Virginia Fonseca reaparece com as filhas e ignora imprensa após separação
Virginia Fonseca apareceu publicamente nesta sexta-feira (6), acompanhada das filhas Maria Alice e Maria Flor, durante uma visita ao espetáculo Disney On Ice, na capital paulista. A empresária preferiu não falar com a imprensa ao deixar o local, mesmo cercada por fotógrafos e repórteres. Com Maria Alice nos braços, ela foi amparada por sua equipe.
Virginia Fonseca com Maria Alice e Maria Flor – Edu Araujo/AgnewsVirginia Fonseca causa tumulto ao lado das filhas – Edu Araujo/Agnews
Término de Virginia e Zé Felipe foi no fim de maio
Virginia e Zé Felipe anunciaram o fim do relacionamento no último dia 27 de maio. Os dois, que ficaram juntos por cerca de quatro anos, são pais de três crianças: Maria Alice, de 4 anos, Maria Flor, de 2, e José Leonardo, de apenas oito meses.
Virginia Fonseca causa tumulto ao lado das filhas – Edu Araujo/Agnews
Mesmo com o encerramento do vínculo conjugal, o casal garantiu que continuará unido na criação dos filhos. “Continuaremos próximos e participando da criação dos três filhos”, afirmaram em comunicado.
Zé Felipe já se mudou, mas mantém contato
O cantor sertanejo já deixou a casa onde vivia com Virginia e os filhos. A residência anterior ficava ao lado de seu novo endereço. Apesar disso, ele foi visto com a ex-esposa e as crianças em momentos recentes, sugerindo que o vínculo familiar segue preservado.
Fim do casamento não envolveu traição
Virginia e Zé também negaram especulações de que a separação teria ocorrido por infidelidade. Ambos descartaram ainda qualquer associação com estratégias promocionais, seja para as músicas dele ou para os empreendimentos da influenciadora no setor de cosméticos.
Horóscopo de hoje, 08/06/2025 – Previsões para todos os signos
Áries (21/03 – 19/04)
As tensões entre Lua e Marte revelam uma fase marcada por atitudes impensadas no convívio social. Os impulsos se sobrepõem à razão, comprometendo o equilíbrio entre gastos e prioridades. Ter uma postura mais racional pode ajudar a manter a rotina mais organizada.
Touro (20/04 – 20/05)
As relações podem enfrentar conflitos devido à tensão entre Lua e Marte, já que as emoções ficam mais intensas em meio às diferenças que surgem. Mantenha a serenidade mesmo em situações difíceis, escolhendo bem suas palavras. Clareza e objetividade são seus melhores aliados.
Gêmeos (21/05 – 20/06)
As tarefas do dia a dia podem parecer mais cansativas neste momento de tensão entre Lua e Marte, causando desgaste físico e desentendimentos. Diminua o ritmo, busque aliviar o estresse, adote uma atitude mais racional e planejada para lidar com suas obrigações.
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Câncer (21/06 – 22/07)
Lua e Marte em tensão sugerem cuidado nas interações sociais, especialmente com os gastos, que podem refletir atitudes impulsivas. Agir com cautela faz diferença, assim como pensar com clareza antes de tomar decisões. Manter a prudência é fundamental para que tudo permaneça sob controle.
Leão (23/07 – 22/08)
As relações familiares podem passar por momentos de estresse com Lua e Marte em tensão, comprometendo a convivência e a divisão de tarefas. Evite reagir por impulso e tente manter uma postura prática e equilibrada, especialmente ao lidar com os desafios.
Virgem (23/08 – 22/09)
Com Lua e Marte tensionados, suas atitudes podem parecer mais impulsivas e rígidas, podendo gerar conflitos e afastamentos. Reforce a objetividade e a empatia no contato com as pessoas. Evite críticas duras e prefira um diálogo construtivo para resolver os problemas.
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Libra (23/09 – 22/10)
A tensão entre Lua e Marte aponta para disputas nos relacionamentos, que podem evoluir para discussões. É importante controlar o tom das reações e manter certa distância de conflitos desnecessários. Invista no seu próprio crescimento e nos objetivos profissionais.
Escorpião (23/10 – 21/11)
Você tem a tendência de centralizar a administração das responsabilidades diárias, o que compromete a colaboração de quem está ao seu redor e te causa cansaço físico e mental. Abra mão do controle e busque uma forma de viver mais humanizada, pois Mercúrio atua na área espiritual.
Sagitário (22/11 – 21/12)
A tensão entre Lua e Marte faz com que você adote uma postura desafiadora, testando seus limites em meio a insatisfações e conflitos internos. O risco de agir de forma impulsiva é grande, por isso tente resgatar a serenidade. Aproveite que Mercúrio entra no setor íntimo para refletir sobre seu crescimento pessoal.
Os interesses coletivos e os individuais entram em conflito, devido à tensão entre Lua e Marte. Isso exige mais habilidade para negociar e se adaptar, para evitar discussões. Procure manter um diálogo aberto e busque pontos em comum com quem está ao seu redor.
