Home Blog Page 3601

Josué, acreano, ex-piloto de ambulância, e a experiência “surreal” na rota de ônibus mais longa do mundo

0

Por Pietra Carvalho

Do UOL São paulo

Em uma plataforma na rodoviária do Tietê, em São Paulo, passageiros aguardavam com muita expectativa na bagagem. Eles encarariam milhares de quilômetros de estrada em uma rota de ônibus que, orgulhosamente, se define como “a mais longa do mundo”.

Seis mil quilômetros separam o Rio de Janeiro de Lima, no Peru. A paradinha estratégica em São Paulo é apenas uma das 30 do roteiro, que demora cinco dias e atravessa paisagens que vão da neblina paulistana ao verde amazônico, passando pela Cordilheira dos Andes.

A Transacreana, com base em Rio Branco, é a responsável desde abril pela operação do trecho — que, no passado, entrou para o Guinness como a viagem de ônibus mais longa do mundo.

E Josué Ribeiro, de 40 anos, é um dos que assume o comando da cabine do ônibus. Sua experiência não poderia ser melhor para uma viagem cheia de surpresas.

Ex-técnico de enfermagem, ele abandonou a área da saúde há 16 anos, depois de fazer a vida “pilotando” ambulâncias. Agora, alterna 15 dias na estrada com 15 dias em casa, em Rio Branco.

A viagem, claro, não é feita sozinha. Josué e colegas se revezam em turnos de quatro horas, com três paradas mais longas por dia.

“Fiz isso porque gosto de viajar, sempre gostei, mesmo quando trabalhava na saúde no Acre, as férias sempre foram de viagem de carro com a minha família”, diz ele.

Antes de encarar a rota Rio — Lima, Josué já tinha começado a carreira internacional, mas de forma mais modesta. Ele ia de Rio Branco a Porto Maldonado, no Peru, em uma viagem de 530 km.

Mal da altitude Outros trechos, no entanto, não são capazes de preparar os profissionais para os desafios impostos pelas estradas que vão até Lima, construídas em serras que castigam os profissionais com o “mal da altitude”.

Cusco, no Peru, por onde o ônibus passa, fica mais de 3.300 metros acima do nível do mar, em meio aos Andes peruanos. O ar rarefeito, com menos oxigênio, causa sintomas desagradáveis como dor de cabeça, enjoo, dificuldade de respiração e fraqueza. Nem a mulher de Josué, acostumada a viajar com ele, encara a rota. “Formei minha família já motorista e minha mulher gosta de viajar também, então quando está de férias ela viaja comigo. Só para o Peru que ela não vai, porque sente muita enxaqueca.”

Sempre tem dois motoristas na frente, caso quem estiver no volante passe mal, principalmente na parte da Cordilheira. Tem umas serras que estão a 4 ou 5 mil metros de altitude e às vezes dá náuseas, o pessoal fica tonto. Na primeira vez que fui, senti, mas não foi nada tão extremo. Vamos nos acostumando com o passar dos dias.

Outro desafio, segundo o motorista, é a segurança nas estradas no Peru, cheias de pontos cegos pelo relevo acidentado. É preciso abusar das buzinas nas curvas para alertar quem vem do outro lado. Apesar das dificuldades, as vantagens superam os perrengues, segundo o motorista.

Apaixonado pelas estradas, Josué entende bem por que os clientes escolhem viajar de ônibus, mesmo que o trecho de cinco dias seja muito mais cansativo do que as cinco horas de voo entre São Paulo e Lima.

“A visão é única. Na primeira viagem nessa rota, teve cliente que faria a ida de ônibus e voltaria de avião, mas gostou tanto que decidiu retornar com a gente também. É satisfatório saber que as pessoas estão vendo coisas novas. Eles querem muito ver as serras, filmar a Cordilheira, a mudança da parte da Amazônia para a parte que já é deserto. É surreal”, diz.

Rostos e sotaques Diversidade não é só uma característica do que se vê pelas janelas, mas também dos passageiros que encaram o trecho. São peruanos que querem passar uma temporada no país onde nasceram ou voltar para a terra natal e brasileiros aventureiros, com mochila nas costas.

