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Gonzaga promove acordo para nova rota comercial com o Peru de olho em baixo custo e mais qualidade dos produtos

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No último final de semana, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, Luiz Gonzaga, acompanhado pelo representante da Secretaria de Indústria do Acre, Marcos Moraes, pelo superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Acre, Paulo Trindade, e pelo empresário Alejandro Salinas, esteve em Pomata, no Peru. O objetivo da visita foi fortalecer as relações comerciais entre as regiões e retribuir a visita dos representantes peruanos ao Acre, fomentando a demanda por produtos locais a serem exportados diretamente de Puno.

Atualmente, a truta que chega ao Acre percorre mais de 7.500 quilômetros, enquanto a nova rota comercial proposta reduziria essa distância para no máximo 1.100 quilômetros, resultando em um produto mais fresco, barato e de melhor qualidade. A produção média de truta na região de Puno é de mil toneladas por mês, operando com apenas 50% da capacidade total. Grande parte dessa produção é exportada ilegalmente via Bolívia para o Chile, que então reexporta como produto chileno. Em 2018, antes da pandemia, a produção oficial registrada foi de mais de 48 mil toneladas, sem contar o contrabando.

Durante a visita, o deputado Luiz Gonzaga destacou a importância dessas iniciativas bilaterais para a economia do Acre. “Primeiro, temos que organizar nossas EPRs para montar uma estrutura que beneficie essa truta, visando vender não só para o Acre, mas para todo o Brasil. Atualmente, eles estão produzindo metade da sua capacidade e podem produzir muito mais se houver mercado. Estamos convidando-os para participar da nossa Expo Acre, onde poderão apresentar seus produtos à população acreana”, disse Gonzaga.

O presidente também agradeceu todo o apoio e esforço do governador Gladson Cameli. “O governador Gladson Cameli é um entusiasta dessa integração entre o Brasil e o Peru, principalmente com relação a essa relação comercial. Tem um potencial muito grande, o Peru tem muitos produtos que nos interessam, principalmente na área de pescado, frutas e verduras. Muitas coisas do lado do Acre interessam aos peruanos. Hoje, a Dom Porquito, por exemplo, já está exportando suíno, já está exportando frango, já está vendo também a exportação de milho, soja e ração. E o governador Gladson Cameli está na frente de tudo isso”, enfatizou Gonzaga.

Marcos Moraes, representante da Secretaria de Indústria do Acre (SEICT), ressaltou a necessidade de estruturar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) para atender à nova demanda. “A ZPE está dentro da SEICT, então precisamos organizar para que a ZPE funcione de fato, montando câmaras frigoríficas para armazenar esse pescado. O Acre sozinho não absorve toda essa produção. Rondônia, Mato Grosso, Amazonas, todos são potenciais mercados. Estamos falando de 30 milhões de pessoas na região Norte. Precisamos deixar de comprar peixe de São Paulo, quando temos peixe aqui ao lado. Atualmente, o peixe sai do Peru, vai para a Bolívia, depois para São Paulo, Mato Grosso, e só então volta ao Acre. Precisamos inverter esse fluxo. Estamos a pouco mais de mil quilômetros do Acre, então precisamos trabalhar nisso”, afirmou Moraes.

O empresário Alejandro Salinas enfatizou a importância da relação comercial para ambas as regiões. “A relação é muito importante porque hoje o Peru se abastece de produtos do Canadá e da Argentina, mas pode trazer produtos brasileiros pela Interoceânica. O Brasil, que também se abastece com produtos da Argentina e do Sul, poderia receber produtos dos Andes, a apenas 1.100 quilômetros do Acre. A iniciativa do governo em fomentar essa relação ajuda a agilizar trâmites e burocracias na fronteira. A criação de um ponto de inspeção sanitária para proteína animal na ZPE facilitará muito, permitindo trazer frutos do mar do Pacífico peruano e truta salmonada diretamente para o Acre em menos de dois dias, a um custo cerca de 50% menor do que o praticado atualmente. Esse posto de vigilância na ZPE será fundamental para o desenvolvimento da região do Lago Titicaca e de Puno, assim como para os consumidores do Acre”, comentou Alejandro.