Aquário (20/01 – 18/02)
O clima de competição pode comprometer o convívio e os trabalhos em equipe. Procure resgatar o companheirismo com as pessoas próximas. O dia pede flexibilidade e cuidado com a forma como você se coloca nas relações.
A tensão entre Lua e Marte reforça a necessidade de diminuir o ritmo e cuidar dos hábitos que afetam sua saúde. Evite exageros e procure se conectar com pessoas que tragam boas conversas e aprendizados. O diálogo pode ser um ótimo meio de autocuidado e evolução.
João Augusto, filho de Gugu, revela sonho de “brilhar” na TV como o pai
João Augusto Liberato está decidido a seguir os passos do pai, Gugu Liberato, um dos maiores ícones da televisão brasileira. Em entrevista à Record, o jovem afirmou que sonha em ser comunicador desde cedo e tem se preparado para isso com seriedade. “Eu sempre gostei de me comunicar na frente das câmeras. Tenho esse sonho de me tornar um comunicador e tenho trabalhado bastante”, declarou.
Enquanto não estreia oficialmente como apresentador, João vem fazendo participações especiais na televisão. Neste domingo (8/6), ele estará no game show “Acerte ou Caia!”, comandado por Tom Cavalcante nas tardes da Record. A aparição faz parte de um movimento gradual de aproximação com o universo televisivo.
Veja as fotos
Augusto Liberato, o GuguReprodução
Gugu Liberato com a famíliaReprodução
Filhos de Gugu LiberatoReprodução/Divulgação
Luciano Huck e João Augusto LiberatoReprodução: Globo
João Augusto Liberato no Programa Silvio SantosGabriel Cardoso/SBT/Divulgação / Estadão
Apesar do sobrenome famoso, João faz questão de destacar que o caminho até o sucesso será construído com esforço próprio. “A pessoa tem que sair do zero. Foi assim com o meu pai e com todos os grandes apresentadores. Não é porque eu sou filho de famoso que eu vou virar uma estrela da televisão”, refletiu.
Atualmente morando nos Estados Unidos, ele tem investido em conteúdos digitais como forma de aprendizado e adaptação ao meio. Segundo João, diversos materiais já foram gravados, mas ainda não foram ao ar. “Já gravei vários tipos de conteúdo, mas não postei nada ainda porque quero que tudo esteja bem formatado antes de lançar”, explicou ele.
Além do novo projeto digital que pretende lançar em breve, João demonstra consciência da responsabilidade que carrega por ser filho de Gugu. Ainda assim, ele garante que sua trajetória será construída com autenticidade.
O nome de João Augusto já desperta curiosidade do público há tempos. Desde a morte de Gugu, em 2019, o jovem aparece eventualmente em entrevistas e homenagens ao pai, sempre mantendo o desejo de manter vivo o legado do apresentador.
Quando a fama pesa: veja quem já abandonou os holofotes por excesso de exposição
A busca pela fama é o objetivo de muitos; mas para alguns, os holofotes se tornam um fardo. Recentemente, João Guilherme Silva, filho do apresentador Faustão, compartilhou em entrevista ao podcast “Bagaceira Chique”, apresentado por Luciana Gimenez, que a intensa exposição pública levou o icônico apresentador a se afastar da televisão.
Ele não está sozinho nessa decisão; diversas celebridades optaram por deixar a carreira artística para preservar sua saúde mental e bem-estar. O portal LeoDias separou alguns dos mais memoráveis. Confira!
Um dos rostos mais conhecidos da teledramaturgia brasileira nos anos 1990 e 2000, Ana Paula Arósio deixou uma carreira de sucesso repentinamente. Com papéis marcantes como em “Hilda Furacão” e “Terra Nostra”, a atriz se afastou completamente da mídia e da televisão em 2010, buscando uma vida reclusa no interior. Sua decisão teria sido motivada pelo cansaço com a rotina intensa e pela necessidade de preservar sua vida pessoal longe dos holofotes.
A relação da mídia com Ana Paula foi marcada por uma mistura de intenso interesse, especulação e certa invasão de privacidade, especialmente após sua decisão de se afastar da carreira artística. A atriz era presença constante em capas de revistas, campanhas publicitárias e programas de TV. Porém, mesmo no auge, Ana sempre manteve uma postura mais reservada, evitando a superexposição.
Foi em 2010 que Ana Paula rompeu contrato com a Globo de forma abrupta, se recusando a participar da novela “Insensato Coração”. A partir dali, começou seu afastamento do meio artístico e passou a viver reclusa, inicialmente no interior de São Paulo e depois no sul do país. Recentemente, ela reapareceu numa rara entrevista ao “Fantástico”, na Globo.
Lídia Brondi
A atriz Lídia Brondi, ícone das novelas dos anos 1980, como “Vale Tudo” e “Tieta”, também optou por deixar a fama. Após sofrer com crises de ansiedade e síndrome do pânico, ela abandonou a carreira artística e hoje atua como psicóloga, profissão que abraçou após sua saída da televisão.
