

A ordem do governador Gladson Cameli (PP) para recuperar o equilíbrio fiscal começou a ser implementada. Porém, somente após as festividades revestidas de exposições agropecuária, em Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
A Casa Civil e a Secretaria de Governo, que habitualmente promovem gastanças acima do tolerável, apertaram o cinto. Diárias, passagens, fretamento de aviões e veículos estão entre os gastos eliminados desde a última semana. Um frete de aeronave pagaria até 10 servidores que ganham remuneração mínima, observação lançada numa planilha que está embasando o corte de despesas consideradas desnecessárias a partir de agora.
O chamamento de concursados do cadastro de reserva e o pagamento adiantado da primeira parcela do décimo-terceiro dos servidores públicos, compromissos públicos do governador, precisaram ser honrados, sob pena de desgaste político.
O desembolso ameaçou a até então tranquilidade orçamentária, e acendeu um alerta vermelho da Fazenda Estadual. Outra previsão de estabilidade diz respeito à relação com as empresas terceirizadas e com os trabalhadores contratados por elas. O governo acena com os repasses atrasados para, nesta semana, quitar a dívida.
O Partido progressista (PP) irá homologar o secretário Alysson Bestene (Governo) pré-candidato a Prefeito de Rio Branco, em reunião extraordinária convocada para o próximo sábado (veja abaixo).
A convocação foi feita internamente nesta segunda-feira e todos os secretários de estado devem comparecer, assim como comissionados.
A presidente da legenda, a deputada federal Socorro Neri, indica que os pré-candidatos a vereadores pelo partido também serão escolhidos.
A reportagem apurou que não houve convite ao prefeito Tião Bocalom, que é filiado e pleiteia ser candidato à reeleição pelo PP. Fontes ligadas ao prefeito indicaram, há pouco, em conversa reservada com o jornalista Assem Neto, que ele prepara uma ação judicial contra a Executiva Municipal.
Bocalom acredita que tem direito natural de ser o candidato por ser mandatário (ter mandato eletivo e chefe do executivo municipal). Socorro Neri já disse publicamente que o partido negará legenda ao prefeito.
Gladson Cameli deu a última palavra: o engenheiro Marcus Alexandre deveria ser cedido, “sem problema algum para a governança” à Assembléia Legislativa. E ele nem precisava ser consultado, em nome do bom senso. Mas foi, devido a uma crise de ciúmes e fofocas geradas após o deputado Tanísio Sá propor e costurar a mudança. Ao menos quatro graduados assessores tentaram convencer Cameli de que a cessão do engenheiro o tornaria ainda mais poderoso politicamente, além do que já é como líder em todas as pesquisas eleitorais.
Alysson Bestene, secretário de Governo e possível oponente de Marcus nas eleições para prefeito, ano que vem, não peitou o governador – e não poderia ser diferente. Se tinha alguma opinião a respeito, ele guardou para si, desde o feriado de 7 de setembro, quando soube do pedido de cessão feito pelo próprio Tanisio Sá, que é base do governo dentro do MDB e dirigente da legenda pela qual Marcus Alexandre disputará a Prefeitura de Rio Branco.
Na programação da Semana do Clima 2023 (Climate Week), realizada em Nova York (EUA), o presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC), Leonardo Carvalho, e a secretária extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Francisca Arara, foram convidados a participar do painel “Participação efetiva dos povos indígenas e comunidades locais em projetos de REDD+ Jurisdicional”.O evento, promovido pelo Fundo de Defesa Ambiental (Environmental Defense Fund – EDF, sigla em inglês), foi realizado na tarde de segunda-feira, 18.
Ao lado de líderes, representantes e parceiros nacionais e internacionais, os gestores puderam compartilhar as experiências exitosas do governo do Estado do Acre na implementação de projetos em REDD+ Jurisdicional, que vêm sendo desenvolvidos ao longo de 12 anos.
