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A suspeita conexão entre advogados assessores de políticos que tentam tomar o poder e o delegado federal da Operação Ptolomeu

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O ex-deputado federal Léo de Brito

Um dossiê obtido com exclusividade por o oseringal revela as relações suspeitas – e perigosas – entre advogados ligados a políticos locais, adversários do governador Gladson Cameli, e delegados que atuam na Operação Ptolomeu. As fontes ouvidas, entre elas operadores do Direito que por razões óbvias pedem anonimato, sugerem que a conexão entre os atores desta reportagem pode comprometer as investigações “por haver indícios de um plano com viés de vingança e com pretensão de desestabilizar o governo acreano.

O advogado Kaius Marcello

Abaixo, a íntima ligação deles com o ex-deputado federal Léo de Brito e a ex-deputada Mara Rocha e ao seu irmão, o ex-vice-governador Major Rocha, e um delegado da Polícia Federal responsável por inquéritos da operação Ptolomeu.

De acordo com o dossiê recebido pela equipe de oseringal, a história envolve os advogados Kaius Marcellus e Samara Mota e os delegados Itawan Pereira e Jacob Neto.

O delegado da PF Itawan

O delegado da PF Itawan Pereira foi assessor parlamentar do ex-deputado federal Léo de Brito e atuou na Operação Ptolomeu.

Kaio Marcellus, advogado dos irmãos Rocha, é irmão do delegado federal Itawan. Ele foi coordenador jurídico da candidata Mara Rocha ao Governo do Acre, e também é sócio da advogada Samarah Mota.

Samarah Mota é esposa do delegado da polícia Federal Jacob Melo e ex-assessora parlamentar do ex-deputado federal Léo de Brito. Coincidentemente – ou não – Samarah é sócia de Kaio Marcellus.

E onde eles se conectam?

Ocorre que logo após a primeira fase da Operação Ptolomeu Samarah ingressou com Ação Popular (em nome de Léo de Brito) pedindo que o governador do Acre fosse condenado a devolver R$ 828 milhões de reais ao Estado do Acre. A petição assinada por Samarah se baseou nas informações da Ptolomeu, algumas delas já consideradas improváveis. O pedido não prosperou.

A advogada Samarah

Samarah, além de ser casada com um dos delegados com atuação na operação (Jacob Neto), é sócia em escritório de advocacia com Kaius Marcellus, que por sua vez é irmão do delegado Itawan, que se envolveu em problemas em uma operação da PF no Maranhão por sua proximidade com partes do processo (print ao lado).

A imprensa maranhense citou, em 2022, o delegado Itawan como responsável por produzir “provas midiáticas” no caso que envolve dois políticos locais. As tais provas foram desconsideradas por serem insubstanciais.

Jorge Viana

Jorge Viana

Consta que Kaius teria sido o articulador de um suspeito encontro entre os irmãos Rocha e o ex-governador Jorge Viana. O assunto da reunião seria exatamente a operação da PF e seus desdobramentos. O intento de afastar o governador do cargo fracassou, mas uniu, secretamente, o petista e o ex-governador. Ambos decidiram passar uma borracha no passado (Rocha é autor da denúncia que levou Lula à prisão), em nome de um plano sórdido pelo poder no Estado do Acre.

Rocha

Major Rocha

O ex-senador petista não aceita ter perdido o protagonismo político no Estado do Acre, e tem dito a aliados que, mesmo ocupando cargo de relevância no Governo Lula (presidente da Apex Brasil), irá reconquistar a vaga no Senado em 2026 – para tanto, assegura ele, a arma seria o episódio Ptolomeu para gerar desgaste a Gladson Cameli. Já Major Rocha, sumido do cenário político, também fracassou no denuncismo vazio após trair a confiança do governador que lhe escolheu como vice em 2018.

VÍDEO: Motorista de ônibus é atropelado e agredido em posto de combustíveis, em Rio Branco

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Dois homens ainda não identificados espancaram um motorista de ônibus na madrugada da última terça-feira, em Rio Branco.

A vítima que retornava para casa em uma motocicleta, e foi fechada pelo carro dos acusados e chegou a cair.
A partir daí, houve um desentendimento, que evoluiu para uma luta corporal. Um segundo ocupante do veículo partiu para cima do motorista, que ficou com vários hematomas pelo corpo.
As agressões ocorreram em um posto de combustíveis na Avenida Ceará.
A polícia pura.