Nos anos 1980 e início dos anos 1990, Lídia era uma das atrizes mais populares da televisão brasileira.
Porém, ela decidiu abandonar completamente a carreira artística e passou a se dedicar à psicologia. Após isso, não deu entrevistas, não participou de especiais da Globo e não comentou publicamente sua decisão.
Cecília Dassi
Conhecida por seus papéis como atriz mirim em produções da Globo, Cecília Dassi decidiu se afastar da carreira artística ainda jovem. Em entrevistas, revelou que a exposição precoce afetou sua saúde emocional. Atualmente, se dedica à psicologia, área em que também ajuda outras pessoas a lidarem com a pressão e os efeitos da superexposição.
Cecília começou na TV muito nova e ficou conhecida por papéis de destaque em novelas da Globo, como “Por Amor”, “Suave Veneno” e “Sete Pecados”. Ela era a “queridinha” dos atores mirins da época. A mídia acompanhava sua carreira com o típico tom carinhoso dado a “atores mirins crescidos”, com matérias sobre sua evolução, beleza, romances e transição para papéis mais adultos.
Em 2012, Cecília anunciou que estava deixando a atuação para seguir outra vocação: a psicologia. Na época, já estava cursando a faculdade e revelou que não se sentia mais motivada a continuar como atriz. A decisão foi pessoal, pensada, e não envolvia escândalos nem mágoas com a TV.
Amanda Bynes
A atriz norte-americana Amanda Bynes, conhecida por filmes como “Ela é o Cara” e “Hairspray”, enfrentou uma série de problemas pessoais e de saúde mental. Em 2010, ela anunciou uma pausa na carreira e, desde então, tem se mantido afastada dos holofotes, se dedicando aos estudos em moda e buscando uma vida mais tranquila longe da mídia.
A “nova queridinha da América” alcançou estrelato ainda na infância, com o programa “All That”, da Nickelodeon, e mais tarde com o próprio show “The Amanda Show”, que fez dela uma das maiores estrelas teen dos anos 2000.
Ela era tida como uma jovem talentosa, engraçada e promissora. A virada na cobertura da mídia aconteceu no início da década de 2010, quando Amanda passou a apresentar comportamentos instáveis e abandonou a carreira. A atriz enfrentou crises de saúde mental, problemas com substâncias e conflitos legais, como prisões por direção sob efeito de álcool ou drogas.
Em 2013, Amanda foi internada involuntariamente após colocar fogo na entrada da casa de um vizinho. A partir disso, sua mãe assumiu a tutela legal da atriz, em um caso parecido com o de Britney Spears. Mais tarde, foi revelado que Amanda foi diagnosticada com transtorno bipolar e dependência química. Ela começou tratamento e, aos poucos, voltou a uma vida tranquila.
Famoso por interpretar o rei Joffrey na série “Game of Thrones”, Jack Gleeson decidiu abandonar a atuação após o fim de sua participação na produção. Ele expressou que a fama não era algo que desejava e optou por seguir uma vida acadêmica, estudando filosofia e teologia na Trinity College, em Dublin.
Joffrey Baratheon era um dos personagens mais cruéis, sádicos e detestados da série de sucesso da HBO; e o público não poupava ódio nas redes sociais. Havia memes, vídeos e piadas constantes sobre o “prazer” que seria ver Joffrey morrer.
Desde cedo, Jack diferenciava claramente seu trabalho da sua vida pessoal. Mesmo recebendo elogios por sua atuação, o ator não se sentia confortável com a fama e detestava a atenção midiática que veio com o sucesso da série. Disse ainda que a atenção excessiva e os holofotes eram angustiantes, especialmente para alguém tão jovem.
Sua decisão de se aposentar da atuação aos 21 anos, no auge da fama, o levou a voltar para a universidade; criar uma companhia de teatro independente, sem fins lucrativos, chamada Collapsing Horse; e evitar entrevistas.
Filho de Gugu sobre seguir os passos do pai: “Tem de sair do zero”
João Augusto Liberato revelou que sonha em seguir os passos do pai, Gugu Liberato, e trabalhar com comunicação. Além de revelar que vem se dedicando e trabalhando duro, o jovem, de 23 anos, afirmou que sabe que não terá um caminho fácil.
“Eu sempre gostei de me comunicar na frente das câmeras. Tenho esse sonho de me tornar um comunicador e tenho trabalhado bastante. Desde que voltei para os Estados Unidos, eu tenho atuado com as mídias digitais. Já gravei vários tipos de conteúdo, mas não postei nada ainda porque quero que tudo esteja bem formatado antes de lançar”, revelou João Augusto em entrevista à Record.