Parte dos peruanos que embarcava no Tietê em uma noite fria do fim de abril já era “veterana” desse tipo de viagem: eles costumavam embarcar com outra empresa, a Ormeño, que decretou falência em 2022. Uma dessas clientes antigas, Vanessa esperava para começar sua última viagem para a terra natal. Acompanhada dos dois filhos, de 9 e 4 anos, a mulher decidiu voltar de vez ao Peru após sete anos em São Paulo trabalhando como costureira e criando as crianças sozinha. Vim com o pai deles, mas depois nos separamos e cada um tomou seu rumo. Meu ex-marido foi embora e fiquei sozinha. Demoramos para nos acostumar, por causa do idioma e tudo mais, mas pouco a pouco fomos nos adaptando. Depois, minha filha nasceu aqui e, apesar de ter dias e dias, eu gostei muito do Brasil.

De mudança… E não seria melhor ir de avião? Segundo ela, a empreitada rodoviária vale mais a pena do que a viagem de avião. E um motivo impera entre os viajantes. Todos os passageiros peruanos ouvidos por Nossa destacam a possibilidade de embarcar com até 50 kg de bagagem no ônibus, um direito claramente aproveitado pelos viajantes, “estacionados” na fila de embarque e rodeados por malas e outros pacotes. … a lembrancinhas Sozinho na fila de embarque, Rolan Arquimedes Bardales também aguardava para voltar ao país em que nasceu, mas para uma temporada de apenas dois meses. Há 18 anos em São Paulo, ele se diz “acostumado” à vida na capital paulista e montou uma bagagem lotada de lembrancinhas brasileiras para os parentes que deixou para trás, incluindo sete irmãos. O reencontro de Bardales, que trabalha como operador de telemarketing em espanhol, acontece 12 anos após a última ida dele ao Peru — também de ônibus.

Banho só nas paradas Os perrengues à vista preocupam pouco os passageiros, já escaldados na arte de se virar dentro de um busão. Já peguei ônibus que não tinha banheiro, não tinha água, não tinha wi-fi, então só de saber que tem tudo isso já é melhor Vanessa No segundo andar do ônibus da Transacreana, os passageiros têm um filtro de água. Já o banheiro fica no térreo e conta apenas com privada e uma pia pequena. Em uma das fileiras de leitos, alguns viajantes contam com cortinas que ajudam a isolar os assentos. Para tomar banho, só nas paradas em postos de serviço. São três por dia, para higiene e refeições. As paradas para almoço e jantar, de cerca de uma hora, são as recomendas pela empresa para quem quiser usar o chuveiro. Já a primeira parada do dia, para o café da manhã, é a mais apressada — dura só 30 minutos.

“É cansativo, mas como o ônibus é novo, tem mais comodidade. Antes não tinha isso. Antigamente ele saía daqui fazendo escalas longas, tinha de trocar de ônibus. Mas indo direto é bem mais fácil”, dizia Rolan, pouco antes de embarcar em São Paulo.

Em meio aos peruanos, que preencheram boa parte dos 43 assentos do ônibus, dois homens chamavam a atenção: um levava um mochilão nas costas e o outro, mais velho, parecia preparado para uma aventura, com direito a chapéu de pescador às 20 horas. A jornada da dupla começou em Porto Alegre, onde pai e filho, moradores da capital gaúcha, alimentaram o sonho de pegar a linha de ônibus mais longa do mundo. O empresário Ricardo Preussler, de 46 anos, conta que ele e o pai, de 72, tinham o plano de chegar a Bogotá, mas souberam apenas chegando ao Tietê sobre o fim de uma antiga linha que fazia este percurso. Então, a gente vai fazer até Cusco, o que leva uns três dias e meio, e de Cusco vamos à Colômbia, também por estrada. A ideia é conhecer a parte terrestre, as paisagens. A gente já foi para a Patagônia de ônibus mas, dessa vez, podemos fazer a viagem aos pouquinhos Ricardo Preussler e o pai vão a Cusco de ônibus e, de lá, partem para a Colômbia Imagem: Arquivo pessoal Ricardo conta com sua experiência em mochilões de meses por outros continentes para aguentar a empreitada. “Estou acostumado a fazer mochilão, não muito de ônibus, mas de trem. Já fiz bastante na Ásia. O desconforto a gente sabe que vai ter um pouco, mas por outro lado vai conseguir ver paisagens, atravessar a Cordilheira dos Andes de ônibus. Via terrestre, dá para ver uma paisagem que de avião.