A visita reforça o compromisso do Acre em fortalecer a integração econômica com os países vizinhos, promovendo o desenvolvimento regional e oferecendo produtos de qualidade a preços competitivos.

Por Willamis França

Julho será o mês mais frio do ano

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inverno começou atípico em grande parte do Brasil, com clima instável, altas temperaturas e chuvas volumosas concentradas nos extremos do país, como no extremo norte da região Norte, no leste do Nordeste e no Rio Grande do Sulmas julho será diferente. O mês será o mais frio do ano. Confira a previsão completa!

Segundo o MetSul, a frente fria deve chegar depois de uma sequência de temperaturas “muito acima da média”, como vem acontecendo em junho. Apesar da chuva aumente em alguns pontos do Brasil, o inverno é caracterizado por um clima mais seco, o que será observado em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do sul da Região Norte, o interior da Região Nordeste e o oeste da Região Sul.

Previsão do tempo por região

 

Centro-Oeste e Sudeste

 

Segundo o Inmet, há previsão de tempo quente e seco para as primeiras semanas do mês no Sudeste e Centro-Oeste. Em São Paulo, uma frente fria pode avanças e provocar chuvas, principalmente no litoral paulista. A previsão também indica chuvas fracas no sul do Mato Grosso do Sul. Em regiões como o norte de Goiás, as temperaturas devem ficar dentro ou ligeiramente abaixo da média, entre 20°C e 22°C.

A redução da chuva em grande parte do Brasil nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco, que ocasiona a diminuição da umidade relativa do ar, que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, além do aumento do risco de doenças respiratórias.

Em regiões altas do Sudeste devem ser registradas geadas provocadas por massas de ar frio comuns no mês.

Sul

A perspectiva para a região Sul em julho é de chuvas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no centro-sul do Paraná, além de ventos fortes e queda de granizo.

A região vai ter anomalias positivas nas chuvas durante o mês, ou seja, ter entrada de umidade maior do que o comum para o inverno. A região da Serra Gaúcha pode receber 60 milímetros de águas acima da média.

Nordeste

 

Em relação às chuvas, a previsão no Nordeste é de redução das precipitações em grande parte da região, algo comum para julho. As temperaturas devem ser amenas, um pouco abaixo da média para o mês, entre 20°C e 22°C. O Nordeste teve um junho uma série de instabilidades e temporais causados por massas de umidade que infiltraram o litoral nordestino.

Norte

 

As chuvas devem ficar acima da média na região Norte, as próximas semanas serão de pancadas de chuvas, ocasionadas pela combinação do calor e alta umidade. Serão afetadas áreas do noroeste do Amazonas e do Pará, e os estados de Roraima e Amapá. A área está desde o mês de junho sob o efeito da Zona de Convergência Intertropical, que aumenta os índices pluviométricos em regiões equatoriais.

O sul do Norte segue a tendência do Centro-Oeste, com poucas chuvas e temperaturas altas, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 26ºC.

Efeitos no agronegócio

Com previsão de redução da chuva em grande parte do Brasil, deve haver a redução dos níveis de umidade no solo, principalmente no Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do centro-norte do Paraná.

Este cenário poderá ocasionar restrição hídrica para as lavouras de milho em estágio reprodutivo e trigo em desenvolvimento, especialmente na região central do país.

Por outro lado, a falta de chuva no interior do Nordeste e Região Centro-Oeste, pode favorecer a maturação e colheita do algodão, e da cana-de açúcar e do café na Região Sudeste.

A atenção deve ser para a previsão de chuva acima da média em áreas do leste da Região Sul, principalmente o nordeste do Rio Grande do Sul, que vem sendo atingido por fortes chuvas nos últimos meses, e que ainda poderão dificultar a semeadura do trigo.