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Filho de Gugu, João Augusto Liberato revela como ficou a família após briga por herança
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João Augusto com o pai, Gugu Liberato
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João Augusto Liberato
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João Augusto Liberato, filho de Gugu, participou do Altas Horas
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Gugu Liberato com o filho, João Augusto
Instagram/Reprodução
Na sequência, ele confirmou que tem vontade de fazer parte da televisão. “As pessoas sempre perguntam, mas eu respondo que a televisão é algo que exige muita experiência. A pessoa tem de sair do zero. Foi assim com o meu pai e com todos os grandes apresentadores. Não é porque eu sou filho de famoso que eu vou virar uma estrela da televisão. Por isso que eu quero começar assim, mas com uma plataforma diferente”, completou.
Tijolo de maconha? Iniciativa em MG quer aproveitar 100% da cannabis
Quando se fala em tijolo de maconha, raramente pensamos em um objeto usado para a construção civil, mas essa é uma das aplicações que estão sendo pensadas para aproveitar ao máximo a cannabis. A planta tem sido cultivada no Brasil com maior frequência nos últimos anos para tratar diversos problemas de saúde, de convulsões às dores do câncer.
Um projeto pioneiro da Unidade Embrapii Fibras Florestais, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), quer produzir em escala industrial e aproveitar integralmente a cannabis para fins medicinais e industriais.
A iniciativa já clonou mais de 4 mil mudas a partir de apenas 14 sementes. A autorização judicial para o cultivo foi concedida em fevereiro de 2024. Em apenas quatro meses, o grupo desenvolveu um dos maiores jardins clonais de cannabis do mundo.
“Com mais plantas, os medicamentos devem ficar mais baratos e as pessoas com menor renda vão ter acesso aos remédios, que estarão em breve nas prateleiras das farmácias. Teremos benefícios econômicos na ordem de bilhões de reais para o país, além de potencializar o mercado de exportação. O potencial é gigantesco”, explica o professor da UFV Glêison Santos.
Ele pontua que o uso apenas para a produção de medicamentos pode gerar uma quantidade grande de desperdício. “São extraídos o CBD e outros compostos que vêm das flores, representando 15% das plantas. Os outros 85% da biomassa da cannabis, o caule, folhas e raízes, podem ser utilizados na indústria”, completa.
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A Cannabis, também conhecida como planta da maconha, tem origem asiática repleta de polêmicas. Socialmente marginalizada, sob a luz da ciência, no entanto, apresenta potencial medicinal para tratar diversas patologias
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Segundo especialistas, a cannabis tem substâncias, como os canabinoides, capazes de agir e desencadear reações em diversas áreas do corpo, como o cérebro
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A cannabis apresenta três espécies: ruderalis, indica e sativa, sendo as duas últimas as mais populares. No caso da sativa, pode-se ainda destacar o canabidiol, que tem efeito relaxante e, por isso, é utilizado com fins terapêuticos
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Além do canabidiol, na cannabis sativa é possível encontrar tetrahidrocanabidiol, substância com capacidade de gerar sensações de prazer, alívio, euforia, entre outras
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Na indústria farmacêutica, as propriedades da cannabis podem funcionar como anticonvulsivo, analgésico e sedativo no tratamento de doenças, tais como: epilepsia, esquizofrenia, esclerose múltipla, Parkison e dores intensas
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Por esses motivos, cada vez mais países têm regulamentado o uso da substância para tratamento de enfermidades, apesar de muitos ainda proibirem a utilização da cannabis para fins recreativos
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Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Itália, Espanha, Bélgica, Portugal, entre outros países europeus, permitem, com regras próprias, a utilização da maconha para uso medicinal
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Na América Latina, países como Argentina, Uruguai, Colômbia, Jamaica, Equador e México, por exemplo, também liberam a cannabis para fins medicinais e terapêuticos
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Cada estado define as especificidades em torno da utilização da maconha medicinal, mas, no geral, as autorizações funcionam de duas maneiras: permissão apenas para uso terapêutico e medicinal ou liberação também para uso recreativo
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No Brasil, a Anvisa permite a importação e o uso da substância em alguns remédios desde 2014. Até então, as plantas ainda precisavam ser trazidas do exterior. No entanto, em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 399/2015, que autorizou o cultivo de Cannabis sativa no Brasil para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais
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Por aqui, para realizar a compra de medicamentos ou produtos derivados de cannabis (ambos com fins medicinais) é necessário ter prescrição médica. Além disso, é preciso ter condições para adquirir os produtos, uma vez que o valor a ser desembolsado pode alcançar quatro dígitos
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Construção, celulose e sustentabilidade
A meta é zerar o desperdício e maximizar o uso industrial da planta. Na construção civil, por exemplo, os resíduos viram hempcrete — um tipo de tijolo sustentável. “Já há iniciativas de construção que não apenas reduziram o uso de concreto como o substituiram o integralmente por esse material”, diz Glêison.
A fibra da cannabis também produz celulose de alta qualidade, o que pode melhorar a fabricação de papel. O Brasil já lidera esse mercado com eucalipto e pinus. Com o cânhamo e a maconha, o país pode agregar valor à cadeia e ampliar a balança comercial de exportação usando a estrutura já existente.
