O Juiz da 3ª Vara Criminal Raimundo Nonato Costa recebeu a denúncia contra o acusado de torturar o morador de rua que era conhecido como “Nego Bau”.
“A materialidade e autoria do crime, estão comprovadas por meio de documentos juntados pela investigação da autoridade policial”, escreveu o magistrado.
Com a decisão o presidiário Jefson Castro da Silva Ferreira passa da condição de acusado para réu no processo.
Ele responder ação penal, que é a produção de provas, no âmbito da justiça, pelo crime de tortura.
A partir de agora o réu terá o prazo de 10 dias para responder à acusação.
Jefson Castro foi denunciado por torturar o morador de rua Renan Souza, que era conhecido como Nego Bau.
Consta na denúncia do Ministério Público do Acre, que o crime ocorreu em dezembro do ano passado na casa do acusado.
Dias depois, o vídeo que mostra as agressões foi divulgado nas redes sociais.
A vítima chegou a ter um dos dedos da mão decepado por um golpe de terçado.
Nego Bau, como era conhecido, morreu no dia 15 janeiro deste ano, em decorrências de problemas de saúde.
Jefson Castro foi preso no dia 12 de abril durante uma ação de investigadores da Delegacia de Homicídios.
Agora o próximo passo do processo e audiência de instrução e julgamento. A data ainda será definida.
Borracheiro que torturou Nego Bau continua preso e vira réu: “autoria está comprovada”
Pra não serem demitidos, funcionários da Infraero abafaram incidente com Boeing 737-800 na pista de Cruzeiro do Sul
O fato aconteceu 28 anos atrás, mas somente agora o principal envolvido no caso, o repórter cinematográfico Ubiratan Moreira, decidiu quebrar o silêncio de quase três décadas e relatar, com exclusividade no Podcast O Seringal (LINK AQUI) o que de fato aconteceu envolvendo sua pessoa e um Boeing 737-800 na pista do aeroporto da cidade de Cruzeiro do Sul, no Interior do Acre.
Ao ser entrevistado pelos jornalistas Assem Neto e Jotha Guimarães, na última quarta-feira (11) o cinegrafista revelou que se manteve calado todo esse tempo a pedido das próprias autoridades da INFRAERO que lhe permitiram adentrar na pista de pouso para fazer imagens de um Boeing decolando e acabou sendo atropelado pelo gigante de 30 mil quilos.
“Eles falaram para mim que se aquela historia saísse dali, todos seriam demitidos, e com certeza isso aconteceria, inclusive o próprio piloto que também havia concordado com minha presença no meio da pista para fazer as imagens. Por isso, nunca falei do assunto publicamente com ninguém, e somente agora, 28 anos depois foi que resolvi quebrar o silêncio e relatar tudo a vocês”, disse o jornalista.
Segundo o cinegrafista, o plano de trabalho dele era fazer uma imagem de frente do avião decolando e por isso se posicionou em certo ponto da pista, conforme orientação do piloto e consentimento do representante da INFRAERO.
No entanto, devido ao excesso de peso o Boeing acabou não decolando no ponto previsto e avançou por mais uns cem metros sobre a posição em que se encontra o cinegrafista.
O trem de pouso lateral do avião ainda chegou a bater em Ubiratam Moreira lhe arremessando fora do trajeto da pista.
O avião teria apresentado instabilidade após o impacto, mas logo o piloto, cujo nome o cinegrafista não sabe informar, conseguiu controlar a situação e manter firme o procedimento de decolagem alcançando altura para prosseguir com destino à Rio Branco.
Ubiratam Moreira afirma permanecem acamado por mais de 30 dias, mas não teve fraturas no corpo.
O caso ocorreu em 1994, quando ele trabalhava para uma produtora da capital acreana contratada para fazer a propaganda eleitoral áudio/visual do então prefeito da cidade de Cruzeiro do Sul , Orleir Cameli, que era candidato ao governo do estado.
Na ânsia de abafar o caso, o representante da INFRAERO teria se recusado a chamar uma ambulância, mas permitiu que um taxista, seu amigo, entrasse na pista para resgatar o cinegrafista e o levasse para atendimento médico sob orientação de não relatar o que havia acontecido.
Convênio do Estado com as prefeituras garante operação de drenagem em Sena Madureira
Da Secom
Um convênio entre o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), e as prefeituras resultam em obras de infraestrutura contínuas nos municípios. Em Sena Madureira, foi concluída a operação de drenagem na Travessa Francisca Alencar, no Bairro Rosa Gonçalves.

A Seinfra e a Secretaria Municipal de Obras de Sena instalaram em torno de 130 manilhas de 40 cm na referida travessa, com o objetivo de solucionar os problemas de inundações que estavam ocorrendo devido às frequentes chuvas neste período.
Outra operação resolvida na obra foi a eliminação do esgoto a céu aberto, uma preocupação do Estado, que visa oferecer dignidade e qualidade de vida à população de todos os municípios do Acre.
