Apesar disso, o combustível está mais vantajoso em 17 estados para abastecer veículos flex, enquanto o álcool está valendo mais a pena em 9 estados e no Distrito Federal.
É o que mostra a calculadora de combustíveis do g1, com base nos preços médios nos postos encontrados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 7 e 13 de julho.
A calculadora do g1 considera o preço e o rendimento de cada combustível. Segundo especialistas, em geral, o etanol é mais vantajoso quando está custando até 70% do preço da gasolina.
O Ministério Púbico Federal (MPF) enviou recomendação à direção do Colégio de Aplicação (CAP) da Universidade Federal do Acre (Ufac) para que sejam tomadas providências quanto às denúncias de ocorrências de assédio sexual envolvendo integrantes da unidade educacional, localizada na capital acreana. Em resposta, a instituição de ensino se comprometeu a seguir as orientações.
Segundo o documento assinado pelo procurador regional do Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, notícias divulgadas pela imprensa local relatam práticas que, em tese, configuram assédio sexual por professores da instituição.
Diante disso, o MPF recomendou que o CAP adote cronograma e plano de trabalho contínuo para ampliar os debates em toda comunidade acadêmica sobre questões de assédio moral e sexual, com recorte de gênero e raça, mediante realização periódica de fóruns, seminários, publicações e outros eventos.
Além disso, também devem ser estabelecidos mecanismos especializados e efetivos para apuração de denúncias de práticas de assédio moral e sexual no âmbito da instituição, como o desenvolvimento de canais acessíveis de comunicação e capacitação de servidor ou servidora envolvido/a no tratamento das denúncias, a fim de que possam reconhecer o problema e apurá-lo de forma adequada.
Outro ponto recomendado foi a elaboração de cartilha sobre o tema, inclusive com contatos telefônicos, e-mail e endereços expressos de como denunciar. A publicação deve contar com fluxograma de como funcionará o atendimento, com ampla divulgação por toda comunidade escolar, sem prejuízo da comunicação ao Ministério Público de possíveis infrações.
A recomendação também orienta a afixação de cartazes com informações sobre os canais de denúncia pelas instalações do CAP e ampliação das medidas de acolhimento das vítimas de assédio existentes, com inclusão de servidora/es, aluna/os e comunidade escolar.
A direção do CAP já informou ao MPF que acata integralmente a Recomendação, e comunicou que, como medida imediata, dentre outras, está orientando aos integrantes da instituição que participem dos cursos de “Combate aos Assédios e Outras Formas de Discriminação” oferecidos pela Escola Virtual do Governo. Segundo o diretor da Escola, “estas formações visam fortalecer a conscientização e a capacitação necessárias para lidar com estas questões de maneira adequada e eficaz, antes do retorno do ano letivo.”
Para Lucas Dias, é importante que a comunidade escolar fiscalize o cumprimento dos compromissos assumidos pela Direção do Colégio e continue atenta para denunciar todo e qualquer caso que coloque a integridade dos estudantes em risco.
Um pedido de afastamento do prefeito Tião Bocalom foi protocolado há pouco, na última sessão antes do recesso do meio do ano, da Câmara Municipal de Rio Branco. O autor, vereador Fábio Araújo, primeiro-secretário, também comunicou ao MP e ao TCE o que vê como crime de responsabilidade. Assista abaixo:
O prefeito de Plácido de Castro, Camilo da Silva (PSD), candidato à reeleição, confessa, em diálogo gravado (ouça abaixo), que mantém contrato irregular com uma empresa de consultoria de propriedade da ex-secretária de estado Sawana Carvalho.
Em entrevista ao jornalista investigativo Hedislandes Gadelha, o prefeito faz uma revelação criminosa: afirma que identificou a irregularidade, mas continua pagando por isso para não ter problemas em sua candidatura à reeleição. Admite que não cancelou o contrato por que entre os sócios da empresa está um juiz eleitoral. Sawana foi diretora do Detran e também é casada com o juiz de direito Marcelo Coelho.
