O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico), ligado ao Governo Federal, deve embargar as obras de reconstrução do Mercado Municipal Elias Mansour, revitalização do
calçadão da Benjamim Constant e a construção da Orla da Cadeia Velha. Esses espaços estão incluídos num conjunto de bens que pertencem historicamente à Nação. E o prefeito Tião Bocalom, que pretende autorizar o início dos serviços em 15 dias, ainda não detalhou como as empresas contratadas deverão preservar os pontos que já foram tombados pela União.
O presidente do Ipah no Acre, Stênio Cordeiro de Melo, informa que “em hipótese alguma qualquer intervenção estrutural pode ser realizada sem salvaguardar aqueles espaços”. Ele acrescenta que o Ministério Público Federal pode ser acionado ante o descumprimento das regras. Ouça a entrevista abaixo.
O prefeito se apressou em informar que “os projetos arquitetônicos estão prontos, os processos licitatórios concluídos e os
recursos liberados. A assinatura das ordens de serviços deve ocorrer em, no máximo, 15
dias”. Bocalom sequer mencionou o que está fazendo para respeitar a memória cultural, inclusive, dos espaços onde máquinas pesadas irão trabalhar por um período estimado em 16 meses.