De acordo com o gestor interino da Seinfra, Glauber Mappes, o governo do Acre, quando firmou parceria com as prefeituras, verificou os pontos mais críticos de cada cidade e, desta forma, vem executando com celeridade e qualidade os serviços de maior necessidade.
“Quem cuida das eleições são as forças desarmadas e ninguém vai interferir”, diz presidente do TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse quinta-feira (12) que o país terá eleições limpas e que “ninguém e nada interferirá” na Justiça Eleitoral. Ele disse ainda, num trocadilho com as Forças Armadas, que quem cuida das eleições são as “forças desarmadas”.
Fachin deu as declarações durante visita à sala do tribunal onde estão sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas.
“Quem vai ganhar as eleições é a democracia. Nós vamos diplomar os eleitos e isso certamente acontecerá. Há muito barulho mas esse tribunal opera com racionalidade técnica”, concluiu.
Fachin tem feito nos últimos dias o contraponto às tentativas do presidente Jair Bolsonaro de, sem provas, levantar suspeitas sobre a confiabilidade das urnas.
Apesar de autoridades repetirem diariamente que as urnas são seguras e de o próprio Bolsonaro já ter admitido que não tem elementos para apontar irregularidades, o presidente da República persiste na estratégia de criar suspeitas sobre o processo eleitoral.
Questionado sobre essa postura de Bolsonaro, Fachin respondeu que quem atenta contra o processo eleitoral está, na verdade, agindo contra a democracia.
“Não mando e não recebo recado de ninguém. A afirmação é muito nítida. Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia. É um fato e fato fala por si só. Não se trata de recado, é uma constatação. Temos respeito a todo chefe de estado e jamais nos furtarem a diálogo. Não há afirmação do que desborde da legalidade constitucional”, disse Fachin.
Bolsonaro chegou a sugerir que as Forças Armadas façam uma apuração paralela dos votos. Sobre esse ponto, Fachin disse que aceita colaborações, mas que a palavra final é da Justiça Eleitoral.
“Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral”, completou Fachin.
O presidente do TSE disse ainda que a Justiça Eleitoral não vai se dobrar a quem quiser tomar as rédeas das eleições.
“A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja tomar as rédeas do processo eleitoral”, completou.
Esta atual fase de testes busca corrigir falhas encontradas na etapa de novembro. Nenhuma dessas, porém, de acordo com o tribunal, são graves a ponto de comprometer a legitimidade da contagem de votos.
Atuam nos testes diversos especialistas em tecnologia da informação, que tentaram acessar o sistema das urnas, a fim de identificar possíveis falhas de segurança.
De acordo com o tribunal, foram encontradas cinco falhas. Agora, o objetivo é mostrar que essas vulnerabilidades foram resolvidas.
Ao todo, 26 investigadoras e investigadores inscritos colocaram em prática 29 planos de ataques ao sistema. Destes, 24 não conseguiram ultrapassar nenhuma barreira de segurança.
O TSE colocou à disposição dos participantes computadores, urnas, impressoras, ferramentas e insumos no terceiro andar do edifício-sede da Corte Eleitoral, em Brasília.
Os investigadores tiveram acesso aos componentes internos e externos do sistema da urna, os empregados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.
No Acre, TSE abre urna eletrônica e reforça segurança do processo eleitoral
Durante o primeiro dia do Encontro de Juízes Eleitorais e Chefes de Cartórios, realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, nesta terça-feira, 10, o Coordenador de Tecnologia do TSE, Rafael Azevedo, abriu a urna – modelo 2020, e explicou a função de cada peça. O encontro contou com representantes das 9 zonas eleitorais do estado.
Na oportunidade, Rafael Azevedo apresentou e abriu a Urna Eletrônica 2020, que também será utilizado na eleição no Acre. Entre as novidades deste modelo, o Coordenador de Tecnologia do TSE destacou que a UE2020 tem processamento 18 vezes mais rápido que a sua versão anterior, UE2015, que é capaz de aprontar possíveis problemas de hardware que venham a ocorrer. O TRE-AC recebeu 1.168 urnas do modelo novo.
“Esse tipo de ação, de abrir a urna, é muito importante porque mostramos que a Justiça Eleitoral não tem nada a esconder”, assinalou Rafael destacando que um dos principais itens de segurança da urna eletrônica é não ter conexão com qualquer rede, o que inviabiliza ataques externos por hackers.
Durante sua apresentação, o Coordenador de Tecnologia do TSE garantiu que as urnas podem ser auditadas pelos partidos e instituições fiscalizadoras (que integram a Comissão de Transparência das Eleições – CTE). “Há ainda o relatório de impressão da zerésima – mostrando que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura), bem como a emissão dos Boletins de Urnas (BUs) logo após o término da votação, com a distribuição de cópias aos partidos e a afixação do BU em cada seção eleitoral para quem quiser comparar com os dados divulgados pelo TSE”, reforçou Rafael Azevedo.