Globo.com

Homem de 29 anos foi torturado antes de ser carbonizado, diz polícia

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O corpo encontrado ao lado de um carro carbonizado, na madrugada deste domingo, 30, foi identificado. Segundo a polícia a vítima é Jefferson Lima da Silva, de 29 anos. As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas. O cadáver foi encontrado em uma área de mata, no loteamento Farhat, no segundo distrito da cidade. Jefferson estava com as mãos amarradas para trás e com uma venda nos olhos. Os indícios colhidos no local do crime apontam que Jefferson foi torturado antes de ser assassinado. O carro carbonizado, encontrado ao lado do corpo da vitima foi furtado em Senador Guiomard. A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso.

Universitário recebe PIX de R$ 100 mil e devolve o valor: “não fiz nada demais”

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Imagina receber uma notificação bancária de um PIX de R$ 100 mil enviado por engano? O estudante universitário Genésio Alves de Araújo Júnior, de 25 anos, foi surpreendido no final da tarde da quarta-feira (26), em São Carlos (SP), e devolveu o valor no dia seguinte a uma pessoa desconhecida.

O valor foi transferido “sem querer” e assim que o depósito caiu na conta, o banco o bloqueou por medida de segurança.

“Na hora minha conta já foi bloqueada, não consegui ver quem me enviou, nem estornar, só pensei ‘como vou explicar isso pra Receita?’. No dia seguinte, o homem que me enviou o PIX sem querer me mandou vários áudios e me ligou pedindo que eu devolvesse o valor. Ele me mostrou o comprovante. Eu acho que não fiz nada de mais, era o que eu iria fazer de qualquer forma”, contou Genésio, que faz engenharia elétrica na UFSCar.

 

Como o depósito foi feito no final da tarde, Júnior aguardou o banco abrir no dia seguinte para resolver a situação com o gerente.

“Eu só não estornei na hora porque minha conta foi bloqueada e tive que esperar o banco abrir. Como nunca tinha movimentado uma quantia tão grande, o banco bloqueou por suspeita de fraude”, disse.

Estrangeiro desconhecido

 

Segundo Júnior, o homem era um estrangeiro e não falava muito bem a língua portuguesa. “Ele não explicou o motivo do erro, tentou falar em português e só me disse que tinha feito o PIX errado”, comentou.

O universitário contou que no final das contas saiu no “prejuízo” porque teve que gastar com carro de aplicativo para ir até o banco.

“O único prejuízo que tive foi que paguei um Uber para ir até o banco, porque moro longe. Pedi para o homem me pagar R$ 20 da corrida, mas ele sumiu depois disso”, contou rindo.

 

A atitude nobre também virou alvo de brincadeiras dos amigos do estudante. “Eu contei para eles e riram bastante. Falaram que era a oportunidade para eu fugir para o Paraguai”, lembrou.

Um boletim de ocorrência foi registrado pelo universitário.

Coletiva Acreana de Teatro Es Tetetas ganha Prêmio Nacional de Diversidade Cultural Sérgio Mamberti 

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Espalhando amor, palavras, lutas e vivências cotidianas da comunidade LGBT, a Coletiva de Teatro Es Tetetas ganhou o Prêmio de Diversidade Cultural Sérgio Mamberti, do Governo Federal, em primeiro lugar na região norte, com a produção do espetáculo Faces Distópicas que representa as várias faces da transfobia e distopia social que atravessam o corpo vivo de pessoas trans e travestis na sociedade brasileira.

Es Tetetas ganharam o prêmio na categoria: grupos/coletivos e instituições privadas sem fins lucrativos de natureza ou finalidade cultural de LGBTQIA+. O resultado da premiação foi anunciado em abril pelo governo federal. Em celebração à conquista, neste 28 de junho, dia que celebra o Orgulho LGBTQIA+ em todo o mundo, a coletiva disponibiliza novo calendário de apresentações do espetáculo Faces Distópicas. 

O grupo é formado por três jovens atrizes Sarah Bicha, Brenn Souza e Bia Berkman que se conheceram no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Acre (Ufac), em 2018, e tiveram como ponto em comum a necessidade de ter um espaço para expressar seus sentimentos e ideias. A coletiva já passou por mudanças nas integrantes e hoje também conta com a participação de Caroline de Jesus, atriz formanda na Ufac.

