Bolsonaro não é bem-vindo”

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Incomodados com a pressão política e hostilizados dentro da própria igreja, evangélicos que não apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) têm deixado de frequentar os templos. O fenômeno ganhou impulso após a eleição de Bolsonaro, em 2018, e alcançou ainda mais força agora, na campanha para o segundo turno. Eles dizem ter visto o púlpito ser usado para pedir votos ou para condenar opções políticas alinhadas com a esquerda. Quando se posicionam, acabam rejeitados ou são afastados de tarefas nos templos.

“O pastor começou o culto normalmente, falando de como criar filho, com amor, cuidado e respeito. Depois falou: ‘não deixa seu filho fazer o ‘L’ (sinal de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva) em casa, não'”, conta a professora Joana (nome fictício), que frequentava uma igreja pentecostal no Rio. “Não voltei. Enquanto não acabar a eleição, não vou”, diz ela, de 43 anos. O desconforto começou ainda na pandemia, quando chegou a ouvir que

máscaras e vacinas não funcionavam e que “a garantia era Deus”. Depois, com a proximidade das eleições, ela e o marido viram a pregação política tomar conta do púlpito — em geral, ocorre no início ou no fim do culto e principalmente quando a cerimônia não é transmitida pela internet, segundo conta. Na reta final das eleições, Bolsonaro tem buscado ainda mais apoio entre os evangélicos, onde já leva vantagem. O presidente tem visitado igrejas evangélicas às vésperas do segundo turno.

Já o oponente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta acenar para o setor: na semana passada, divulgou uma carta aos evangélicos com posicionamento contrário ao aborto e favorável à liberdade religiosa. Segundo fiéis ouvidos pelo UOL, a “senha” na igreja para tentar convencer os eleitores é dizer que, em uma eventual vitória de Lula, os templos poderão ser fechados. Declarações sobre aborto também fazem parte da pregação. “A gente não consegue ir a uma igreja em que não falem de política no fim do culto, em que não demonizem a esquerda”, diz a professora, que faz uma peregrinação de templo em templo em busca de algum lugar com neutralidade política.

Para ela, há idolatria a Bolsonaro, “como se ele fosse um Deus”. E quem pensa o contrário acaba sendo escanteado. “Eles vão te colocando de lado, te tirando de cargos e funções”, diz ela. “Você não é bem vindo se não votar em Bolsonaro.” Matheus Rocha ouviu que estava indo contra a igreja Imagem: Arquivo pessoal O auxiliar administrativo Matheus Rocha, 23, de Iporã, no interior do Paraná, também sentiu o mesmo gelo na igreja pentecostal que frequentava.

“Nesse dia, não fui ao culto e repostei (nas redes sociais), por acaso, uma publicação de um pastor e teólogo que acompanho e que não apoia o presidente. Quando os membros da igreja viram, acharam que eu estava afrontando meu pastor”, contou. Rocha passou a ser confrontado pela igreja. Primeiramente, foi um parente do pastor. Depois, aos poucos, outros membros passaram a tratá-lo diferente, com frieza.

“O pessoal começou a não me cumprimentar com a ‘paz do Senhor’. Viraram a cara mesmo. A panelinha fechou e eu e minha esposa ficamos jogados para escanteio. Essa situação ficou insustentável ao ponto de eu não conseguir mais frequentar as reuniões.” O pastor até procurou Rocha para uma conversa depois do primeiro turno, mas o tom não foi agradável, segundo ele. “Ele falava que eu sofri uma lavagem cerebral. Queria mudar minha cabeça, como se eu tivesse de me arrepender da minha escolha política e disse que eu estava indo na contramão de toda a igreja”, contou.

Do Uol

 

Tiros de Roberto Jefferson miraram STF, feriram a PF e atingiram Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro começa a última semana de campanha eleitoral na defensiva. Os tiros de Roberto Jefferson miraram as decisões de Alexandre de Moraes, mas acabaram ferindo agentes da Polícia Federal e acertaram, na verdade, as ambições políticas do atual presidente, que está atrás nas pesquisas e precisa conquistar eleitores de centro.

De uma só vez, Jefferson demonstrou toda a truculência da extrema-direita brasileira, representada por Bolsonaro, legitimou – ou pelo menos reforçou – as decisões tomadas por Moraes, que vinham sendo fortemente criticadas nos últimos meses e dias, e colocou o atual presidente no meio de uma pauta extremamente negativa no noticiário.

Se até aqui Bolsonaro vinha consentindo com os ataques verbais de Jefferson, desta vez, a resposta da Presidência foi rápida, mostrando a preocupação do núcleo de sua campanha com o episódio. Bolsonaro se calou ontem quando Jefferson xingou a ministra do Supremo Cármen Lúcia, mas agora, poucos minutos após os tiros, soltou nota em uma rede social dizendo que repudia “as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF”.

Bolsonaro também determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, à casa de Jefferson. O que pode ter sido um grave erro. Primeiro, coloca um ministro de Estado diretamente na condução do episódio. Segundo, mostra que seus apoiadores têm tratamento privilegiado quando cometem crimes em seu governo. É bom lembrar que Lula e Temer, dois ex-presidentes da República, foram presos sem a presença de ministros. O que justificaria a regalia a Jefferson agora?

Por mais que a campanha do atual presidente pareça mais motivada, depois do resultado melhor do que as pesquisas apontavam no primeiro turno, a verdade é que ela vem colecionando erros e problemas nos últimos dias. Houve ataques de apoiadores católicos em Aparecida, o episódio das jovens venezuelanas, a desindexação do salário-mínimo por Paulo Guedes, apenas para citar três casos.

Todos os agregadores de pesquisa consolidados por grandes bancos e instituições do mercado financeiro mostram Lula à frente, por uma distância entre quatro a cinco pontos. O quadro, dizem, permanece de estabilidade. Para quem precisa promover uma grande virada, os tiros de Roberto Jefferson não ajudam em nada Bolsonaro a angariar novos votos.

O Globo