Hilário Júnior, que compõe a Corte Eleitoral do Acre, é o magistrado que aparece no quadro societário da IGG Instituto Governança Ltda. Ele é administrador do empreendimento, e terá, entre outras atribuições, o dever de julgar candidaturas e contas eleitorais dos candidatos nas eleições deste ano. E, embora não seja citado na conversa, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, Marcos Vinícius Jardim, também consta como sócio da empresa. A OAB tem uma seção que atua paralela ás cortes eleitorais para, em tese, defender eleições limpas.
“Eu percebi (a irregularidade) mas já era tarde. Vou esperar passar o processo eleitoral para tomar providências sobre isso. Quero lhe dizer que se Deus quiser nós vamos ter mais 4 anos pela frente e vamos nos ajudar muito. Manere um pouco que as gente vai resolver essa situação. Como o marido dela é juiz de direito eu posso ter problemas se eu cancelar esse contrato agora”, diz o prefeito.
Para o jornalista, trata-se de uma “grande vergonha”. Ele lembra a pesquisa recente que pôs todas as prefeituras do Acre com nota “ruim” no quesito transparência.
A reportagem tenta ouvir o TRE sobre o assunto. O ex-presidente da OAB não responde aos telefonemas e mensagens e o juiz Hilário Júnior não foi localizado.
A fiscal do IBAMA no Acre Rosana Oliveira nao conseguiu conter as lágrimas ao relatar as condições de trabalho de uma colega portadora de necessidades especiais. Segundo a funcionário pública federal, o órgão não oferece acessibilidade para cadeirantes e os equipamentos não são adequados para a amiga, que tem pouca visão, exercer suas funções e a jornada de trabalho ainda é exaustiva.
“É desumano as condições de trabalho que o IBAMA, um órgão federal de renome internacional, submete à nossa colega de trabalho’, disse.
A denúncia é apenas uma das dezenas que constam em um relatório elaborado pelos próprios servidores do IBAMA e ICMBIO entregues ao superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego no Acre, Leonardo Leni, na manhã de segunda -feira.
As denúncias incluem atraso no pagamento de diárias, jornada dupla de trabalho dos fiscais em campo, falta de equipamentos para exercício da função, prédios sucateados sem condições funcionais, falta de banheiros com divisão masculino e feminino e ausência de rampa para cadeirantes nas instalações do órgão.
A sindicalista Renata Graff chegou a comparar o trabalho dos servidores do IBAMA e ICMBIOS no Acre análogo a trabalho escravo ao ler o documento de quatro páginas para o representante do órgão fiscalizador das condições trabalhista no Brasil tomar conhecimento dos fatos.
“O estado brasileiro, através de seus órgãos de fiscalizações das relações patrão empregado, não pode ser omisso com a situação que o IBAMA e ICMBIO estão submetendo a seus funcionários no dia a dia do exercício de nossas funções”, disse.
Leonardo Leni garantiu que parte das denúncias que compete ao órgão será investigada.
Ele disse ainda que o relatório será enviado para Brasília para maiores providências
Os servidores do IBAMA e ICMBIOS estão em greve há mais de um mês em todo o território brasileiro. Nesta semana o governo federal determinou o corte do ponto de todos os faltosos ao trabalho.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou recurso da defesa para diminuir a pena assaltantes Ailton Moitoso Borges, Lucas Gomes Lima e Antônio Adrias da Costa Silva. A sentença inicial, de mais de 80 anos de prisão em regime fechado, foi mantida.
Os três foram condenados por manter um funcionário público e a filha dele reféns por quase duas horas e meia dentro de um carro, na região do Esperança, em Rio Branco. O crime aconteceu na manhã de 25 de agosto do ano passado.
Os criminosos tinham acabado de assaltar trabalhadores e clientes de uma oficina mecânica quando renderam pai e filha, na saída da Creche Cecília Meireles.
Quatro meses após a condenação, a defesa dos réus recorreu da sentença do juiz da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco. O advogado pediu a exclusão da “negativa de culpabilidade”, em relação a uma das vítimas do assalto. Esse fator aumentou a pena dos três presidiários.
