Em discurso para milhares de apoiadores que lotaram a Avenida Paulista neste domingo (25/2), para defendê-lo das investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha tramado um golpe de Estado em 2022, pediu anistia os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e disse querer “passar uma borracha no passado” em busca de “pacificação”.
“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer a classe política para o seu lado, empresários. Nada disso foi feito no Brasil”, disse Bolsonaro em cima do trio elétrico na Avenida Paulista, na tarde deste domingo.
Sem citar o STF e as condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornaram inelegível, Bolsonaro disse que “não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja, a não ser por um motivo justo”. “Não podemos pensar em ganhar as eleições afastando um adversário do cenário político”.
O ex-presidente disse que não concorda com os atos golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, mas defendeu uma “anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília”. Segundo ele, “esse povo brasileiro não merece estar vivendo por este momento, onde tão poucos, pouquíssimos, causam tão mal a todos nós”.
“Teria muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz”, disse Bolsonaro.
Na ocasião, Bolsonaro disse que não cumpriria ordens do STF, que jamais seria preso e xingou o ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que pesam sobre ele, de “canalha”.
Neste domingo, Bolsonaro subiu no trio elétrico por volta das 15h, segurou uma bandeira de Israel e acenou para a multidão que o aguardava sob sol forte na Avenida Paulista — muitos apoiadores passaram mal por causa do calor. Antes dele, discursaram o pastor Sila Malafaia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro e depois deputados federais e um senador do PL.
A Prefeitura de Rio Branco comunica a suspensão do atendimento ao público no Restaurante
Popular a partir desta segunda – feira (26) por tempo indeterminado.
A suspensão temporária dá-se em virtude da situação de urgência demandada pela alagação e
a consequente necessidade de preparar e fornecer alimentação aos desabrigados que tiveram
suas casas atingidas pelas cheias dos rios e igarapés e encontram- se nos abrigos instalados
pelo Municipio.
Tão logo a situação se normalize, os usuários do Restaurante Popular voltarão a ser atendidos
como de costume.
Dois dias após decretar estado de alerta em todo o estado, o governador do Acre, Gladson Cameli, publicou em edição extra do Diário Oficial do Estado neste domingo, 25, o decreto de número 11.414, que estabelece emergência em 17 cidades do estado atingidas por inundações, seja de rios ou igarapé.
A medida, que tem validade de 180 dias, passou a valer a partir da data de publicação e abrange as cidades de Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.
Decreto abrange 17 cidades do Acre. Foto: Alisson Oliveira/Secom
Os municípios mais críticos são Assis Brasil, Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Xapuri.
Além dos rios, o Estado também destacou o transbordamento de igarapés, que estão impactando consideravelmente no cenário da cheia. Na mesma edição, Brasileia, Plácido de Castro, Epitaciolândia, Jordão, Santa Rosa do Purus e Tarauacá declararam situação de emergência. Todos os decretos têm como base dados da cheia dos rios e igarapés do estado.
Em Jordão, as águas atingiram quase toda a cidade e a Energisa fez o desligamento de 651 unidades consumidoras na cidade. Para Santa Rosa do Purus foi enviado reforço das equipes também.
O secretário de Saúde do Estado, Pedro Pascoal, esteve em Jordão prestando apoio aos moradores e também avaliando a questão do hospital, que foi atingido pela cheia do rio e teve perdas significativas.
“Com a subida do rio, tivemos nosso hospital alagado e tivemos a perda da nossa ambulância, dos nossos materiais, perdas de medicamentos, equipamentos da unidade e no momento estou sendo o ponto focal do governo, brifando e passando as autorizações e já teremos um avião trazendo alguns mantimentos, água potável para comunidades isoladas e está sendo elaborado um relatório para traçar as próximas medidas”, disse.
O decreto de emergência facilita o acesso a recursos federais em casos de eventos extremos como esse. No documento, o governo destaca ainda que “fica a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil constituída como unidade gestora orçamentária, podendo ordenar despesas atinentes a créditos abertos para atender atividades de defesa civil, bem como movimentar contas bancárias ou fundos específicos.”
