O promotor disse ainda que o Alan teve tratamento especial ao ser levado do presídio para o quartel do BOPE. ” Ele não tem nível superior. Porque houve esse tratamento diferenciado? Em todos os pareceres fui contrário a essa transferência.
Promotor diz que enquanto vítima estava a caminho do trabalho, acusados retornavam da balada.
“Eles utilizavam carros caros comprados pelos pais. Os réus eram sustentados pelos pais. Já a vítima sustentava a mãe e provia o próprio sustento. Ela comprou uma motocicleta modelo Biz, à prestação”.
A declaração foi feira pelo promotor Efrain Mendonza durante o início de sua fala no tribunal do Júri.
Durante o interrogatório o réu Alan Araújo negou que tenha participado do racha. Ele revelou que estava na festa e que não ingeriu bebida alcoólica.
O réu Ícaro Pinto foi o primeiro interrogado no segundo dia de Julgamento, no Fórum Criminal. Perante ao Juiz da 2″ Vara do Tribunal do Júri. Ele disse que foi para a festa no dia 5 de agosto. O evento que aconteceu no Bairro Raimundo Melo, em Rio Branco, foi promovido por quatro pessoas, mas cada uma pôde convidar até dez conhecidos. O réu disse ainda que estava tudo bem com sua acompanhante, mas durante a madrugada a jovem Hatsue Said teria beijado outro convidado.
A partir daí o casal começou a discutir, disse ele.
Antes de deixar a festa, Ícaro disse que olhou no celular para conferir se estava ocorrendo alguma blitz da PM. Ele declarou também que seguiu pela Avenida Antônio da Rocha Viana em baixa velocidade. Mas por conta do acirramento da discussão imprimiu uma velocidade mais forte. Logo depois ouve a colisão que matou a trabalhadora Jonhliane Paiva.
O Seringal volta a fazer a transmissão em tempo real do julgamento de Ícaro Pinto e Alan Santos, acusados pelo atropelamento e morte da trabalhadora Jonhliane Paiva. Nesta quarta-feira, segundo dia de júri, os réus serão ouvidos. As imagens de Ícaro e Alan não podem ser divulgadas. Na sequência, serão iniciados os debates entre acusação e defesa. O promotor Efraim Mandonza terá uma hora para sustentar a tese de que Ícaro e Alan sção culpados. Ele já adiantou que pedirá a condenação dos réus. A defesa composta por advogados de fora contratados pela família de Ícaro, terá o mesmo tempo.
Jhonata Paiva, irmão de Jonhliane. disse que a família não perdoa os acusados e espera condenação exemplar. “Eles mataram a minha irmã. A gente espera justiã. Que os dois sejam condenados”, declarou.
O irmão da vítima criticou o depoimento da jovem Matsue Said, que de declarou “ficante” de Ícaro. Ela disse aos jurados que após o acidente o casal dormiu numa fazenda e, em seguida, viajou para Fortaleza.
A mãe de Jonhliane disse que até o momento a família não recebeu qualquer ajuda de Ícaro e Alan. A mãe de Ícaro é a professora Alcilene Gurgel, presidente do Simproacre. O pai, um jurista aposentado.
“Como explicar uma velocidade tão absurda numa via onde é permitido apenas 40 Km por hora?”, questionou dona Raimunda Paiva, de 54 anos.
Há previsão de que o veredicto seja anunciado ainda nesta quarta-feira.