Bolsonaro jura que não será preso e opina sobre 8 de janeiro: “marginais fizeram aquilo”

0

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre a possibilidade de ser preso e diz que não vai fazer acusações contra o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. As declarações foram dadas em entrevista à Veja.

‘Querem me carimbar com a pecha de ex-presidiário’

Bolsonaro diz que não há motivos que justifiquem sua prisão. Eu precisaria ter feito pelo menos 10% do que ele [Lula] fez. E eu fiz 0%. Algumas pessoas importantes já diziam antes de acabar o governo que querem me prender. Uma prisão light, apenas para me carimbar com a pecha de ex-presidiário.

O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira.

Relação com Mauro Cid

Bolsonaro também comentou sobre a operação da PF, que investiga fraude em carteiras de vacinação contra covid-19. Ele se isentou de responsabilidade e diz que não tem motivos para desconfiar de Mauro Cid, preso por indícios de que acionou intermediários para obter os certificados falsos. Nunca tive nenhum motivo para desconfiar dele, e não quero acusá-lo de nada. Eu tenho um carinho muito especial por ele. É filho de um general da minha turma, considero um filho. Ao que tudo indica, alguém fez besteira. Não estou batendo o martelo. Da minha parte não tem problema nenhum. Eu não precisava de vacina para entrar nos EUA. A minha filha também não precisava de nada.

A PF apura se Bolsonaro participou de esquema para fraudar seu certificado de vacina contra covid. Mauro Cid, considerado homem de confiança do ex-presidente, foi preso dia 3.

Ailton Barros ‘é um coitado’

Bolsonaro tentou se distanciar do ex-major Ailton Barros. Em mensagens de teor golpista, Barros falou sobre possibilidades para um golpe de Estado, incluindo a mobilização de 1.500 militares..

Se você conversar com ele, em trinta segundos já não quer mais conversa. Ele mandou um áudio para alguém dizendo que mobilizaria 1.500 homens para um golpe, coisa assim. O Ailton não mobiliza meia dúzia de jogadores de dominó. É um coitado. Ailton Barros também foi preso na operação que investiga fraude nos cartões de vacina.

Em áudios encontrados pela PF, Barros fala sobre planos de golpe de Estado com Mauro Cid e Elcio Franco. 8 de janeiro:

‘Marginais fizeram aquilo’

Segundo o ex-presidente, marginais usaram da boa-fé de bolsonaristas para invadir os prédios dos Três Poderes. Marginais fizeram aquilo. Usaram da boa-fé do nosso pessoal, que nunca virou uma lata de lixo, quebrou uma vidraça ou ateou fogo em nada.

Joias da Arábia

Bolsonaro voltou a dizer que não sabia da existência das joias enviadas como presente de representantes do governo da Arábia Saudita. Dos três estojos, um foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O Bento [ex-ministro de Minas e Energia] esteve em um evento no mundo árabe, recebeu dois kits de presente e ficou por catorze meses com um conjunto. O outro, feminino, ficou retido. Só fiquei sabendo disso no final de novembro, começo de dezembro.

Quando soube, paguei missão, deve ter sido para o Cid: “Vê se pode recuperar”. Depois vimos que tinha um ofício do MME buscando recuperar na Receita, então não foi nada no grito. Tem ofício, e-mail, tudo. Entrou também o meu chefe da Receita, eu conversei com ele perguntando se era possível recuperar. Daí tentaram, talvez tenha havido excesso de iniciativa, resolver o negócio lá. Aí deu a confusão. Não teve nada na moita.

A PF investiga se Bolsonaro atuou para ficar com joias dadas pelo governo da Arábia Saudita. A suspeita é de peculato. Após determinação do TCU, Bolsonaro devolveu dois estojos de joias. O 3º foi retido pela Receita Federal no aeroporto.