O governador Gladson Cameli reforçou a importância da participação efetiva dos povos indígenas e comunidades tradicionais na tomada de decisões e na implementação das políticas públicas voltadas para a manutenção da floresta, redução do desmatamento e desenvolvimento socioeconômico com foco na melhoria da qualidade de vida daqueles que cuidam e conservam as florestas.
“O diálogo contínuo e a colaboração com os povos indígenas têm sido fundamentais para o sucesso das políticas públicas e projetos ambientais no Acre”, disse Cameli.
Em sua fala, o presidente do IMC, Leonardo Carvalho, apresentou o pioneirismo no Acre e mostrou como se dá a participação dos povos indígenas e das comunidades tradicionais como beneficiários na repartição de benefícios, por meio do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa).
Francisca Arara, titular da Sepi, destacou o compromisso e esforços do governo para o pleno funcionamento do sistema de governança, por meio das Câmaras Temáticas Indígenas e da Mulher (CTI e CTM) e da Comissão Estadual de Validação e Acompanhamento (Ceva) do Sisa.
A gestora reforçou a urgente necessidade do aporte financeiro por parte dos fundos climáticos e defendeu a repartição equitativa e justa de benefícios para os povos indígenas e comunidades tradicionais.
O debate foi oportuno para construção participativa e validação de planos de repartição de benefícios; amplo debate sobre a participação efetiva dos povos indígenas e comunidades tradicionais e oportunidades para se firmar parcerias, a partir da captação de recursos.
O professor Coelho, assessor de Petecão, dirigente do PSD e alto servidor da Aleac, não é segredo para ninguém, não tem a mínima afeição à vice-prefeita de Rio Branco, Marfisa Galvão, esposa do seu chefe. Decidiu se unir à vereadora Lene Petecão, irmã do senador, na busca solitária por uma aliança capaz de emplacar um deles como vice, seja de quem for: ou na chapa de Marcus Alexandre (MDB) ou na de Alysson Bestene (PP), dois candidatos que o senador “namora” sem fazer cerimônia.
A briga interna no PSD é barulhenta, e pessoal, começa na cozinha e termina na tenda, em frente à mansão, onde é servido o famoso cozidão do Petecão e os birinights de praxe.
O professor não aceita perder a majestosa influência, muito embora apoie uma parlamentar que é base do prefeito Tião Bocalom, com o marido senador e a mulher vice se indispuseram. Coelho tem se envolvido, inclusive, em intrigas com gente graúda próximo ao senador no interior do Acre, o que esfacelou parcialmente o partido. Um dos rivais é o também professor Alcione, ex-vereador de Epitaciolândia e ex-articulador e construtor do grupo, que preferiu se afastar do senador por causa disso. Petecão vive numa encruzilhada, mas num silêncio estranho.
No entanto, Lene e Coelho esquecem que a vice-prefeita tem a seu favor o deputado Eduardo Ribeiro (PSD), que insiste no nome dela para vice do ex-prefeito da capital. O deputado Pablo Bregêncio (PSD) é outro que bate o pé e não aceita outro nome para compor com Marcus Alexandre.
Enfurecida, Marfisa repensa até mesmo o seu futuro na política. Se o cenário de desagregação perdurar, ela não descarta a hipótese de disputar uma cadeira de vereadora. E aí, a campanha será daquele jeitão: mulher e irmã do senador se descabelando por votos, expondo bastidores até então
E aí, Petecão, tu vota em quem???
Jorge Natal
Especial para o Seringal
Ruas escuras e esburacadas, enlameadas num período do ano e empoeiradas noutro; ausência de calçadas e pouquíssimas ciclovias; trânsito caótico; poluição sonora e visual; violência que já se estendeu ao campo; altos índices de consumo e tráfico de drogas; enchentes; desemprego, esgoto a céu aberto, ramais intrafegáveis; e falta d’água. Bem-vindo a Rio Branco, uma cidade complexa e negligenciada.