Gladson entrega parque público de Mâncio Lima e população agradece

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Com investimentos que somaram R$ 700 mil de recursos próprios, o governo do Acre entregou, nesta quarta-feira, 29, o Parque Público de Mâncio Lima durante a comemoração dos 47 anos da cidade. Com uma extensão de 375 metros, o espaço recebeu serviços de conformação do solo, cercamento da área, implantação de pórticos, calçadas e bancos, plantio de grama nativa e implantação de iluminação urbana.

Parque foi inaugurado na noite desta quarta-feira, 29. Foto: Josciney Bastos/Secom

O governador Gladson Cameli mais uma vez reforçou que as obras são resultado de uma gestão plural, que envolve prefeituras, Legislativo e bancada federal em um trabalho que prioriza o progresso de cada um dos municípios.

Com a entrega do canal de Mâncio Lima, o governo do Estado reforça o comprometimento com o povo do Acre e o apoio aos municípios, objetivando a melhoria na trafegabilidade, escoamento rural entre outras atividades na região contemplada, buscando assim inúmeros outros benefícios.

Governador destacou o compromisso com o povo acreano e o apoio aos municípios. Foto: Josciney Bastos/Secom

Cameli falou da satisfação de participar das festividades no município e entregando uma obra que vai beneficiar a cidade de quase 20 mil habitantes.

“Essa é uma obra de infraestrutura que melhora, inclusive, a saúde e a vida das pessoas. Aqui é a entrega do Parque de Mâncio Lima, uma obra que vinha iniciada há um longo tempo e outras gestões e nós estamos concluindo agora, entregando essa etapa revitalizada para que as pessoas possam caminhar e se divertir”, destacou.

Obra beneficia a vida de toda a população manciolimense. Foto: Josciney Bastos/Secom

Mais uma vez, o chefe do Executivo frisou o momento que o Estado vive com obras importantes, resultado de parcerias com os poderes.

“Quando falo em caminhar, estou falando em melhoria de vida, que gera emprego, gera renda, aquece a economia e melhora a qualidade de vida. Para mim, é uma honra entregar essa obra no aniversário de Mâncio Lima, pois são 47 anos de muita dedicação, de um povo determinado”, disse ao reafirmar que vai continuar incentivando e direcionando investimentos para a cidade.

Gladson Cameli reforçou a parceria com o prefeito de Mâncio Lima. Foto: Josciney Bastos/Secom

O chefe do Executivo reforçou a parceria com o prefeito Isaac Lima para a tomada de decisões na melhoria da qualidade de vida dos mancio-limenses e frisou o lugar de destaque que o município ocupa.

Durante a inauguração, o prefeito agradeceu ao governador a sensibilidade e o olhar prioritário para a região.

“Este é um momento de alegria. Quero agradecer o governador pelo empenho de sempre, de ter nos ajudado no município. Esse canal tem uns 15 anos e nunca teve tão arrumado, pronto, como está agora”, pontuou o prefeito.

Obras do estado são prioridades do Estado por meio do Deracre. Foto: Josciney Bastos/Secom

Obras que contribuem para a qualidade de vida dos acreanos são a prioridade dessa gestão, segundo Sula Ximenes.

“Estivemos aqui há dois meses e ele pediu que a gente viesse aqui no canal. É uma obra no valor de R$ 700 mil que vai trazer uma qualidade de vida enorme para esse município. Nós estamos visitando cada município e fechando termos de cooperação com todas as cidades”, destacou.

Queima de arquivo? Preso morto na cela alertou duas vezes sobre massacre em presídio de segurança máxima do Acre

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O presidiário Oceu Rocha Martins (41) era peça fundamental na investigação da Polícia Civil Acreana que apura possível facilitação por parte de policiais penais na rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima de Rio Branco, Antônio Amaro, em julho do ano passado. O massacre deixou cinco detentos decapitados e esquartejados. O delegado Cristiano bastos (Homicídios) confirmou que Oceu apresentava lesões na cabeça ao ser encontrado morto nesta manhã. Oceu dividia a cela com outro preso.