Governo tem dado suporte em todos os municípios. Foto: Diego Gurgel/Secom
A organização, tomada de decisões e direcionamentos continuam sendo coordenados pelos órgãos de Defesa Civil.
O coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil estadual, destacou que o Estado tem mobilizado e disponibilizado todos os esforços para atender os municípios do Acre.
“O governo tem publicado alguns decretos e já entrou em contato com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para a solicitação de recursos complementares para atender a necessidade das populações atingidas em todo o Estado”, pontuou.
Governo tem alinhado ações para atender todas as cidades atingidas. Foto: Neto Lucena/Secom
Reforços nos municípios
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBMAC), coronel Charles da Silva Santos, enfatizou que as equipes estão desde o início da semana detectando as áreas mais atingidas e atendendo a população.
“Estamos nesse primeiro momento realizando atendimento operacional e organização em alguns municípios. Por exemplo, Jordão, que a situação está crítica, foi enviado uma equipe tanto pelo Corpo de Bombeiro, como pela Secretaria de Saúde, para organizar abrigos, dar os primeiros atendimentos e fazer levantamento de informações para que o Estado tenha condições de apontar os recursos necessários para atender aquela população.”
Essas informações são cruciais, porque são usadas para destinar os esforços e definir as ações em cada município, atendendo a demanda específica de cada um deles. Da mesma forma que está ocorrendo em Jordão, vai ser feito em Santa Rosa do Purus e demais cidades.
“Estão sendo também catalogadas todas as informações necessárias desse atendimento e os danos causados pelas cheias e, assim centralizado na Defesa Civil do Estado, visando justamente subsidiar tanto o governador pelas ações e decisões, como também solicitar ajuda do governo federal naquilo que é possível. E, ao mesmo tempo, dar o aporte necessário para os municípios que são os que estão de frente com esse problema. Dessa forma, o Estado, entra como apoiador em todas essas esferas”, destaca.
Coronel Charles Santos fala de esforços enviados às cidades mais críticas. Foto: Neto Lucena/Secom
O secretário de Governo, Alysson Bestene, reforçou que todas as medidas necessárias para tentar amenizar o impacto da cheia estão sendo tomadas dentro da urgência que o cenário requer. Enfatizou ainda a atuação em parceria com a bancada federal.
“O Estado lança o decreto emergencial, principalmente nas regiões, em cidades que se agravaram bastante com a cheia. Toda a equipe do governo está se deslocando para essas áreas e vamos continuar tendo esse monitoramento e as ações por meio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para atender todo o Estado. Acho que essa união, essa parceria do ente federativo, estadual e municipal, é que vai dar melhores condições para fazer essa ação humanitária para essas famílias”, finaliza.
Emanoel Rocha, fe 27 anos, filho do ex vice governador do Acre, Major Rocha, e a esposa Hana, sofreram grave acidente na AC 40, acesso ao município de Senador Guiomard. O casal viajava numa motocicleta voltando de um passeio na cidade de Capixaba, quando teria perdido o controle do veículo e colidiu de frente com um carro de passeio.
Emanoel teve fraturas nas duas pernas. A esposa dele chegou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, há pouco, também em estado grave. Mais informações as qualquer momento.
Edivaldo Ferreira de Souza, de 62 anos, morreu em grave acidente de trânsito, por volta das 15 horas deste sábado, 24, na Rua Pernambuco, no Bairro do Bosque, em Rio Branco. Seu Edivaldo trafegava em um motocicleta modelo factor, sentido bairro centro, quando teria invadida a pista oposta e colidiu com uma motocicleta MT 320 conduzida por Luiz Henrique, de 19 anos. O impacto foi violento. Eles foram atendidos por equipes médicas do SAMU.
Câmeras de segurança gravaram o momento do acidente.
Edivaldo Ferreira morreu no interior da ambulância. Já Luiz Henrique foi encaminhado para o Pronto Socorro. A polícia técnica esteve no local.
