O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom PP, voltou atacar os trabalhadores de apoio da educação municipal em mais uma demonstração de arrogância e falta de diálogo, características que marcam sua gestão. Bocalom culpa o Sinteac como entidade que estaria incitando os servidores contra a prefeitura.

Em entrevista concedida a uma emissora local, Bocalom voltou a dizer que o movimento grevista é politicagem e que não dará aumento esse ano. Além dessa declaração, chamou atenção a maneira irresponsável com que o gestor incentiva ataque dos pais de alunos as direções de escolas em greve.

O vereador João Marcos Lu, líder do prefeito na câmara, havia antecipado a questão, comunicando que não haverá aumento.

“Eu já falei que é impossível a gente dar aumento esse ano, diante do que fizemos ano passado, já concedemos aumento a essa categoria e essa greve é politicagem do sindicato, disse.

“Eu queria pedir aos pais que vão pra cima dos diretores da escolas em greve, pressionar para que eles retornem as aulas”, finalizou Bocalom.

Os servidores de apoio da rede municipal de ensino  querem uma reposição salarial de 14% e estão em greve há  20 dias.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP) se disse extremamente feliz com sua “linda lavoura de café”, e compartilhou esse momento em sua rede social, neste sábado.

“O olho do dono cuida melhor da lavoura”, escreveu ele ao  exibir seus 14 mil pés de café plantados em 5 hectares de terra na sua propriedade, situada no Ramal do Bigode, em Acrelândia.

Uma maioria de puxa sacos deu parabéns ao gestor da capital. Outros aproveitaram para dar a famosa “facada” (busca por privilégios e concessões no serviços público). Outros, como era de se esperar, cobraram do prefeito a máxima “Produzir Para Empregar”, mote de suas campanhas e de seu governo.

“Produzir para empregar em proveito próprio”, espetou um internauta”, diz Júnior Duarte.

Odair foi duro (veja acima): “decepção é o que o povo das colônias s ente por você”. O internauta comparou o prefeito a outros gestores da capital, aos quais chamou de “um bando de mentirosos”.

A turma mais crítica sugeriu que o prefeito vá tapar buracos nas vias “abandonadas” da cidade, e recupere os ramais do cinturão verde, como prometido em campanha.

Bocalom enfrenta uma crise na Educação, com servidores em greve há 20 dias, sem qualquer expectativa de acordo, e acumula rejeição dos produtores rurais da Estrada Transacreana, maior reduto eleitoral fora do eixo urbano. Ele é pré-candidato à reeleição.

Uma aluna quebrou o dedo neste sábado após escorregar na passarela que dá acesso ao Loteamento Raimundo maia, região do Calafate.

A mãe da garota, bastante irritada, gravou áudio (ouça acima) chamando de “merda” o serviço da prefeitura, que banhou a passarela de “piche”, sem sinalização ou qualquer alerta aos pedestres.

Na mesma passarela um aluno caiu e se machucou, na última quinta-feira. O denunciante foi o professor Juscelino Dantas (veja abaixo). Mesmo diante do perigo, ninguém da prefeitura apareceu para dar satisfações á comunidade.

Encharcada de óleo queimado: alunos levam tombo em passarela do Bocalom, denuncia professor

O governador Gladson Cameli exonerou há pouco o diretor-presidente do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária), Glauber Feitoza Maia. O decreto foi publicado em e dição extra do Diário Oficial do Estado (DOE). O diretor Executivo Operacional, Marcelo Lopes da Silva, também perdeu o cargo. O policial penal Alexandre Nascimento de Souza assume a instituição.

A gestão de Maia passou os últimos dias sob forte pressão após a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves. Ainda é um mistério para a sociedade como os sete rebelados renderam um policial penal, tomou0lhe o fuzil e invadiu o setor de armas e o refeitório do presídio. A rebelião virou massacre, com cinco mortos, três deles decapitados, todos de uma facção rival.

A Direção Geral de Polícia, em conversa com jornalistas, prometeu apuração isenta.

Vídeos vazados do monitoramento eletrônico mostram o momento em que os rebelados rendem o policial. As celas estavam abertas. A gestão do Iapen tem as imagens que poderiam esclarecer como e quem deixou as grades sem a tranca, para facilitar a rebelião.

Sobre rebelião e “segurança máxima”: imagens evidenciam que celas estavam abertas e policial penal rendido não sabia

Glauber é ligado ao antecessor, Arlenilson Cunha, eleito deputado estadual.

Oseringal publicou com exclusividade, nesta semana, que somente os chefes de facção presos no Antônio Amaro, recebem dietas personalizadas, além dos alimentos servidor ali. A regalia é do tempo em que Arlenilson era gestor do Iapen.

Granola, Iogurte, castanha, cereais: somente chefes de facções recebem dieta diferenciada autorizada pelo Iapen

Durante sessão realizada na Câmara municipal de Rio Branco na manhã de quinta-feira 03, os debates estavam acalorados devido a presença dos servidores de apoio da educação municipal, que estão em greve há 15 dias por reajuste salarial.

As declarações de apoio à categoria eram superficiais, já que a maioria dos parlamentares é da base do prefeito Tião Bocalom.

O que causou mais revolta aos servidores foi a declaração do líder do prefeito, o vereador João Marcos Luz (sem partido). Defendeu a gestão municipal e jogou um balde de água fria na luta e esperança dos servidores.

Ele reconhece a legitimidade da greve, mas entende que o salário de R$1.400,00 é o que o prefeito pode oferecer e que, por isso, os trabalhadores deveriam voltar às suas atividades.

A fala do parlamentar deixou a categoria ainda mais revoltada, pois a estratégia de Bocalom é usar as crianças e os pais como trunfo para criar constrangimento aos grevistas.

O prefeito tem orientado seu líder a ser irredutível na negociação política, enquanto os demais parlamentares se acovardam.

Ou Bocalom cede ou perderá o apoio dessa categoria nas eleições de 2024.