O presidiário que teria sido assassinado havia confirmado em depoimento, no processo que tramita em segredo de justiça, que por duas vezes avisou aos membros do alto escalão do Instituto de Administração Penitenciária sobre o plano de render os policiais naquela rebelião. E antecipou o que, de fato, ocorreu: a execução de outros detentos apontados como lideranças da facção criminosa rival.

A primeira vez que Oceu Rocha Martins teria feito a denúncia foi 20 dias antes da rebelião. A comunicação dada a uma guarnição levou Oceu a uma reunião com a direção do Iapen na sede do Grupo de Operações Especiais da Polícia Penal.

Na ocasião nenhuma medida de prevenção teria sido adotada e o próprio detento voltou a solicitar, dias depois, uma outra conversa com as autoridades, o que aconteceu. Ele reafirmou o depoimento anterior, desta vez acrescentando que a rebelião seria antecipada. Ninguém deu ouvidos.

No depoimento, Oceu Rocha Martins teria citado, inclusive os nomes dos diretores do Instituto de Administração penitenciária que teriam participado das duas reuniões com ele e tomado conhecimento do que estava preste a acontecer na unidade de segurança máxima de Rio Branco e, segundo o próprio depoente, nenhuma providência foi tomada.

Oceu foi encontrado sem vida, na manhã desta quarta-feira, dentro da própria cela, com evidências de que foi espancado a socos e pontapés até a morte por um colega de cela.

Um investigador que trabalha no caso não quis gravar entrevista, mas confirmou ao Oseringal que a polícia acreana não descarta a possibilidade de que a morte tenha sido determinada por terceiros como forma de acobertar os fatos denunciados pela vítima nas investigações sobre a rebelião, caracterizando um típico caso de queima de arquivo.

Amigos arrecadam R$ 27,7 mil e cantor Hangell Borges, preso por não pagar pensão, deve deixar a cadeia

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O cantor Hangell Borges deve ser libertado a qualquer momento. Ele foi preso na madrugada de sábado por não pagar pensão. Desde então, amigos fizeram uma campanha nas redes sociais para arrecadar recursos e tirar o sertanejo da cadeia. Em mensagens na Web, os organizadores da “vaquinha” informam que foram coletados mais de R$ 27,7 mil.

“Ainda existem pessoas boas nesse mundo”, comentou um internauta.

Sobre assédio: presidente do Iapen não comparece à reunião na Aleac e deputados criticam ausência

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Na manhã desta quarta-feira (29), a Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Arlenilson Cunha (PL), reuniu-se em conjunto com outras comissões na sala de reuniões da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). A pauta principal era ouvir o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Alexandre Nascimento, sobre suposto assédio moral cometido contra oito policiais penais femininas durante uma reunião. Todavia, o convidado não compareceu e não justificou sua ausência na reunião, gerando indignação entre os parlamentares.

O deputado Arlenilson Cunha abriu a reunião afirmando que o não comparecimento e justificativa da ausência por parte de Alexandre Nascimento, foi um total desrespeito com a seriedade do problema enfrentado. “Iniciamos o encontro para ouvir o presidente do Iapen, que foi convocado para as nove horas, mas até agora, às nove e quarenta e cinco, não apareceu e nem justificou sua ausência. Vamos dar seguimento à reunião, ouvindo aqui as manifestações dos deputados. Caso o presidente chegue, ele terá a oportunidade de falar”, disse.

A ausência do presidente do Iapen foi amplamente criticada pelos deputados presentes, que destacaram a importância da presença do gestor para discutir a situação dos presídios no estado e apresentar planos de ação. “A ausência do presidente do Iapen é um desrespeito não apenas a esta Casa, mas a todos os cidadãos do Acre que esperam respostas e soluções para a crise no sistema penitenciário”, afirmou o deputado Pablo Bregense.

Em sua fala, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) criticou duramente a conduta do diretor-presidente do Iapen, acusando-o de desrespeitar a comissão e a Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, houve “respeito por parte da comissão e do plenário da Aleac com relação ao presidente”, mas o diretor do Iapen não demonstrou a mesma consideração, ao ponto de “não mandar nenhum bilhete informando que não vinha”. O deputado ressaltou ainda que a única alternativa restante é transformar a reunião em uma sessão deliberativa para convocá-lo, visando garantir o devido respeito ao poder legislativo.