 

Governo do Acre amplia número de leitos para casos de síndromes gripais e respiratórias

0
Da Secom

Para fortalecer o enfrentamento às síndromes gripais e respiratórias, incluindo o vírus influenza A e B, vírus sincicial e demais vírus, o governo do Estado, por meio da  Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), anunciou nesta quinta-feira, 18, a ampliação de números de leitos nas unidades estaduais de saúde.

Ampliação de números de leitos nas unidades estaduais de saúde. Foto: cedida.

Dado o aumento de casos, a secretária adjunta de Assistência à Saúde da Sesacre, Ana Cristina Moraes, informou que 15 leitos serão abertos no terceiro andar do Pronto-Socorro e 5 leitos na chamada sala vermelha, além de 5 leitos existentes no Hospital Santa Juliana, sendo solicitada a ampliação para mais 10 leitos e a abertura de 10 leitos pediátricos no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into/AC).

Ana Cristina, secretária adjunta de Assistência à Saúde da Sesacre. Foto: Lília Camargo

“Estamos trabalhando nessa ampliação de leitos para dar vazão e acolhimento a esses pacientes que apresentam síndromes gripais e doenças respiratórias. Fazemos um apelo para a população se vacinar contra a gripe e que façam uso de máscaras, caso esteja gripado”, ressaltou Ana Cristina Moraes.

De acordo com o setor de vigilância dos vírus respiratórios a Sesacre, que tem acompanhado a ascensão de casos desde o mês de abril, percebeu um aumento na décima quarta semana epidemiológica até a semana passada, que equivale a décima nona semana.

A Sesacre está preparando a abertura de 40 novos leitos nas unidades estaduais de saúde e unidades conveniadas. Foto: Sesacre

Anub Martins, responsável técnica pela Vigilância dos Vírus Respiratórios, salientou que em comparação ao ano de 2022,  quando foram registrados 7.643 casos até a décima nona semana, em 2023, na mesma data, foram registrados 9.852 casos. Foram registrados, ainda, dois óbitos de Cruzeiro do Sul, um com resultado positivo para vírus sincicial (VSR), diagnóstico de bronquiolite e o outro caso positivo para influenza B diagnóstico de pneumonia.

“Estamos entrando em um período sazonal para essas síndromes gripais, que durará aproximadamente 4 meses, e pedimos a população que se vacine e tome os cuidados com a hidratação e alimentação de crianças e idosos, devido ao período de estiagem, com a incidência de fumaças e o aumento de calor”, apontou Anub Martins.

O que é a influenza?

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que tem grande potencial de transmissão.

Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias em ciclos anuais, enquanto o C costuma provocar alguns casos mais leves e o D não é conhecido por infectar ou causar doenças em humanos.

A vacinação anual contra a influenza permite, ao longo do ano, minimizar a carga do vírus e prevenir o surgimento de complicações, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

E o pau quebrou no Bar do Keké, pertinho da Defla, em Rio Branco; Vídeos

0

As imagens foram gravadas por frequentadores do Pount da Cerveja Gelada, mais conhecido como Bar do Keké, ao lado da sede da Associação dos Servidores Municipais de Rio Branco ( Assemurb), na Estação Experimental. A confusão teria ocorrido durante esta semana, e as gravações foram lançadas na Web somente nas últimas horas. O ambiente tem segurança privada. A Delegacia de Flagrante fica próxima, mas não há registro de prisões.

 

Rifado, “Emerson Jarude não será candidato a prefeito pelo MDB”. Deputado diz que “política não é balcão de negócios”

0

O grupo do ex-deputado federal Flaviano Melo, presidente da Executiva Regional do MDB, está “fechado para rifar o deputado estadual Emerson Jarude. “Não tem condições de ser prefeito. Se perdeu no meio do caminho”, relatou um membro da executiva, que completa: “nem aqui, nem na China (ele seria o candidato do partido”.

O racha dentro do MDB foi agravado pelas insurgências do vereador João Marcos Luz, líder do prefeito Tião Bocalom na Câmara Municipal de Rio Branco, para quem ” o Marcus Alexandre (ex-PT e ex-prefeito da capital) não é bem-vindo”. As declarações do vereador têm aval do próprio Jarude, que é presidente da executiva municipal e tenta se firmar como o pré-candidato mas sofre resistências da maioria.