O governador do Acre, Gladson Cameli, esteve percorrendo o Rio Acre nesta sábado, 24, para monitorar as áreas atingidas pela cheia. O Estado decretou alerta em todo o Acre devido a chuvas e cheia dos rios ainda na última sexta-feira, 23. Naquele momento, segundo a Defesa Civil Estadual, mais de 300 pessoas estavam atingidas com a cheia e transbordamento do rio e dos igarapés na capital.
Cameli frisou a união de todos para contornar a situação. Foto: Neto Lucena/Secom
O governador destacou que o governo tem trabalhado para atender todos os atingidos e tomado as medidas para garantir recursos.
“Nós estamos antecipando todas as medidas, chegando com a presença do Estado na frente da população para diminuir os danos. Também irei para o Alto Acre, para acompanhar de perto a situação de Brasileia e Epitaciolândia, que decretaram situação de emergência”, disse.
Todos os órgãos do Estado estão unidos em prol de dar o melhor tratamento às famílias atingidas. Foto: Neto Lucena/Secom
O chefe do Executivo lembrou que o Estado está reunido com parceiros e todos os órgãos alinhados para o suporte às famílias.
“Estamos correndo contra o tempo para não deixar as famílias desatendidas e tentar amenizar os impactos causados por essas questões naturais”, disse.
Cameli também destacou que a bancada federal tem se mobilizado para apoiar os 22 municípios do estado.
“Estou me antecipando e indo em alguns municípios e adiantando as questões burocráticas para que a gente possa avançar. Cada um está fazendo sua parte”, destacou.
Situação é organizada pela Secretaria de Estado de Governo. Foto: Neto Lucena/Secom
O secretário de Governo, Alysson Bestene, falou da importância da articulação de todos os órgãos.
“O governo está de prontidão, as secretarias estão com toda a estrutura para atender as famílias. É uma ação humanitária onde a gente vai resgatar todas as famílias que estão atingidas por essas cheias e colocar nos abrigos adequados”, disse.
A Defesa Civil Estadual está atuando ao lado dos órgãos municípios.
De acordo com o coordenador Carlos Batista, a previsão para os próximos dias é de mais chuvas. Foto: Neto Lucena/Secom
“O governo do estado está envolvido em todas as ações dos municípios. A previsão é de mais chuvas para os próximos dias e toda a estrutura do estado está atenta”, reforçou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.
Uma equipe da Defesa Civil foi para Jordão e Plácido de Castro para reforçar as ações de apoio das gestões municipais.
Nível dos rios aumentou nos últimos dias devido as chuvas recorrentes no estado. Foto: Neto Lucena/Secom
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) informou que um sistema meteorológico conhecido como Alta da Bolívia, que atua em altos níveis da atmosfera a aproximadamente 12 km de altitude, está ativo e intenso no sul da Amazônia, favorecendo chuvas intensas em toda a região.
No Acre, o sábado será de tempo instável e de muita chuva. A previsão é de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia em todas as regiões acreanas. Há possibilidade de grandes acumulados de chuva em todas as regiões do estado.
Após acompanhar as ações junto à cheia do Rio Acre na capital Rio Branco, o governador Gladson Cameli deslocou-se na manhã deste sábado, 24, para as cidades de Brasileia e Epitaciolândia, a fim de avaliar de perto a crescente situação de emergência provocada pelo rápido aumento do nível do Rio Acre. O governador, acompanhado da prefeita de Brasileia, Fernanda Hassen, e representantes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, realizou visitas a abrigos, levando consigo doações do governo e enfatizando a total mobilização estatal para enfrentar as emergências causadas pelas cheias.
Governador Gladson Cameli tem acompanhado de perto a situação da cheia dos rios acreanos e necessidades dos desabrigados. Foto: Diego Gurgel/Secom
O Rio Acre, que atingiu a marca de 11,88 metros na medição em Brasileia nesta manhã, deixou um rastro de afetados, com 370 famílias impactadas na cidade e mais de mil pessoas atingidas na zona rural. A prefeitura, em parceria com órgãos como o Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, realiza reuniões diárias para avaliação da situação e tomada de decisões, envolvendo cerca de 250 profissionais nas ações de apoio.