“Tentamos trabalhar em alguns grupos, eu passei em alguns, mas tive vários problemas de raça, com as questões de bissexualidade e piadinhas. Eu sempre estava em um lugar de um teatro branco, falando sobre a França, sobre o teatro Elisabetano. Eu me identificava, mas mesmo assim eu queria falar sobre as vivências bissexuais, sapatônicas das minhas vivências”, relembra a atriz, produtora, diretora e cofundadora da Coletiva, Sarah Bicha.

Compartilhando ideias subversivas, de quebra de padrões, o primeiro trabalho das atrizes foi o espetáculo “As Malcriadas”, inspirado no texto de Jean Genet “As Criadas”. Na trama, duas irmãs travestis [as malcriadas] trabalham no ateliê de uma madame. As apresentações marcaram o nascimento da Coletiva de Teatro Es Tetetas que hoje está em fase de transição de nomeação para Grupo de Teatro Tetetas.

Para a coletiva, levar espetáculos com mensagens sobre aceitação, amor próprio e preconceito é algo que sempre fará parte das produções, ainda mais com a boa recepção e acolhimento do público, principalmente o LGBTQIA+: “Quando o público majoritariamente LGBT encontra um espetáculo Drag no teatro, que geralmente a gente faz nas periferias, é de acolhimento, é de família. A gente se sentiu acolhida pelo público e assim como muitos nos falam, eles se sentiram acolhidos e representados também”, fala a atriz, aderecista e artesã, Bia Berkman. 

“Uma coisa que todos os nossos espetáculos têm é perfeição e afirma mais ainda que sim, por mais que sejamos pessoas pretas, LGBTs, que vem da periferia, do interior, que foram podadas de acesso durante toda sua vida, a gente consegue sim entregar excelência. O que queremos é mostrar que nós podemos sim ocupar esses espaços, não só no teatro, mas no audiovisual, na música, na dança, no artesanato, entre outros. E dizer que nós, pessoas que são majoritariamente à margem, somos centro e a maior prova disso é o Prêmio Sérgio Mamberti”, destacou Brenn Souza. 

Brenn celebra e destaca que a conquista de uma coletiva de três pessoas, da capital do Acre, mega oeste da Amazônia e de difícil acesso, ter sido premiada nacionalmente, entre centenas de projetos inscritos: “A gente quer mostrar isso para as pessoas que se nós conseguimos, elas conseguirão também. E se precisar é só colar com a gente que te ajudamos a chegar nesse lugar”. 

Memórias coletivas

Emocionada com a trajetória, Sarah recorda quando iniciaram a construção dos primeiros trabalhos: “Lembro da gente fazendo cartaz sem saber fazer design, a gente se metendo a figurinista, a fazer cenografia sem ser cenógrafa, mas porque queria entregar alguma coisa. Lembro da gente fazendo vídeo para apresentar o local e a data do espetáculo. Gravamos no Canal da Maternidade, no Parque do Tucumã e foi uma coisa tão amadora, mas a gente se sentia tão bem no que estava fazendo”, relembra. 

Ela recordou do início das participações nas Câmaras Temáticas, quando as iniciantes não sabiam o que, de fato, significava. Assim como recorda as questões que enfrentaram ao se associarem à Federação de Teatro do Acre (Fetac).

Em uma nova forma de comunicar, as divas lembram ainda momentos históricos e importantes para a comunidade LGBT, como o Pajubá, a linguagem das ruas das travestis. Segundo Brenn, o dialeto tem uma origem africana e surge como código para as travestis na Operação Tarântula, quando o Brasil passava pelo regime militar. 

“Era um código que as travestis usavam para se comunicar sem que as pessoas soubessem o que elas estavam conversando. Foram ferramentas de segurança para que elas se comunicassem entre si sobre perigos, assaltos e afins. É um dicionário gigantesco, que se chama Aurélia, e tem variações em cada região. O do Acre é muito específico, lógico que como toda língua portuguesa tem conectivos de palavras, mas tem sua regionalidade”, detalhou a atriz, maquiadora, produtora, diretora e cofundadora da Coletiva, Brenn Souza. 