Produção mineira
O investimento total do projeto chega a R$ 932 mil. O objetivo é estabelecer um novo modelo de cultivo em larga escala, com potencial para exportação a países como China, EUA, Canadá e membros da União Europeia.
“Nos últimos anos, estamos descobrindo aplicações realmente interessantes do ponto de vista médico para a cannabis e precisamos voltar mais nossa atenção a este potencial. Até em pacientes oncológicos, os extratos de cannabis se mostraram extremamente eficazes no manejo dos sintomas da dor e de outros desconfortos como a fadiga e a perda do apetite”, explicou o geriatra Felipe Gusman, chefe dos cuidados paliativos do Hospital Copa Star, em entrevista anterior ao Metrópoles.
O mercado de cannabis medicinal movimentou R$ 399 milhões no Brasil em 2024. A estimativa da consultoria Kaya Mind é de que o setor alcance R$ 860 milhões até 2027, com a entrada de grandes farmacêuticas como Aché, Hypera e Biolab no mercado.
Cerca de 672 mil pacientes brasileiros já utilizam medicamentos à base da planta. O número de prescrições médicas dobrou em 2024 e 69% dos médicos passaram a receitar os extratos, com destaque para especialidades como psiquiatria e neurologia.
“Me acostumei a viver em alerta”, diz mulher com doença autoimune rara
A fisioterapeuta Roberta Marques Rodrigues, de 32 anos, está acostumada a encarar a dor de frente, não só pelo ofício, mas também por ser vítima de uma síndrome rara que causa crises frequentes e debilitantes.
Os primeiros sintomas da polirradiculoneuropatia inflamatória axonal crônica (CIDP) apareceram em 2008. A doença autoimune interfere na capacidade dos nervos de operarem corretamente e geralmente tem como gatilhos processos infecciosos de doenças virais e bacterianas, como uma resposta exagerado de defesa do corpo.
Alguns especialistas consideram a CIDP como uma forma crônica da síndrome de Guillain-Barré — que causa fraqueza e, em alguns casos, paralisia —, mas a progressão da doença é diferente. A CIDP tem curso mais lento e prolongado. Os sintomas podem evoluir por semanas, com dormência, fraqueza muscular e formigamentos progressivos.
A maioria dos pacientes percebe inicialmente a sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, nos superiores (mãos e braços). Isso ocorre por que os neurônios que comunicam os membros com o cérebro costumam ser os primeiros afetados.
“Não se sabe porque as células de defesa provocam a inflamação e o ataque às raízes nervosas e ao nervo periférico. A história clínica do paciente — com recorrência ou exames que apontem mais de dois meses de sintomas — é que permite o diagnóstico”, explica o neurologista Diego de Castro, de Vitória (ES).
Sintomas de Guillain Barré e de outras polirradiculoneuropatias
Fraqueza muscular progressiva;
Dificuldade em respirar nos casos mais graves;
Sonolência;
Confusão mental;
Crises epilépticas;
Alteração do nível de consciência;
Perda da coordenação muscular;
Visão dupla;
Fraqueza facial;
Tremores;
Redução ou perda do tônus muscular.
No caso de Roberta, o diagnóstico de polirradiculoneuropatia inflamatória axonal crônica (CIDP) não foi a primeira sugestão dos médicos. “Me levaram ao hospital achando que era febre amarela ou reação à vacina. Depois disseram que era Guillain-Barré. A mudança de diagnóstico aconteceu quando as crises passaram a se repetir e descartaram doenças como esclerose múltipla, miastenia gravis e esclerose lateral amiotrófica (ELA), até fecharem como CIDP”, lembra ela.
Crises que levam à UTI e à paralisia total
Roberta já enfrentou 10 crises da doença desde que os primeiros sintomas apareceram. A mais recente, que começou em setembro do ano passado, ainda está em curso. Desde então, ela ficou dependente de respiradores, precisou usar cadeiras de roda e andadores. Recentemente, ela tem apresentado melhoras, mas segue em tratamento.
Nas nove crises anteriores, a fisioterapeuta também foi intubada e precisou do suporte de aparelhos para respirara, já que teve a capacidade dos pulmões afetada. Em quatro episódios, ela chegou a ficar completamente incapaz de caminhar e teve de ser internada para reabilitação intensiva, como agora.
“Nessas eu tive que fazer fisioterapia, pois mal mexia o rosto. As outras seis foram variadas, com comprometimentos moderados a leves, onde fiquei na cadeira de rodas ou no andador após sair da UTI e do hospital. Foram diferentes tempos de recuperação”, relata.
As internações ocorreram principalmente após infecções, o que é comum em pessoas com este tipo de comprometimento. “A crise sempre vem após um processo infeccioso ou inflamatório. Já tive após dengue, Covid e infecção de garganta. Sempre fico atenta quando estou doente”, diz.
Diagnóstico precoce evita o agravamento da doença
A fisioterapeuta aprendeu a identificar os primeiros sinais de uma nova crise antes que ela se agrave. Fadiga incomum, contrações musculares involuntárias e reflexos diminuídos são sinais de alertas. “Quando percebo diferença na força, corro para o hospital. Eu sempre tenho que estar atenta”, diz.