Flaviano é o maior encorajador do ex-petista para filiar-se ao MDB.

“O Glorioso precisa  voltar à cena política, e o deputado Jarude não está nos planos”, disse o membro da executiva do partido. Para ele, a derrota de Flaviano, maior referência da legenda no estado, não abalou o projeto de reconstrução do partido.

Reação do deputado

Em vídeo, Jarude diz que já mostrou “a eles” que é possível fazer diferente. Discorda que seja “diamante a ser lapidado”, e ataca “a política como balcão de negócios que privilegia famílias”. Assista abaixo:

Polícia tenta prender bando que aplicava golpe em idosos dentro e fora dos bancos

0

A Polícia Civil do Acre realizou uma operação em Rio Branco para prender membros de uma quadrilha especializada em aplicar golpes em idosos. De acordo com a investigação conduzida pelo delegado Alc Dane, as vítimas eram abordadas dentro e nas proximidades de agências bancárias da cidade. O criminosos faziam empréstimos e até furtavam dinheiro dos aposentados. Os investigadores da polícia cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.

Da ejaculação precoce aos fetiches: pastora do Acre oferece terapia sexual e bomba na Web

0

A psicóloga e líder evangélica Valéria Marques, mulher do presidente da Igreja Batista do Bosque, pastor Agostinho, tem atraído atenção nas redes sociais após ofertar terapia sexual. Seu tímido perfil no Instagram deu um salto no número de seguidores após o anúncio do serviço voltado a casais – e atendimentos individuais – com problemas de disfunções diversas: ejaculação precoce, libido baixa, vício no sexo, sexo doloroso, fetiches e até orientações a quem foi vítima de violência sexual. Problemas de relacionamento, depressão e ansiedade entram na lista de serviços ofertados pela pastora.

Endereço : Valéria Marques

 

Morre aos 75 anos o ex-prefeito de Sena Madureira, Ulisses D´Avila Modesto

0
O ex-prefeito do município de Sena Madureira Ulisses Dávila Modesto, de 75 anos, morreu na manhã desta quarta-feira, 17, no Hospital João Câncio Fernandes.
Ulisses estava internado há vários dias para tratar um câncer.
O advogado era considerado um dos filhos ilustres da cidade.
Formou-se em direito na 5ª turma da Universidade Federal do Acre. Na vida pública ele foi prefeito de sua cidade natal por dois mandatos e também foi deputado estadual. Nos últimos anos Ulisses Modesto atuava como advogado em Sena Madureira.

TJ manda Prefeitura de Porto Acre indenizar filhos de mulher que morreu atropelada por ônibus

0

A 1ª Câmara Cível manteve a sentença que condenou ente público a indenizar os dois filhos de mulher que morreu atropelada por ônibus municipal. Dessa forma, os filhos devem receber R$ 50 mil de danos morais, para serem divididos entre eles.

Mas, a decisão do 2º Grau reformou a sentença apenas para estabelecer que o filho, que não era casado e dependia economicamente da mãe, receba pensão mensal no valor de dois terços do salário recebido pela vítima, até que o filho complete 21 anos de idade.

Conforme os autos, o caso aconteceu em 2013, quando a vítima estava atravessando uma rua em Porto Acre e foi atingida pelo ônibus do Município, que fazia uma conversão em marcha ré, sem auxílio. A sentença foi emitida e o caso remetido para reavaliação do 2º Grau, quando o desembargador Laudivon Nogueira foi destinado para ser o relator.

Em seu voto Laudivon cita princípio do Direito Administrativo constitucional. A norma fixou a responsabilidade ao ente público por danos causados por seus agentes a outras pessoas. Isso se não for comprovado que foi culpa da vítima ou outros fatores que tirem a responsabilidade do ente público. O que não foi o caso, como registrou o relator.

“De acordo com o direito administrativo constitucional o ente estatal responde pelos atos, que seus agentes causarem a terceiros, consoante preleciona o art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Nessa perspectiva, os requisitos de tal responsabilidade não são outros senão a ocorrência de lesão e o nexo de causalidade entre o dano e a ação ou omissão da administração pública, sendo desnecessária a comprovação da culpa”, escreveu.

