Bono, líder da banda U2, foi entrevistado por Pedro Bial e comentou algo curioso: apenas no Brasil os fãs ainda o chamam de “Bono Vox”.
O artista explicou que abandonou o “Vox” após descobrir seu significado. “Quando soube que, em latim, Bono Vox significa ‘voz poderosa’, deixei de usar o Vox”, contou o músico.
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No entanto, o vocalista afirmou que guarda carinho especial por esse costume brasileiro. “Mas, no Brasil, as pessoas me estimulam a manter essa atitude (poderosa) e, por isso, me sinto muito lisonjeado sempre que venho a seu país”, revelou durante o papo. A declaração reforça a relação afetiva que Bono mantém com o público brasileiro, famosa principalmente por ser uma das mais apaixonadas do mundo.
Além disso, o cantor demonstrou entusiasmo com o carnaval e chegou a expressar a vontade de exportar a festa. Segundo ele, levar “a minha, a sua, a nossa folia para a Irlanda” seria um sonho.
Em Cannes, Bono mistura show e documentário
Presente no Festival de Cannes, Bono foi uma das atrações mais esperadas — mesmo sem fazer parte do universo do cinema. Ele protagoniza “Bono: Stories of Surrender”, documentário que mistura concerto, monólogo e reflexão pessoal. O filme foi dirigido por Andrew Dominik e retrata momentos da vida do cantor em meio à turnê “Stories of Surrender”.
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Durante as apresentações, o artista compartilha episódios marcantes ao lado de músicas emblemáticas do U2. A banda, no entanto, não participa diretamente do projeto. Em uma das sessões, Bono surge no palco entre palavras, canções e memórias que percorrem sua trajetória como músico e ativista.
Elon Musk, Papa e Trump
Ainda em Cannes, o cantor falou com jornalistas sobre sua atuação em causas humanitárias. Ele relembrou seu apoio ao programa Pepfar, dos Estados Unidos, que forneceu tratamento a milhões de pessoas com HIV na África.
“Mas agora vem um imperador para cortar esse apoio, sem aviso prévio”, afirmou, criticando o recente corte de verba liderado por Elon Musk e endossado por Donald Trump.
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“Um africano branco e rico é o responsável pelo fato de os africanos pretos e pobres não estarem mais recebendo seus remédios retrovirais. Eu digo que é um tipo de apartheid retornando”, declarou Bono, em referência ao bilionário da SpaceX.
Cristão declarado, o cantor comentou também sobre os desafios enfrentados pela Igreja Católica. Lamentou a morte do papa Francisco, com quem disse ter conversado por quase uma hora. “Ele foi um homem realmente extraordinário, e eu fiz todas as perguntas difíceis a ele”, relatou.
Sobre o novo pontífice, Leão 14, Bono se mostrou esperançoso. “Nós nunca precisamos tanto da Igreja como agora, mas a Igreja deve lidar com os seus problemas”, disse. A produção estreia no Apple TV+ no dia 30 deste mês, também no Brasil.
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Fonte: OFuxico