O primeiro teste realizado em casos suspeitos é o de reflexos. A ausência ou redução é um dos indicativos de que a inflamação nos nervos periféricos está ativa, exige intervenção imediata.
Efeitos da doença no cotidiano da paciente
Roberta viu sua rotina ser alterada desde os primeiros sintomas. A necessidade de vigilância constante, mesmo durante atividades comuns, impacta a vida pessoal e profissional.
“É limitante. Eu nunca sei quando será a próxima. Já me acostumei a viver em alerta. Qualquer doença pode desencadear a próxima crise”, conta. A recuperação exige paciência.
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A última crise de CIDP começou em setembro de 2024. Desde então, Roberta segue internada
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A doença causa fraqueza e redução da capacidade muscular em diversos níveis
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Nas crises mais graves, Roberta teve que andar de cadeira de rodas e usar respirador mecânico
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Síndrome pouco compreendida
A síndrome CIDP é um distúrbio em que o sistema imunológico ataca partes do sistema nervoso. “A história clínica, com recorrência e sintomas por mais de dois meses, permite o diagnóstico. Os pacientes devem manter um tratamento contínuo para evitar recorrência do evento”, afirma o neurologista Diego de Castro.
Diferentes agentes infecciosos são associados ao surgimento do distúrbio. Entre eles estão a bactéria Campylobacter e os vírus da zika, dengue, sarampo e gripe. Vacinas também podem agir como gatilho em pessoas predispostas.
“A síndrome acontece quando os anticorpos atacam os nervos por confusão. O corpo se engana e tenta se defender de algo que parece um invasor e coloca os nervos nesse grupo”, explica o neurologista Márcio Siega, de Brasília.
Segundo Siega, mesmo em casos graves, os pacientes podem recuperar as funções musculares depois da crise, mas o tratamento deve ser imediato. “Quando atinge os músculos da respiração, o risco é maior”, alerta.
Mesmo com tratamento contínuo, não há cura para a CIDP. O objetivo é reduzir as recorrências de crises e preservar as funções neuromusculares com o máximo de independência possível. “Faço tratamento com imunoglobulina, plasmaférese, corticoides e fisioterapia. Agora vou começar a fazer infusão de rituximabe de seis em seis meses. Tenho esperança que as crises serão menos frequentes”, diz.
Em grupo com dois gigantes europeus, Wydad quer surpreender no Mundial
Único time marroquino na Copa do Mundo de Clubes, o Wydad Casablanca vai chegar com moral para a competição. O clube africano soma apenas duas derrotas nos últimos 20 jogos antes de estrear no torneio.
Além do bom retrospecto no recorte, a temporada do Wydad deixa os torcedores confiantes para a competição. São 15 vitórias, 12 empates e apenas cinco derrotas em 32 partidas. No entanto, o maior campeão marroquino terminou a liga nacional na 3ª posição.
A esperança de gols da equipe marroquina está por conta de Mohammed Rayhi, atacante holandês. Na atual temporada, em 26 partidas disputadas, sendo 18 como titular, o jogador marcou 11 gols.
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Mohammed Rayhi é o destaque da equipe
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O clube marroquinho não perde há cinco jogos
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A equipe se prepara para estreia no torneio
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Grupo G
Al-Ain
Juventus
Manchester City
Wydad Casablanca
Jogos do Wydad no Mundial
Manchester City x Wydad Casablanca – 18/6 – 13h – Filadélfia
Juventus x Wydad Casablanca – 22/6 – 13h – Filadélfia
Wydad Casablanca x Al-Ain – 26/6 – 16h – Buzzard Point
Projeto do Licenciamento dá sinal negativo, avalia CEO da COP30 à CNN
O avanço do projeto de lei que estabelece novas regras de licenciamento ambiental para o Brasil pode trazer mensagens opostas às que o governo pretende passar com a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém.
A percepção vem da CEO da COP30 e ex-secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni.
Ao CNN Entrevistas, Ana Toni relatou preocupação com os possíveis efeitos do que a área ambiental do governo entende ser um afrouxamento nas regras e afirmou que os sinais são negativos.
“O que a gente quer na COP é um momento de atração de investimentos para o Brasil. A gente tem uma COP, o mundo inteiro vem para cá. Então, a gente quer que seja um momento aonde haja certezas de regulação, que mostre que o Brasil é sólido nas suas regulamentações e não fica ali mudando. O sinal que foi dado com o licenciamento ali, no Senado, infelizmente, pode ser um sinal oposto, de que sim, se isso passar, vai causar incertezas legais e pode judicializar muita coisa. Então, não é o sinal que a gente precisa para uma COP, afirmou.
O MMA aponta preocupação sobretudo com criação de uma “licença especial” aprovada de última hora e sem discussão.
De volta à Câmara para a votação final, o texto tem perspectiva de ser analisado no dia 18 de junho.