Mas a relatora do processo, desembargador Denise Bonfim, negou. No relatório, a magistrada diz:
“Resta justificada a negativação da culpabilidade, pelo emprego de violência desnecessária à prática do crime em si. Ensejando maior culpabilidade dos réus”.
O voto da relatora foi acompanhado pelos outros dois desembargadores. Com a decisão, as penas de Ailton Moitoso Borges (30 anos, 1 meses e 20 dias) e Lucas Gomes Lima (27 anos, 2 meses e 20 dias) e Antônio Adrias da Costa Silva (25 anos, 11 meses e 20 dias) foram mantidas em segunda instância.
Na época do crime, as vítimas só foram liberadas após uma longa e tensa negociação com policiais militares. Dois dos assaltantes usavam fardas da PM e um deles ainda chegou a gravar um vídeo. Desde a data do crime os três réus estão presos.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Acre – FICCO/AC, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, desencadeou nesta terça-feira, 16/07, a Operação Servilis para reprimir organização criminosa atuante no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A apuração das ações da facção criminosa se iniciou após a prisão em flagrante em Rio Branco/AC de indivíduos que estavam na posse de 20 kg de cocaína, cujo destino seria a cidade de São Luís/MA. Além disso, possibilitou que outra carga com cerca de 42 kg de cocaína, pertencente ao mesmo grupo criminoso investigado, fosse apreendida em Porto Velho/RO.
Quanto ao tráfico de drogas, os elementos de prova revelaram que os entorpecentes eram adquiridos por meio de intermediários em Assis Brasil/AC e, posteriormente, remetidos ao Maranhão. Já em relação ao crime de lavagem de dinheiro, foi evidenciado que a organização criminosa se utilizava dos serviços de indivíduos residentes nas cidades de Assis Brasil/AC, Epitaciolândia/AC e Rio Branco/AC, assim como de estabelecimentos empresariais aparentemente idôneos, para a prática ilícita.
Mais de 80 policiais federais e estaduais foram às ruas nos Estados do Acre, Mato Grosso, Maranhão e Paraná para dar cumprimento aos 38 mandados judiciais emanados do Juízo da Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Acre, sendo 28 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão, além do bloqueio de bens dos investigados no montante de R$ 174 milhões, valor esse que corresponde à movimentação financeira perpetrada pelo grupo criminoso com as atividades espúrias, que restaram identificadas no curso do inquérito policial.
Os responsáveis poderão responder judicialmente pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de capitais, cujas penais totais somam mais de 30 anos de prisão.
O padrasto que cometeu o crime de estupro de vulnerável contra duas enteadas e a irmã deficiente mental da esposa foi condenado pela Vara Criminal da Comarca de Sena Madureira a cumprir 72 anos, em regime inicial fechado.
Conforme os autos, que tramitam em segredo de justiça, os crimes foram praticados em 2021 na zona rural de Sena Madureira contra as meninas que tinham 13 e 12 anos de idade e também contra a cunhada. É relatado que ele agia quando a mãe das adolescentes estava viajando ou dormindo.
O caso foi julgado pelo juiz de Direito Eder Viegas, titular da unidade judiciária. O magistrado explicou que é considerado estrupo de vulnerável qualquer ato libidinoso contra criança com até 14 anos. “(…) Oportuno frisar que pratica o crime de estupro de vulnerável aquele que mantiver ‘conjunção carnal ou praticar qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos’”.
Ao fazer a dosimetria da pena, o juiz de Direito registrou que a culpabilidade do acusado foi grande, pois ele “(…) agiu com premeditação e frieza, esperando sorrateiramente a ausência das demais pessoas que habitam à casa, ou realizava tais atos à noite para praticar o crime”.
