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Socorro Neri comunica ao governador sua disposição de disputar a prefeitura de Rio Branco

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O governador Gladson Cameli, presidente da Executiva Estadual do PP, foi comunicado sobre o partido ter um nome alternativo na corrida pela Prefeitura de Rio Branco. A própria deputada federal Socorro Neri se colocou à disposição para, em caso de desistência do secretário Alysson Bestene, ele aceitaria o desafio, como publicou em primeira mão oseringal na tarde desta segunda-feira.

Após a notícia, os parlamentares progressistas na capital e no interior manifestaram apoio á deputada e as redes sociais foram movimentadas em favor de uma candidatura própria, afastando-se a idéia de a legenda compor como vice do prefeito Bocalom.

“Informei ao governador que estou me colocando à disposição. Eu disse que o partido não deixaria de ter candidato próprio por falta de nome. Meu nome seria uma alternativa, dentre outros nomes que o PP possui. Não quero ser acusada por omissão, contra o partido ou contra a população. E respeitarei a decisão, embora seja incômodo o fato de o Progressista não ir pra disputa sem candidatura própria”, disse a parlamentar. “Como disse, o PP é maior que eu”, finalizou.

O governador dará a palavra final, informou há pouco o presidente da Executiva Municipal em Rio Branco, o secretário de Educação Aberson Carvalho.

“Nosso líder maior falará no momento certo. O governador avalia o que é melhor para o governo e a população”, disse o secretário. Ele nega que haja aliança concretizada com outros candidatos, e reafirma a importância de aguardar o pronunciamento de Cameli.

Socorro Neri diz que “em nome da grandeza do PP” aceita ser candidata a prefeita: “é a vergonha da vergonha não ter candidatura própria”

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A deputada federal Socorro Neri disse ser “a vergonha da vergonha” o Partido progressista não ter candidatura própria na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. A parlamentar repetiu a frase dita, inclusive, pelo presidente da Executiva Nacional, o senador Ciro Nogueira, ao saber de uma possível aliança com outros partidos sendo o candidato já aclamado, Alysson Bestene, assumindo a candidatura de vice.

Socorro Neri, ex-presidente da Executiva Municipal em Rio Branco, afirmou que passou a refletir sobre aceitar o desafio de disputar as eleições na cabeça de chapa. Ela conduziu a restruturação do progressista na capital, e foi a deputada federal mais votada em 2022, inclusive na capital.

“Considero a vergonha da vergonha o PP não ter candidato próprio a prefeito de Rio Branco, e acho que, se o Alysson está declinando de ser o candidato, o Partido deve imediatamente recompor a sua chapa majoritária, já que dispõe de nomes a altura dessa missão”, afirmou a deputada.

“O Alysson é o candidato progressista aclamado pela legenda. Sempre o respeitarei. Ele vai desistir? Não sei. Se houver desistência da candidatura própria, passaria a ser, sim (a minha candidatura) uma alternativa a ser avaliada pelos dirigentes acima de mim. Eu falo isso em nome de uma construção exitosa feita lá atrás, que engrandeceu o PP, um partido que tem tamanho, aliados fortes e uma militância poderosa. O PP é maior que eu”, disse a deputada.

Uma confusão de informações pautou a imprensa nesta tarde. De um lado, o próprio prefeito Tião Bocalom veio a público afirmar que Alysson seria o seu vice. Do outro, o presidente do PP na capital, Aberson Carvalho, deu a declaração de que “O Bocalom não fala pelo PP”, e reiterando que “nada mudou” e o secretário de Governo permanece pré-candidato.

O que virá depois?

 

Presidente do progressista desmente o prefeito de Rio Branco sobre Alysson ser vice: “o Bocalom não fala pelo PP”

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O secretário Aberson Carvalho (Educação), presidente da Executiva Municipal do PP em Rio Branco, desmentiu o prefeito Tião Bocalom.

“Bocalom não fala pelo PP. Quem fala pelo PP se chama Gladson Cameli (presidente da Executiva Estadual) e Aberson”, disse o secretário.

Bocalom disse em setores da imprensa local, nesta manhã, que o secretário Alysson Bestene seria o seu vice, dando garantias de que a aliança PL/PP estaria concretizada, o que empoderaria a candidatura do prefeito à reeleição.

