A série “Chespirito: Sem Querer Querendo”, que narra a vida do criador dos icônicos Chaves e Chapolin Roberto Bolaños, teve participação ativa da família do autor, que morreu em 2014.
Em coletiva de imprensa acompanhada pela CNN, o elenco e a equipe ressaltaram que os filhos de Bolaños também atuaram na série, sempre estando no set de filmagens e ajudando os artistas presentes a incorporarem o personagem, especialmente Paulina Gómez Fernández e Roberto Gómez Fernández, os mais envolvidos na construção de “Chespirito”.
Os familiares eram responsáveis, por vezes, por coordenar cenas e dar dicas aos atores e produção.
Pablo Cruz, quem dá vida a Bolaños na produção, revelou que pôde praticar rotineiramente a atuação com os filhos do autor.
“Haviam especificações para distinguir Chaves e Chapolin, foi um processo criativo coletivo”, entregou. “A família conheceu ele melhor e estava lá nas filmagens, mas eu também tive liberdade de fazer propostas. Eles eram muito generosos e seus comentários vinham de um lugar empático e carinhoso”, concluiu.
Rodrigo Santos, diretor da obra, disse ainda que o clima com a família no set era o melhor possível. “Todos ficaram muito amigos”.
Atores originais também ajudaram na preparação
Paola Montes de Oca e Eugenio Bartilotti disseram que puderam consultar e conviver com María Antonieta de las Nieves e Edgar Vivar para a construção dos personagens Chiquinha e Senhor Barriga, respectivamente.
“Ela me contou experiências e me deixou praticar com ela”, entregou Paola. “Eu já conhecia Edgar, ele já é meu amigo. Me ajudou a observar fotos e assistir a capítulos para a recriação desse grande personagem”, disse Eugenio.
Juan Lecanda, que faz o ator de Quico na série da Max, disse que, de fato, não teve contato com Villagrán e que sua pesquisa para o personagem foi pautada em entrevistas e vídeos do astro.
“Chespirito: Sem Querer Querendo” enfrentou polêmicas em seus bastidores. Os atores intérpretes de Dona Florinda (Florinda Meza) e Quico (Carlos Villagrán) precisaram ter seus nomes nome alterados na série biográfica, já que foram os únicos do elenco original ainda vivo que não tiveram envolvimento com a produção. A mulher virou Margarita Ruíz e ele, Marcos Barragán, vivido por Juan Lecanda.
Carlos Villagrán, ator clássico de Quico, deixou o seriado em 1978, por desentendimentos com Bolaños.
Florinda Meza, que foi casada com Roberto Bolaños até 2014, ano de sua morte, não concordou com “Chespirito”. Em 2024, quando as primeiras imagens da produção foram divulgadas, a atriz veio a público reclamar do conteúdo e enfatizou que ele não condiz com a verdade.
Ao longo de oito episódios, que serão lançados semanalmente na plataforma de streaming Max, “Chespirito” mostrará como Bolaños transformou seu interesse pelo humor em uma carreira que atravessou gerações e fronteiras. Fragilidades e dramas profissionais e familiares não ficam de fora.
Assista ao trailer de “Chespirito: Sem Querer Querendo”