Até o momento, cinco abrigos oficiais foram estabelecidos na cidade para as vítimas da cheia, incluindo um exclusivo para indígenas residentes do bairro Sumaúma. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), já distribuiu donativos para Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil, alcançando um total de 275 cestas básicas, 406 galões de água mineral e 200 kits de material de limpeza.
Mais de 370 famílias foram atingidas pela cheia na área urbana de Brasileia. Foto: Diego Gurgel/Secom
“Neste momento crítico, em que o município já foi oficialmente declarado em estado de emergência, estou dedicando este sábado para percorrer todas as regiões afetadas. A equipe governamental, incluindo nossa Secretaria de Assistência Social, está totalmente engajada. Trabalhamos em conjunto com as autoridades municipais para garantir que o Estado de Direito seja preservado e a população local sofra o mínimo possível. Estamos prontos para agir de forma eficaz. Já conversei com os prefeitos desta região e, amanhã, estarei em Brasília para buscar apoio do governo federal, que se mostrou disponível para auxiliar todos os municípios afetados”, destacou o governador.
Além das entregas, o governador anunciou um projeto abrangente para a modificação da parte baixa de Brasileia, visando mitigar futuros impactos das cheias.
Governador reforçou espírito de união pelo povo acreano. Foto: Diego Gurgel/Secom
Emocionada com a mobilização dos poderes, a prefeita Fernanda Hassem declarou: “Gostaria de chamar a atenção de todos vocês para a dedicação exemplar desta equipe. Sem vaidades, formamos um comitê integrado abrangendo a participação ativa da população, equipes e instituições. São 15 instituições engajadas diariamente nesse processo. Recebemos uma ligação do governador ontem, o que reforça nosso comprometimento e nos dá um impulso adicional. E ter ele hoje aqui é como se recebêssemos o apoio de um anjo protetor em meio aos desafios. Reconhecemos que não é fácil; estamos enfrentando uma pesada situação, lidamos com a pandemia e outros obstáculos, como recentemente uma preocupação com dengue, mas estamos unidos para superar esses desafios”.
Epitaciolândia unida
A visita de Cameli ao abrigo de Epitaciolândia, acompanhado do prefeito Sérgio Lopes, revelou que 400 pessoas já foram atingidas pela cheia do rio Acre na cidade, com 40 famílias transferidas para abrigos municipais, onde receberam doações do Estado que incluíram 206 galões de água mineral, 75 cestas básicas, sabão em barra e desinfetante.
Prefeiro de Epitaciolândia se reuniu com o governador para tratar das necessidades da cidade em conjunto. Foto: Diego Gurgel/Secom
Nas palavras do prefeito Sérgio Lopes: “Recebemos o governador de braços abertos, e ainda mais de um momento que pede união. O Gladson não veio aqui só para dizer algumas palavras bonitas, mas sim que realmente vai chegar ajuda, recursos do governo do Estado para que a gente possa atender ainda melhor essa população que precisa. Essas pessoas que moram ali próximo ao Rio, prezando esse atendimento, nós precisamos nos fortalecer para cuidar dessas pessoas da melhor maneira possível. Caro governador, obrigado pela sua ajuda”.
O governador ainda aproveitou para acompanhar a realização de uma edição do programa Saúde na Comunidade, na região da Nari Bela Flor, que está contemplando cerca de 1.400 atendimentos de saúde entre exames e consultas.
Gladson Cameli aproveitou para conhecer mutirão de saúde do município. Foto: Diego Gurgel/Secom
A secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Maria Zilmar Almeida, esteve presente e reforçou que “a Assistência Social do Estado traz um olhar de entendimento para todos os municípios que passam por esse momento de crise. Estamos aqui dando suporte necessário, trazendo insumos para implementar as ações de humanização dentro desse momento. dando suporte as famílias que estão hoje em abrigos, para que a gente possa estar fortalecendo com alimentação, com água, com kits de limpeza, isso tanto em Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil, onde há todo um trabalho em conjunto. É o governo do Estado, com todas as secretarias, em prol de minimizar o momento de crise que o Acre passa”, disse.
