O policial federal Victor Manuel Fernandes Campelo, denunciado pelo assassinato do estudante Rafael Frota, será julgado seis anos e seis meses depois do crime.
A sessão, que será realizada na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditória Militar, vai acontecer entre os 24 e 27 deste mês.
Os quatro dias foram reservados para o julgamento por conta da complexidade do processo e do grande número de testemunhas. Entre elas, peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil que trabalharam no caso.
Além da morte do estudante o réu vai responder pela tentativa de assassinato de Nelcioni Patrício.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Acre, os crimes aconteceram em uma boate em Rio Branco, no Acre, em julho de 2016.
Rafael Frota foi atingido com um tiro de uma pistola.
O estudante chegou a ser socorrido, mas morreu no Pronto Socorro de Rio Branco.
Na época o policial federal chegou a ser preso em flagrante, mas pouco tempo depois ganhou a liberdade e foi transferido para fora do estado.
De acordo com o processo, após ter sido atingido com um soco, Victor Manuel Fernandes Campelo fez quatro disparos no interior da casa noturna, sendo que um dos tiros atingiu o estudante.
O caso teve grande repercussão na cidade e foi marcado também por inúmeros recursos da defesa e acusação.
Em março de 2021, a Câmara Criminal do TJ negou apelação criminal da defesa do policial, que alegou legitima defesa.
Na mesma decisão os magistrados acataram o pedido do Ministério Público para que Victor Manuel também fosse julgado pela tentativa de homicídio contra Nelcioni Patrício.
A expectativa é que, a exemplo do julgamento dos acusados pela morte da jovem Jonhliane Paiva, haverá uma grande mobilização durante os quatro dias de julgamento