O Sindicato dos extrativistas e Ribeirinhos do Acre, o Sinpasa, denuncia uma nova modalidade de crime rural. Dessa vez quadrilhas especializadas, chamadas de piratas da castanha, estão atacando os barcos e batelões e saqueiam toda a carga, deixando os seringueiros e ribeirinhos sem nada do trabalho que durou 3 meses dentro da floresta.
De acordo com o Sinpasa os primeiros ataques aconteceram no início desse ano em três comunidades próxima a Rio Branco, na região do “vai se ver”, Riozinho do rôla e Espalha.
Os grupos criminosos esperam os coletores levarem a castanha até o barco que levará os produtores para a venda da amêndoa na capital.
Poucas horas depois de o barco ou batelão ter deixado o local de origem, os piratas atacam. Homens armados obrigam os produtores a transportarem toda a castanha para o barco da quadrilha, que geralmente são voadeiras.
Segundo José Ferreira, presidente do Sinpasa, os roubos aconteceram no auge da coleta e venda da castanha. “O governo foi alertado sobre o problema, mas até hoje a secretaria de segurança não foi acionada”, reclamou.
O diretor de operações da secretaria de segurança, coronel Ulisses Torres, informou que procurou nos arquivos algum crime sobre roubo de castanha e nada encontrou. No entanto acionou o serviço de inteligência e vai convocar o sindicato a prestar informações.
“Como não tem um pelotão ou delegacia especializada em crimes rurais, a patrulha ambiental da policia militar e o Gefron podem fazer esse trabalho de vigilância nos rios”, garantiu.