Governo segue em total mobilização
Antecipando-se à possível enchente, o governador assinou um decreto declarando estado de alerta no Acre, permitindo a constituição de equipes multidisciplinares para coordenação e atendimento emergencial. A ação, válida por 30 dias, busca prevenir e responder a situações causadas pelas chuvas intensas que atingiram a região.
Corpo de Bombeiros está em alerta e segue atentando a população. Foto: Diego Gurgel/Secom
Em meio a essas ações, o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alertas de chuvas intensas, estabelecendo riscos como cortes de energia, queda de árvores e alagamentos. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) destacou a atuação do sistema meteorológico conhecido como Alta da Bolívia, intensificando a convecção na região e mantendo o cenário instável no Acre, com previsão de chuvas significativas.
Nesse cenário complexo, as ações coordenadas do governo estadual, aliadas à participação ativa da comunidade e apoio de entidades, buscam amenizar os impactos da cheia do Rio Acre, evidenciando a importância da prevenção e pronta resposta em situações de emergência. O esforço conjunto destaca a necessidade de resiliência diante de eventos climáticos extremos.
Um breve relato sintetiza o oportunismo com que a oposição ao Governo Gladson Cameli pauta suas condutas, em especial na Assembléia Legislativa do Acre, em busca de espaço de mídia. Revelam-se o que há de mais sórdido em seus interesses politiqueiros, a confundir a opinião pública premeditada e sorrateiramente.
Como tem ocorrido noutros temas, o assunto MEDTRHAUNA expôs, novamente, o índice de maldade de um desimportante grupo, composto por Edvaldo Magalhães, Michelle Melo e Emerson Jarude, cuja produção legislativa se atém, apenas e tão somente, a copiar e colar narrativas perversas.
Pois bem. Aos fatos:
Em 10 de agosto de 2023, o ministro relator Jhonatan de Jesus assinou o relatório do Tribunal de Contas da União sobre supostas irregularidades no contrato firmado pela Secretaria de Saúde do Acre com a empresa MEDTRHAUMA.
Em 18 de fevereiro de 2024, a rede Globo, no Fantástico, veiculou uma reportagem sobre o assunto.
Ou seja: decorreram 168 dias entre a decisão do ministro e a reportagem da Globo.
Vale salientar que o TCU não se opôs ao prosseguimento do contrato, tampouco questionou o resultado prático da contratação, ou seja, o fato de o Governo do Acre ter zerado a fila de cirurgias ortopédicas no Pronto-Socorro de Rio Branco. Aliás, todas as instâncias de poder, inclusive os que se assumem agora contrários, ressaltaram o feito, a bem da qualidade de vida de pacientes que aguardavam anos por isso.
Nesse longo intervalo de tempo de 168 dias , também não se ouviu em nenhum canto do Acre quaisquer reportagens, pronunciamentos inflamados ou algo parecido dando publicidade aos questionamentos.
Ao contrário, estavam todos “pianinhos“, de biquinho bem fechadinho.
De repente apareceram “os pais das crianças” como se tivessem descobertos a roda.
Se o secretário de Saúde Pedro Pascoal não fosse um médico e gestor comprometido com a saúde e com o povo acreano, imediatamente ele atenderia eventuais recomendações para sustar pagamentos e a empresa suspenderia os serviços.
Restaria saber quem assumiria a responsabilidade pelas pernas, braços e joelhos quebrados desse mundaréu de gente aos gritos e em prantos – os mesmos que, agora, seguem suas vidas com a dignidade merecida e a assistência prestada por este governo.
É preciso dizer a verdade a quem está disposto a ouví-la !!