Desde que iniciaram, a Coletiva já ofereceu ao público diversas oficinas, inclusive na época da pandemia, onde o curso foi ministrado on-line e o número de inscritos superou o esperado pelas atrizes. Recentemente, o grupo participou do Festival Fetac em Cena Tarauacá-Envira, com o espetáculo Faces Distópicas. 

Por que Tetetas

“Se a gente for parar para pensar, na sociedade peitos/tetas são tabus. E são só tetas que todo mundo tem ou não tem, por diversos motivos. Aí trazendo para as trans e travestis, eu 

questionei qual a primeira parte do corpo de um pessoa trans e travesti que, geralmente, incomoda. Não é generalizando que seja só e sempre isso, mas uma parte que incomoda, ao meu ver, são as tetas. Ou querer ter tetas maiores ou tirar as tetas. Daí fiquei pensando em tetas, não lembro de onde surgiu a sílaba ‘te’ a mais para ficar Tetetas, mas ficamos assim”, disse Brenn.

Outro ponto que a Coletiva falou foi sobre as tetas serem sempre usadas para atos revolucionários entre as cisfeministas ou as transfeministas. E o ‘Es’ foi com a ideia de deixar neutro. As atrizes afirmam ainda que estão muito felizes com a jornada percorrida e as conquistas alcançadas, e a partir de agora a Coletiva visa participar de outros festivais fora da capital. 

“É só o começo de uma nova era. Eu vejo hoje Es Tetetas como uma nova Coletiva que tem tudo pra ganhar voos. Já começamos a quebrar a barreira Acre e desejamos amor e sucesso para todas nós”, finaliza Brenn.

Novas apresentações

E para celebrar o orgulho LGBT+, comemorado neste mês de junho, a coletiva disponibiliza novo calendário de apresentações no bairro Sobral, na periferia de Rio Branco, onde o grupo mais atuou desde seu nascimento. As apresentações são gratuitas e têm acessibilidade em Libras. Confira:

Teatro Barracão Matias

Apresentação Faces Distópicas: 10 e 17/08 (sábado) 

🕢Horário: 19h30 

Sinopse: Transitando entre o que é real e ficção, Faces Distópicas narra momentos de loucura e sanidade que permeiam a vida de Fernanda, revelando as várias faces da transfobia e distopia social que atravessam o corpo vivo de pessoas trans e travestis na sociedade brasileira.

Oficina de Iniciação Teatral para pessoas LGBT: dia 24/08 (sábado) 

🕢Horário 14h às 17h

 

Para conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo siga @tetetas.grupodeteatro no Instagram.

Morre Bras Pires, fundador das Lojas Utilar, aos 97 anos

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A família Pires, tradicional no Acre, emitiu nota comunicando o falecimento de seu patriarca, Braz Pires Luz, aos 97 anos, ocorrido em Marília (SP). Um dos empreendedores mais prósperos da região, Braz fundou o grupo Utilar, um pool de lojas de eletrodomésticos nos anos 70 e 80 com matriz na capital e filiais em várias cidades do Acre. Leia abaixo:

Com profunda tristeza comunicamos o falecimento do nosso amado patriarca, Braz Pires da Luz Filho. Neste momento de dor, nos unimos em oração e solidariedade para confortar a família, amigos e colaboradores.

Braz foi um homem exemplar, dedicado à sua família e ao trabalho. Ao lado de sua companheira de vida, dona Gertrudes, ele gerou 9 filhos e construiu uma família que hoje conta com quase cem pessoas. Como comerciante e produtor rural, Braz foi o fundador das lojas Utilar, com unidades em diversos estados, e se destacou no plantio de café em São Paulo, na pecuária na Amazônia, e no cultivo de soja e milho com seus filhos.

Suas paixões eram a família, o trabalho, um bom churrasco aos domingos e torcer pelo seu time, o São Paulo. Braz nos deixou um dia antes de completar 98 anos, mas seu legado de responsabilidade e amor permanecerá para sempre em nossos corações.

Obrigado por tudo, Braz. Sua presença será eternamente lembrada e seu amor continuará a nos guiar. Descanse em paz.

