A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) se pronunciou, por meio de uma live nas redes sociais, na última quarta-feira (25/6), diante das últimas polêmicas. Os deputados Zucco (PL-RS) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Hilton após a revelação de que dois maquiadores constam como assessores parlamentares de seu gabinete. Os políticos alegaram desvio de finalidade, improbidade administrativa e quebra de decoro, e pediram que o caso seja encaminhado também ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Durante a transmissão ao vivo, Erika Hilton defendeu a legalidade das contratações e a competência dos profissionais envolvidos: “Meus assessores são pessoas LGBTs que maquiam, que têm talento para maquiagem, mas que também têm formação acadêmica. São bons articuladores, ajudam na produção audiovisual, na articulação da minha agenda e prestam serviço nas comissões em que atuo.”
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Com tom firme, a deputada também disse não se sentir intimidada pelas acusações e reforçou seu compromisso com o mandato e com as causas que defende:
“Eu estou profundamente tranquila e sossegada. Agora, eu não poderia deixar de vir aqui falar com vocês, eu não poderia deixar de colocar a minha cara aqui, porque eu vou colocar ela pra bater o tempo inteiro. Se eles estão achando que vão me intimidar, que vou recuar, se deram mal. Se minha voz incomodava, preparem os ouvidos porque ela vai incomodar ainda mais. Se as minhas denúncias, se a minha coragem, se a minha audácia incomoda, se preparem porque eu vou ser ainda mais audaciosa. Volta a sessão da Câmara, eu quero subir naquela tribuna e quero mostrar pra eles a minha coragem. Amores, eu vim das esquinas, eu vim do zero absoluto”, declarou.
Erika também abordou as críticas que recebeu por ter comparecido ao show da cantora Beyoncé em Portugal, enquanto estava licenciada da Câmara dos Deputados. Ela explicou que viajou a trabalho, com autorização oficial da Casa, e que utilizou recursos próprios para realizar um sonho pessoal:
“Fui a Portugal como deputada federal representando o Brasil e o parlamento brasileiro, licenciada de maneira legítima, legal, pela Câmara dos Deputados, assinado pelo presidente Hugo Mota. Não foi paga nenhuma passagem com dinheiro da Câmara, e eu não fui de férias nem a passeio, fui a trabalho. Aproveitei a oportunidade para, com meu dinheiro, ir ao show da Beyoncé. Que todos vocês sabem, sou fã. Adoro a artista, adoro a empresária. Realizei um sonho pessoal, do qual eu me orgulho muito de ter estado lá de maneira honesta, num domingo”, ressaltou.
Por fim, a parlamentar explicou sua ausência na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, realizada no último domingo (22/6), dizendo que compromissos profissionais a impediram de estar presente. Ela reafirmou, no entanto, sua identificação com a luta e o ativismo LGBTQIAPN+: “Eu sou uma pessoa que luta todos os dias da minha vida — não no meu mandato — na minha vida, por quem eu sou. Não sou uma aliada da pauta LGBT, eu sou uma travesti. Eu luto pela pauta LGBT porque luto pela minha vida […]”, concluiu.
Fonte: Portal LEODIAS