O jornalista e presidente do PRD – Partido da Renovação Democrática no Acre -, Pedro Valério, desafiou o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, a retribuir o apoio que recebeu da vice-governadora Mailza Assis nas eleições de 2026. O gesto de gratidão, aliás, é aguardado por 10 em cada 10 aliados que viram Mailza se desgastar inclusive contra seus próprios correligionários para garantir a vitoriosa campanha de Bocalom em 2020.
Pedro Valério foi entrevistado na estréia do Programa Dericast, apresentado pelo publicitário Alderian Campos, na quinta-feira 12.
Valério confirmou o apoio que seu partido dará ao projeto eleitoral que terá atual vice-governadora como sucessora de Gladson Cameli. Em detalhes, frisou as dificuldades que Bocalom tinha para se viabilizar como candidato em 2020, fato que só foi possível pela intervenção de Mailza, que o garantiu como nome do PP e os recursos do fundo partidários para sair vitorioso daquela batalha. Para Valério, o gesto de Mailza naquela época foi a maior demonstração de fidelidade que Bocalom obteve em toda a sua carreira política.
“O Bocalom fez pela primeira vez uma campanha com recursos, porque a Mailza garantiu R$5 milhões do Progressistas e o Petecão mais R$ 4 milhões do PSD. Eu não sei se ela já procurou o prefeito, mas se não deveria fazer isso porque ele deve muito a ela”, disse.
Valério também fez questão de pontuar o perfil discreto e honesto da vice-governadora, que nunca pediu uma secretaria na gestão Bocalom e mesmo com toda ajuda, ele não lhe garantiu nenhum espaço de influência na administração. “A Mailza não indicou ninguém para gestão, mesmo tendo feito muita coisa para ajudar no projeto. Lamentavelmente, o Bocalom não teve atitude de oferecer nada. Esse é o estilo dela. Quanto ao prefeito, ele tem uma obrigação moral de ajudar a nossa vice-governadora na sucessão do Gladson”, finalizou Pedro Valério.
Bocalom é alimentado por alguns assessores a disputar o Governo do Acre, mesmo sabendo que tudo caminha para que Mailza seja a candidata natural do grupo, que inclusive já foi chancelada pelo governador Gladson Cameli, o principal comandante desta transição.