Nascido às margens do rio Acre, este centenário local anualmente é alagado. O fenômeno causa prejuízos e transtornos para milhares de pessoas, incluindo as que não possuem moradia digna. E se no Nordeste existe a “indústria da seca”, nós temos uma versão às avessas por aqui. Moradias? Além de não serem prioridade nas políticas públicas, quando acontece é em locais inadequados e de forma clientelista.
Quando o assunto é saneamento básico, somos uma África. Segundo o Instituto Trata Brasil, estamos entre as capitais que mais despejam seus dejetos nos cursos d’água, sem tratamento prévio, obviamente. O marco regulatório, política nacional para pôr fim a essa mazela, ainda não chegou por aqui.
Os nossos vizinhos fronteiriços, o Peru e a Bolívia, os maiores produtores de cocaína do planeta, encontram aqui tudo o que precisam: jovens para consumir e traficar seus produtos. Não é por acaso que temos a maior e mais jovem população carcerária do país, proporcionalmente falando. A disputa por esse “mercado de trabalho” é estampada nas manchetes dos veículos noticiosos: diariamente, uma pessoa morre de forma violenta em Rio Branco.
Para falar sobre alguns desses infortúnios e também para apresentar soluções, conversamos com o ex-prefeito Marcus Alexandre, de 47 anos, agora filiado ao MDB. Se ele é justo em reconhecer que foi inserido na vida pública pelos seus ex-correligionários, pode-se afirmar que essa gratidão e lealdade foram “quitadas”: nos piores momentos do petismo e da era Viana, foi candidato a governador (2018) e depois a vice-governador nas eleições passadas. Preferido entre os rio-branquenses para as eleições vindouras, ele recebeu Oseringal para a entrevista abaixo:
O Seringal – O que o senhor está fazendo depois da filiação?
Marcus Alexandre – Estamos aproveitando este período para visitar o interior, participando das convenções municipais e ajudando a fortalecer o partido. É um momento de construção partidária e de preparação para as eleições do próximo ano.
O Seringal – Como está o ambiente aqui no MDB?
Marcus Alexandre – Eu me sinto em casa e acolhido. O MDB foi o partido da redemocratização, destacadamente no período de exceção, das Diretas Já e deu abrigo para todas as forças progressistas que existiam no País. Eu me identifico com as bandeiras de luta como a democracia, os valores republicanos, a participação popular, o diálogo e o respeito com todas as forças políticas representativas.
O Seringal – Nas últimas eleições municipais, o então candidato a prefeito, Bocalom, quase ganhou no primeiro turno. Agora ele amarga uma altíssima rejeição. Por que?
Marcus Alexandre – É mais difícil ser reeleito do que eleito. Quando você está nesta situação, faz-se propostas inovadoras, se trabalha com a esperança e com o vir a ser. Quando se vai para a reeleição, aí a população já está avaliando o seu trabalho. Isso, em parte, responde o que está ocorrendo hoje. Eu tive a honra de ser reeleito no primeiro turno.
O Seringal – Rio Branco é uma África quando o assunto é saneamento básico. Ninguém tem dados, ou seja, existe uma caixa preta sobre isso. E o marco do saneamento básico aprovado no governo passado? Quem vai executar esse serviço é o poder público ou a iniciativa privada?
Marcus Alexandre– Eu sou da área de engenharia e não existe solução fácil para problema difícil. Deveria ter existido um planejamento maior, principalmente depois que o serviço voltou para a prefeitura. Não é só uma questão de decisão, mas de ter as condições para isso. A atual gestão optou por esse retorno. O sistema de água do município precisa de investimentos, desde a captação até a modernização de equipamentos. É preciso ter uma reserva para a parte alta da cidade, região com maior dificuldade. Em suma: precisa-se de planejamento, investimento, organização e equipe. Privatizar antes de fazer o dever de casa não é correto. Não se pode transferir a conta para o consumidor. Quanto ao esgoto, é outro grande desafio porque foram construídos pontos com sistemas de esgoto isolados, principalmente em conjuntos habitacionais. E não estão funcionando. Os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão sendo anunciados, mas as prefeituras precisam ter bons projetos para captar esses recursos. E a construção civil precisa ser aquecida.
