O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, discursou para cerca de 70 comissionados e apoiadores no final desta tarde, e usou o feriado de Pascoa para falar em “ressurreição”, logo após um comboio para mostrar máquinas pesadas. “Agora nós temos como trabalhar. Dinheiro tem”, afirmou. Na platéia ao ar livre estava apenas um vereador.
O gestor da capital disse ter adquirido o maquinário “economizando e não roubando”, com investimentos totais estimados em R$ 20 milhões. Segundo ele, são “novos”.
Na Internet, os mais atentos se questionam por que o prefeito precisou de 3 anos e quatro meses para anunciar um programa de asfaltamento das vias públicas e ramais – pautas de sucessivos protestos contra a prefeitura.
As críticas superaram os parcos elogios puxados pelo coordenador do Asfalta Rio Branco”, Frank Lima, que fez acusações à gestão da ex-prefeita Socorro Neri. Segundo ele, a Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) foi entregue sucateada, sem máquinas.
Na transição de governo, o prefeito não veio a público reclamar da falta de máquinas. Nesta segunda-feira haverá o lançamento do programa. Não está claro ainda se os lotes definidos por regionais incluem as mais de 500 Ruas do Povo, cuja melhoria o prefeito se negou a fazer sob a alegação de que o programa instituído no governo do PT “estaria judicializado”. Os órgãos de controle informaram que o prefeito tem obrigação de fazer melhoramentos urbanos.