O senador demonstrou alívio com a ajuda humanitária enviada pelo Governo Lula aos desabrigados pelas cheias. Ele gravou a caminho do aeroporto, para se juntar às autoridades locais na recepção de dois ministros, em Rio Branco e Brasiléia.
O senador demonstrou alívio com a ajuda humanitária enviada pelo Governo Lula aos desabrigados pelas cheias. Ele gravou a caminho do aeroporto, para se juntar às autoridades locais na recepção de dois ministros, em Rio Branco e Brasiléia.
O vídeo acima mostra a tentativa de homicídio contra famílias de posseiros da Fazenda Palotina, do pecuarista Sidney Sanches Zanorra, no Sul do Amazonas. A gravação foi feita por um posseiro, alvo de uma caçada dentro da mata por jagunços do fazendeiro, na última quinta-feira, quando famílias foram torturadas. Ele conseguiu fugir da mira dos criminosos que usavam pistolas e fuzis. Mesmo em fuga, o homem manteve a câmera do celular ligada.
O gerente da fazenda, conhecido por Lulas, é apontado como o líder das operações que indicam quais posseiros devem sofrer agressões e intimidações.
O topógrafo Bruno Alceu Tabuti estava lá, na última quinta-feira, e sofreu agressões graves. O grupo foi obrigado a permanecer cerca de 30 minutos de joelhos, cabeça baixada, enquanto era açoitado com prancha de terçado e chutes (coturno). Em entrevista exclusiva ao aoseringal, na manhã desta segunda-feira, ele revela que os jagunços do fazendeiro estavam equipados com uma antena Star Link e fizeram uma chamada de vídeo, num diálogo que seria com o dono das terras. Assista abaixo:
Dezenas de famílias completamente ilhadas pela cheia do Rio Acre resistem deixar suas casas, no Bairro Taquari. Vivem em dificuldade extrema, sem água potável, sem alimentos, material de limpeza, na companhia de seus cães e gatos.
Este cenário foi revelado numa missão evangélica, na tarde deste domingo, para distribuir cestas básicas e água mineral. A reportagem recebeu imagens do momento, que também teve a ação solidária do gabinete do deputado federal Eduardo Velloso e de um restaurante da cidade.
Os atingidos pelas águas falavam do alto de suas janelas, e confirmam o temor de não encontrarem mais seus pertences – botijas de gás, fogão, guarda-roupa, cama e outros. A Defesa Civil até chegou lá. Porém, prevaleceu a decisão de não irem para abrigos públicos.
A previsão de vazante do Rio Acre na capital a partir deste domingo, feita por autoridades, não se confirmou. Houve um prenúncio de estabilização quando a cota se manteve em 17. 66m durante duas medições seguidas, com variação de 2cm no final de semana. Porém, na manhã desta segunda-feira o nível do manancial foi elevado, chegando à marca de 17.75m – superando a do ano passado e distante apenas 65 centímetros da maior de todas as enchentes (em 2015). Calculando os danos em todos os municípios, chega-se à conclusão que esta é a segunda maior cheia da história no estado.
Os bairros alagados na capital são 47 e os cidadãos fora de suas casas já são mais de 3.600 entre desalojados e desabrigados. Os números são de domingo.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Cláudio Falcão, informou há pouco que “não há previsão de estabilização no nível do rio”. Segundo ele, a lâmina de água continuará subindo, mas não tão rápido como antes. O rio, explica o militar, continuará recebendo volumes de água de alguns afluentes, dentre eles o Riozinho do Rôla.
Foto: Secom
O governador Gladson Cameli (PP) e os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, iniciam a agenda institucional por Brasiléia, ás 9:40h desta segunda-feira.
Em seguida, a comitiva ministerial segue para Rio Branco, para visitar os desabrigados no Parque de Exposições. Nos dois momentos, os ministros falarão à imprensa e devem anunciar a liberação imediata de recursos para a assistência humanitária ás vítimas desta que já é a segunda maior enchente do Acre. Os valores por cidade afetada serão anunciados em conjunto, e esses recursos também contemplam a reconstrução das áreas urbana e rural afetadas.
Os municípios em emergência já são 21.
Os pacientes que tiveram diagnósticos seguidos ou simultâneos de dengue e Covid-19 correm riscos de desenvolverem quadros severos e de maior chance de letalidade, principalmente idosos e pessoas com doenças crônicas. Esse é o alerta do médico responsável pelo Instituto de Vacinação e Infectologia de Piracicaba (SP), Hamilton Bonilha.