Líder comunitário denuncia pagamento de mesada e cesta básica para eleger pastora Keiliane Cordeiro deputada federal
Nossa redação recebeu denúncias de que líderes comunitários de Cruzeiro do Sul estariam recebendo pagamento de R$ 500 e uma cesta básica mensal para apoiar a candidatura da pastora Keiliane Cordeiro (Republicanos), mulher do prefeito cassado da cidade, Ilderley Cordeiro.
Em reunião realizada na sede da UMAM – União Municipal das Associações de Moradores de Cruzeiro do Sul – entre diversos líderes comunitários, o casal Ilderlei e Keiliane Cordeiro selou um acordo que precisa ser investigado pela Justiça eleitoral.
A proposta era objetiva: o presidente de bairro que decidisse pelo apoio a Keiliane para deputada federal passaria a receber uma ajuda de custo de R$500,00 e uma cesta básica no valor de R$ 300 (trezentos) todo mês.
Um membro da diretoria de uma associação que soube de todo acordo criticou os presidentes que aceitaram a oferta, se disse enojado com a forma de fazer política adotada por alguns pré-candidatos e por isso decidiu denunciar esse acordo nefasto.
O Seringal conversou com ele.
“Eu não acho certo esses presidentes de bairros pobres pensarem apenas neles. Deveriam cobrar melhorias todo dia, trazer candidatos que se comprometam em solucionar os problemas coletivos e não o individual. Absurdo”, disse.
Keiliane tem apoio da Igreja Batista do Bosque, da Universal e de várias denominações religiosas do estado. Será candidata a deputada federal por que seu esposo está inelegível pela Justiça Eleitoral.
Essa é a chamada eleições dos milhões naquela região.
Os acordos firmados já na pré-campanha dão uma demonstração de que o jogo não é para amadores e lisos.
Keiliane não foi localizada para contrapor a denúncia.
Jordão revoltada: suspeitos de matar índio com 36 facadas são retirados da cidade e Kaxinawas pedem justiça
A tranquilidade das ruas do município do Jordão foi quebrada com a marcha de 200 indígenas da etnia Huni KUI, também chamada de kaxinawa, com cartazes e gritos de alerta eles foram pedir Justiça e proteção. O movimento começou com a morte do índio João Barbosa Marcelino de 25 anos. Na quinta-feira ele foi encontrado morto com 36 facadas.
A manifestação começou no bairro Kaxinawa, passou pelas principais ruas do município e durante o trajeto os indígenas fizeram três paradas: Na frente da delegacia, no quartel da PM e Prefeitura. Na câmara de vereadores as lideranças foram recebidas e aproveitaram para pedir ajuda.
Segundo informações da polícia, o indígena morto não tinha ligações com fação criminosa, não tinha passagem pela polícia e as causas do crime ainda são desconhecidas.
A polícia civil conseguiu prender 3 jovens envolvidos no crime e apreendeu um menor de 15 anos e uma quinta pessoa está foragida.
Nessa terça-feira os acusados foram retirados do município de forma emergencial e levados para o presídio de Tarauacá. De acordo com o delegado Valdinei Soares, os indígenas ameaçavam invadir a delegacia e resgatar os acusados.
Condenado o policial Penal do Acre flagrado com 600 gramas de maconha coturno. Juiz manda demitir
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O policial Penal Francisco Jeferson Gomes de Morais foi condenado pelo crime de tráfico de drogas. A decisão é do juiz da 3ª Vara Criminal Raimundo Nonato Costa Maia.
Preso em flagrante ao levar drogas para presídio, o agente de segurança foi sentenciado a 4 anos 10 meses e 10 dias de prisão no regime semiaberto.
Ainda na sentença, o réu ganhou o direito de recorrer em liberdade. Mas como foi condenado a uma pena superior a 4 anos de prisão, o juiz decretou a perda da função pública.
Francisco Jeferson foi flagrado no dia 11 de junho do ano passado por uma equipe de investigadores da DENARC da Polícia Civil, no interior do presídio, com 600 gramas de maconha.
A droga estava escondida no coturno do policial penal que chegava para o plantão.
Na casa do acusado foram apreendidas uma pistola e dinheiro.
Na mesma operação o também policial penal Genildo Gabriel foi preso com cartas e cartões de memória que teriam como destino membros de uma facção.
Gabriel também foi condenado pela justiça do Acre.
Quando foi interrogado na sede da 3ª Vara Criminal, Francisco Jeferson disse que tinha sido ameaçado e por isso teria levado o entorpecente.
Mas os argumentos não convenceram a justiça, que julgou procedente a denúncia.
Atualmente o policial, era monitorado por tornozeleira eletrônica.
Vice-prefeita de Rio Branco completa 7 dias afastada e internada: “fé em Deus”
Em sua rede social, nesta quarta-feira, Marfisa Galvão, mulher do senador Sérgio Petecão e vice-prefeita de Rio Branco, informou que está internada num hospital desde o dia 4 deste mês.
Galvão esclarece que trata de um problema renal antigo, e que está bem. Confirma estar afastada dos cargos públicos que ocupava. “Creio que logo estarei de volta ao trabalho”, disse.