O carnavalesco Paulo Barros, pela primeira vez em 16 anos, estará fora das escolas de Grupo Especial do Rio de Janeiro que vão desfilar no Sambódromo Marquês de Sapucaí em 2026. Ele foi quatro vezes campeão e criou enredos e comissões de frente de cair o queixo de quem acompanhou. Saiba quem ele é.
Ex-Vila Isabel, Paulo Barros é carioca e tem 62 anos. Em seu Instagram, conta com mais de 22 mil seguidores e tem escrito em sua biografia: “Artista plástico, carnavalesco e palestrante, com intuito de motivar profissionais, focando em gestão de equipe, liderança e desconstrução de padrões.”
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Essa rede social é destinada a mostrar seu trabalho com as escolas de samba, e também, sua vida pessoal, como treinos entre outros assuntos. Em 2021, quando tinha 59 anos, foi internado para passar por uma angioplastia, procedimento para desobstruir uma artéria coronária.
Em todos esses anos que trabalhou no Carnaval, colecionou títulos, três deles na Unidos da Tijuca: com o enredo “É segredo!” em 2010, com o desfile “O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão” em 2012 e em 2014.
Pela Estácio de Sá, venceu em 2006; pela Portela, conquistou em 2017 dividindo com a Mocidade; pela Viradouro, foi eleito o melhor carnavalesco e o melhor conjunto de alegorias em 2019; e pela Vila Isabel foi eleito o melhor conjunto de alegorias em 2023.
Principais enredos de Paulo Barros:
- Renascer – Aquaticópolis: Enredo de 2010 que o fez ganhar o prêmio de Melhor Enredo;
- Tuiuti Desfila o Brasil em Telas de Portinari: Enredo de 2003 que rendeu o prêmio de Melhor Enredo;
- Vizinha Faladeira: Enredo de 2002 que valeu o prêmio de Melhor Conjunto de Fantasias;
- Arranco: Enredo de 2001 que o fez ganhar o prêmio de Melhor Conjunto de Fantasias.
Carros alegóricos mais emblemáticos:
Vila Isabel com um São Jorge hi-tech; Paraíso do Tuiuti com um Homem de Lata feito de panelas; Viradouro com bebês de plástico que simbolizaram o arrepio do nascimento; pista de esqui feita de gelo moído; toboágua e astronautas e 21 fuscas de verdade.
Comissão de frente “É segredo” de Unidos da Tijuca
A Unidos da Tijuca levou ao pé da letra o enredo “É segredo” em 2010 e deixou os espectadores intrigados com a evolução apresentada pela sua Comissão de Frente resumida em: saídas de um camarim gigante, bailarinas trocavam de roupa em apenas alguns segundos, cobertas rapidamente por tecidos em forma de tubo, panos e também papel picado. A coreografia continha seis figurinos diferentes em dois minutos. A base do truque estava na sobreposição de roupas, a comissão era seguida por uma imensa caixa preta preta, sendo na verdade, o camarim.
Cerca de seis “assistentes” dos mágicos trocavam de roupa várias vezes num piscar de olhos, na verdade eram 18 mulheres selecionadas e treinadas à exaustão pelo casal de coreógrafos Priscila Mota e Rodrigo Negri. Cada um dos três ‘sextetos’ se apresentava duas vezes ao longo da avenida. Dentro da caixa se escondiam 30 pessoas: as 12 “assistentes” no “banco de reservas”, quatro figurinistas e 14 empurradores.
Comissão de frente da Viradouro
Sob o enredo “ViraViradouro” em 2019, a agremiação levou para a Sapucaí bruxas, poções e seres encantados que ganharam vida após o livro dos contos de fadas ser aberto pela divertida comissão de frente assinada pelo coreógrafo Alex Neoral. A drag queen Suzy Brasil era a princesa que transformava sapos em príncipes.
Durante a participação no programa Encontro, o coreógrafo explicou o príncipe virando sapo: “Essa cabeça é uma mochila. Tem um mecanismo de velcro. Eles conseguem fazer essa transformação na avenida em 8 segundos, no meio de fumaça de nitrogênio. Na casa da comissão de frente, a gente tinha 45 pessoas para ajudar a trocar de roupa. Trabalhamos com bastante risco. Fizemos o livro que explode, a troca de roupa, os caldeirões, as bruxas… São 17 vezes essa troca de explosão do livro durante a avenida.”
Ele continuou: “Quem faz é o Neto, tem o mecanismo de explosão. Tem um botão que aperta e faz explodir”.
Fonte: Portal LEODIAS