Aposta em combustível fóssil
Outra mensagem preocupante em um contexto de COP, na avaliação de ambientalistas, é a perspectiva de avanço em estudos para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, próximo do Amapá, e na foz do rio Amazonas.
Para a CEO da COP30, o debate sobre apostas em combustíveis fósseis não pode ser isolado ao contexto do Brasil.
Ana Toni enxerga pontos positivos diante de um contexto em que o Brasil sempre era lembrado lá fora por altos índices de desmatamento e sempre tratou de questões do clima sob essa ótica.
A CEO defende o amadurecimento do tema e a volta ao debate, via COP30, sobre a transição para o fim de combustível fóssil, como já decidido na COP28.
“Acho que não é um sinal que vai nos prejudicar porque mostra que o Brasil enfrentou o tema da sua maior emissão, que é o desmatamento. Estamos enfrentando de cara e estamos preparados a debater também o combustível fóssil. A gente não tá escondendo o debate. A sociedade brasileira está debatendo… o Congresso, o governo federal, a sociedade como um todo”, disse.
“E é assim que a gente encara os problemas aqui no Brasil, a gente não tenta se escondê-los. Isso é um problema, aliás, do mundo inteiro. Está todo mundo tentando saber como é que a gente faz essa transição para o fim de combustível fóssil de uma maneira ordenada, justa e equitativa”, complementou.
Autoridade climática
Outro tema que ficou pelo caminho em pouco mais de dois anos do governo Lula 3 é a criação de uma autoridade climática. A própria Ana Toni, quando ainda parte do quadro do MMA, chegou a ser considerada para a função.
O debate vem desde o período da transição de governo e voltou à tona no ano passado, diante de uma grave crise com os incêndios florestais em vários biomas.
Segundo a CEO da COP30, o tema não foi deixado de lado e segue em discussão com a Casa Civil.
“É uma proposta muito nova e muito robusta porque a mudança do clima está necessitando que a gente pense fora da caixinha de novas institucionalidades e quando você traz algo tão novo, precisa de muito debate, precisa de muita ciência. Então, acho que essa demora reflete essa transição e esse debate. Tem que amadurecer o debate porque a gente quer fazer a coisa certa”, disse ao CNN Entrevistas.
Análise: EUA podem estar vulneráveis a ataque com drones como na Rússia
O ataque surpresa com drones realizado pela Ucrânia contra a frota de bombardeiros estratégicos da Rússia nesta semana levou generais e analistas a reavaliar as ameaças às aeronaves de alto valor dos Estados Unidos, tanto em bases no território nacional quanto no exterior — e a situação é preocupante.
“É um momento que chama a atenção”, disse o general David Allvin, chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, durante uma conferência de defesa em Washington na terça-feira (3), acrescentando que os EUA estão vulneráveis a ataques semelhantes.
“Não existe santuário nem mesmo dentro do território americano — especialmente considerando que nossas bases aqui são praticamente totalmente desprotegidas”, afirmou Thomas Shugart, pesquisador sênior associado do Center for a New American Security (CNAS), à CNN.
Ao dizer “desprotegidas”, Shugart se refere à falta de abrigos suficientes e reforçados onde os aviões de guerra americanos possam ser estacionados com segurança contra ataques aéreos, seja por drones ou mísseis.
Ao se aproximarem das bases, os tetos das casas móveis eram abertos remotamente, e os drones então lançavam seus ataques.
As aeronaves russas estavam estacionadas a céu aberto nas pistas das bases — da mesma forma que os aviões de guerra dos EUA permanecem em muitas de suas instalações, tanto no país quanto no exterior.
“Estamos bastante vulneráveis”, disse o general aposentado do Exército dos EUA, Stanley McChrystal, ao jornalista Anderson Cooper, da CNN, na terça-feira.
“Temos muitos ativos de alto valor que são extraordinariamente caros”, afirmou McChrystal.
Os ucranianos disseram que seus ataques destruíram o equivalente a US$ 7 bilhões em aeronaves russas. Para comparação, um único bombardeiro B-2 da Força Aérea dos EUA custa cerca de US$ 2 bilhões — e os EUA possuem apenas 20 dessas aeronaves.
Shugart foi coautor de um relatório para o Hudson Institute em janeiro que destacou a ameaça às instalações militares dos EUA por parte da China, caso ocorra um conflito entre as duas superpotências.
“Forças de ataque do Exército de Libertação Popular — incluindo aeronaves, lançadores de mísseis baseados em terra, embarcações de superfície e submarinos, além de forças especiais — podem atacar aeronaves americanas e seus sistemas de apoio em bases aéreas ao redor do mundo, inclusive no território continental dos Estados Unidos”, escreveram Shugart e o coautor Timothy Walton.
Simulações de exercícios militares e análises mostram que “a grande maioria das perdas de aeronaves dos EUA provavelmente ocorreriam no solo, em bases aéreas (e que essas perdas poderiam ser catastróficas)”, escreveram Shugart e Walton.