Em entrevista ao g1, o infectologista aponta possibilidade de subnotificação de casos de Covid-19 neste ano e reforça a necessidade de retomada da rotina de testes clínicos, principalmente após período de férias e de carnaval, quando as pessoas tendem a se aglomerar mais.
“A sintomatologia de dengue, até em pessoas mais jovens, tem sido muito intensa. Por isso, imagine, no caso de pessoas com mais idade, em que a letalidade costuma ser maior. Com o organismo comprometido, a imunidade vai cair e, se tiver Covid-19 associado, será um quadro muito mais grave”, explica.
Com mais de 1.7 mil casos de dengue, Piracicaba (SP) vive aumento de casos da doença, como também é verificado em todo país. O cenário, porém, se torna mais agravante na cidade, diante do retorno de positivações para Covid-19 e alta de internações em decorrência do vírus.
Em relação aos casos de Covid-19, a Secretaria de Saúde de Piracicaba registrava 774 confirmações da doença e nenhuma morte. A cidade teve média de uma hospitalização por Covid-19 em fevereiro deste ano.
Subnotificação e desinformação
Hamilton Bonilha elenca os fatores que justificam a ausência de estatísticas que, de fato, representem a realidade o cenário atual.
“Pela prática clínica diária, acredito que estejamos vivenciando um aumento no número de casos da Covid-19, provavelmente, devido ao Carnaval. O número pode não ser tão expressivo como os anos anteriores. Com certeza, existe subnotificação dos casos. Isso é fruto da dificuldade na notificação, de autotestes e da não realização rotineira dos exames em algumas instituições de saúde”, observa Bonilha.
Para atender as famílias atingidas pela maior cheia da história na região do Alto Acre, o governo do Estado, por meio da campanha Juntos pelo Acre, entregou kits de limpeza, nesta sexta-feira, 1º, aos municípios de Epitaciolândia e Brasileia.
Com a baixa das águas do Rio Acre na região, que atingiu mais de 14 mil pessoas, este é o momento para mobilização das prefeituras nas ações do pós-cheia, que demandam muito trabalho de limpeza, com a retirada de entulhos, destroços e lama.
O secretário de Agricultura, José Luiz Tchê, que coordenou as ações do governo de apoio aos alagados na região, destacou a importância da união entre estado e município. “Em menos de um ano, essa população passa por alagações de grandes proporções, por isso, colocamos o Estado à disposição dos municípios atingidos”, ressaltou.
O prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes, agradeceu pela parceria do governo. “Eu gostaria de agradecer ao governador, Gladson Cameli, toda ajuda nesse momento é bem-vinda, precisamos unir forças para minimizar as consequências da cheia”, declarou.
A prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem, disse que a ajuda chegou no momento em que mais precisavam. “A prefeitura de Brasileia jamais conseguiria chegar em toda a população sozinha, por isso é necessário a união com o governo. Esses kits de limpeza chegam em boa hora, no momento em que as famílias estão retornando para as suas casas”, afirmou.
O morador do bairro Leonardo Barbosa de Brasiléia, Eli da Silva, foi um dos beneficiados com a entrega dos kits de limpeza. “Estou muito feliz, estava precisando muito, porque as águas baixaram e estou precisando limpar a minha casa”, disse.
O prefeito Zequinha \Lima passou apuros na tarde deste sábado, numa arriscada viagem de barco para visitar uma comunidade ribeirinha no Juruá. A pequena embarcação foi vencida pela forte correnteza, e os quatro ocupantes foram lançados nas águas. O prefeito s agarrou na vegetação que, por sorte, estava próxima, e aguardou ser resgatado. Ele comunicou o que chamou de “incidente” em sua rede social e disse que está bem.
“”Tivemos um incidente com nossa embarcação no Rio Valparaíso, mas graças a Deus todos estão seguros. Esses são riscos que a população ribeirinha encara diariamente. Nossa equipe está bem e continua sua missão no Rio Mirim, buscando benefícios para nossa comunidade.”, afirmou.
O coordenador da Defesa Civil em Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, revelou ter havido naufrágio com pessoas desaparecidas, na tarde deste sábado, nas imediações da Gameleira. O militar gravou um vídeo há pouco para revelar a imprudência de pedestres e condutores de veículos que insistem em violar o cordão de isolamento no local. Crianças e adultos aparecem ao fundo, durante a gravação, e são tratados como “imprudentes”. Como é comum nos finais de semana, jetskys e pequenas lanchas são levados para o rio, numa farra sem os cuidados necessários pondo em risco a vida de muita gente. Falcão anunciou que a polícia será deslocada para barrar a presença das pessoas ao longo do calçadão, que está inundado.