Além disso, o magistrado também discorreu sobre os danos causados a vítima que é deficiente mental: “No que diz respeito à terceira imputação, a vítima (…), que apresenta problemas psicológicos evidenciados pelo seu estado emocional e dificuldades na fala, não pôde depor, denotando o grau de violação à sua integridade pelo acusado”.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa de Direitos Humanos e Cidadania, instaurou uma notícia de fato e requisitou a abertura de inquérito policial à Polícia Civil do Estado do Acre para investigar supostos crimes de intolerância religiosa e racismo religioso praticados pelo vereador N. Lima durante discurso na Câmara Municipal de Rio Branco.
A notícia de fato, assinada pelo promotor de Justiça Thalles Ferreira, foi instaurada após denúncia enviada pela Federação das Religiões de Matriz Africana do Acre (Feremaac). A fala do vereador ocorreu no dia 10 de julho, durante sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Rio Branco, que foi gravada e transmitida ao vivo pelo YouTube.
No discurso, que ganhou repercussão na imprensa e redes sociais, o vereador fez declarações que, segundo a denúncia da Feremaac, promoveriam a discriminação contra religiões de matriz africana e fomentariam a divisão na sociedade, ao supostamente atribuir práticas negativas a essas religiões e afirmar que partidos de direita estariam coniventes com ações que prejudicam os seguidores do cristianismo.
O requerimento para a instauração do inquérito policial foi encaminhado nesta terça-feira (16) ao corregedor-geral da Polícia Civil do Estado do Acre, Thiago Fernandes Duarte, com prazo de 10 dias para a resposta.
O Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, autorizou, nesta segunda-feira, 15, a construção de 119 unidades habitacionais no estado do Acre com recurso do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), integrante do programa Minha Casa, Minha Vida, em municípios com população de até 50 mil habitantes. O decreto, publicado no Diário Oficial da União, estabelece as regras e condições para a construção dessas unidades.
O secretário de Estado de Habitação e Urbanismo (Sehurb), Egleuson Santiago, disse que já está percorrendo as cidades do estado para estabelecer os locais em que essas casas devem ser construídas. Feito essa seleção, as propostas devem ser apresentadas ao governo federal.
Governo autorizou a construção de mais de 100 casas no Acre. Foto: Pedro Devani/Secom
“Serão R$130 mil para cada unidade e a contrapartida do Estado vai ser terreno e infraestrutura”, reforça.
No último ano, com a implantação da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo (Sehurb), o governo do Acre busca reduzir o déficit habitacional de mais de 23,9 mil unidades – um desafio que está sendo enfrentado em parceria com o governo federal.
O primeiro passo foi dado em abril, quando foram entregues as primeiras casas. Além disso, no dia 9 de julho, o governador do Acre, Gladson Cameli, assinou a ordem de serviço para a construção de 250 unidades habitacionais na Cidade do Povo, em Rio Branco. Este é o primeiro lote de um total de mil casas que serão construídas na região, também como parte do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
Vale destacar que, além de levar dignidade às pessoas em moradia, as construções são importantes para impulsionar a economia no estado. Dados do boletim de conjuntura econômica, produzido pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre em maio, com análises dos pesquisadores da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape), mostram que serão criados 6.583 postos de trabalhos no estado durante a execução do programa entre 2024 e 2025.
Nos dois anos de execução, o valor investido no estado será de R$ 390 milhões, que representa, segundo o estudo, 1,83% do Produto Interno Bruto (PIB) acreano.
A análise destaca ainda que, do total, 3.857 postos devem ser de trabalhos indiretos, que são aqueles que não estão diretamente ligados à atividade principal de uma empresa ou setor, mas são gerados como resultado das operações ou do impacto econômico dessa atividade.
Gladson Cameli destacou a importância do avanço no número de unidades habitacionais tanto para a questão social, como econômica. “O que tenho pedido para minha equipe é mais ação e menos discurso. Então, estamos trabalhando em parceria com o governo federal, nossa bancada, nossos deputados federais, para que a gente avance em áreas prioritárias como é a habitação. Todo mundo merece um lugar para morar dignamente e construir sua vida e família, então recebemos com entusiasmo essa notícia e agora é trabalhar para que o maior número de pessoas seja atendido”, enfatizou.