Parque na Indonésia em que brasileira morreu tem novo acidente com turista

O Parque Nacional Gunung Rinjani, na Indonésia, registrou um novo acidente envolvendo um turista, dias após a morte da brasileira Juliana Marins.

Pelas redes sociais, o parque divulgou que, na sexta-feira (27), “recebeu informações de um dos guias de que um visitante malaio havia sofrido um acidente na trilha para o lago Segara Anak”.

Uma equipe de socorristas foi preparada para a operação de resgate.

“Exatamente às 16h, a equipe composta por oito pessoas, incluindo equipe médica para o local da vítima. A retirada da vítima ocorreu sem problemas, de modo que às 8h30, do dia 28 de junho, a vítima foi examinada no Centro de Saúde de Sembalun”, escreveu o parque.

A vítima foi identificada como Nazli Bin Awan Mahat. O parque afirma que o estadode saúde dele é estável e ele tem conseguido realizar suas atividades.

“Continuamos apelando a todos os visitantes do Parque Nacional do Monte Rinjani para que continuem suas atividades com muita cautela. Mantenham o foco em cada etapa e continuem seguindo todas as regras existentes”, escreveu.

Trilha onde brasileira morreu após queda é reaberta na Indonésia

O Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, reabriu neste sábado (28) a trilha até o cume do vulcão pela rota de Pelawangan 4 (Sembalun) – trecho onde Juliana Marins, de 24 anos, morreu após uma queda.

A reabertura acontece três dias após o resgate do corpo da brasileira.

A informação foi divulgada em comunicado oficial nas redes sociais do parque, que reforçou as recomendações de segurança aos turistas.

“Recomenda-se aos visitantes que priorizem a segurança durante a atividade e cumpram os Procedimentos Operacionais Padrão (SOP) de caminhada estabelecidos pela Sede do Parque Nacional do Monte Rinjani.”, diz a nota.

A administração também reforçou que o Monte Rinjani “não é apenas um destino, mas também uma responsabilidade compartilhada”.

Relembre caso

A jovem brasileira Juliana Marins, de Niterói (RJ), faleceu em um grave acidente durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, na sexta-feira (20). Ela tropeçou, escorregou e caiu cerca de 300 metros da trilha. Inicialmente, Juliana conseguia mover os braços e olhar para cima, mas não se levantar.

Turistas que a avistaram horas depois comunicaram sua família pelas redes sociais, enviando localização e imagens, incluindo de drone. Juliana estava em um “mochilão pela Ásia” desde fevereiro, tendo passado por Filipinas, Tailândia e Vietnã, e uma amiga descreveu que ela estava “vivendo um sonho de viajar pela Ásia”.

Os esforços de resgate de Juliana enfrentaram desafios complexos por quase quatro dias. A região do vulcão Rinjani é de difícil acesso, com terreno íngreme, muita neblina que reduzia a visibilidade e pedras escorregadias devido ao sereno. As buscas foram interrompidas diversas vezes por conta das condições climáticas adversas.

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Após quatro dias de buscas, Juliana Marins foi encontrada morta na terça-feira, 24 de junho. A confirmação do óbito foi feita pela família e pelo Itamaraty.

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O Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, tem um histórico preocupante de segurança, com 8 mortes e cerca de 180 acidentes registrados desde 2020, majoritariamente quedas e torções. Turistas e geólogos criticaram a precariedade da infraestrutura de segurança local, a falta de sinalização, o socorro lento e a ausência de equipamentos adequados.

Autópsia

A autópsia realizada pelo médico legista Ida Bagus Putu Alit apontou que Juliana, morreu vítima de um traumatismo por força contundente após queda no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia.

Ainda segundo o exame forense, a morte ocorreu em um período estimado de não mais de 20 minutos após o trauma mais grave.

O resultado do laudo, divulgado primeiro para a imprensa, causou controvérsias até mesmo na própria família. A irmã de Juliana, Mariana Marins, demonstrou sua indignação nas redes sociais. “Mais um descaso da Indonésia para a lista”, escreveu.

Mariana conta que sua família foi chamada para receber o laudo, entretanto, antes que chegassem, o médico legista realizou uma coletiva de imprensa. “É absurdo atrás de absurdo, atrás de absurdo e não acaba mais”, comentou a irmã.

O laudo divulgado pelo legista gerou dúvidas nas redes sociais. A brasileira caiu no vulcão na madrugada de sábado (21) no horário local. Cerca de três horas depois da queda, um grupo de turistas percebeu que Juliana havia sofrido o acidente e entrou em contato com a família dela nas redes sociais.

Imagens de drone feitas pelo grupo registraram a situação de Juliana, que mostravam a brasileira mexendo os braços.

O laudo da morte não crava com precisão o momento em que a brasileira teria sofrido esse “trauma grave”, que pode ter ocorrido após o primeiro tombo.

O tempo estimado da morte, com base em sinais como livores e rigidez cadavérica, foi entre 12 e 24 horas antes do exame, mas manipulações prévias, como a conservação em freezer, podem influenciar essa estimativa.

A causa direta da morte foi definida como lesões por impacto forte, ou violência contundente, que ocorre pelo impacto contra uma superfície sólida e plana. Foram encontradas múltiplas fraturas e lesões disseminadas por quase todo o corpo da brasileira, afetando órgãos internos localizados no tórax e no abdome.

A possibilidade de hipotermia como causa da morte foi categoricamente descartada pela equipe médica.

Outras causas, como a falta de alimentos ou bebidas, também foram descartadas como fator principal do óbito.

Embora a autópsia seja considerada provisória até a conclusão dos exames toxicológicos – um procedimento padrão que leva cerca de duas semanas e não indica suspeita de substâncias envolvidas – a causa principal já está estabelecida.

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