Justiça do Acre manda prender militares do Gefron que mataram enfermeira a tiros

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A Justiça do Acre decretou as prisões preventivas dos sargentos Cleonizio Marques Vilas Boas e Gleyson Costa de Souza, denunciados pela morte da enfermeira Jessica Melo.
A decisão foi do juiz da Comarca de Senador Guiomard. Os dois policiais estavam em liberdade desde 24 de janeiro deste ano, após decisão da Câmara Criminal do TJ.
Cleonizio Marques e Gleyson Costa foram denunciados no início desta semana pelo Ministério Público do Acre pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Consta na denúncia que os dois militares foram os responsáveis pelos disparos que mataram a enfermeira Jessica Melo.
O crime aconteceu em dezembro do ano passado, na zona rural de Senador Guiomard.
A enfermeira teria furado uma barreira policial e passou a ser perseguida por várias equipes. Os sargentos que integravam o GEFRON atiram várias vezes no carro de Jessica.

O calabouço do STF e a troca de zap entre ministros

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Confissões de Toffoli e Barroso no julgamento sobre maconha escancaram a velha combinação nos bastidores do Supremo
Passou despercebido na imprensa amiga, mas a combinação entre ministros do Supremo Tribunal Federal foi confessada duas vezes no julgamento sobre a descriminalização da maconha:

Dias Toffoli disse ter enviado “áudio” a “Vossa Excelência” sobre seu voto:

“Foi aí que muitas pessoas interpretaram o meu voto como criminalizante, pelo fato de eu não entrar na [questão da] quantidade. Muito pelo contrário. Eu até, em mensagem a Vossa Excelência, hoje pela manhã, de áudio, eu disse: o meu [voto] é o mais radical de todos. O meu [voto] é descriminalizante para todas as drogas no que diz respeito a usuários.”

Luis Roberto Barroso, atual presidente do STF, anunciou que a definição da quantidade para distinguir tráfico e consumo veio de “acordo interno”:

“Nós havíamos chegado a um acordo interno, que precisa evidentemente ser ratificado na sessão pública, de ficarmos a um meio caminho [ou seja, entre as demais sugestões de 25 ou 60 gramas, aventadas na Corte] de 40 gramas, que é a quantidade adotada no Uruguai, que é a experiência [de] que nós temos notícia.”

Imagine se juízes da Lava Jato, incluindo os desembargadores agora afastados do TRF-4 pelo Conselho Nacional de Justiça, tivessem falado de “acordo interno” e “mensagem de áudio” sobre os próprios votos, em julgamentos de políticos e empresários investigados por corrupção. As falas teriam passado batido?

O STF virou cartório?

Barroso ainda tentou afetar preocupação com a transparência, alegando que o acordo interno “precisa evidentemente ser ratificado na sessão pública”. O STF, por acaso, virou cartório? O Supremo é um almoxarifado de luxo, onde se dá carimbo formal? A sessão pública, na verdade, deveria ser o local de argumentação e debate, não de ratificação de articulações políticas de bastidor, feitas longe dos olhos da sociedade.

Mas não é de hoje que ministros do Supremo combinam votos em privado.

Qual é o histórico de troca de mensagens no STF?

Em 23 de agosto de 2007, dois anos antes de o WhatsApp chegar ao Brasil, O Globo circulou com uma bomba na primeira página da edição impressa: Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia foram flagrados combinando votos pelo sistema interno de troca de mensagens, na sessão em que era analisada a denúncia contra os 40 acusados do mensalão do PT.

“A história dessa reportagem começou dois dias antes de ser publicada. A repórter Carolina Brígido comentou na redação, quando discutíamos a cobertura a ser dada ao julgamento do mensalão, que os ministros do STF tinham o hábito de ficar consultando sites e trocar e-mails durante as sessões em plenário. O coordenador de Fotografia, Sérgio Marques, orientou então o fotógrafo Roberto Stuckert Filho a mirar as lentes para as telas dos computadores dos ministros. Quando o material chegou à redação, viu-se que as conversas não eram despretensiosas, como imaginávamos. Quando as reconstituímos, vimos que havia ali trechos em que os votos eram combinados”, lembrou Sérgio Fadul, chefe de Redação da sucursal de Brasília, em matéria sobre o prêmio Esso de jornalismo daquele ano, vencido pelo Globo em razão do flagrante.