Um relatório da revista Air and Space Forces, do ano passado, destacou que a Base Aérea Anderson, na ilha do Pacífico de Guam — talvez a instalação aérea mais importante dos EUA no Pacífico, que recebe rotações dos bombardeiros B-2, B-1 e B-52 — não possui abrigos reforçados.
Allvin, chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, admitiu o problema na terça-feira.
“No momento, acho que não estamos onde precisamos estar”, disse Allvin em uma conferência do Centro para uma Nova Segurança Americana (CNAS).
McChrystal afirmou que os EUA precisam pensar em como proteger suas bases e as aeronaves nelas, mas também como monitorar as áreas ao redor dessas instalações.
“Isso amplia o espectro das ameaças que você precisa enfrentar”, disse McChrystal.
A defesa custa caro
Mas tudo isso custa dinheiro, e Allvin disse que isso gera um dilema orçamentário para os EUA.
Deve-se investir em abrigos reforçados e formas de impedir ataques de drones e mísseis às bases americanas, ou destinar mais recursos a armas ofensivas que levem a luta ao inimigo?
“Se tudo o que fazemos é jogar na defesa e não podemos revidar, então não é um bom uso do nosso dinheiro”, disse Allvin na conferência do CNAS.
“Sempre soubemos que reforçar nossas bases era algo necessário”, afirmou Allvin, mas outras prioridades orçamentárias acabaram recebendo mais atenção.
Abrigos reforçados para aeronaves não são chamativos e dificilmente geram manchetes como outros projetos de defesa, incluindo aviões como os novos bombardeiros B-21, que devem custar cerca de 700 milhões de dólares cada.
Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a Força Aérea construirá um novo caça furtivo, o F-47, com custo inicial de 300 milhões de dólares por unidade.
“O F-47 é uma aeronave incrível, mas vai morrer no solo se não a protegermos”, afirmou Allvin.
Enquanto isso, um abrigo reforçado custa cerca de 30 milhões de dólares, segundo Shugart e Walton.
No mês passado, Trump revelou outra forma de defesa aérea para o território continental dos EUA, o escudo de mísseis Domo de Ouro, com custo estimado de pelo menos 175 bilhões de dólares.
Apesar do preço elevado, o sistema é projetado para combater ameaças de longo alcance, como mísseis balísticos intercontinentais disparados de outro hemisfério.
Vastidão de território se tornou uma fraqueza
No caso da Rússia, a vastidão do território era vista como uma vantagem na guerra contra a Ucrânia. Uma das bases aéreas atingidas na Operação “Spiderweb” da Ucrânia ficava mais próxima de Tóquio do que de Kiev.
Mas agora o tamanho da Rússia se tornou uma fraqueza, escreve David Kirichenko no blog Ukraine Watch do Atlantic Council.
Cada ponto de passagem na fronteira pode ser uma via de infiltração; cada contêiner em rodovias ou ferrovias deve ser tratado com suspeita.
“Isso é um pesadelo logístico,” disse Kirichenko.
E há uma analogia direta com os Estados Unidos.
As bases aéreas da Força Aérea dos EUA geralmente ficam bem no interior, mas ainda acessíveis a veículos grandes e pequenos.
Por exemplo, os 20 bombardeiros B-2 estão todos estacionados na Base Aérea Whiteman, no Missouri.
A base fica a cerca de 960 quilômetros da costa mais próxima, o Golfo do México, mas apenas cerca de 40 quilômetros ao sul da Interestadual 70, uma das principais vias de tráfego leste-oeste nos EUA, com milhares de veículos comerciais passando diariamente.
A Base Aérea Dyess, no Texas, uma das bases dos bombardeiros B-1 dos EUA, fica logo ao sul de outra importante via comercial leste-oeste, a Interestadual 20.
“Pense em todos os contêineres e entradas ilegais dentro de nossas fronteiras”, disse Carl Schuster, ex-diretor de operações do Centro Conjunto de Inteligência do Comando do Pacífico dos EUA.
“Essa conexão vai gerar preocupação em alguns círculos dos EUA”, afirmou.
Enquanto isso, no Pacífico, mesmo um poder ofensivo melhor, como o general Allvin gostaria, pode não ser suficiente em caso de conflito com a China.
Isso porque o Exército de Libertação Popular (PLA) fez um esforço concentrado para proteger suas aeronaves durante seu grande reforço militar sob a liderança de Xi Jinping, segundo o relatório do Hudson Institute.
A China tem mais de 650 abrigos endurecidos para aeronaves em aeroportos num raio de 1.850 quilômetros do Estreito de Taiwan, diz o relatório.
Mas Shugart e Walton argumentam que a melhor estratégia de Washington seria fazer Pequim construir mais — ao melhorar as capacidades de ataque dos EUA na Ásia.
“Em resposta, o PLA provavelmente continuaria a gastar fundos em medidas adicionais caras de defesa passiva e ativa e, por sua vez, teria menos recursos para investir em alternativas, incluindo capacidades de ataque e projeção de poder”, afirmam.