Um ano atrás, um acreano viu no desenho dos Simpsons as dezenas que foram sorteadas em 31 de dezembro de 2023 da Mega Sena. A história é confirmada pela mãe dele, que confessa: “guardei o papel com os números anotados, mas não sei onde guardei”, revela.
A família morava em Plácido de Castro e mudou de endereço. A anotação se perdeu numa embalagem, durante a mudança, e não foi mais encontrada.
Porém, na terça-feira, primeiro dia útil do ano, após o burburinho sobre os novos milionários espalhado na mídia, o quase sortudo lembrou que tinha, no celular, um print da imagem. Nela, Homer Simpson, patriarca da família ficcional Simpson, exibe, num dos episódios, as mesmas dezenas ( 24-56-33-48-21-41) que pagaram R$ 589 milhões.
“Orei muito a Deus para encontrar essa anotação. Orei, orei. E disse a Ele que se fosse da vontade Dele a gente ia encontrar”, disse a matriarca da família, localizada pela reportagem na manhã desta sexta. Ela deu detalhes desta história mas prefere não ser identificada.
A família é humilde, tem dificuldades financeiras e não tem casa própria. Hoje, mãe e filho moram na casa de parentes.
O filho dela, o mesmo que assistiu ao desenho, enfrenta problemas de saúde, trabalha numa oficina mecânica e toma medicação para dor.
“Ele teve vontade de jogar o celular na parede”, conta a mãe do rapaz.
Mãe e filho residiam próximo a uma casa lotérica. Se ainda estivessem morando na mesma cidade, provavelmente teriam feito a aposta lá mesmo.
Apesar da reação de indignação, ao saber que perdeu a chance de ficar milionário, o rapaz de 22 anos tenta superar tudo com tranquilidade. Um dos irmãos o encorajou a seguir a vida, com fé (mensagem ao lado).
“Ele dizia que ia comprar uma casa para nós, e esse sonho seria realizado jogando na Mega da Virada. Ele parecia certo do que estava falando. Eu cheguei a jogar nesses mesmos números, mas ele dizia que a hora de jogar era no final do ano passado”, relata ela.
A mulher é cristã e pareceu conformada “com a vontade de Deus”.
“O dinheiro se ria dele (filho). Por mim, compraríamos uma casa e investia o que fosse preciso no tratamento dele. O resto a gente ajudaria a família”, concluiu.