O legado do governador Gladson Cameli (PP) é patrimônio político só seu, e do povo que lhe dá uma das avaliações mais positivas dentre os chefes do executivo. O governante acreano transfere votos apenas para si, e o eleitorado não se impressiona com o fato de ele apoiar candidato A ou B.
A pesquisa do Instituto Delta, encomendada pelo Portal Notícias da Hora e divulgada nesta sexta-feira, comprova o que está na boca do mundo: vota-se em pessoas, nem tanto em partidos ou conjunto de partidos.
Questionados se votariam num candidato a prefeito de Rio Branco apoiado por Cameli, 59.88% disse que “de jeito nenhum”. Apenas 7.95% afirmaram que “sim, votaria”, e 25.59% declararam que “talvez”. A sondagem não revela rejeição ao governador. Muito pelo contrário.
Na hora de declarar voto para senador (nas eleições gerais de 2026), o governador aparece como o mais votado. E a deputada federal Socorro Neri garantiria a segunda vaga de senador se as eleições fossem hoje (veja quadro abaixo).
A ex-secretária de Educação e ex-prefeita de Rio Branco, sinaliza a pesquisa, sai empoderada do desgaste que sofreu dias atrás dentro do Progressista, leganda da qual foi presidente na capital, após lutar por candidatura própria no pleito deste ano. Sua atitude de manter-se afastada de palanques majoritários nesse ano – e cuidar do mandato valorizar as candidatura que ele ajudou a construir para vereadores, também lhe rende resposta positivas nas ruas. Um sinal de gratidão que os eleitores estão sabendo reconhecer.
Jorge Viana (PT) seria derrotado mais uma vez em eleições no Acre, por onde foi senador e elegeu-se governador por duas vezes. O petista perderia até mesmo para Tião Bocalom, que pretende disputar a vaga caso seja reeleito prefeito.