Lewandowski foi flagrado duas vezes em uma semana?

Uma semana depois da reportagem, em 30 de agosto de 2007, a Folha revelou outro flagrante envolvendo Lewandowski: em conversa telefônica na noite do dia 28, ele “reclamou de suposta interferência da imprensa no resultado do julgamento que decidiu pela abertura de ação penal contra os 40 acusados” do mensalão.

Segundo o então ministro do STF indicado por Lula, “a tendência era amaciar para o [petista José] Dirceu”, mas “a imprensa acuou o Supremo”, “todo mundo votou com a faca no pescoço”. Lewandowski foi o único a divergir do relator, Joaquim Barbosa, quanto à imputação do crime de formação de quadrilha, registrou a repórter Vera Magalhães em sua matéria.

Qual foi a reação do STF aos flagrantes de conversas de ministros?

“Desde então, o tribunal cercou-se de cuidados”, escreveu Brígido no Globo, em 2012.

“Uma das providências foi impedir que fotógrafos e cinegrafistas transitassem livremente pelo plenário. Nesta quinta-feira [1 de agosto daquele ano], eles podem ocupar uma área restrita o fundo do recinto. Quando viram suas mensagens publicadas no jornal, alguns ministros acabaram mudando a linha do voto e réus admitiram mais tarde que a divulgação mudou o rumo da sessão.

Após o episódio, boa parte dos ministros se tornou adepta dos bilhetinhos escritos em papel. Na época, a presidente da Corte era a hoje aposentada ministra Ellen Gracie.

Com a posse de Gilmar Mendes, veio a restrição do espaço destinado aos profissionais de imagem. Foi quando os ministros voltaram a usar o sistema interno de troca de mensagens.”

Isso mesmo: a decisão que garantiu a volta da troca de mensagens entre ministros do STF, com a restrição, ou melhor, retaliação à imprensa então vigilante, veio quando a presidência da Corte passou a ser exercida, em 2008, por Gilmar, o mesmo que vocifera contra a Lava Jato com base em ilações, jamais confirmadas pelo devido processo legal, sobre o conteúdo não autenticado de mensagens roubadas.

A imprensa deixou de ser vigilante?

Bons tempos aqueles em que as combinações no STF não passavam despercebidas, a imprensa acuava o Supremo e impelia os ministros a fazerem o certo, votando “com a faca no pescoço” contra corruptos poderosos.

Hoje, todos estão impunes e as confissões de combinação não ganham nem nota de rodapé. Mas os brasileiros já podem ficar tranquilos, queimando 40 gramas de maconha, ou seja, de 40 a 133 baseados, até a última ponta, porque “nós temos notícia” de que no Uruguai foi assim.

Felipe Moura Brasil – diretor de jornalismo

O Antagonista, jornalismo vigilante.

Pecuaristas e agricultores do Quixadá profetizam últimos momentos da Gestão Bocalom: “será demitido em outubro”

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Um grupo de pecuaristas e pequenos produtores rurais da Estrada do Quixadá decidiu que “a paciência acabou”. Profetizam, em vídeo, os últimos dias da administração do prefeito Tião Bocalom (Rio Branco). Os motivos são os mesmos que levaram milhares de famílias a bloquear estradas vicinais e ramais ao longo dos quase 4 anos de governo municipal, causando transtornos à população. Assista acima

 

Urgente: Bocalom é ouvido na delegacia por suspeita de fraude em licitações

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, será ouvido pelo delegado Alex Dane, as 9:40h desta manhã, em investigação de fraude em processos licitatórios.

O depoimento será na sede da Associação dos Delegados (Adepol). Seria na Delegacia de Combate à Corrupção da Polícia Civil, mas os advogados do prefeito rejeitaram que ele comparecesse em ambiente “tumultuado”, a fim de evitar exposição e registro da imprensa.

A Direção de Polícia Civil não detalhou a denúncia que levará o prefeito a explicar supostas corrupções em seu governo. Outros suspeitos listados na denúncia estão sendo intimados a comparecer na delegacia.

Reportagem em atualização