O senador Márcio Bittar apresentou a sua noiva, em cerimônia pública na cidade de Cruzeiro do Sul, informou em sua rede social o jornalista Sílvio Martinello .
As últimas férias do senador foram na Bahia, em plena crise gerada pela invasão dos três poderes por golpistas e terroristas bolsonaristas, em 8 de janeiro. “Feliz com você”, legendou ele em foto que viralizou na Web ao lado da amada enquanto o país sacudia numa agressão sem precedentes á Democracia.
Ele de sunga. Ela, de biquini, escolheram praia privativa.
“A noiva (Thais Guimarães) é apresentada como ambientalista, mas o noivo senador apresentou um projeto de lei de cinco linhas e três artigos que modifica o Código Florestal e, simplesmente, acaba com a Reserva Legal. Bittar já declarou várias vezes que, se dependesse dele, a Reserva Legal já teria acabado”, escreveu o jornalista.
O jornalista Altino Machado comentou a notícia:
“Segundo o noivo da ambientalista, “o país precisa expandir o agronegócio para a Amazônia”. Ele quer que seja em volume incompatível com o que determina o Código”.
A proposta do senador é de 2019, protocolada logo após ele assumir o mandato.
O Portal Clima Info repercutiu à época as consequências danosas que o projeto do senador pode causar ao meio ambiente e à vida de quem habita a floresta.
“Hoje, na Amazônia, um proprietário pode, em tese, plantar em 20% da área, sendo que os outros 80% constituem a Reserva Legal. “Em tese” porque o Código prevê, também, a existência de Áreas de Proteção Permanente situadas, por exemplo, à margem dos corpos d’água, algo razoavelmente abundante na Amazônia. Um levantamento feito no ano passado indica que, se Bittar conseguir aprovar seu projeto de lei, a floresta pode vir a perder 75 milhões de hectares, lembrando que isso é o mesmo que a área do Chile”.
A proposta enfrenta resistência no Congresso Nacional.