O Seringal – E a zona rural?
Marcus Alexandre – Precisa-se falar menos e apoiar mais o produtor. Muito se prometeu e pouco se fez, principalmente quando se fala de ramais. Se fizermos o dever de casa, ou seja, as intervenções corretas e nos momentos apropriados, como a recuperação de pontos críticos ou a ponte que caiu, as coisas fluem.
O Seringal – Quando dizem que Rio Branco é uma cidade complexa, o que passa pela sua cabeça?
Marcus Alexandre – Rio Branco é uma cidade com regiões diferentes. Enquanto a Estação Experimental ou Nova Estação são localidades consolidadas, no tocante à infraestrutura, os bairros Eldorado, Chico Mendes e Vitória precisam de uma intervenção urgente de manutenção viária. As regiões do Bom Jesus e Benfica, que eram zona rural, hoje se consolidam como zona urbana. Precisa haver intervenções por causa dessa transição. A complexidade de Rio Branco está numa cidade plana, com uma área urbana de cem quilômetros quadrados. É preciso enfrentar os desafios a partir das demandas de cada região.
O Seringal – Nos últimos meses a arrecadação perdeu força com a queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Comente.
Marcus Alexandre – A gente não pode ficar transferindo responsabilidades. Os gestores precisam verificar o que eles estão fazendo para melhorar a economia. No centro da cidade parece que todo dia é feriado, ou seja, praticamente sem movimento econômico. A construção civil, a produção familiar e o agronegócio precisam alavancar a nossa economia, com ações integradas de prefeituras e o governo. Quando a economia reage, a arrecadação aumenta. O caminho é fazer o dever de casa. O poder público precisa desburocratizar. Precisa agilizar e apresentar soluções.
O Seringal – O senhor é municipalista. Por que?
Marcus Alexandre – As pessoas moram nas cidades, nos bairros e nas ruas. O Brasil concentra muitas receitas na União. É inadmissível o formato que se dá à distribuição do dinheiro público no Brasil. Quase tudo no cofre do governo federal e as cidades mendigando por financiamentos em programas carimbados e benesses de emendas parlamentares. Essa matriz precisa ser revista porque os municípios são os responsáveis pelos serviços essenciais.
O ex-sargento PM Erisson de Melo Nery, que ficou conhecido por manter um relacionamento trisal, teve um pedido para ser reintegrado a Polícia Militar negado.
A defesa de Nery requereu que seja anulado o ato administrativo que o excluiu da corporação e ainda que seja reconhecido o direito de ser reformado (uma espécie de aposentadoria) por doença, com proventos retroativos a data de nove de fevereiro do ano passado.
Segundos os advogados, o ex-militar está fazendo tratamento de saúde referente a problemas psicológicos enfrentados por alguns anos.
Além disso, foi excluído, sem a realização do exame demissional e sem levar em consideração as enfermidades do autor, que faz acompanhamento desde 27 de outubro de 2021.
Erisson Nery, foi desligado dos quadros da corporação no dia nove de fevereiro deste ano, pela acusação de tentar matar um estudante de medicina a tiros, em frente a uma casa noturna no município de Epitaciolândia.
Na decisão que negou os dois pedidos, o Juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri Alesson Braz, disse que não estão presentes os requisitos que autorizam a concessão da medida liminarmente pleiteada
Para o magistrado só será possível ilegalidade, saber se houve ilegalidade na exclusão do ex-militar, no decorrer da instrução do processo.
Recentemente Erisson Nery passou a responder pela tentativa de homicídio contra o estudante em liberdade
O esquenta para o jogão de logo mais entre Flamengo e São Paulo, a primeira partida da decisão da Copa do Brasil, terá a incomparável feijoada da República Gourmet. O espaço, ali no Mercado dos Colonos, ao lado da ponte metálica, montou um telão para receber sua vasta clientela a diversão com segurança, cerveja gelada e atendimento diferenciado está garantida desde o almoço até às resenhas pós jogo.