O Brasil pode chegar a 4,2 milhões de casos de dengue em 2024, segundo estimativas do Ministério da Saúde, quase o triplo do que foi registrado ano passado, cerca de 1,6 milhão. Especialistas ouvidos pelos g1 concordam que 2024 deve ter recordes históricos de casos e de mortes.
Para Kleber Luz, infectologista da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a elaboração de diretrizes estratégicas para prevenção e controle das arboviroses, será muito difícil reverter a explosão de casos no país.
“Isso vai acontecer, é pouco provável que o governo consiga conter [a alta nos casos]. Mas é preciso mitigar o problema. Capacitar médicos, enfermeiros, equipes de saúde para tratar a dengue de forma adequada, disponibilizar insumos, como soro, para que as pessoas sejam tratadas. O que devemos fazer é evitar as mortes”, alerta o consultor da OMS.
Até 22 de fevereiro, o Brasil contava com mais de 740 mil casos prováveis de dengue, um aumento de quase 350% em relação ao mesmo período ano passado.
São 151 mortes confirmadas por dengue e 501 sob investigação. Nos dois últimos anos, além da explosão de casos, o país também registrou recorde de mortes. Foram 1.053 óbitos em 2022 e 1.094 em 2023 – em toda a série histórica (2000-2023), o Brasil nunca tinha ultrapassado a marca de mil óbitos.
Segundo o Centro de Operações de Emergências do governo federal, cinco estados (AC, GO, MG, ES e RJ) e o DF declararam emergência em saúde pública por causa da dengue.
A curva está tendo uma inclinação muito positiva desde o início do ano, e isso é ruim. O gráfico deveria subir mais lentamente, e não é isso que estamos vendo. A expectativa é que a gente bata todos os recordes de dengue em 2024, já que a largada começou com alta velocidade
— Kleber Luz, infectologista e consultor da OMS
Mas quando deve ocorrer o “pico” da dengue?
Segundo o infectologista Alexandre Naime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), essa é a pergunta do milhão.
“Só dá para adivinhar o pico quem tiver a bola de cristal. Depende muito das condições climáticas. Se tivermos temperaturas muito altas, muita chuva, o pico pode ser entre abril e maio. Se ocorrer o contrário e a temperatura cair, pode ser em março e abril”.
Se olharmos para 2023, o ápice da doença foi na semana epidemiológica 15 (de 9 a 15 abril). Em 2019 e 2022, dois anos em que o Brasil registrou mais de um milhão de casos, o pico ocorreu em maio. Não é possível prever em qual semana isso irá acontecer em 2024, mas os especialistas acreditam que a curva deve começar a cair no inverno.
“Junho e julho serão meses de queda de casos. É quando temos a diminuição histórica da temperatura”, diz Naime.
O Rio Acre transbordou no início da noite desta sexta-feira em Rio Branco. O monitoramento da Defesa Civil Municipal informou 14.04 metros, com 40 famílias levadas para abrigos e 18 bairros atingidos.
O coronel Falcão, que coordena a logística de apoio às famílias, disse há pouco que 90% dos atingidos habitam as margens de igarapés.
A previsão que ele faz, considerando o volume de chuvas que caiu na região e o que está por vir, não é animadora.
“É, infelizmente, o cenário de uma enchente de médio para grande porte, o início de um grande desastre”, afirmou o militar. Na capital, o rio recebe o impacto de todos os seus afluentes. O monitoramento que fazemos em toda a Bacia do Rio Acre revela que a situação é crítica em todo o interior do estado também, disse ele.
O nível do manancial subiu 5 metros nas últimas 36 horas (até a noite desta sexta).
Uma cota de 16 metros, que possivelmente será alcançada, será tratada como calamidade pública na capital acreana.
Em 1 de abril do ano passado, Rio Branco viveu sua maior enchente, com 17,72 registrado em primeiro de abril, com 96 mil pessoas expulsas de suas casas.
A maior tragédia foi em 2015, porém naquela época não havia a Cidade do Povo, para onde foram levadas milhares de famílias que habitavam regiões alagadiças.