Magalhães também atacou o comportamento do diretor daquela instituição em relação aos servidores públicos, afirmando que ele “é muito valente para humilhar servidor, para fazer servidor chorar, mas aí ele vira um leão”. No entanto, segundo ele, na frente da comissão, o secretário se mostra “um gatinho covarde”. Afirmou ainda que “é uma pena que o governo do Estado ainda mantenha esse cidadão na direção de uma importante instituição que lida todos os dias com problemas sensíveis”. O parlamentar expressou sua frustração com a postura do diretor-presidente do Iapen e destacou a necessidade de responsabilizá-lo formalmente.

A deputada Michelle Melo (PDT) também lamentou a ausência do diretor-presidente do Iapen na reunião. Segundo a parlamentar, o dirigente demonstrou ser “valentão com três mulheres”, referindo-se a uma reunião anterior em que servidoras do Iapen relataram abuso emocional e desrespeito por parte dele. Melo destacou ainda o apoio do governo ao presidente do instituto, o que, segundo ela, contribui para sua sensação de impunidade e desconsideração pelas servidoras afetadas. “O governo soltou uma nota tomando partido e o presidente do Iapen está se sentindo o cara, ou seja, ele tem as costas largas”, disse.

O deputado Gene Diniz (Republicanos), afirmou que estão “seguindo todos os trâmites legais” após o não comparecimento do convocado. Segundo Diniz, “primeiro se convida, o cara não vem. Aí a gente convoca o seguindo a lei”. Ele enfatizou que “agora vamos usar o rigor da lei”, destacando que o diretor “vai ter que comparecer para esclarecer todas as denúncias que aquelas jovens trouxeram contra ele”. O deputado concluiu afirmando que, caso contrário, o convocado “vai sofrer o seguro da lei”.

O deputado Manoel Moraes (PP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e líder do governo na Aleac, também manifestou sua opinião sobre o ocorrido. Ele explicou que estava presente para observar e defender o contraditório, caso Alexandre Nascimento comparecesse. “Conversei com o presidente do Iapen por telefone e ele está em Brasília para uma reunião com um ministro”. Segundo ele, Nascimento teria comunicado sua ausência à Casa Civil, mas a mensagem não chegou à Assembleia. Moraes considerou a ausência e a falta de comunicação como um desrespeito e sugeriu que a comissão faça uma convocação formal para garantir a presença do presidente do Iapen na próxima sessão.

Ao final da reunião, o deputado Arlenilson Cunha resumiu a indignação dos parlamentares e propôs um encaminhamento final. Ele destacou que todos os secretários convidados anteriormente compareceram, e considerou a ausência do presidente do Iapen como um desrespeito não só à Comissão, mas a todo o parlamento acreano. Cunha enfatizou a importância de ouvir a versão de Alexandre Nascimento, especialmente diante das graves denúncias de assédio moral feitas por policiais penais femininas.

“Fico envergonhado ao ver um colega de classe agindo dessa forma. Nós já havíamos conversado sobre essa convocação, porque todos os secretários convidados comparecem à reunião, nunca se recusaram. Mas hoje nós temos um caso inédito. E fico muito triste por esse momento, porque aqui seria assegurada a oportunidade do presidente do Iapen colocar a sua versão. Dele exercer o direito contraditório para a defesa. Vamos encaminhar aqui uma convocação via comissão, um requerimento coletivo. E aqui quero ouvir a manifestação de vossa excelência. Sempre tomamos essas decisões de forma aqui colegiada”, pontuou Arlenilson.

Ao final da reunião, os parlamentares decidiram apresentar um requerimento coletivo das Comissões da Aleac, convocando o presidente do Iapen para que compareça ao Plenário da Aleac, a fim de ser interpelado por todos os parlamentares. A convocação de Alexandre Nascimento se deu devido à denúncia de policiais penais femininas que o acusaram de suposto assédio moral, e a ausência dele na reunião foi vista como um desrespeito aos trabalhos legislativos e uma falta de transparência necessária para resolver as graves acusações.

