As convicções centrais de Trump não mudaram, diz ex-diretor-geral da OMC

O ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, afirmou que, embora o mundo possa experimentar mudanças significativas com o retorno de Donald Trump ao poder, algumas continuidades são esperadas. Em participação no programa WW Especial, apresentado pelo William Waack, ele analisou o impacto das políticas econômicas do republicano neste segundo governo, apelidadas de ‘Trumponomics’.

“Acho que o mundo vai viver muitas coisas diferentes com o Trumponomics, acho que tem continuísmos e tem mudanças. O Trump está mais experiente, é um homem que conhece a ‘máquina’ administrativa, em Washington, coisa que ele não conhecia quando assumiu o governo da primeira vez. Ele está mais consolidado como líder do partido, é mais respeitado pelo sistema e, como consequência de tudo isso, ele vai ser mais eficaz”, afirmou o ex-diretor-geral da OMC.

Azevêdo também ressalta que Trump conta agora com uma equipe mais leal e alinhada com seus pensamentos, especialmente na área econômica. “Ele tem uma equipe leal, uma equipe alinhada com os pensamentos dele. Isso nem sempre aconteceu no primeiro mandato. E, sobretudo na área econômica, ele tem uma equipe com alguma experiência capaz e uma equipe que ele ouve também”, explicou.

Convicções centrais inalteradas

Apesar das mudanças no cenário global, incluindo as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, e a crescente aproximação entre China e Rússia, Azevêdo enfatiza que as convicções centrais de Trump permanecem as mesmas. Entre elas, destaca-se a visão da China como um “inimigo estratégico”, tanto do ponto de vista militar quanto econômico e político.

Outra convicção que se mantém, segundo Roberto Azevêdo, é a crença de Trump no uso de tarifas como um instrumento útil para reforma econômica e pressão política.

“Ele se deu conta que os Estados Unidos importam cerca de US$ 3 trilhões de dólares em bens e serviços em um ano. Isso é o PIB da França, e ele vai usar esse poder econômico que ele tem na área comercial para extrair resultados, não apenas na área econômica, mas na área política também”, afirmou.

Impactos potenciais e desafios

O ex-diretor da OMC também alerta que as políticas de Trump podem ter impactos significativos em várias áreas, incluindo imigração, meio ambiente e relações internacionais. Ele ressalta que a implementação dessas políticas dependerá muito da reação dos parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Azevêdo ainda destaca a natureza imprevisível das decisões de Trump “Ele vai fazer coisas, vai tomar decisões que são impulsivas e vai voltar atrás quando não der certo, se o mercado reagir errado”. No entanto, ele também observa que Trump estará atento às reações de Wall Street e ouvirá sua equipe mais competente, o que pode moderar algumas de suas ações mais controversas.

WW Especial

Apresentado por William Waack, programa é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.

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