Inspirado na Amazônia, Vettel lança projeto para salvar florestas

Inspirado em uma viagem que fez à Amazônia no último ano, o tetracampeão mundial de Fórmula 1, Sebastian Vettel, escolheu o Grande Prêmio São Paulo 2025 para lançar o projeto Forest, que busca conscientizar pessoas de todas as idades sobre a importância das florestas para o planeta. Nesta sexta (7/11) , o alemão deu detalhes sobre a iniciativa.

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No grande prêmio, que acontece no autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, na zona sul de São Paulo, entre os dias 7 e 9 de novembro, Vettel convidou fãs da categoria, pilotos, trabalhadores do circuito e membros da imprensa para desenharem árvores. Os desenhos vão compor um painel, formado ao fim do GP, que vai representar “a floresta da Fórmula 1”.

3 imagensVettel é ligado a questões ambientaisEle foi campeão em 2010, 2011, 2012 e 2013Fechar modal.1 de 3

Sebastian Vettel é tetracampeão da Fórmula 1

Darren Heath/Getty Images2 de 3

Vettel é ligado a questões ambientais

Aston Martin/Divulgação3 de 3

Ele foi campeão em 2010, 2011, 2012 e 2013

ROC/Jerry Andre/Hasan Bratic/DeFodi Images via Getty Images

A ideia do ex-piloto, que também atua como ativista ambiental, surgiu após uma visita à floresta amazônica.

“Eu fui lá e tive a oportunidade de visitar as pessoas indígenas. Eu dormi no Amazonas também, em um caminhão, e realmente pude passar tempo com eles. E era tão lindo, tão rico em tantas coisas, e eu estava aproveitando muito”, disse.

Além das belezas amazônicas, Vettel também viu de perto a angústia dos povos indígenas, cujas terras são alvo de exploração, o que contribui para o desmatamento.

“Eu podia ver o quão triste eles eram e o quão amedrontados eles eram, porque eles estavam perdendo seu prato. Não só perdendo as florestas, mas seu prato. Por isso eu senti que queria fazer algo, eu queria ajudar”, complementou.

Envolvimento com causa ambiental

Vettel tentou recuperar na memória quando passou a se envolver com a defesa do meio-ambiente – o que, segundo o próprio piloto, aconteceu entre 2018 e 2019.

Ele contou ainda que foi motivado por uma certa angústia, ao perceber que não tem sido feito o suficiente para salvar o planeta.

“Percebi que o problema é enorme, mas eu também percebi que há muitas coisas que nós já podemos fazer. E então eu percebi que nós não as fazemos. Por que não? Nós temos energia renovável. Ela está lá, e é mais barata que qualquer outra. Por que nós ainda extraímos energia de outros recursos fósseis?”, questionou.

“Se nós todos temos isso disponível e não fazemos [nada], isso é estúpido. Nós estamos nos matando, e isso não é bom” continuou Vettel.

O que impulsionou o tetracampeão campeão, além dessas percepções, foi a preocupação com o futuro.

“Estava me sentindo ansioso para mim mesmo, mas também e principalmente para meus filhos. Eu estava tipo ‘qual o mundo vai restar em 10 ou 15 anos?’ E então eu li todas as previsões e modelos tentando entender. Mas o que me dá esperança e ainda me faz muito esperançoso é que nós podemos nos envolver nisso”, destacou.

Motor de conscientização

Vettel destacou em entrevista à imprensa nesta sexta que se sentiu pequeno diante da imensidão da Amazônia. O ex-piloto demonstrou se sentir da mesma forma em relação à devastação das florestas. No entanto, isso não o impediu de procurar mudar o cenário ambiental mundial.

“Eu acho que essa é a beleza: não importa o quão pequeno você seja, você sempre pode ter um impacto. Talvez você possa ter um impacto com uma pessoa, ou talvez, no meu caso, eu possa tratar e tentar tratar com mais pessoas. Mas no final, se você continuar, não só é um ótimo momento para o que você está tentando alcançar, mas também você recebe muito de volta”, contou, mencionando os feedbacks positivos que recebeu.

Vettel visitou asilo e escola em SP

Na visita ao Brasil para o GP São Paulo, Vettel visitou uma casa de repouso e uma escola, ambos na capital paulista. A estes espaços, o ex-piloto levou o projeto Forest e o estímulo a se conscientizar sobre a importância das árvores para o meio-ambiente.

“Eu visitei crianças jovens na escola, e alguns adolescentes, classes mais velhas. Eu visitei crianças de diferentes contextos, ricas e pobres. Eu fui para uma casa de repouso, encontrei os adultos também lá, e tive um momento de reflexão com eles, sobre que eles acham da floresta e porque é importante para eles, além de o que eles acham da mudança”, resumiu.

Presença no Earthshot

No último domingo (2/11), Vettel esteve presente no Earthshot, no Rio de Janeiro – evento alinhado à agenda da COP 30, que acontece em Belém, no Pará, e contou com a presença do príncipe William, da Inglaterra.

Para o ex-piloto, esta foi uma oportunidade de conhecer “pessoas que estão ativamente fazendo algo para fazer o mundo um lugar melhor”.

“Nós não estamos em um lugar bom. Eu sei que a vida continua, e nós não a vemos tanto quanto não nos afeta, mas se abrirmos os olhos, já nos afeta, e não afeta muita gente, então é por isso que precisa dessas pessoas”, declarou.

Tetracampeão lembrou de Senna ao falar de desigualdade social

Para qualquer fã de Fórmula 1, é impossível estar em Interlagos e não se lembrar de Ayrton Senna. Vettel, no entanto, relembrou o ídolo brasileiro também ao comentar sobre as desigualdades sociais que afligem diferentes grupos, especialmente no Brasil.

“Eu conheci um garoto jovem e sua família, e ele estava me mostrando (sobre sua vida), e é muito longe de onde nós vivemos. Não do ponto de vista distante, mas do ponto de vista do padrão de vida. E isso não é justo. Eu não fiz mais para merecer o que eu tenho do que ele”, desabafou.

Vettel lembrou que Senna abordava o mesmo tema enquanto estava vivo e corria pela Fórmula 1.

“Nós temos tanta desigualdade no mundo, e isso está ligado a tantos outros assuntos. Então eu acho que o que o Senna tentou abordar naquela época ainda é muito válido hoje”, disse.



Fonte: Metrópoles

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