Aberson informou que não houve mudança na deliberação para que Alysson siga com candidatura própria. Também não é verdade que o presidente nacional, o senador Ciro Nogueira, teria sido convencido a rejeitar candidatura própria na capital do Acre.

“Nada mudou, e não tem nada nesse sentido no PP”, concluiu.

 

Governador Gladson Cameli celebra com população os 32 anos do município de Bujari

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O governador Gladson Cameli marcou presença na noite deste domingo, 28, nas festividades em comemoração ao aniversário de 32 anos do município de Bujari, ao lado do prefeito João Edvaldo, conhecido como Padeiro. O evento, que contou com a participação maciça da população local, celebrou mais um ano de história e progresso para a cidade.

As festividades foram marcadas pelo tradicional bolo de aniversário, desta vez com impressionantes 32 metros de comprimento, distribuído entre os presentes. Além disso, uma feira, bingo com brindes e discursos de autoridades locais encheram a programação de entusiasmo e alegria.

Durante seu discurso, o prefeito Padeiro anunciou duas importantes ordens de serviço para o município, demonstrando o compromisso da gestão municipal com o desenvolvimento e bem-estar da comunidade.

Prefeito Padeiro agradeceu esforços do governador em projetos parceiros. Foto: Diego Gurgel/Secom

Em suas palavras, o prefeito Padeiro expressou profundo agradecimento ao governador Gladson Cameli pelo apoio e dedicação ao fortalecimento do Bujari. Destacou iniciativas como o empréstimo de máquinas para recuperação de ramais e a parceria para a melhoria das ruas da cidade, evidenciando os frutos da colaboração entre os governos estadual e municipal.

Por sua vez, o Governador Cameli manifestou sua gratidão ao povo de Bujari pela calorosa recepção e carinho demonstrados durante sua visita. Enalteceu ainda o trabalho do prefeito Padeiro em prol do progresso da cidade, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento e o bem-estar de todos os bujarienses.

Governador Gladson Cameli declarou que unido ao povo é mais forte. Foto: Diego Gurgel/Secom

“A todos que nos acompanham, às pessoas que nos ajudam, tanto o governo quanto a prefeitura, a proporcionar momentos como este, com vários servidores, homens e mulheres, dedicando-se a fazer uma festa tão bonita para este município que hoje completa 32 anos de história. Para mim, como governador, é uma grande satisfação estar presente aqui. Ao mesmo tempo, quero parabenizar os demais municípios que também celebram seus aniversários hoje. O importante é que, unidos, somos mais fortes. Vamos continuar trabalhando para não perder um dia sequer na busca por uma vida melhor para as pessoas”, afirmou o governador.

A história de Bujari remonta ao século XIX, quando se iniciou comercialmente ligada ao Extrativismo Vegetal. Originária de uma colocação de seringais denominada ‘Bujari’, pertencente ao Seringal Empresa, fundado pelo cearense Neutel Maia, em 28 de dezembro de 1882.

Acrelândia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Jordão, Porto Acre e Santa Rosa do Purus nasceram a partir do desmembramento de outras cidades por decreto estadual em 28 de abril de 1992.

Bolo de comemoração tinha 32 metros. Foto: Diego Gurgel/Secom

Além das autoridades locais, a deputada federal Antônia Lúcia também marcou presença no evento, destacando a importância da união e cooperação para o progresso de Bujari e de todo o estado do Acre.

Rio Branco: a Comunicação que não se comunica com ninguém

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O secretário de Comunicação do prefeito Tião Bocalom, por acaso seu filho de criação, não tem aversão apenas a vírgula e crase – deficiência comum de 7 entre 10 cidadãos brasileiros. É um cidadão extremamente desleixado, inimigo do seu próprio ofício, possivelmente acomodado por ser uma indicação que atende a questões familiares, e não compreender o tamanho de sua responsabilidade social.

Ailton Oliveira tem mais de 40 anos na imprensa acreana, mas se tornou um profissional carente de ensinamentos básicos, entorpecido e envaidecido por ter ocupado as baias de redações badaladas (TV Acre, TV Gazeta, TV Rio Branco). Teve oportunidades raras ao longo de 4 décadas para se tornar minimamente notável, mas ainda não decifra um comunicado de uma nota pé. O “pai” prefeito decidiu arcar com o ônus, e imortalizou a idéia de família, embora as consequências para a sua imagem

Um piolho de grupo de whatsapp que acredita justificar seu bom salário – e os privilégios do cargo – espalhando releases em rede social; que patina numa ineficiência estampada na cara de todos, e nem o constrangimento de ser repreendido publicamente lhe envergonha.

O papel de assessor é as-ses-so-rar.  E os “clientes” desta “empresa” chamada prefeitura são o povo, que merece respeito e atenção sobre dilemas causados pela gestão pública com reflexos na vida de todos. Ailton não sabe o que é isso…jamais compreenderá que um porta voz deve se antecipar à notícia ruim, proteger, sobretudo quando na berlinda está uma figura pública, e, acima de tudo, aliviar a carga de insatisfação popular sobre seu assessorado.

Talvez por este motivo nesses 40 meses de gestão o secretário não tenha escrito uma só nota informativa a respeito dos problemas enfrentados pela população da capital – bloqueio nas estradas, falta de água, garis apanhando da polícia, programas fracassados, promessas descumpridas, plano de governo na gaveta…O município parece produzir uma lavoura de bananas.

Tanto tropeço da administração municipal, e o secretário enclausurado em sua própria insignificância e incapacidade de pensar e agir.

Mas nada disso importa, não é mesmo?

O importante para o secretário é que a necessidade de uma comunicação mais eficiente com o público externo é uma cobrança exagerada, uma “farça dos farçantes que não “enchergam a administração mais revolucionária da história”.

Bom lembrar que histórias – e estórias – de superação e fidelidade entre familiares não devem interferir no interesse geral das pessoas (população). E nessa aspecto o prefeito tem sua culpa por ser incapaz de exercer o papel de “pai”, exigindo do seu protegido aquilo que se espera de um ordenador de despesas pagas pelo contribuinte.

SPU no Acre faz cessão de prédio ao Ministério do Trabalho e Emprego onde vai funcionar o novo Sine

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Na próxima sexta-feira, 3 de maio, o Serviço Nacional de Emprego (Sine) do Acre, estará de casa nova. O órgão passará a funcionar na Rua José de Melo, 184, Travessa da Maternidade, no bairro Bosque, ao lado do Samu e do Hospital da Criança.

A Secretaria do Patrimônio da União no Acre (SPU-AC), fará entrega oficial do imóvel da União ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em solenidade no próprio prédio às 9 horas, com a presença de autoridades e servidores públicos.

O Sine é ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e atualmente está funcionando no mesmo prédio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), mas precisa de um espaço maior para atendimento, como explica o Superintendente Regional do MTE no Acre, Leonardo Lani.

“O local ajudará a resolver uma questão social muito importante em Rio Branco e fará a diferença na vida dos trabalhadores, garantindo-lhes serviços básicos de requisição de seguro-desemprego, acesso ao mercado, dentre outros atendimentos, além disso, o ambiente será mais adequado também para a prestação de serviços à população”, destacou Lani.

Já o superintendente da SPU no Acre, Tiago Mourão, reforçou a importância da assinatura do termo de Entrega de Imóvel Próprio da União para o Ministério do Trabalho e Emprego e enfatizou o compromisso do Governo Federal com as políticas públicas voltadas ao trabalhador e à oferta de emprego.

“Estamos felizes de estarmos conseguindo entregar este prédio onde passará a funcionar o Sine na semana do Trabalhador, este ato tem grande relevância para a população e cumpre um dos compromissos do Governo Federal, que é priorizar o trabalhador, o governo do presidente Lula tem buscado fazer investimentos em programas de qualificação profissional e melhoria das condições de vida. Essas iniciativas do governo visam fortalecer a economia, promover a inclusão social e garantir um futuro mais próspero para todos”, disse Mourão.

Serviço

O que? Inauguração da nova sede do Sine em Rio Branco, em prédio cedido pela SPU para o Ministério do Trabalho e Emprego.

Data: 3 de maio de 2024, sexta-feira.

Horário: 9h

Local: Rua José de Melo, 184, Travessa da Maternidade, no Bosque, ao lado do Samu e do Hospital da Criança.

Mais informações podem ser obtidas com o senhor Tiago Mourão, Superintendente da SPU no Acre, pelo telefone (68) 99977-9008.

Texto: Andréia Oliveira e Amanda Oliveira.

Fotos: Assessoria SPU.

Só vai na pressão: Bocalom promete máquinas no trecho nesta semana e produtores liberam BR 364

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O prefeito Tião Bocalom (Rio Branco) prometeu mandar máquinas e homens para recuperar os ramais no entorno da estrada que dá acesso ao Aeroporto. Cerca de 300 trabalhadores rurais fecharam a via na manhã desta segunda-feira. A promessa do prefeito foi comunicada aos manifestantes pelo secretário de Agricultura, Eracides Caetano.

Os moradores do Loteamento Adauto Frota estavam em maior número.

Vídeo do crime: moradores de rua matam capivara a pauladas, ao lado do palácio e da Aleac, em Rio Branco

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Uma capivara foi abatida por moradores em situação de rua no centro da capital, durante o final de semana, próximo ao Palácio Rio Branco. Nas imagens é possível ver que as pessoas usaram pedaços de madeira para matar o animal. “Judiação”, reage uma internauta que gravou o momento (veja abaixo). Ela ainda diz que pediu que a mulher (armada com uma pernamanca) “não fizesse isso”.
Após matar o animal, a mulher coloca a capivara nas costas e deixa o local.

O IBAMA deve apurar o caso, já que o abate de capivara é crime.

A culpa é do Bocalom: produtores fecham BR 364 e isolam aeroporto, Sena, Manoel Urbano, Feijó e Juruá

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Cerca de 300 produtores rurais e seus familiares fecharam nesta manhã o acesso ao Aeroporto Internacional de Rio Branco, nas procximidades da ponte sobre o Igarapé São Francisco.

Nenhum veículo, inclusive motocicletas, está passando nos dois sentidos. O bloqueio isola as cidades de Bujari, Sena Madureira, Manuel Urbano, Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Há grandes filas nos dois sentidos.

Os trabalhadores rurais protestam contra o projeto “Produzir Para Empregar”, do prefeito da cidade, Tião Bocalom, segundo eles por não haver qualquer melhoria nos ramais da região, o que prejudica o escoamento de produtos e faz despencar a renda das famílias. Eles destacam que não há calendário de obras para ser executado neste ano.

A Polícia Rodoviária Federal observa a manifestação, que só poderia ser dissipada mediante ordem judicial.

Os manifestantes aguardam representantes do prefeito, já que Bocalom não vai comparecer pessoalmente para negociar.

Mais informações em instantes.

PSOL lidera novas filiações entre jovens, mas no geral o interesse pela política partidária é o mais escasso da história

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Do movimento das Diretas Já, nos estertores da ditadura, às Jornadas de Junho de 2013, o rosto que simboliza o pedido por mudanças, o dos jovens, está cada vez mais escasso na política partidária brasileira. Levantamento do GLOBO a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que a filiação de pessoas de 16 a 24 anos em partidos políticos chegou este ano ao menor patamar em uma década, embora a polarização tenha revertido as quedas de PL e PT a partir de 2020. Assim como a sigla que recebeu Jair Bolsonaro em 2021, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a crescer às vésperas das últimas eleições, mas divide terreno no campo da esquerda com o PSOL, que pela primeira vez lidera em número de jovens filiados entre todas as agremiações.

— A pessoa estava entrando na vida política, a partir dos 16 anos, e vivenciando um momento em que parte significativa da sociedade estava manifestando o seu desafeto com relação à política e aos partidos — avalia Soraia Marcelino Vieira, professora do Departamento de Geografia e Políticas Públicas da UFF.

Mudança de rota

Os petistas, no entanto, têm mais motivos que os demais para crer que vão retomar a presença dos militantes mais novos nas fileiras partidárias. O número atual representa quase o dobro do que a sigla registrou em 2020, quando sua maior figura histórica estava com direitos políticos suspensos e o retorno à Presidência da República ainda era uma ideia distante. Àquela altura, o PT chegou a ter apenas 9,1 mil jovens, na sequência de episódios traumáticos nos anos anteriores, sobretudo o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e a prisão de Lula em 2018. Agora, ao contrário de PSDB e MDB, o partido vem reconquistando a adesão dessa parcela de filiados, em movimento paralelo ao processo de volta da legenda ao poder.

— A luta política que aumentamos em 2022 fez com que alguns segmentos entendessem que era importante crescer a participação, sobretudo entre jovens. Vivemos quatro anos de muitas dificuldades — diz o diretor da Executiva Nacional da Juventude do PT, Mario Magno, em relação ao governo Bolsonaro.

Um exemplo do que diz Magno é a estudante Alice Felix, de 19 anos, que se filiou ao diretório do PT em Natal quando tinha apenas 16 anos.

— Eu vi tudo o que estava acontecendo ao meu redor e acabei me identificando com a organização do PT, e isso me levou à filiação. Naquele momento, eu queria exercer a minha cidadania dentro do partido, o que me dava mais espaço para conversar sobre as minhas pautas.

Apesar do crescimento de filiação de jovens, os dados de pesquisas de aprovação do governo no recorte de idade não são positivos. No último levantamento da Quaest, por exemplo, metade dos brasileiros de 16 a 34 anos diz que desaprova o governo. Trata-se do maior percentual entre os três blocos etários separados pelo instituto. Recentemente, um dos gestos de Lula para conquistar esse eleitorado foi o lançamento do programa Pé-de-Meia, que cria uma espécie de poupança para estudantes de baixa renda do Ensino Médio a fim de evitar a evasão escolar.

Assim como o PT teve na força de Lula um impulso para a filiação de jovens, o PL aposta no ex-presidente Jair Bolsonaro e no ideário político representado pelo bolsonarismo. Antes da filiação do então chefe do Planalto, em 2021, o partido era mais um do Centrão, perdeu jovens ao longo dos últimos dez anos, mas, a exemplo dos petistas, passou a ganhar filiados de 2022 para cá.

São hoje 10,6 mil pessoas de até 24 anos filiadas à sigla, patamar parecido com o de 2014. Nos últimos quatro anos, foi registrado um aumento de 81% desses eleitores no partido — mais expressivo que o crescimento entre idosos (11,8%) e adultos maiores de 25 anos (8%). Essa ascensão passou a balizar um movimento da sigla em direção aos mais novos, com a criação do PL Jovem. Apesar do papel central de Bolsonaro, o PL conta ainda com nomes de agrande aderência entre jovens, como o deputado federal Nikolas Ferreira (MG), deputado federal mais bem votado de 2022. Antes da ida a Brasília, ele foi o segundo vereador com mais votos em Belo Horizonte, aos 23 anos. Figura midiática, Nikolas virou o “garoto propaganda” do braço da legenda voltado para a juventude e inspira lideranças como Luan Lennon, diretor do PL Jovem no Rio.

— Nas ruas, escuto muito que sou o ”Nikolas carioca”, pela idade e ligação à nossa pauta. Nossa ideia dentro da juventude do PL é achar os “Nikolas” em todas as cidades do Rio de Janeiro e levá-los para o debate público. E, como estamos em ano eleitoral, quem sabe não os levar para o pleito — avalia Lennon, que ingressou na sigla em 2021, quando tinha 21 anos, por admiração a Bolsonaro.

Aposta ideológica

Correndo por fora dos partidos mais poderosos, que têm em mãos fartos recursos do fundo partidário, há outros exemplos de siglas que conseguem atrair jovens com base em valores ideológicos. É o caso do PSOL, na esquerda. A legenda praticamente dobrou o número em dez anos, passando de 10,4 mil para 19 mil, liderando a lista de siglas com filiados de até 24 anos, à frente do PT e do MDB, líder em 2022.

— O PSOL atrai mais jovem porque é o partido que abraçou as pautas e agendas do nosso tempo e cujo as lideranças tem capacidade de dialogar com essa juventude — diz Paula Coradi, presidente do PSOL, que avalia o cenário. — Com a polarização política há uma maior disposição em ocupar os espaços políticos como os partidários. Porém, o debate politico deve ser baseado no respeito, na tolerância.

(*Estagiária sob supervisão de Renan Damasceno)

O Globo

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