O desembargador também expôs que não é necessário revisar o valor estabelecido na condenação pelas indenizações. “A hipótese, o arbitramento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais, sendo 50% para cada autor, revela-se razoável para minimizar a dor sofrida diante da perda prematura da genitora decorrente de acidente de trânsito. Ademais disso, também não pode ser considerado um valor econômico excessivo aponto de ocasionar o enriquecimento sem causa da outra parte. Demais a mais, o patamar fixado encontra-se em consonância com entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça em casos similares”.

Além disso, o magistrado discorreu sobre a conduta irregular de realizar manobra em veículo de grande porte, sem adotar cuidados necessários. “Ressalte-se a conduta irregular do preposto do município ao manobrar o veículo de grande porte em via pública, sem observar os cuidados necessários à proteção daqueles considerados mais vulneráveis, os transeuntes”.

No Senado, procurador federal do Acre diz que Brasil invisibiliza população LGBTQIA+

0

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, nesta terça-feira (16), o procurador regional dos Direitos do Cidadão no Acre e coordenador do GT-LGBTQIA+ da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, defendeu mecanismos e políticas que tragam visibilidade à população LGBTQIA+. A audiência pública tinha como foco debater e apresentar questões sobre os direitos dessas pessoas no Brasil.

Durante sua fala, Lucas Dias enumerou as dificuldades de reconhecimento e visibilidade da população LGBTQIA+ no Brasil, o que contribui para a manutenção do país, há 14 anos consecutivos, no ranking de nações que mais matam pessoas LGBTQIA+ no mundo. O procurador da República lembrou que os números, inclusive, são subnotificados, uma vez que o Estado brasileiro não registra sequer a existência dessa população, muito menos a sua morte. “Quando nós falamos em LGBT, em diversidade, pensamos no emblema do arco-íris, do colorido, na diversidade, mas é preciso prestar atenção como essa história é recheada de luta, de sangue, de ruptura de tudo que é binário e de tudo que é colonial”, ressaltou.

De acordo com Lucas Dias, é preciso lembrar do passado, das marchas e paradas da diversidade, da luta da epidemia do HIV e AIDS, mas destacou que também é preciso avançar e pensar no futuro com participação da comunidade e do Estado.

Atuação do MPF – O procurador da República também enumerou ações do MPF para garantir direitos da população LGBTQIA+. Entre as iniciativas, notas técnicas da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e de recomendações e ações civis públicas para defender o uso da linguagem neutra, a adequação dos registros civis tanto quanto a filiação o direito ao uso de nome social em documentos e cadastros no governo federal. O MPF também atuou para a pleitear a adequação de boletins policiais e usos de marcadores de gênero em outros documentos fontes de políticas públicas, como o Censo Demográfico do IBGE.

Quanto a esses últimos aspectos, Lucas Dias afirmou que o Estado Brasileiro não sabe quem são as pessoas LGBTQIA+, nem quantos são ou o que fazem, alertando também para o fato de que a maior parte dos direitos conquistados por essa parcela de brasileiros é garantida pelo Judiciário, “enquanto no Legislativo existe uma cruzada conservadora que em última instância acaba por agravar os riscos de simplesmente existir para gays, lésbicas, travestis e transexuais”, afirmou ao relembrar que há mais de 70 projetos de lei nos âmbitos nacional, estadual e municipal que visam retirar direitos dessa população.

O procurador da República aproveitou a ocasião para convidar a comissão a refletir sobre a possibilidade da aprovação de uma moção de pedido de desculpas à comunidade LGBTQIA+. Ele também sugeriu que a comissão faça um mapeamento dos projetos em trâmite que representem uma ofensiva e, que atue no sentido de coibir qualquer espécie de violência institucional.

O presidente da CDH, Senador Paulo Paim (PT/RS), lembrou aos participantes que a comissão é porta de entrada para propostas legislativas por meio de entidades da sociedade civil, e se comprometeu a dar andamento a propostas que visem solucionar as questões apresentadas, seja avocando para si próprio a condução desses projetos de lei, seja nomeando relatores comprometidos com os avanços sociais necessários.

Também participaram do debate representantes da Defensoria Pública da União (DPU), Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), Aliança Nacional LGBTQIA+, Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) e Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans).