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“Uma vitória de todos”: Gladson lembra luta de 12 anos, iniciada em seu 1º mandato de deputado, por mais opções de voos no Acre

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Baixa frequência de voos para o Acre – e saindo do Acre -, falta de concorrência entre as empresas e os altos preços cobrados. São problemas que o governador Gladson Cameli tem enfrentado, como gestor e usuário, desde o seu primeiro mandato de deputado federal, há 12 anos.

Hoje ele comemora o resultado de uma luta que ele próprio começou, convencendo aliados seus, empresários e políticos que dependem de mais opções para suas atuações legislativas. Está confirmada mais uma empresa aérea em operação no Acre.

Quebrar o monopólio do setor no estado exigiu insistência, cobranças permanentes e reuniões infindáveis na capital federal, obviamente com o apoio da Bancada Federal, à qual o governante acreano é grato por reconhecer o esforço coletivo para a notícia que chegou nesta terça.

A Azul começará a vender bilhetes para usuários acreanos nesta quarta-feira, e o anúncio foi feito pelo Ministério do Turismo (veja abaixo).

Veja a declaração do governador ao oseringal:

“Garantir mais voos para o Acre é uma luta que venho travando desde quando era deputado federal. Essa confirmação do retorno da azul, que estamos trabalhando desde o meu primeiro mandato, é mais uma grande conquista que precisamos celebrar junto com a nossa bancada, que lutou conosco pelo retorno da empresa pro Acre. O Acre, com grande potencial turístico que tem, é uma população de quase um milhão de habitantes e não pode ficar refém de apenas uma companhia aérea”.

Gladson Cameli solicitou aos executivos da Azul Linhas Aéreas que retornassem a operar no Estado, após se sensibilizar com as dificuldades enfrentadas pela população para chegar ou sair em voos comerciais. “Expusemos os inconvenientes que os acreanos vivenciam pela baixa oferta de voos, como o alto custo das passagens, além de apresentar demanda crescente por transporte aéreo e o potencial do Acre nas áreas de turismo e negócios”, lembrou.

Na época, apenas duas companhias atuavam no estado, e somente nos períodos da noite e madrugada e um deles, o diurno entre Rio Branco e São Paulo, foi suspenso por tempo indeterminado.

Ministra de Lula garante que Azul volta a operar no Acre nesta quarta-feira

E o homem mais belo do Brasil é….gaúcho, tchê !

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Personal trainer e modelo de Porto AlegreMatheus Maia, de 26 anos, ganhou o título de “homem mais belo do país” ao vencer o Mister Brasil 2024 na noite do último sábado (6).

No concurso, Matheus e os outros concorrentes participaram de provas preliminares e passaram três dias em confinamento. Em julho, o modelo vai representar o Brasil no mundial, realizado na Polônia.

Ao g1, Matheus disse que “caiu de paraquedas” nos concursos de beleza, e falou sobre assumir a “identidade de ser Mister”.

“Ainda não caiu a ficha. Eu caí de paraquedas nesse mundo do concurso de beleza e demorou um pouquinho para eu assumir a identidade de ser Mister, de me tornar o Mister Rio Grande do Sul”, conta.

Após o título nacional, Matheus começa a se preparar para a etapa mundial do concurso.

“O processo, o trabalho, ele nos dá confiança. A preparação nos dá confiança. Independente do resultado, eu estou bem confiante. Já deu certo no Rio Grande do Sul, deu certo no Brasil. Por que não dá certo no mundo, né?”, diz.

A cerimônia de entrega do título foi realizada em Tramandaí, no Litoral Norte do RS. O mister Colônia Italiana, Luiz Mascarenhas, ficou em segundo lugar. O representante de Sergipe, Matheus Canor, completou o top 3.

Matheus Maia é o quarto gaúcho a conquistar o concurso nacional. Antes dele, o ex-BBB Jonas Sulzbach (2010), William Rech (2012) e Reinaldo Dalcin (2013) ocuparam o posto.

Do G1

Vídeo: Bidon e Barrão arrasam na pista e levam concurso de Forró para casais em Sena Madureira

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Os amigos conhecidos em Sena Madureira por Barrão e Bidon roubaram a cena na final de um concurso de forró ao entrarem no salão sem estarem inscritos e conquistarem a simpatia do público.

Os jurados não tiveram dúvidas. Eles deveria vencer a competição.

O fato inesperado aconteceu no último final de semana no ginásio do Bairro Segundo Distrito, onde a associação de moradores realizava uma série de eventos chamados de Domingo Cultural.

Já no final da programação, no momento mais esperado da noite, quando os casais inscritos ao longo da semana iriam se apresentar no concurso de forró, do nada os dois surgiram e começaram a dançar.

Os concorrentes foram desistindo da disputa aos poucos e, por fim, só ficaram no salão Bidon e Barrão e outro casal.

Como o critério de aprovação era pela densidade das palmas recebidas da plateia, não deu outra.: o ginásio inteiro aplaudiu o remelexo dos amigos.

Alguns dos casais que desistiram da disputa ao observarem a eficiência da dupla masculina ainda tentaram questionar o título alegando que o concurso era para casais de homens e mulheres.

 

Ministra de Lula garante que Azul volta a operar no Acre nesta quarta-feira

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A partir desta quarta-feira, 10, a empresa aérea Azul voltará a operar no Acre. A afirmação foi feita ministra do Turismo em exercício, Ana Carla Lopes, na noite desta segunda, 8, em Brasília. A gestora disse que o lançamento dos voos e os trechos serão anunciados na terça, 9, e adiantou que já na quarta a empresa começará a vender passagens para rotas no estado.

“É com muita felicidade que a gente faz mais esse anúncio”, disse Ana Carla, que deu a informação ao participar da solenidade de posse da diretoria eleita da Federação Nacional das Juntas Comerciais (Fenaju) que tem, entre os integrantes, a presidente da Junta Comercial do Acre, Nayara Honorato.

Conforme a ministra interina, o retorno da Azul ao Acre integra estratégia daquele ministério, por meio do programa Conheça o Brasil Voando, que visa promover destinos pelo país. “Para promover destinos, a gente precisa de conectividade”, disse.

“Está mais do que garantido, é um compromisso do governo federal”, frisou Ana Carla, fazendo um paralelo entre a defesa da união e reconstrução, pelo governo central, com a interligação aérea do país. “Para ter união a gente precisa ligar o Acre ao Rio Grande do Sul, a gente precisa de mais trechos, mais frequência aérea e estamos atuando em prol disso”, reforçou.

Governador

O retorno das operações da Azul ao Acre vinha sendo reivindicado há tempos pelo governador Gladson Cameli, com a bancada federal do Estado, tanto para a direção da empresa quanto por meio de gestões com o governo federal. Conforme o chefe do Executivo estadual, trata-se de “garantir o direito de ir e vir da população do estado”. A expectativa é de que a ampliação da oferta de voos em território acreano também tenha impacto na redução do preço das passagens.

Da Secom

Sem provas, Musk diz que Moraes botou o dedo na balança para eleger Lula: “ditador do Brasil”

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O empresário Elon Musk voltou a fazer críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e, sem provas, disse que o jurista interferiu nas eleições brasileiras de 2022 “para eleger” o presidente Lula (PT)

O que aconteceu

Musk chamou Moraes de “ditador brutal”. Em postagens no X na noite desta segunda-feira (8), o empresário questionou por que os congressistas brasileiros não promovem ações contra o ministro, sugeriu que Alexandre “colocou o dedo na balança para eleger Lula” e afirmou que, por esse motivo, o petista “não tomará nenhuma atitude contra ele”

Bilionário falou sobre importância das eleições. Sem explicitar referência ao pleito para presidente nos Estados Unidos ou às disputas municipais no Brasil, Musk afirmou que “as próximas eleições serão essenciais”

Musk também atacou Lula. O dono do X escreveu na plataforma que Moraes deveria ser “julgado por seus crimes” e que o ministro do STF “se tornou um ditador porque tem Lula na coleira”.

Moraes assumiu o comando do TSE em agosto de 2022, durante a campanha da última eleição presidencial. O ministro também é relator de inquérito que investiga a disseminação de fake news nas redes sociais, inclusive no X, além de ataques contra a democracia, e determinou a exclusão de perfis que endossaram as investidas golpistas e atentaram contra a Constituição

Do UOL Notícias

Presidente da Aleac prestigia 3ª Corrida Azul e destaca importância da inclusão de pessoas com autismo

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Assessoria

Encerrou neste domingo (7), com a 3ª Corrida Azul, a Semana de Conscientização do Autismo no estado do Acre. A programação iniciou na quinta-feira (4) com sessão solene na Assembleia Legislativa (Aleac) em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, atendimentos às famílias dos portadores de autismo e finalizou com a participação de dezenas de pessoas na corrida realizada pelo Instituto Águia Azul no quadrilhódromo da Arena da Floresta.

O evento foi organizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), em parceria com a Assembleia Legislativa do Acre, governo do Acre, o Instituto Águia Azul e a Acre Running. A ação tem como objetivo a promoção de atos saudáveis, sensibilização e inclusão dos portadores de transtorno do espectro autista (TEA).

O presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga, participou da Corrida Azul e destacou a importância da Semana de Conscientização do Autismo.

“Quero parabenizar o Ministério Público por essa ação de inclusão das pessoas com autismo através de atividades e atendimentos. Quero destacar o trabalho da promotora de justiça Gilcely e a Sara, do Instituto Águia Azul, pela dedicação que elas têm em busca de melhorias para os portadores de TEA. É um prazer ver pais e filhos autistas interagindo neste dia tão importante. A Aleac continuará lutando por dignidade e melhor atendimento aos autistas do nosso estado”, disse Gonzaga.

A procuradora de justiça do MP/AC, Gilcely Evangelista, agradeceu ao presidente da Aleac pela participação e afirmou que o evento reforça a necessidade de inlusão e fim do preconceito enfrentado pelas pessoas com TEA.

“Essas ações servem para abrir os olhos para a questão do autismo. Ainda tem muito para se fazer em prol das pessoas com TEA, e tenho certeza que com parcerias como essa com a Aleac e o governo avançaremos muito. Temos que acavar com o preconceito que as pessoas com TEA enfrentam. O presidente da Aleac está de parabéns por nos ajudar nesse projeto”, disse Gilcely.

A diretora do Instituto Águi Azul, Sara Moreira, que organizou a corrida, afirmou que ações como a de hoje serão realizadas mais vezes e também atendimentos às famílias que estão desassistidas pela sociedade.

“O papel do instituto é levar atendimento às famílias que estão desassistidas pela sociedade e vamos realizar mais eventos que possam levar dignidade e inclusão a um número maior de pessoas com TEA”, disse Sara.

O médico Mazinho Maciel, médico da família especialista em autismo e fundador do CENTRIN que hoje atua em Tarauacá e que ainda este ano irá inaugurar unidades em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, também destacou a importância de ações sobre conscientização do autismo.

“Os eventos organizados essa semana são de suma importância para divulgar, informar e conscientizar sobre o autismo. Além disso fortalecem as parceirias entre as instituições públicas, privadas e filantrópicas. O governo do estado do Acre, a Aleac e o MP tem exercido papéis fundamentais no apoio na promoção e manutenção dessas celebrações que comprovam a necessidade pujante de políticas públicas com finalidade terapêuticas para autistas e seus familiares”, disse o médico

Com míseros 4 mil votos em 2022, Márcio Bittar invoca seu “legado” e ataca o governo e o senador Petecão

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Foi no ato de novas filiações de partidos aliados em Senador Guiomard, neste final de semana. Inflamado, o senador Márcio Bittar chamou o senador Sérgio Petecão de traidor. E também atacou aliados do governo do estado, por defenderem uma possível aliança com o MDB.

O senador obteve 4 mil votos na eleição majoritária de 2022, quando disputou o Governo do Acre. Se diz dono de um “legado de ética e um ideal” que, segundo afirma, estão à serviço da reeleição do prefeito de Rio Branco, Tiãso Bocalom. Ele é do União Brasil, que está fragmentado após a saída do senador Alan Rick, neste final de Semana. O UB trama para indicar o vice de Bocalom, que deve ser o deputado federal interino Fábio de Rueda, pernambucano, médico, poucos conhecido dos acreanos, irmão do presidente nacional da legenda, Antônio de Rueda.

 

Omissão e desrespeito: por risco à saúde pública, Justiça manda Bocalom encerrar aterro sanitário em 150 dias

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A desembargadora e os desembargadores da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiram que o prefeito Tião Bocalom encerre as atividades do aterro de inertes de Rio Branco, localizado na Transacreana, em 150 dias, depois de apresentar um plano de trabalho elencando procedimentos para finalizar com uso do local. O município é réu numa ação civil movida pelo Ministério Público.

O TJ também decidiu que a prefeitura deve cercar a área e apresentar o plano de encerramento no prazo de 30 dias. Caso não cumpra essas ordens será penalizado com multa diária de R$ 3 mil, limitada a 30 dias.

Na decisão de relatoria do desembargador Roberto Barros foi considerado a complexidade da situação, mas foi verificado que no decorrer da ação judicial o reclamado não adotou providências efetivas para solucionar o problema e isso causa danos ambientais à comunidade local e às futuras gerações.

“Apesar das providências tomadas pela municipalidade, é certo que este não tem buscado solução de forma concreta e eficaz para solucionar a questão ambiental discutida nos autos. (…) É evidente o perigo da demora no caso concreto, na medida em que a questão ambiental discutida é capaz de trazer danos de grandes proporções à comunidade local e às futuras gerações”, está escrito na decisão publicada na edição n.°7.509, da quinta-feira, 4.

Decisão

O caso iniciou com Ação Civil Pública apresentada pelo Ministério Público do Acre (MPAC), com pedidos emergenciais para sanar as irregularidades do local com encerramento das atividades do aterro de inertes.

O reclamado concordou com as medidas propostas pelo órgão ministerial, apresentando um plano para encerramento do aterro, contudo, o MPAC argumentou que o ente municipal não fez nada de efetivo para sanar as irregularidades.

Ao longo do processo, os pedidos não foram acolhidos. Mas, agora, o Colegiado do 2º Grau da Justiça acreana deferiu parcialmente os pedidos do MPAC, observando que desde 2012 a situação gera dano ambiental.

“Inicialmente, destaca-se ser incontroverso que, há muito (desde 2012), a área em questão (lixão da transacreana) vem causando dano ambiental, na forma de poluição do solo, hídrica e atmosférica, através do lançamento de matérias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”, registrou Barros.

“Redes sociais são terra sem lei”: Alexandre de Moraes pode tirar Twitter do ar

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O dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, usou sua plataforma neste fim de semana para desafiar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ameaçando descumprir decisões judiciais e propondo sua renúncia ou impeachment.

Para Musk, Moares estaria praticando censura ao determinar a suspensão de contas do X. Já os que defendem as decisões do ministro dizem que contas foram tiradas do ar ao terem postado conteúdo criminoso, em contextos como os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro.

Na noite de domingo (7/3), Moraes reagiu determinando que Musk seja investigado. O ministro decidiu incluir o dono do X no inquérito que investiga a existência de milícias digitais e também abriu um novo inquérito para apurar se o empresário cometeu crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.

Além disso, estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil por cada perfil da rede social que venha a ser desbloqueado, em descumprimento de decisão do STF ou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E frisou a possível responsabilização dos responsáveis legais pela empresa no Brasil caso isso ocorra.

“AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI! AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA DE NINGUÉM!”, escreveu Moraes, em caixa alta, na decisão.

A série de declarações contra o ministro levantou especulações de que a plataforma possa ser retirado do ar pela Justiça. Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, isso de fato pode acontecer caso a empresa deixe de cumprir decisões judiciais, embora a suspensão da plataforma seja uma medida inadequada na visão de alguns juristas.

Para Bruna Santos, gerente de campanhas global na Digital Action e integrante da Coalizão Direitos na Rede, o Marco Civil da Internet permite que a Justiça bloqueie uma plataforma caso não seja cumprida uma determinação judicial para remoção de conteúdo.

“O Musk age para provocar mesmo o Judiciário brasileiro. Ele tenta romper com o movimento de compliance (cumprimento) das normas brasileiras. Acho que a chance de bloqueio do X é real”, nota Santos.

O advogado especialista em liberdade de expressão e professor da PUC/SP André Marsiglia também considera possível um bloqueio temporário do Twitter, já que outras plataformas já foram suspensas no país por descumprimento de decisão judicial, como o Telegram e o WhatsApp.

Ele, porém, considera censura o bloqueio de uma plataforma. Na sua visão, a Justiça deve usar outros meios para punir quem descumpre decisões, como aplicar multas à empresa.

“No momento em que você suspende o serviço da plataforma, você pune o usuário também, inclusive o usuário que usa adequadamente a plataforma. Como as plataformas são canais de veiculação da expressão, (ao bloquear o serviço) você cerceia a liberdade de expressão e, portanto, comete censura”, avalia.

O que provocou a ofensiva de Musk?

Moraes ganhou protagonismo nas decisões que restringem redes sociais no país por ser o relator de inquéritos que investigam ataques aos três Poderes e uma suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os alvos dessas investigações estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores.

Além disso, também tomou decisões contra usuários das plataformas na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, com a justificativa de coibir a disseminação de notícias falsas durante as eleições.

Alguns dos bolsonaristas que já tiveram suas contas bloqueadas no antigo Twitter são a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o ex-parlamentar Roberto Jefferson e o empresário Luciano Hang.

Essas decisões viraram alvo de críticas de Musk neste fim de semana após informações internas do antigo Twitter a respeito do cumprimento de decisões judiciais brasileiras terem sido divulgadas a partir de quarta-feira (3/4).

Por 11 votos a 0, STF decide que Forças Armadas não são poder moderador

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O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, por unanimidade, um esclarecimento sobre os limites para a atuação das Forças Armadas.

Por 11 votos a 0, a Corte decidiu que a Constituição não permite uma “intervenção militar constitucional” e nem encoraja uma ruptura democrática.

O esclarecimento foi feito em uma ação do PDT, relatada pelo ministro Luiz Fux e julgada em plenário virtual. O julgamento termina às 23h59 desta segunda (8), mas todos os ministros já votaram.

Com o resultado, o STF também rejeita a tese de que as Forças Armadas seriam um “poder moderador” – ou seja, uma instância superior para mediar eventuais conflitos entre Legislativo, Executivo e Judiciário.

O ministro Flávio Dino, por exemplo, afirmou no voto que é preciso eliminar “quaisquer teses que ultrapassem ou fraudem o real sentido do artigo 142 da Constituição Federal, fixado de modo imperativo e inequívoco por este Supremo Tribunal”.

“Com efeito, lembro que não existe, no nosso regime constitucional, um ‘poder militar’. O poder é apenas civil, constituído por três ramos ungidos pela soberania popular, direta ou indiretamente. A tais poderes constitucionais, a função militar é subalterna, como aliás consta do artigo 142 da Carta Magna”, afirmou Dino.

 

Dino chegou a propor, no voto, que a eventual decisão do STF fosse enviada “para todas as organizações militares, inclusive Escolas de formação, aperfeiçoamento e similares” para combater a desinformação. Apenas 5 dos 11 ministros votaram nesse sentido, no entanto – ou seja, não houve maioria.

Maioria dos ministros do STF vota pelo entedimento que a Constituição não prevê atuação das Forças Armadas como poder moderador

O artigo 142 da Constituição diz:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Os ministros julgaram uma ação que questiona pontos de uma lei de 1999 que trata da atuação das Forças Armadas.

O partido contestou três pontos da lei:

  • hierarquia “sob autoridade suprema do presidente da República”;
  • definição de ações para destinação das Forças Armadas conforme a Constituição;
  • atribuição do presidente da República para decidir a respeito do pedido dos demais Poderes sobre o emprego das Forças Armadas.

Toffoli: ‘poder moderador’ é aberração jurídica

 

Último a votar, o ministro Dias Toffoli afirmou que, entre o final do Império até a redemocratização e refundação do Estado brasileiro pela Constituição de 1988, as Forças Armadas, por vezes, usurparam e se arvoraram em um fictício “poder moderador”, ou mesmo, como no período entre 1964 a 1985, assumiram o poder – “atribuições as quais a elas jamais foram constitucionalmente concedidas”.

Para o ministro, o poder moderador das forças armadas “trata-se de ideia que infelizmente reapareceu na pena e no desejo de “alguns”, a partir de uma leitura equivocada do art. 142 da Constituição, no sentido de que as Forças Armadas seriam (falsamente – é importante reiterar) árbitras de conflitos institucionais”

“Para além de se tratar de verdadeira aberração jurídica, tal pensamento sequer encontra apoio e respaldo das próprias Forças Armadas, que sabiamente têm a compreensão de que os abusos e os erros cometidos no passado trouxeram a elas um alto custo em sua história”.

Toffoli disse que garantir um poder moderador aos militares seria violar a democracia.

“Superdimensionar o papel das Forças Armadas, permitindo que estas atuem acima dos poderes, é leitura da Constituição de 1988 que a contradiz e a subverte por inteiro, por atingir seus pilares – o regime democrático e a separação dos poderes. Residiria nisso um grande paradoxo: convocar essas forças para atuar acima da ordem, sob o argumento de manter a ordem, seria já a suspensão da ordem democrática vigente”, escreveu.

 

No primeiro voto incluído no julgamento, Fux ressaltou que a Constituição não autoriza o presidente da República recorrer às Forças Armadas contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, e que também não concede aos militares a atribuição de moderadores de eventuais conflitos entre os três poderes.

“Qualquer instituição que pretenda tomar o poder, seja qual for a intenção declarada, fora da democracia representativa ou mediante seu gradual desfazimento interno, age contra o texto e o espírito da Constituição”, diz Fux no voto.

Relator, Fux já havia concedido, em 2020, uma decisão individual sobre os critérios para o emprego das Forças Armadas.

Agora, no voto, o ministro defendeu que o Supremo estabeleça que:

  1. a missão institucional das Forças Armadas na defesa da Pátria, na garantia dos poderes constitucionais e na garantia da lei e da ordem não acomoda o exercício de poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
  2. a chefia das Forças Armadas é poder limitado e não pode ser utilizada para indevidas intromissões no funcionamento independente dos outros poderes;
  3. a prerrogativa do presidente da República de autorizar o emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou por intermédio dos presidentes do STF, do Senado ou da Câmara dos Deputados não pode ser exercida contra os próprios poderes entre si;
  4. o emprego das Forças Armadas para a “garantia da lei e da ordem” presta-se ao excepcional enfrentamento de grave e concreta violação à segurança pública interna, em caráter subsidiário, após o esgotamento dos mecanismos ordinários e preferenciais de preservação da ordem pública.

Fux diz que Forças Armadas não são ‘poder moderador’ em eventual conflito entre poderes

Para Fux, apesar da lei mencionar que o presidente da República tem “autoridade suprema” sobre as Forças Armadas, essa autoridade “não se sobrepõe à separação e à harmonia entre os poderes”.

O ministro ressaltou que nenhuma autoridade está acima das demais ou fora do alcance da Constituição, sendo que essa expressão de autoridade suprema trata da “relação a todas as demais autoridades militares, mas, naturalmente, não o é em relação à ordem constitucional”.

O relator afirmou que para situações de grave abalo institucional, a Constituição prevê regras excepcionais, condicionadas a controles exercidos pelo Legislativo ou pelo Judiciário.

“Dessa forma, considerar as Forças Armadas como um “poder moderador” significaria considerar o Poder Executivo um superpoder, acima dos demais, o que esvaziaria o artigo 85 da Constituição e imunizaria o Presidente da República de crimes de responsabilidade”, escreveu o ministro.

 

“A exegese do artigo 142 em comento repele o entendimento de uso das Forças Armadas como árbitro autorizado a intervir em questões de política interna sob o pretexto de garantir o equilíbrio ou de resolver conflitos entre os poderes, uma vez que sua leitura deve ser realizada de forma sistemática com o ordenamento pátrio, notadamente quanto a separação de poderes, adotada pela própria Constituição de 1988, não havendo que se falar na criação de um poder com competências constitucionais superiores aos outros, tampouco com poder de moderação”, completou.

O ministro afirmou que as Forças Armadas não são um Poder da República, mas uma instituição à disposição dos Poderes constituídos para, quando convocadas, agirem instrumentalmente em defesa da lei e da ordem.

“Qualquer instituição que pretenda tomar o poder, seja qual for a intenção declarada, fora da democracia representativa ou mediante seu gradual desfazimento interno, age contra o texto e o espírito da Constituição”, disse.