Texto: Andressa Oliveira e Mircléia Magalhães

Fotos: Sérgio Vale

Após denúncia de transporte ilegal de madeira, Bocalom direciona contratação direta que beneficia dono da Miragina

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), fez contratação direta, sem licitação, de um galpão (situado na Trav. São João, lote 03, setor 4, Zona B – Bairro Distrito Industrial) onde será estocada madeira que o município pretende usar na construção de casas populares (Programa 1001 Dignidades).

O terreno pertence ao dono da Miragina, José Luiz, e havia sido levado a leilão para quitar dívidas da antiga proprietária, a empresária madeireira Adelaide de Fátima.

Fátima é dona da empresa ASSCON, que ganhou licitação para comprar a transportar 3.600 metros cúbicos de todas brutas desde um plano de manejo situado no município de Feijó. Esta quantidade é equivalente a 100 carretas carregadas, mas, de acordo com o IMAC, que autoriza o plano de manejo, apenas 100 metros cúbicos estão declarados oficialmente por meio de DOF (Documento de Origem Florestal).  Incomodada, a filha da empresária, Mayara machado, pediu direito de resposta, mas desistiu em seguido quando o jornalista Assem Neto solicitou que ela comprovasse a origem a madeira (Print acima).

A reportagem denúncia está logo abaixo e foi publicada no dia 14 de maio.

O decreto, assinado pelo secretário Antônio Cid (Infraestrutura e Mobilidade Urbana) diz que a prefeitura pagará R$ 240 mil anuais pela locação do galpão, reforçando a suspeita de golpe eleitoral – já que as casas deveriam ter sido entregues no Dias das Mães.

É fria! madeira que Bocalom diz ter comprado para 1001 casas não tem documento de orígem

 

 

Urgente: preso que era testemunha da maior rebelião no Acre é encontrado morto

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O detento Oceu Rocha Martins, de 41 anos, foi encontrado morto no presidio Antônio Amaro Alves, há pouco. Ele dividia a cela com outro preso.

Oceu contribuiu com informações às autoridades sobre a mais sangrenta rebelião ocorrida em presídios do Acre, no ano passado, quando cinco presos foram esquartejados e decapitados.

As circunstância da morte de Oceu estão sendo apuradas e a Segurança Pública deve convocar a imprensa para falar sobre o assunto.

A reportagem está em atualização.

 

A pedido do MPF, justiça manda alterar layout da nova RG para garantir direitos de pessoas trans

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A Justiça Federal concedeu liminar, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), para que a União altere, no prazo de 60 dias, o layout da nova carteira de identidade nacional (CNI), com o objetivo de assegurar o direito das pessoas trans. Pela decisão, o campo “sexo” deverá ser excluído do documento e o campo “nome” terá que ser unificado, sem fazer distinção entre os nomes social e civil. Além disso, a União também deverá incluir, nos cadastros federais, o campo “nome social” de forma que ele apareça antes do “nome de registro”.

A liminar foi concedida pela 13ª Vara Federal Cível de Brasília (DF), em ação civil pública inicialmente ajuizada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Acre, Lucas Costa Almeida Dias. No pedido, ele sustenta que o desrespeito ao nome escolhido pelas pessoas trans e os entraves encontrados para fazer valer esse direito contribuem para o processo de invisibilização dessa população.

Ao acolher o pedido do MPF, o juiz federal Mateus Pontalti lembrou que a dignidade e o reconhecimento pleno de uma pessoa estão intimamente ligados ao respeito por sua identidade. “A identidade de um indivíduo é construída a partir de múltiplos fatores, sendo o nome um dos componentes mais fundamentais dessa construção. O nome carrega não apenas um sentido de individualidade, mas também de pertencimento e reconhecimento social”, pontua o magistrado na decisão.

Segundo ele, o nome social escolhido pela pessoa trans representa um rompimento com uma identidade imposta pela sociedade e a afirmação de quem ela realmente é. “Esse reconhecimento nominal é essencial para sua dignidade e para o exercício pleno da cidadania. É um requisito fundamental para assegurar sua posição e respeito na sociedade”, enfatiza Pontalti.

Em relação à mudança nos cadastros federais, o juiz considerou não ser razoável que sistemas como o CADÚnico ou o SUS tragam o nome civil ao invés do nome social, pelos evidentes constrangimentos que isso pode gerar às pessoas trans.

Segundo a decisão, a discrepância entre os nomes nos documentos pode desincentivar as pessoas trans a acessarem serviços públicos essenciais, como saúde e educação. “O temor de serem humilhadas ou discriminadas pode levar à exclusão dessas pessoas de serviços vitais, agravando sua vulnerabilidade social”, conclui o juiz.

A decisão, tomada na ação civil pública ajuizada pelo MPF, também vale para outro processo ajuizado pelas Associações Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), em 2022, com os mesmos argumentos. As entidades apontam que o simples ato de apresentar um documento com um nome que não corresponde à sua identidade de gênero pode gerar situações de desconforto e humilhação pública.

Segundo relatório da Antra e da Transgender Europe, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo há 15 anos consecutivos.

Entenda o caso – Ao acolher os pedidos, a Justiça Federal levou em conta relatório técnico apresentado em 2023 pela Câmara-Executiva Federal de Identificação do Cidadão (Cefic), na mesma linha do que sustenta o MPF, a Antra e a ABGLT. O órgão técnico, responsável pela edição das normas relacionadas ao documento de identidade, defendeu no relatório a exclusão do campo “sexo”, bem como a integração dos campos para informar o nome civil ou social.

Além disso, com base nessa orientação, o próprio governo federal anunciou publicamente que o formato da nova carteira nacional de identidade – definido na gestão anterior – seria reformulado para atender os parâmetros propostos pela Cefic e não discriminar pessoas transexuais.

Contudo, em novembro de 2023, foi publicado o Decreto nº 11.797/2023, que prorrogou o prazo para os Estados e o Distrito Federal emitirem o novo documento. A norma ignorou as conclusões técnicas da Câmara-Executiva, ao determinar a manutenção dos campos “nome” e “nome social”, bem como o campo “sexo”, sem nenhuma justificativa.

Segundo o site oficial do governo federal, mais de seis milhões de pessoas já emitiram o novo documento. Por isso, a Justiça Federal considerou que a medida urgente se justifica, diante dos riscos que a manutenção do atual leiaute pode gerar aos direitos da população trans.

Pessoas que já emitiram a identidade no formato atual não serão obrigadas a emitir um novo documento, caso não desejem.

Histórico – Em 2022, o Grupo de Trabalho “População LGBTI+: Proteção de Direitos”, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, expediu a Nota Técnica nº 4/2022, com o propósito de externar seu posicionamento contrário aos critérios previstos no Decreto Presidencial nº 10.977/2022 para a emissão de novas carteiras nacionais de identificação. Para o GT, além de inconstitucional, o normativo viola o direito à autodeterminação identitária das pessoas trans, ao impor constrangimento e favorecer atitudes discriminatórias contra o grupo.

Dupla que matou para roubar o empresário Jorge das Flores é condenada por integrar organização criminosa

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Igor Cavalcante de Souza e Juliano Salvador Leitão, envolvidos no latrocínio do empresário Jorge das Flores, voltaram a ser condenados pela Justiça do Acre.
Desta vez, a dupla foi sentenciada por integrar a organização criminosa comando vermelho.
Pelo crime, Igor Cavalcante, o “Positividade”, e Juliano Salvador, o “Jota”, de 22 anos, receberam cada um pena 8 anos e sete dias de prisão em regime fechado.
A decisão é do Juiz da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco, que julgou procedente a denúncia do Ministério Público do Acre.
Os dois acusados foram investigadores pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
Após a extração de dados autorizado pela justiça (mensagens de um aplicativo), concluiu-se que os dois participavam ativamente da facção criminosa.
Juliano Salvador e Igor Cavalcante começaram a ser investigados logo após ser presos pelo latrocínio do empresário Jorge das Flores. O crime ocorreu em fevereiro de 2022, na Floricultura da vítima localizada no Bairro do Bosque.  Juliano, autor dos disparos, foi detido em flagrante. “Positividade” foi preso dias depois por investigadores da DCORE, em uma área rural no interior do estado.
Pelo latrocínio do empresário, cada um dos réus foi condenado a 20 anos de prisão.
Juliano Salvador tem ainda uma pena de 11 anos e 9 meses a cumprir por roubo e corrupção de menores, enquanto Igor Cavalcante tem mais duas condenações – 11 anos e 9 meses por corrupção de menores e 4 anos 4 meses e 15 dias por porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.
Os réus ainda podem recorrer da sentença.